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terça-feira, 27 de outubro de 2015

Notas sobre a função empresarial

1) Os austríacos costumam falar em função empresarial pura. E que nela você pode criar riqueza a partir do zero. Eu discordo quanto ao fato de que é possível criar algo a partir do zero - se você está servindo aos outros por conta do fato de que as pessoas amam e rejeitam as mesmas coisas que você, tendo por Cristo fundamento, então a função empresarial se funda no princípio da causalidade.

2) Se você tem um amigo A que tem Euros, você presta serviços a ele em troca desses Euros. Se um outro amigo B está precisando viajar e está precisando de Euros, você dá esses euros, em troca de alguma coisa relevante, seja no presente, seja no futuro. 

3) A função empresarial é conforme o Todo que vem de Deus se as pessoas com as quais você lida amam e rejeitam as mesmas coisas, tendo por Cristo fundamento. Isso faz toda uma diferença, a ponto de ser uma contracultura àquela que toma a indiferença como o norte de todas as coisas, que tem caráter revolucionário, já que nega a fraternidade universal.

4) Quando você está atento a todos os detalhes, você sabe aquilo de que seus amigos estão precisando - e aí você vai atendendo as necessidades dos seus amigos até o momento em que é chegada a hora da devida recompensa pelos serviços prestados; como essa ajuda teve causa produtiva, já que você se importou com os outros, a ponto de investir tempo e trabalho para executar um empreendimento organizado, você merece ser remunerado, a título de juros. Como Deus é quem tem o controle do tempo, o que será dado vai ser bem maior do que aquilo que a sabedoria humana é capaz de convencionar, isso se seus amigos tiverem Deus no coração. De nada adianta fazer uma ação organizada se Deus não for o centro de todas as coisas.

5) Receber coisas diversas de dinheiro é extremamente vantajoso quando você serve a todos os seus pares, tendo por Cristo fundamento. E para se tomar o país como se fosse um lar, é preciso saber atender a certas pessoas em especial naquilo que elas mais necessitam, naquele momento, nas suas verdadeiras necessidades. 

6) É por essas razões que o nacionismo pede uma economia personalista - e a base dela é a comunidade dos que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento. Sem a amizade, fica impossível empreender servindo - e se você não for um bom servidor, você não poderá influir nas pessoas a ponto de trocarem o que é errado e falso pelo certo e conforme o Todo que vem de Deus. 

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de outubro de 2015 (data da postagem original).

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