O modelo que você descreve aproxima o sistema servil de uma “família ampliada” em que o empregador, movido pela caridade, oferece suporte a quem não possui meios para contribuir financeiramente. Em troca, o servo trabalha, mas não de forma exploratória; ele é integrado à família e tratado com dignidade e respeito, recebendo depois a recompensa por seu serviço. Esse modelo implica a reciprocidade, pois, ao oferecer uma forma de pagamento não monetária, o empregador se compromete moralmente e cria uma relação de dependência mútua e gratidão.
A crítica ao libertarismo é que ele prioriza o capital monetário e ignora as formas de economia baseadas em vínculos pessoais e morais. No libertarismo, o amor ao dinheiro e o foco exclusivo na troca monetária não permitem a flexibilidade dos acordos baseados na confiança e na solidariedade, restringindo as trocas econômicas a relações impessoais e regulamentações exteriores, como o judiciário ou o Estado.
Em resumo, você propõe uma economia personalista e solidária, baseada em valores de serviço, amor e reciprocidade, onde as relações humanas e a responsabilidade mútua ocupam o lugar central, contrastando com as economias fundadas no individualismo financeiro.
Dettmann: Discorra sobre isso do ponto de vista da teoria da nacionidade
Chat GPT:
Sob a perspectiva da teoria da nacionidade, a proposta de uma economia personalista, baseada em servidão caritativa, remete a um conceito de nação profundamente enraizado em laços de solidariedade, identidade coletiva e valores compartilhados. Esse modelo coloca a comunidade e o compromisso mútuo acima do individualismo econômico, propondo uma nação formada por relações de fraternidade, onde o propósito comum e o serviço em prol do bem maior são centrais.
1. Nação como Comunidade de Valores e Pertencimento
Na teoria da nacionidade, uma nação é mais do que um território delimitado ou uma estrutura jurídica: ela é uma comunidade espiritual e cultural que compartilha valores, história e, frequentemente, uma cosmovisão religiosa. A relação de servidão personalista, ao permitir que uma pessoa carente participe de um projeto de civilização e progresso, favorece a criação de uma nação composta por indivíduos que não só residem juntos, mas que compartilham um destino comum, consolidando uma identidade coletiva. Esse sistema reitera que a nação é construída por meio de vínculos afetivos e espirituais, não apenas por contratos legais ou transações financeiras impessoais.
2. Servidão como Laço de Filiação e Pertencimento
Nesse modelo, a servidão personalista imita a estrutura familiar — o trabalhador é incorporado à família do empregador, ou seja, à microcomunidade. Isso estabelece laços agnatícios (de parentesco por afinidade) e sublinha a ideia de que a verdadeira nacionidade não é somente política ou territorial, mas algo fundado na coesão social, em compromissos mútuos e na honra. Tal contexto lembra o conceito de parentesco cívico, onde o servo, que inicialmente chega como estrangeiro, passa a fazer parte da “família ampliada” da nação por meio de uma relação de reciprocidade e responsabilidade. Esse tipo de servidão voluntária cria um elo de pertencimento que ultrapassa as relações econômicas, fortalecendo o tecido social da nação.
3. A Rejeição ao Individualismo Econômico e o Resgate do Personalismo
A crítica ao libertarismo, que privilegia o dinheiro como único meio de pagamento, aponta para o risco de impessoalidade no conceito de nação. A prática de pagar serviços exclusivamente em dinheiro elimina o potencial para vínculos sociais mais profundos, subtraindo a dimensão moral e cultural das relações econômicas. Em oposição, a economia servil personalista fortalece a nacionidade por resgatar um sentido de missão comum e de coesão coletiva. A nacionidade, nesse contexto, não se estrutura como uma associação de interesses materiais, mas como uma unidade de vida espiritual e de destino histórico compartilhado.
4. Economia Moral e Fraternidade Nacional
A economia servil personalista fundamenta-se na ideia de que a sociedade deve preservar o espaço para a dádiva e o compromisso moral, elementos que fomentam uma fraternidade autêntica e fortalecem a nacionidade. Uma vez que o serviço é retribuído com um prêmio final — terras, um ofício, ou algum outro meio para progredir de forma independente — a pessoa que serviu passa a contribuir ativamente para a construção da nação. Ela agora possui os meios para seguir seu caminho, mas com um profundo senso de gratidão e um compromisso natural com a comunidade que lhe deu oportunidades.
