1) Quando leio um livro, eu coleto impressões sobre alguns temas ou conceitos importantes. Exemplo disso: do livro Um Mapa da Questão Nacional eu aprendi a diferença entre nacionidade e nacionalidade, assim como em outro artigo aprendi o conceito de eu-nacional.
2) Ao longo do tempo, fui lendo outros livros, coletando outras impressões. Juntando uma coisa com a outra eu fui assimilando as idéias do livro Um Mapa da Questão Nacional, sem cair no esquerdismo.
3) Eu não li 50 livros por ano. Eu li o que me parecia relevante. Eu li poucos livros, de modo a me ajudarem a digerir o primeiro livro. Para digerir as idéias dos outros livros, vou precisar digerir outros livros e assim sucessivamente.
4) Você pode ler um livro fazendo destaques e escrevendo comentários sobre isso ou ficar fazendo sucessivas meditações, dia após dia. Eu fui pelo caminho da meditação - já escrevi mais de 3400 textos sobre isso e muitas outras coisas.
5) Além disso, sou do tipo que me prendo a um assunto só. Só passo para um novo assunto quando sinto que esgotei a matéria ou cheguei a ter conhecimento suficiente para falar o que penso. Não me incomodo de estudar outros assuntos desde que tenham conexão com o tema da minha pesquisa. Afinal, de nada adianta ser versado em um monte de assunto se não sei nem o básico sobre eles. O que falarei é só palavrório vazio, flatus vocis - e isso edifica má consciência em quem me ouve. E eu não posso ser irresponsável a esse ponto - até porque o que faço é de grande responsabilidade.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 22 de junho de 2017.
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