1) Para confiar, é preciso conhecer. Para conhecer, é preciso que essa pessoa parte do seu círculo de amigos. E para ser do meu círculo de amigos, é preciso que se ame e rejeite as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento. Um país para ser tomado como se fosse um lar necessita disso.
2.1) Para uma sociedade funcionar, é preciso confiança. E a confiança se funda numa pessoa.
2.2) A confiança numa instituição se funda numa pessoa: Cristo fundou a Igreja e preparou seus apóstolos para continuarem o seu trabalho - e os bispos são os sucessores desses apóstolos. Toda instituição produz uma tradição de pessoas que imitaram o seu fundador, amando e rejeitando tudo o Ele rejeitou, coisa que se funda na verdade, na conformidade com o Todo que vem de Deus. Afinal, Jesus é o verbo que se fez carne.
3) Há um discurso de que as instituições estão funcionando. Isso é pura falácia. O pais rompeu com aquilo que foi edificado em Ourique, a ponto de ir em busca de si mesmo, tal como ocorreu com a Espanha - e a República, por sua vez, rompeu com os pais fundadores. Nestes 128 anos de República, uma Constituição a cada de 25 anos, em média. Golpes e contragolpes. Um povo mergulhado na ignorância e que despreza o conhecimento.
4) Onde se ama mais o dinheiro do que a Deus, a impessoalidade prevalecerá. As pessoas serão usadas e descartadas. Não é à toa que isso prepara o caminho para o comunismo, para o totalitarismo. Como diz Chesterton, o socialismo cresce onde há capitalismo demais. Afinal, o socialismo vive do dinheiro dos outros, que exploram a boa vontade do próximo de modo a se ter vantagem em tudo.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 2 de junho de 2017.
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