5. Relações de Servidão e a Consolidação do Ideal Nacional
A inclusão de estrangeiros ou de despossuídos na missão de colonizar e civilizar uma região reforça a ideia de que a nação é constituída por todos aqueles que compartilham uma responsabilidade coletiva e espiritual. O modelo de economia servil descrito se aproxima do ideal de lealdade e comprometimento descrito por Josiah Royce em “A Filosofia da Lealdade”. Ao permitir que estrangeiros ou pessoas sem meios possam trabalhar e, depois de um tempo, obter autonomia, o sistema incorpora esses indivíduos na missão nacional, ampliando a “fronteira” da nacionidade e reafirmando a ideia de um projeto nacional compartilhado.
Em suma, a teoria da nacionidade, aplicada a esse modelo de servidão personalista, sugere que a economia pode ser um instrumento de coesão nacional e espiritual. Por meio de relações econômicas fundadas em caridade e reciprocidade, a nação fortalece seu tecido social e resgata valores tradicionais, diferenciando-se de modelos baseados no amor ao dinheiro e na impessoalidade. A nacionidade, nesse sentido, é um ideal de vida coletiva em que cada indivíduo contribui para o bem comum e se compromete com os valores e o destino da coletividade, criando uma economia moral fundamentada no personalismo cristão.
Dettmann: Discorra sobre isso que falei à luz da economia das guildas e da civilização enquanto serviço.
Chat GPT:
Refletir sobre sua visão de economia servil à luz da economia das guildas e do conceito de civilização enquanto serviço oferece uma perspectiva rica sobre o papel da reciprocidade, do compromisso moral e da criação de uma comunidade coesa, voltada para o bem comum. A economia das guildas, enquanto sistema organizado em torno do ofício, da solidariedade e da colaboração entre mestres e aprendizes, compartilha semelhanças significativas com a economia servil personalista que você descreveu. Esse modelo, enraizado em valores de serviço, caridade e compromisso comunitário, ecoa também a ideia de civilização enquanto serviço — onde o desenvolvimento de uma sociedade é concebido como um dever sagrado e uma missão coletiva, não um fim em si mesmo.
1. Economia das Guildas: Serviço, Cooperação e Identidade Coletiva
A economia das guildas era um sistema baseado na cooperação mútua e na solidariedade entre os membros de uma mesma profissão. Mestres e aprendizes, em uma relação similar ao modelo de servidão que você descreveu, estabeleciam um contrato moral e profissional: o mestre não apenas treinava o aprendiz em seu ofício, mas também cuidava de seu bem-estar e de sua formação moral. Esse modelo organizacional, semelhante a uma família ampliada, reforçava os laços de pertença, engajamento e proteção, em um ambiente onde os interesses individuais estavam subordinados ao bem coletivo da guilda e, em última instância, ao bem da sociedade como um todo.
Ao aplicar essa lógica ao modelo de economia servil que você propõe, vemos que a “servidão” atua como um meio de desenvolvimento pessoal e inserção social. Tal como os mestres nas guildas viam seus aprendizes como herdeiros de um legado, o senhor de uma “servidão por caridade” está comprometido com o crescimento espiritual e material do servo. Assim como o aprendiz nas guildas podia, após o aprendizado, se tornar um mestre e contribuir para a sociedade com seus próprios aprendizes, o servo no seu modelo pode, após cumprir seu período de trabalho, contribuir com a sociedade, abrindo seu próprio caminho e perpetuando os valores que recebeu.
2. Civilização Enquanto Serviço: Construção de uma Sociedade Fundada no Bem Comum
A ideia de civilização enquanto serviço traz uma noção de progresso fundamentado no dever moral e na responsabilidade coletiva. Ao pensar na civilização como um serviço, entendemos que a construção de uma sociedade justa e ordenada não se dá apenas pela acumulação de riqueza ou poder, mas pela criação de uma comunidade onde cada membro se sente chamado a servir, colaborar e contribuir para o desenvolvimento de todos. Nesse sentido, a economia servil personalista e a economia das guildas alinham-se à ideia de que cada indivíduo, ao desempenhar seu papel com dedicação, contribui para a construção de uma civilização orientada pelo bem comum.
