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sábado, 28 de abril de 2018

Notas sobre a perversão de um bem concreto e em um bem imaginário - o caso da comida

1.1) A comida, como um bem concreto, tem o propósito de manter o corpo, de tal maneira a estar livre de doenças.

1.2) É também um conforto para a alma, pois coisas que possuem boa qualidade são feitas com amor e carinho, já que os consumidores desses alimentos são vistos como irmãos de Cristo por quem os produz - e como a conformidade com o Todo que vem de Deus é motivo de excelência, então o alimento é usado como uma forma de evangelização, pois a pessoa toma o país como um lar em Cristo mais facilmente, a ponto de servir a Ele nestas terras que consagram Jesus como o Rei do lugar, tal como ocorre na Polônia, hoje em dia.

2.1) Para quem vê a riqueza como um sinal de salvação, a qualidade é o que menos importa - o que importa é o ganho sobre a incerteza, já que a sociedade é dividida entre eleitos e condenados e ninguém está interessado em amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo, mas em ter parceiros que conservem junto com ele o que é conveniente e dissociado da verdade, a ponto de se tornar um projeto de poder onde tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele.

2.2) Num ambiente de incerteza, a comida não alimentará, nem trará conforto para a alma. Ela pode ser usada como um veneno de forma a matar os condenados - no caso, os mais pobres.

2.3) Se a riqueza é vista como um sinal de salvação, isso fará da agricultura um negócio, a ponto de se especular com a comida. E se a comida não atingir o preço desejável, então ela será descartada.

3.1) Outra forma de especulação da comida pode ser feita através da publicação de relatórios científicos falsos, que são vendidos como se fossem verdadeiros, quando são divulgados na imprensa.

3.2.1) Isso faz a comida ser consumida como se fosse um remédio, pois a pessoa está buscando o salvacionismo do corpo, a boa saúde pela boa saúde.

3.2.2) E como todo bom hipocondríaco, o sujeito consumirá toda a sorte de alimento, desenvolvendo uma verdadeira gastrolatria, fazendo que a comida adquira um caráter de bem imaginário, fundamental para o salvacionismo do corpo, tomado como se fosse religião e fundado no amor de si até o desprezo de Deus. E nesse ponto a comida atinge um grau de ídolo como os amuletos e mandingas dos tempos antigos.

4.1) Se a riqueza é vista como sinal de salvação, o consumismo é estimulado. E o consumismo, estimulado pela propaganda, estimula desejos desordenados, feitos de tal maneira a fazer com que um bem concreto adquira um caráter de bem imaginário, fazendo com que ele perca a sua real utilidade fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus, perdendo seu caráter salvífico.

4.2.1) Não é à toa que a comida consumida tal como um hipocondríaco consome um remédio é um verdadeiro veneno - e se considerarmos que usam defensivos agrícolas tóxicos para os humanos, então ela passa a ser usada como arma de destruição em massa.

4.2.2) E neste ponto, fazer da riqueza como um sinal de salvação atinge uma conotação genocida, o que serve aos propósitos do governo mundial, que quer despovoar o mundo.

5) Afinal, a lógica de dividir o mundo em eleitos e condenados é parte do projeto revolucionário de poder.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 28 de abril de 2018.

A criança deficiente ou doente é um verdadeiro evangelho em si mesma

1.1) O homem precisa do pão para sobreviver e da palavra de Deus para viver.

1.2) Sobreviver implica estar completamente saudável, livre de qualquer doença ou ferimento que o impeça de produzir, de modo a fazer o país ser tomado como se fosse um lar em Cristo, o que nos perpara para a pátria definitiva, que se no Céu.

1.3) Viver faz com que os fortes construam um ambiente em que os fracos, os doentes, os incapazes e os indefesos possam tomar o país como um lar em Cristo junto com os fortes, pois os fortes vêem nos fracos a figura de Cristo necessitado de ajuda. Afinal, Jesus já foi uma criança indefesa e precisou da força de São José e do auxílio maternal da virgem Maria para protegê-lo de déspotas como Herodes, que queriam matá-Lo.

2.1) O que torna uma criança fraca, frágil e indefesa numa pessoa forte é a família virtuosa. Com os devidos cuidados e com o todo o amor fundado na conformidade com o Todo que vem de Deus, uma criança chega à idade adulta servindo a todos os que necessitam de ajuda.

