1) Esse negócio de nacionalismo que o mundo fala e mostra na TV é uma simplificação grosseira da realidade, que é muito mais complexa, pois tomar um país como um lar em Cristo não é tarefa das mais fáceis. Afinal, viver a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus não é tarefa fácil.
2) Se a maioria das pessoas fizesse ao menos o esforço de compreender o que é complexo, que sempre nos aponta para o transcendente, certamente muitas delas me chamariam atenção para aquilo em que estivesse errado - e como diz Fernando Pessoa, tudo vale a pena se a alma não for pequena. Mas, ao invés disso, haverá impugnações hostis, por conta de conservarem o que é conveniente e dissociado da verdade, uma vez que o nacionalismo deriva da ideologia, desse nefasto de conjunto de idéias pensadas pelo homem de modo a negar a realidade, fundada na vida vivida em conformidade com o Todo que vem de Deus, que não é fácil.
3) Afinal, se Deus é negado, então o Estado será tomado como se fosse religião, pois tudo estará no Estado e nada estará fora dele ou contra ele. Não existe via alternativa.
4.1) Este é o pano de fundo de tudo o que venho refletindo. Nunca aceitei esse negócio de tomar o Brasil como uma segunda religião, de modo a negar a verdadeira.
4.2) Afinal, se nasci no Brasil, ao menos tenho o direito de saber por que razão estou aqui. E isso me leva a estudar - como a escola não me deu uma boa razão para isso, então eu trilho meu caminho.
4.3.1) Afinal, há pessoas que não compreendem bem as razões pelas quais vivem neste país tão destituído de sentido - a maioria, ao invés de estudar, preferirá emigrar a estudar, o que constitui fuga do problema, fuga da realidade.
4.3.2) Como nada é fácil, o país será tomado como um lar a partir dos poucos que estudam e compreendem o Brasil como ele é, com seus encantos e suas feiuras.
4.3.3) Por isso que digo que este país é para poucos - e esses poucos serão tão numerosos quanto as estrelas do Céu, dado que constituem a minoria fundada no espírito de Abraão, que viveu a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 27 de junho de 2017.
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