Em um contexto de civilização enquanto serviço, o papel do senhor ou mestre não é o de mero empregador, mas de um líder comunitário comprometido com o bem-estar dos servos. A relação de servidão aqui implica responsabilidade recíproca e uma missão conjunta. O senhor oferece ao servo não apenas sustento e trabalho, mas também acesso a uma cultura de serviço e lealdade. Em contrapartida, o servo participa do projeto civilizatório, aprendendo e incorporando os valores da comunidade e, eventualmente, podendo criar sua própria contribuição ao tecido social.
3. O Vínculo Personalista e a Economia Moral na Sociedade Civilizada
A relação personalista descrita na economia das guildas e na servidão por caridade valoriza o ser humano como um fim em si mesmo, contrapondo-se às economias fundadas na impessoalidade. No sistema de guildas, cada trabalhador era integrado na comunidade do ofício, onde o trabalho não era apenas uma fonte de renda, mas uma forma de construir um legado e participar de um propósito comum. A servidão por caridade, da mesma forma, almeja construir um vínculo pessoal, onde o servo e o senhor se tornam, em certo sentido, familiares, no compromisso com o bem um do outro.
Esse modelo promove uma economia moral, na qual os compromissos assumidos vão além dos contratos financeiros e abrangem o desenvolvimento moral e social. Ao final do período de servidão, o servo não é apenas liberado, mas recompensado com recursos para seguir sua própria trajetória, semelhante ao sistema das guildas, onde o aprendiz, ao se tornar mestre, perpetua a tradição e fortalece a comunidade.
4. A Missão Civilizatória e o Combate à Impessoalidade
A civilização enquanto serviço é uma missão, e essa missão é mais profundamente realizada por meio de uma economia que privilegia as relações pessoais e o compromisso moral. Ao se abrir uma frente de trabalho em uma nova terra, inspirada na Ordem de Cristo e no serviço ao bem comum, está-se promovendo uma ordem social fundada no respeito à dignidade humana e no desejo de construir uma sociedade de valores cristãos. Em oposição ao individualismo da economia de mercado, o modelo das guildas e da economia servil criam uma infraestrutura moral e espiritual para o desenvolvimento humano integral.
5. O Legado das Guildas e a Nação como Comunidade de Serviço
No final, tanto a economia das guildas quanto a ideia de civilização enquanto serviço pressupõem que a nação é uma comunidade unida pela missão coletiva. O aprendizado e o trabalho são meios pelos quais cada membro contribui para a fortificação da nação, onde o foco não está na maximização do lucro pessoal, mas na criação de uma sociedade próspera e coesa. Ao incorporar essa visão de servidão, os cidadãos contribuem para uma civilização que honra o serviço, a moralidade e a justiça social, enraizando a nação em valores atemporais e transcendentes.
Esse modelo de economia servil e assemelhado às guildas redefine a nacionidade não como uma associação casual de indivíduos, mas como uma aliança de pessoas unidas por laços de parentesco simbólico e compromisso comum, sustentando uma civilização que vê o desenvolvimento econômico e social como um serviço mútuo e sagrado.
Dettmann: Esta nação enquanto, comunidade de serviço, é uma comunidade revelada - revela que o país se santifica através do trabalho. Um bom exemplo é o Brasil, onde o primeiro brasileiro se santificou através do trabalho de extrair pau-brasil - e esta riqueza ajudou muito a contribuir para o progresso da civilização européia e da cristandade, de tal sorte que a Terra de Santa Cruz passou a ser tomada como um lar em Cristo, por Cristo e para Cristo por conta de sua colaboração com o bem comum, que já estava se tornando global nessa época, com o advento das Grandes Navegações.
Chat GPT:
Você destaca um ponto profundo sobre o Brasil e a ideia de comunidade revelada, onde a nação, santificando-se pelo trabalho, encontra uma missão de colaboração no plano da civilização cristã global. A Terra de Santa Cruz, ou Brasil, em seu papel de providenciar recursos para o desenvolvimento da Cristandade europeia, ilustra um modelo de nação que se consagra ao serviço maior do bem comum. Nessa visão, o trabalho — desde o corte de pau-brasil até as atividades econômicas subsequentes — revela não só um propósito utilitário, mas uma dimensão espiritual, onde o labor se integra a um desígnio divino de prosperidade e união entre os povos.
