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segunda-feira, 5 de junho de 2017

Notas a natureza das empresas públicas no âmbito monárquico - o caso de uma empresa como facebook enquanto patrimônio da Coroa

1.1) Uma empresa como o facebook não poderia ser uma empresa pública como é a Petrobras, no contexto da República, embora tenha natureza estratégica indiscutível para o desenvolvimento cultural do país.

1.2) O fato de a Coroa ter 51% das ações indica que o Imperador tem direito de exercer o Poder Moderador sobre esta rede, por meio de um "Conselho de Estado" exercido por um corpo de diretores recrutados dentre as melhores mentes do país. Se você fizer um trabalho mais ou menos como aquele que o Olavo faz, você pode ser chamado a colaborar com o Imperador no exercício do Poder Moderador. Este é um ponto que não existia no contexto da carta de 1824.

2.1) Isso quer dizer que a propagação de idéias nocivas ao senso de tomar o país como um lar em Cristo - como o libertarismo, o comunismo, o anticatolicismo ou mesmo o ateísmo miliante - serão banidas, pois constituem verdadeiros crimes de opinião que podem derrubar os fundamentos constitucionais sobre os quais esta nação foi fundada, em Ourique, dado que atentam contra os valores de Cristo.

2.2.1) É por meio do exercício do Poder Moderador, tal como vemos na Libertas Praestantissimum, que a Imprensa será livre para informar ou mesmo criticar o governo, ou as posturas incongruentes de um Papa como Francisco, desde que o faça de maneira educada e cortês.

2.2.2) Afinal, não é de bom tom criticar o Papa da mesma forma como você critica o fulaninho da esquina, pois o papel do Papa é perpétuo e não pode ser confundido com o homem que ocupa o papado no momento, que é uma figura precária, provisória, dado que o pontificado é necessário para o bom andamento das coisas para a salvação de todos, assim como da unidade dos cristãos.

3.1) Não acredito em neutralidade da web, enquanto sinônimo território livre para se edificar liberdade voltada para o nada.

3.2) Quem estiver na rede social pública do Brasil se submete às leis do Brasil - e nela o anonimato é vedado. Se você falar a primeira baboseira que quiser, você será responsabilizado por isso.

4.1) O fato de haver uma rede pública não quer dizer que não deva haver rede sociais privadas. Na verdade a rede social pública pode servir de modelo para as demais. 

4.2) A mesma coisa pode ser usada com relação aos Correios. A empresa pública existe, mas como modelo de referência na prestação de um serviço de qualidade. Quem quiser colaborar com a nação criando seu próprio serviço de correio, que seja convidado a fazê-lo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 5 de junho de 2017.

Comentários:


Róger Badalum:

1) Nada mais liberal que um conservador no poder e nada mais conservador que um liberal no poder. Ah, mas o Rei tem de ser conservador. A história já nos mostrou que muitas vezes não é. Talvez não tenha conseguido me expressar, mas há algo que precisa ser dito.

2.1) Sinceramente não sei se vejo textos como esses seus como ofício, como algo de Deus ou Santo.

2.2.1) Como ofício precisaria saber se como ficção ou realidade - não tenho a mínima noção se o melhor seria mesmo voltarmos à Monarquia, e muito menos saberia dizer se seria mesmo o melhor, pelos motivos colocados acima (liberal x conservador).

2.2.2) Como Deus, cairíamos no atual sistema, com todos se achando responsáveis por um mundo melhor.

2.2.3) E como santo seria algo que a Igreja nos mostra justamente o contrário, não sendo nós santos quando achamos que somos. Leia isto: http://faustomag.com/luiz-felipe-ponde-conviver-com-deus-e-insuportavel/

José Octavio Dettmann:

1) Isso que escrevo pede uma consciência histórica constante tendo por fundamento aquilo que foi estabelecido em Ourique - e essa constância pede nobreza.

2.1) O maior problema por que passamos é o problema da má consciência, que é um revés perto da missão civilizacional que nos foi dada por força desse milagre.

2.2) A má consciência edifica liberdade para o nada, sob o eufemismo do liberalismo, e conserva o que é conveniente e dissociado da verdade, em nome do conservadorismo.

2.3) O mundo chama de "liberal" o que é libertário e de "conservador" o que é conservantista. Há uma manipulação da linguagem feita de modo a que as coisas percam a sua real finalidade - e quando as palavras perdem o seu real significado, nós perdemos a liberdade. Coisas demoníacas podem ser feitas em nome de Deus e coisas tirânicas podem ser feitas em nome da liberdade. Neste ponto, estou de acordo contigo.