2.2) Mesmo que uma criança permaneça em estágio de fraqueza ou de deficiência até a idade adulta, a vida com deficiência é um plano de Deus, pois essa família está tendo a fé testada por Deus de modo que ela se torne ainda mais virtuosa nas gerações seguintes.

2.3) Enfim, ter na família uma pessoa deficiente que necessite de cuidados, tal como houve no passado, é um evangelho que faz com que a família passe a ser mais nobre e viva a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus.

2.4) Se uma pessoa deficiente não é cuidada com o devido carinho, como é que as pessoas honrarão os mortos? Afinal, quem não honra os mortos não honrará os vivos, a tal ponto que os fracos serão eliminados pelos fortes, por conta de haver uma cultura de eleitos e condenados, o que é fora da conformidade com o Todo que vem de Deus.

3) Enfim, de nada valerá uma tradição se a coisas são feitas para se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, tal como ocorre na Inglaterra, que matou Charie Gard e Alfie Evans.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 28 de abril de 2018.

Mais sobre a diferença entre bens concretos e bens imaginários em Aristóteles

1.1) Como já foi dito, Aristóteles apontou a diferença entre bens concretos e bens imaginários.

1.2.1) Os bens concretos atendem a necessidades humanas. 

1.2.2) Como o homem é criatura, essas necessidades atendidas também agradam ao Criador: Deus. Afinal, o ser humano não vive só de pão, mas também da palavra de Deus, pois são necessidades ordenadas, fundadas na verdade, na conformidade com o Todo que vem de Deus, dado que preparam as coisas para a vida eterna.
1.3.1) Um bem imaginário se funda numa necessidade humana desordenada, fundada no fato de se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade. Exemplo disso é a produção de amuletos e ídolos - esses atendem a necessidades humanas desordenadas fundadas no amor de até o desprezo de Deus.
1.3.2) Até mesmo crianças para sacrifícios humanos são bens que atendem a essas necessidades humanas desordenadas, por isso mesmo bens ilícitos, pois atentam contra a Lei Eterna. Eis no que dá a economia humana puramente subjetiva - como cada um tem a sua própria verdade, então a tendência é se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade.
2.1) Para necessidades humanas ordenadas, a produção organizada de bens deve ser ordenada, pois a fé verdadeira leva a uma boa razão para se fazer isso, levando-se a conservar o que é conveniente e sensato a ponto de isso apontar para aquilo que leva à conformidade com o Todo que vem de Deus.
2.2) Se a fonte de todas as riquezas decorre da terra, então da terra virá não só o alimento mas também as matérias-primas que precisarão ser transformadas de modo a se criar os bens de consumo necessários para o atendimento das necessidades humanas. 

2.3) É como se fosse construída toda uma pirâmide que aponta diretamente para Deus, já que o homem d'Ele decorre. Organizar a casa de modo a que o país inteiro seja tomado como um lar em Cristo é parte da economia da salvação.
3.1) Quando se leva em conta o amor de si até o desprezo de Deus, o dinheiro se torna o padrão universal de valor, a ponto de ser uma espécie de salvação.
3.2.1) Num mundo dividido entre eleitos e condenados, a concentração de riqueza leva também à concentração dos poderes de usar, gozar e dispor em poucas mãos, a ponto de não admitir a edificação de uma nova ordem que combata a vilania dessas coisas fundadas no pecado.
3.2.2) Isso faz com que a colaboração, que prepara sistematicamente a todos para a vida eterna, se perverta numa competição, numa briga de morte em que uns tendem a ficar ricos à custa dos outros. E isso é libertar o corpo social da vida eterna, o que é um tipo de gnose - e neste ponto, o país será tomado como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nada estará fora dele ou contra ele.
3.2.3) Como a moeda deixa de ser símbolo de verdade, de justiça, então a produção de moeda tende a não ter lastro algum, a ponto de ser usada como um imposto indireto, na forma de imposto inflacionário. E isso explica o fato de as economias totalitárias serem economias de hiperinflação, a ponto de tudo entrar em colapso, pois o comunismo decorre da liberdade voltada para o nada dos que buscam liberdade fora da verdade em Cristo, conservando o que é conveniente e dissociado da verdade, do verbo que fez carne.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 28 de abril de 2018.

sexta-feira, 27 de abril de 2018

A terra - e não o ouro - é o verdadeiro padrão universal de valor; além de servir de alicerce para se tomar o país como um lar, a riqueza da terra se reproduz, se for bem cuidada

1) Para se justificar o paradigma da escassez, a moeda deve ter por lastro o ouro, que é um padrão de universal de riqueza. O ouro é escasso e depende da produtividade das minas, que tende a se esgotar.