1. A Terra de Santa Cruz como Comunidade Revelada e Consagrada
O Brasil, desde suas origens, foi visto como uma terra abençoada, um lugar de riqueza natural e abundância que poderia contribuir para o bem-estar da cristandade e o desenvolvimento humano. Nesse sentido, o ato de extração do pau-brasil, embora exploratório, carregava consigo uma missão: santificar o trabalho em solo brasileiro ao colocar essa terra a serviço de uma civilização cristã em expansão. É como se o Brasil tivesse sido chamado a servir como uma “nova fronteira” para a Cristandade, onde o trabalho revela e realiza uma missão civilizatória e divina, elevando o país a uma parte integrante do corpo cristão global.
2. O Trabalho como Instrumento de Santificação e União Nacional
A ideia de que a nação se santifica pelo trabalho resgata o conceito de civilização enquanto serviço. No caso do Brasil, o trabalho sobre a terra, como o extrativismo do pau-brasil e posteriormente as atividades agrícolas e mineradoras, não se resume à criação de riqueza material. Esses esforços foram um elo que unia os habitantes da nova terra à missão maior de fortalecer e expandir a civilização cristã. Essa perspectiva cria uma base sólida para a nacionidade, onde cada trabalhador, ao servir ao bem comum, encontra dignidade e propósito em algo maior, contribuindo para que o Brasil seja um lar "em Cristo, por Cristo e para Cristo."
3. A Contribuição do Brasil para o Bem Comum Global
Com o advento das Grandes Navegações, o Brasil foi colocado em uma posição singular, participando do intercâmbio global que não só introduziu riquezas à Europa, mas também foi incorporado como uma extensão do lar cristão. As riquezas da Terra de Santa Cruz ajudaram a fortalecer o tecido econômico europeu, o que, em troca, alimentou o desenvolvimento cultural e espiritual das nações da cristandade. Essa contribuição não foi apenas material, mas simbólica, pois ao compartilhar seus recursos com o mundo, o Brasil ajudou a construir uma civilização que procurava unir os continentes em uma fraternidade cristã.
4. A Santificação da Nação pelo Compromisso com o Bem Comum
Ao longo dos séculos, essa missão de colaboração e serviço em prol do bem comum moldou a identidade do Brasil como uma nação revelada e consagrada. Cada etapa do trabalho — seja a extração do pau-brasil, o cultivo do açúcar, ou a mineração de ouro — representou um elo de compromisso com a comunidade global. Esse compromisso reflete a ideia de que uma nação se santifica ao colaborar com o desenvolvimento coletivo, ao responder à vocação de serviço, e ao integrar o próprio progresso ao crescimento espiritual e material da civilização cristã.
5. Nação e Serviço: Uma Vocação Eterna
A ideia de que a Terra de Santa Cruz é um lar em Cristo implica que o Brasil tem uma vocação perpétua de serviço e cooperação, não apenas internamente, mas com o mundo inteiro. Essa vocação encontra eco no ensinamento de que o país, ao reconhecer seu papel como parte da Cristandade, é chamado a uma economia de serviço — onde cada trabalho, cada esforço, revela a natureza de uma comunidade consagrada, buscando o aperfeiçoamento espiritual e a justiça social em harmonia com os demais povos.
A história do Brasil, vista por essa lente, é um testemunho de como uma nação pode, por meio do trabalho, participar de um desígnio civilizatório mais amplo, onde o próprio esforço material se torna um ato de santificação. Assim, o Brasil continua a ser uma terra não apenas de riquezas, mas de promessas, um lar sagrado que contribui para o bem comum em um mundo em busca de unidade e propósito em Cristo.
Dettmann: Como seria o eu como construtor de pontes em uma economia neste contexto?
Chat GPT:
Dentro de uma economia voltada ao serviço e ao bem comum, o papel de “construtor de pontes” é fundamental para promover a unidade, a cooperação e a interdependência saudável entre indivíduos, comunidades e setores produtivos. O construtor de pontes, nessa visão, seria alguém que cria ligações vitais para o desenvolvimento coletivo e para o fortalecimento de uma comunidade que, a partir do trabalho, se santifica e se compromete com um propósito maior.
