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quinta-feira, 29 de junho de 2017

Comentário sobre uma aula do professor Olavo de Carvalho

1) Olavo, em sua primeira aula do Curso Política e Cultura - História e Perspectivas, retoma a distinção entre nesciência e ignorância, a qual foi estabelecida na Escolástica.

2) A nesciência decorre do fato de você não saber. E enquanto você viveu, você não tinha como saber o que viria depois. Por exemplo: meu avô morreu em 1984 e, naquele tempo, não havia tablets. Ele morreu sem saber o que era isso. Quando eu partir desta pra melhor, certamente haverá coisas no mundo que jamais verei em minha vida - coisas essas que não fui sequer capaz de imaginar ou conceber.

3.1) A ignorância deriva do que é próprio de não orar ou de não comungar, ou mesmo de não amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento.

3.2) Existem coisas que eu não sei, mas que deveria saber de modo que possa melhor desempenhar minhas funções de servidor da verdade, pois quem vive a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus deve buscar o conhecimento de modo a servir melhor a quem necessita de instrução, de modo a fazer este mudar de rumo e trocar o errado pelo certo.

3.3) Como conservo o que é conveniente e dissociado da verdade, eu acabo cultivando má consciência em mim e acabo distribuindo isso aos outros. E é por conta dessas coisas que acabo perdendo a amizade com Deus, pois estou pecando, dado que é crime comissivo por omissão, já que estou sendo agente garantidor desse conservantismo, dessa mentalidade revolucionária.

4.1) De uma pessoa podemos fazer dois mapas: o mapa da nesciência e o mapa da ignorância.

4.2) No caso da nesciência, as coisas mudam e isso é indiferente à minha presença no mundo.

4.3) No caso da ignorância, isso depende de uma escolha minha e como essas escolhas afetam o curso da minha vida e daqueles que vêem em mim um modelo a ser seguido. Se tenho má consciência, eu serei um mau exemplo para os meus semelhantes.

5.1) Não tenho como acabar com a má consciência, pois esta corrupção é natural, pois carrego a marca do pecado original.

5.2) No entanto, posso controlá-la de tal maneira que acabe não causando dano a alguém que esteja sob minha proteção e autoridade. E isso pede que eu inclua um excluído que não conservou coisa alguma que era conveniente e dissociada da verdade: Nosso Senhor Jesus Cristo, que morreu na Cruz rejeitado por todos, seja no seu grau mínimo ou no seu grau máximo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 29 de junho de 2017.

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