3) O problema do conservadorismo que o mundo estuda é que ele é pragmático, ateu - e até onde sei, o Pondé é ateu. E pragmatismo leva ao utilitarismo, o que faz com que a liberdade seja voltada para o nada. Ao invés de a política ser usada com fim salvífico, ela será usada com fim filantrópico. E pelo que sabemos, a política, quando organizada, promove a caridade - e a caridade, até onde sei, é maior do que a filantropia.

4.1) De todos as formas de Estado que conheço, a monarquia é a que melhor imita o há no Reino dos Céus. E a finalidade da aliança do Altar com o Trono é fazer da cidade dos homens um espelho da cidade de Deus da melhor forma possível.

4.2) Quando comento o que comento, eu olho para o propósito de servir a Cristo em terras distantes, tal como foi estabelecido em Ourique. Eu medito muito sobre isso - e faço exame de consciência antes e depois de cada escrito. Eu não inventei nada de minha cabeça.

4.3) E como falei noutra ocasião, nós vivemos num mundo que nega essa realidade - e essa falsa realidade não pode ser tomada como se fosse coisa, como fazem os positivistas. Devemos ver o que não se vê - e isso pede estudar a outra ponta que nos foi sonegada: no caso, a História de Portugal.

4.4) Nas atuais circunstâncias, estou negando a negação, de modo a afirmar o que afirmo, de modo a restaurar a realidade - além disso, isso pede restauração do imaginário, o que pede casamento da literatura com a ciência - e no casamento, ocorre confusão patrimonial, pois o que é do marido é também da esposa e vice-versa, pois dois corpos se tornam um. Como ninguém faz o esforço de ir atrás das fontes, acham que não estou sendo realista.


Róger Badalum:

1) Minha consciência histórica mostra que Dom Pedro I e Dom Pedro II não foram confiáveis, pois abandonaram a Igreja. Pode até ser que havia motivos - o fato é que literalmente romperam.

2) Destituir um Rei, ao meu ver, não é mais fácil que destituir um Lula com o PT - taí um bom tema que por si só daria um livro. Virtude sempre requer vigilância - outro tema que dá outro livro! Não havia vigilância da virtude com a espiral de silêncio em que nos encontrávamos - o povo já acordou para o politicamente correto! Dá outro livro aqui!

3) Enfim, acho que passou da hora de você partir para aulas, palestras e livros, se é que você quer mesmo ter isto como ofício!

José Octavio Dettmann:

1) Sim. Você tem razão, mas não me acho em condições de dar aula no momento, pois precisaria ler muito mais do que leio. Além disso, encarar uma sala de aula ou dar uma palestra é atirar um cordeiro para os leões - não acho que tenho experiência ou traquejo social necessário para lidar com indivíduos ricos em má consciência, que me serão hostis de maneira incontinenti quando isso que digo fere aquilo que essa gente conserva de maneira conveniente e dissociada da verdade, ainda que essas pessoas estejam inconscientes quanto ao cacoete mental que praticam.

2) Nas atuais circunstâncias, eu me sinto melhor escrevendo sobre isso do que falando. Estarei falando para quem nasceu e para quem vai nascer um dia. E se a pessoa for inteligente, ela verá o que ninguém vê: uma conversa com os sábios do passado, coisa que só pode ser feita por meio dos livros. Afinal, quem lê vê duas vezes melhor. É como penso!

Róger Badalum:

1) Você tem condições de dar aula sim, meu caro! Você é nobre! Muitos - ou melhor, a maioria, sem a metade de sua capacidade - lá estão! 

2) Seria uma grande oportunidade de crescimento, se é que pretende ter mesmo a escrita como ofício. Poderia brincar disso no segundo grau e até mesmo fazer mestrado e doutorado, onde poderá escrever diversos livros, inclusive didáticos. 

3) Mais uma coisa. O rompimento da Sara Rozante com um grupo monarquista, conforme relatou em um poste, mostra que as coisas não são fáceis. Essa questão de representar o Estado, sem separar público de privado, é muito complexa - cabe até outro livro. Olho com ressalvas o "protecionismo" que isto poderia levar, preferindo políticas cambial e fiscal.

José Octavio Dettmann: Sim, claro. Você tem razão de novo. Pretendo postar vídeos no youtube. Por isso, estou organizando conversas com o pessoal aqui no facebook mesmo. Isso quando tenho algo pra dizer. 

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