2) Para se substituir um padrão universal de riqueza como o ouro, você precisa de outro padrão universal de riqueza: a terra. O que a terra produz é abundante - se a terra for bem cuidada, os seus recursos jamais se escasseiam.

3) Se o lastro da riqueza é a terra, então todas as coisas em algum ponto derivaram da terra, como os metais, os produtos usados na indústria química, ou mesmo a confecção, que usa lã e couro. Isso sem contar a produção de alimentos.

4) Se a terra é o bem econômico principal, o alicerce sobre o qual se toma o país como um lar em Cristo, então a indústria é o acessório, que transforma a riqueza da terra em outras riquezas - e o comércio tende a distribuir a riqueza de modo a atender as necessidades humanas.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de abril de 2018.

A lei de preferência temporal só é válida para ambientes que abraçam a ética protestante e o espírito do capitalismo, coisa que é fora da conformidade com o Todo que vem de Deus

1.1) Se a vida eterna é o bem mais importante, pois faz a pessoa organizar a casa de modo que o país seja tomado como se fosse um lar em Cristo - o que nos prepara para a pátria definitiva, que se dá no Céu -, então é válido afirmar que os que vivem em conformidade com o Todo que vem de Deus preferirão bens futuros aos bens presentes.

1.2.1) Se o futuro a Deus pertence, então as pessoas trabalharão guiadas pelo Santo Espírito de Deus de modo que as coisas sejam dadas por acréscimo.

1.2.2) Afinal, não é só de pão que vive o homem, mas da palavra de Deus. Se a palavra de Deus fornece conforto e esperança, então faz muito sentido preferir bens futuros a bens presentes, pois sem Deus nada podemos fazer.

1.3.1) Outro caso que pode explicar a preferência dos bens futuros aos bens presentes está num dizer dos nativos da América do Norte: "nós não herdamos a terra de nossos antepassados; o que fazemos é pedi-la emprestado aos nossos filhos, ainda que não nascidos."

1.3.2) Ao se ver o que não se vê, ao se dar o devido valor ao amanhã, que a Deus pertence, a riqueza gerada pela terra pode ser multiplicada e distribuída porque os vegetais e os animais se reproduzem. Se eles se reproduzem, então os bens futuros são preferidos aos bens presentes, a ponto de haver juros, cobrança justa por força de se investir em algo produtivo, como uma colheita bem-sucedida.

1.3.3) Somente numa sociedade onde o vil metal é o norte de todas as coisas que se costuma preferir os bens presentes aos bens futuros, pois o metal não se reproduz - o que nega a essência da vida. Se o metal não se reproduz, então não faz sentido cobrar juros a partir de algo que não é capaz de se reproduzir. E se um bem não se reproduz, então a cobrança é voltada para o nada, injusta e improdutiva.

1.3.4) E é dentro de uma economia de morte, fundada no metal, que a cooperação se torna competição, instrumentalizando na prática a cosmologia protestante de dividir o mundo entre eleitos e condenados, dando origem à luta de classes (os burgueses e os proletários).

2.1) A lei de preferência temporal só pode ser explicada num contexto cultural onde o mundo foi dividido nesta circunstância.

2.2) Se a riqueza é sinal de salvação, então muitos preferirão os bens presentes, materiais, a bens futuros, fundados na esperança da vida eterna. E a riqueza monetária é uma graça concedida aos eleitos, não aos condenados, que concentrarão os poderes de usar, gozar e dispor de modo a terem poder absoluto. E isso é conservar o que é conveniente e dissociado da verdade.

2.3.1) O kantismo é cria do protestantismo alemão - e a escola austríaca usa muitos elementos kantianos.

2.3.2) Como essa doutrina é anticatólica, então Angueth está certo em falar que a escola austríaca é tão contrária à Igreja quanto o marxismo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de abril de 2018 (data da postagem original).

quinta-feira, 26 de abril de 2018

Críticas a uma fala do professor Loryel Rocha

1.1) Há quem pergunte o que é conservadorismo, na verdade. 

1.2) Para o professor Loryel Rocha, essa palavra simplesmente não existe para a Coroa portuguesa, pois o termo correto é "tradição". A monarquia inglesa mesma é tradicional, mas é anticristã, a tal ponto que a Coroa está omissa com relação aos assassinatos de Charlie Gard e Alfie Evans por força da eugenia.

