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segunda-feira, 26 de junho de 2017

Encontrar a própria voz implica encontrar um jeito de dizer as coisas de maneira edificante e em conformidade com o Todo que vem de Deus

1.1) O professor Olavo de Carvalho fala da importância de buscar a própria voz. E para se encontrar a própria voz, você precisa necessariamente dominar a linguagem, as diferentes nuances da linguagem de modo que você possa dizer as coisas de maneira edificante e em conformidade com o Todo que vem de Deus.

1.2) A isso chamamos de arte de bem dizer as coisas (ars bene decit) - uma arte liberal, uma vez que dizer a verdade é prerrogativa dos que têm razão e dos que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, uma vez que a fala deve ser exercida com caridade e com muita responsabilidade.

1.3) Para se dominar bem sua própria língua, é preciso ler muita literatura e dominar línguas estrangeiras. E para fazer isso, você precisa tomar esses países como parte de seu lar em Cristo, de modo que você possa servir a Ele nestas terras distantes. Assim, você não esquece o que aprende. E só nesse ponto em que você domina as diferentes nuances da língua é que você se torna um diplomata perfeito, pois você vai achar um jeito de dizer as coisas de modo a servir a todos aqueles que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, estejam essas pessoas dentro de seu país, em outras partes do mundo português, ou na Lusitânia Dispersa (em países onde o português não é língua oficial, mas língua das famílias que tomam esses lugares como parte de seu lar em Cristo junto com o Brasil - como vemos nos EUA, por exemplo)

2.1) Afinal, como você pode ser um diplomata perfeito se você não está presente diante daquele que é o ouvinte onisciente, aquele que é a verdade em pessoa e diante do qual você deve fazer do seu sim um sim e do seu não um não, sob pena de cair no pecado mortal do conservantismo?

2.2.1) Ser um diplomata perfeito não é para homens de papelão, como vemos na maioria dos apátridas nascidos nesta terra biologicamente falando, que não sabem de onde vieram e nem para onde vão, gente essa que a constituição define como "brasileiro nato" (e não é à toa que essa aberração, a Constituição de 1988, está fora da verdade e atenta contra a lei natural, já que nega o que se fundou em Ourique).

2.2.2) Afinal, o diplomata perfeito cria pontes e é sincero para com Deus, sobretudo perante aquele que é o verbo que se fez carne e que habitou em nós. E para isso ele precisa ser um verdadeiro homem - e isso pede imitar a Cristo sistematicamente, que foi verdadeiro Deus e verdadeiro homem, pois foi como nós em tudo, exceto no pecado.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de junho de 2017.

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