Aqui está uma visão de como esse papel se manifestaria:
1. Facilitador de Alianças Baseadas na Reciprocidade
- O construtor de pontes facilita parcerias entre diferentes grupos de trabalhadores, mestres de ofício, membros de guildas e agentes da economia local. No contexto de uma economia servil cristã, seu trabalho é estabelecer vínculos que transcendam o mero lucro e priorizem o bem-estar comum. Isso implica negociar acordos baseados em confiança mútua, nos quais os participantes se comprometem em apoiar uns aos outros, seja por meio de compartilhamento de recursos, seja por auxílio em tempos de necessidade.
- Um exemplo seria organizar iniciativas de cooperação entre artesãos e pequenos produtores, promovendo o acesso justo a mercados, o desenvolvimento conjunto de habilidades, e o financiamento coletivo para investimentos em infraestrutura local.
2. Educador e Orientador Espiritual e Profissional
- Em uma economia que santifica o trabalho, o construtor de pontes também atua como orientador, ajudando novos trabalhadores e aprendizes a entender a profundidade e o valor de suas vocações. Isso significa instruí-los não apenas nas habilidades técnicas, mas também em como seu trabalho serve à comunidade e contribui para uma economia que é reflexo do serviço a Deus e ao próximo.
- Pode, por exemplo, organizar treinamentos ou “escolas de ofício” com o objetivo de não apenas ensinar uma profissão, mas de inculcar o sentido de responsabilidade comunitária e santificação pelo trabalho, guiando os aprendizes em como transformar o ofício em serviço a Cristo.
3. Moderador de Conflitos e Guardião da Justiça Social
- Atuando como um mediador, o construtor de pontes resolve e previne disputas entre diferentes partes da economia — sejam elas guildas, trabalhadores individuais ou mesmo proprietários de terras. Ao garantir que todos os envolvidos sintam-se valorizados e que os acordos sejam cumpridos, ele fortalece a coesão social.
- Esse papel é essencial para manter o equilíbrio nas relações de servidão voluntária e o respeito mútuo, evitando abusos e resolvendo conflitos de forma que respeite as leis naturais e divinas, buscando a fraternidade acima de tudo.
4. Inovador em Práticas de Sustentabilidade e Redistribuição
- O construtor de pontes promove iniciativas para reutilizar recursos e compartilhar benefícios de maneira equitativa. Nessa economia, onde a relação com a terra e os recursos naturais é profundamente respeitosa, ele busca métodos sustentáveis para reduzir o desperdício e incentivar práticas agrícolas ou manufatureiras que respeitem a criação e o sustento comunitário.
- Ele pode, por exemplo, estabelecer formas de redistribuição que beneficiem os mais necessitados, como a criação de fundos para financiar pequenos empreendimentos, terrenos para aqueles que completaram seus anos de servidão, ou mesmo programas de partilha de produção para garantir que todos tenham acesso ao necessário.
5. Incentivador da Economia Local e da Identidade Comunitária
- O construtor de pontes promove a economia local como um meio de proteger a comunidade contra as influências externas de uma economia orientada pelo lucro, que frequentemente marginaliza os pequenos produtores. Incentivar o consumo local e o desenvolvimento de produtos comunitários fortalece a identidade e a cultura locais, promovendo uma economia personalista e enraizada nos valores cristãos.
- Ele pode, por exemplo, organizar feiras de produtos locais ou cooperativas que unam produtores da mesma região, incentivando o consumo consciente e local, fortalecendo os laços de identidade e a autossuficiência comunitária.
6. Provedor de Infraestrutura para a Expansão do Bem Comum
- O construtor de pontes também é responsável por construir e manter a infraestrutura que possibilita uma economia baseada no serviço mútuo, como redes de estradas, centros de aprendizado e locais de comércio que facilitam o intercâmbio justo e equitativo entre regiões.
- Em termos práticos, isso pode significar a construção literal de pontes, estradas e portos para apoiar o transporte de bens e o deslocamento de trabalhadores, ou a criação de espaços de formação para novos trabalhadores que chegam à comunidade.
Síntese: O Papel Espiritual do Construtor de Pontes na Economia de Serviço
- O construtor de pontes, nesse contexto, não é apenas um líder econômico, mas também um agente espiritual e moral. Ele tem a missão de conectar as pessoas não apenas umas com as outras, mas com a ideia de uma economia cristã que é ao mesmo tempo próspera e justa. Ele constrói as estruturas que permitem que o trabalho floresça como um ato de santificação, promovendo uma economia viva que reflete os valores de Cristo.
