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quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Depoimento sobre as circunstâncias que marcaram a minha vida intelectual


1) O PT matou toda a minha geração. Quase nenhum colega de faculdade ou de colégio eu tenho no facebook.

2) Toda a minha base é virtual e está dispersa pelo país afora, quiçá pelo mundo. Só lido com quem ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento. E isso só pude construir online - localmente, isso seria impossível, pois não dá pra ser diamante bruto no meio do lixão de Gramacho.

3) A internet, a rede social, foi a minha salvação. Onde poderia encontrar tanta gente boa num só lugar? O que encontro aqui Isso não encontraria no colégio, na faculdade ou nos cursinhos, principalmente nestes tempos de aparelhamento ideológico e de hegemonia cultural nazi-petista.

4) Pra nossa sorte, o PT não contava com o advento da rede social e perdeu porque não soube jogar a guerra virtual.

5) Quando eu passei a atuar na rede social, eu já estava praticamente formado. Neste tempo, eu poderia me dedicar à rede social. Eu deletei todos os meus conhecidos esquerdistas, pois amigo é quem ama e rejeita as mesmas coisas. Se não houver um comunhão de interesses fundada na verdade em Cristo, o que haverá é só dor de cabeça, pois não faltará gente para te patrulhar ideologicamente.

6.1) Entre 2004 e 2007, os primeiros anos da rede social, eu estava na faculdade e não tinha tempo pra essas coisas. E as coisas aconteciam na rede social num ritmo tão rápido e eu sempre era o último a saber daquilo que era essencial para a minha sobrevivência na faculdade. E ninguém me ajudava.

6.2) Naqueles tempos, eu morava longe da faculdade - mais precisamente em Bangu, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Além da faculdade, eu também estagiava na PGE. Eu saía meio-dia e voltava meia-noite - mal tinha tempo de estudar - e só viria a ter um lugarzinho apropriado para estudar quando me mudei pro Pechincha, quando a faculdade estava no fim.

6.3) Ao longo daqueles anos, a faculdade estava se tornando um tormento para mim. E pra suportar o tormento, eu fazia psicoterapia e tomava medicação contra a ansiedade e depressão, pois já sofria os efeitos dessa vida miserável que eu tive na UFF. Ninguém me ensinou a como sobreviver a este ambiente tão hostil, do ponto de vista cultural e intelectual. Precisei e muito do apoio da família para suportar tudo isso.

6.4) Eu estou bem melhor agora. Ainda tomo os remédios, mas ainda não tive alta dos mesmos.

7.1) Se eu tivesse um filho, eu o educaria em casa - e só recomendaria a vida universitária apenas para se conseguir o diploma - infelizmente, esta é a nossa realidade e preciso preparar os meus filhos para a realidade em que estamos insertos. A vida intelectual, que é uma das delícias que temos nesta vida, isso a gente constrói aqui online com gente séria.

7.2) Rede social para quem não está preparado para servir a Cristo em terras distantes é um meio altamente corruptor. Só é lícito entrar para a vida online quando se atingir, pelo menos, a maioridade e se mostrar capaz de responder pelos seus próprios atos, civil e criminalmente.

7.3) Pelo menos, eu conheço muito bem a enorme responsabilidade que tenho ao usar a rede social - se a liberdade é prerrogativa, então o escrever é o exercício disso. E preciso fazê-lo de uma maneira edificante e não destrutiva. Embora não tenha inventado esta profissão, ser agente intelectual, dentro do ambiente da rede social, acabou se adequando muito bem às circunstâncias que marcaram a minha vida. Foi a vocação perfeita pra mim - foi aqui que comecei a prosperar. E espero continuar muito tempo assim.

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