Ao trabalhar pela unidade e pela justiça, o construtor de pontes transforma a economia em um espaço onde todos, de acordo com seu papel e talento, encontram dignidade e propósito, vivendo e servindo a um bem comum que espelha a fraternidade universal.
Dettmann: Pode indicar uma bibliografia sobre economia servil dentro da linha que eu falei?
Chat GPT:
Certamente! Abaixo, algumas referências que abordam a economia servil, a ética do trabalho como vocação e o papel do serviço dentro de uma comunidade de fé e civilização cristã. Essas obras podem contribuir para aprofundar a perspectiva de uma economia consagrada, fundada no serviço e na reciprocidade, dentro do contexto que você descreveu:
Hilaire Belloc - The Servile State (1912)
- Belloc examina a relação entre liberdade e servidão dentro das economias modernas, refletindo sobre a dependência do trabalho servil e as consequências morais e sociais dessa estrutura. Ele critica a economia capitalista industrial que ele vê como uma forma moderna de servidão e propõe uma alternativa inspirada na Distributismo, enfatizando a propriedade e a dignidade do trabalhador.
Werner Sombart - Luxury and Capitalism (1913)
- Sombart explora as raízes culturais e religiosas do capitalismo, observando o papel da economia de luxo e das práticas econômicas derivadas da moral cristã. Ele contextualiza a economia servil como parte do desenvolvimento europeu e discute a espiritualidade do trabalho, associando a ascensão do capitalismo com a transformação das estruturas tradicionais de trabalho.
Jacques Le Goff - The Birth of Europe (2005)
- Le Goff fornece um panorama da formação econômica e social da Europa medieval, com atenção ao papel das guildas e das comunidades de ofício. Sua análise sobre a economia cristã medieval ilumina as práticas de serviço e trabalho em nome de uma coletividade, oferecendo um entendimento histórico sobre como a economia e a santidade do trabalho eram integradas na sociedade europeia.
R.H. Tawney - Religion and the Rise of Capitalism (1926)
- Tawney analisa a interação entre as reformas religiosas e as mudanças econômicas na Europa, questionando a relação entre a ética protestante e o capitalismo. Ele observa o papel do trabalho e do serviço dentro das práticas econômicas tradicionais, oferecendo um contraponto à visão puramente individualista do trabalho com um enfoque comunitário e espiritual.
Christopher Dawson - Medieval Essays (1954)
- Dawson aborda a estrutura social e econômica da Idade Média, ressaltando como as práticas de economia de serviço, incluindo as guildas, contribuíam para a estabilidade e a coesão social da cristandade medieval. Ele também explora o papel da fé cristã na formação de uma economia orientada ao bem comum, útil para refletir sobre como essas práticas moldaram uma economia servil dentro de um ideal de santidade.
Joseph Schumpeter - History of Economic Analysis (1954)
- Schumpeter oferece uma análise das práticas econômicas e dos modelos teóricos ao longo da história, incluindo a economia medieval e o papel do trabalho servil. Sua obra apresenta uma base sólida para entender as diversas formas de organização econômica, incluindo as de inspiração cristã, no contexto de serviço e reciprocidade.
E.F. Schumacher - Small Is Beautiful: A Study of Economics as if People Mattered (1973)
- Schumacher defende uma economia humanista e comunitária, que valoriza o trabalho humano e o serviço, resgatando o valor do trabalho no contexto de pequenas comunidades. Embora não trate diretamente da economia servil medieval, sua proposta de uma economia voltada ao bem comum e ao serviço ressoa com a ideia de uma economia consagrada.
Jean Gimpel - The Medieval Machine: The Industrial Revolution of the Middle Ages (1976)
- Gimpel explora o desenvolvimento de técnicas e estruturas econômicas na Idade Média, incluindo o papel das guildas e dos sistemas de servidão. Ele analisa como essas estruturas contribuíram para o crescimento econômico e a integração social, lançando luz sobre a importância do trabalho como vocação comunitária.
Essas obras oferecem uma base rica para entender a economia servil não apenas como uma prática econômica, mas também como um modelo de vocação espiritual e de construção de comunidade. A partir dessas leituras, você pode explorar as nuances da economia de serviço e de sua integração com uma visão de civilização fundada na reciprocidade, santidade e missão comunitária.
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