2.1) O próprio Loryel Rocha já havia mencionado que as palavras designam coisas. 

2.2) Muitos confundem conservadorismo com conservantismo. Aliás, os conservantistas fazem aquilo que o diabo mais gosta: confundir, pois se valem do fato de que as pessoas não dominam a linguagem, a tal ponto de serem dominadas por ela.

3.1) Se Portugal é uma nação cristã - que vive a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus, a ponto de ir aos mares de modo a servir a Cristo em terras distantes -, então essa é uma nação conservadora, pois conserva a dor de Cristo tão profundamente que o primeiro cidadão de seu Reino se torna senhor dos senhores ao ser o servo dos servos em Cristo, sacrificando seu ego de tal maneira a de se tornar vassalo de Cristo e legar essa imitação sistemática a seus sucessores.

3.2) D. Afonso, nosso primeiro Rei, neste ponto se tornou o modelo perfeito de todo aquele que deseja ser um bom governante, a ponto de fazer o mundo português ser tomado como um lar em Cristo e ser uma escola que nos prepara para a pátria definitiva, a qual se dá no Céu. É nele que se começa toda uma tradição de monarquia fundada em serviço a Cristo e à fé, a ponto de promover a conformidade com o Todo que vem de Deus entre as nações mais estranhas.

4.1) O maior problema de uma monarquia de direito divino ocorre quando o vassalo de Cristo é tomado como se fosse religião, perdendo seu vínculo de vassalagem com o Rei dos Reis a ponto de se tornar um senhor sui juris, forjando uma espécie de absolutismo monárquico. É o que acontece no sebastianismo.

4.2) Se o vassalo de Cristo é liberado de seu compromisso, então todo o corpo social que está sujeito à sua proteção e autoridade, o Reino, é excomungado junto com ele, pois todos os que estão a ele vinculados imitarão este falso soberano no amor de si até o desprezo de Deus, como aconteceu no caso de D. João II, a ponto de fazer da conquista dos mares uma vã cobiça, já que Cristo não estava sendo contemplado, como foi bem apontado em Os Lusíadas, de Camões. E a excomunhão do Reino de Portugal já aconteceu antes, por conta dos pecados do Rei.

4.3) Outro exemplo disso se dá quando o infame príncipe-regente D. Pedro trai seu pai e secede o Brasil de Portugal. Tomou para si o título de ungido, fundou um império à revelia da tradição portuguesa e falsificou toda uma história e criou toda uma falsa tradição a ponto de nos levar à apatria sistemática. E neste ponto, o Brasil se tornou, desde 1822, uma nação anticristã, comprometida com toda a sorte de movimentos revolucionários, o que pavimentou o caminho para essa desgraça em que vivemos, que é a República.

5.1) Enfim, de nada adianta falar em tradição se não há amor à verdade, ao verbo que se fez carne de modo que a Criação fosse restaurada na sua inteireza, na sua conformidade com o Todo que vem de Deus.

5.2) A maior prova disso que é os astecas tinham o costume tradicional de fazer sacrifícios humanos - e justificar essa barbárie implica em conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, a ponto de estar sistematicamente à esquerda do Pai.

5.3.1) O comunismo mesmo é um movimento gnóstico e já é uma tradição que já dura há pelo menos 200 anos (ao menos, 6 ou 7 gerações).

5.3.2) A essência desse movimento revolucionário é a mentira e a negação de Deus sistematicamente. Tentarão converter a missão providencial fundada em Ourique num imperialismo, numa invasão sistemática de todos os cantos do mundo fundada no amor de si do rei português até o desprezo de Deus - ou seja, numa vã cobiça. E já estão sustentando esta tese já aqui no Brasil: de que o Brasil foi invadido.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de abril de 2018 (data da postagem original).

terça-feira, 24 de abril de 2018

Os municípios romanos tinham por base uma relação de cumplicidade entre os colonos, que lavravam a terra nos latifúndios, e a segurança que as autoridades romanas garantiam na forma de municípios

1) Quando Roma conquistou grandes extensões de terra de seus inimigos através da conquista militar ou por meio da virtude republicana, a ponto de reis de Cidades-Estado legarem por testamento seus domínios aos romanos, eles precisavam de mecanismos práticos de modo que essas terras fossem colonizadas e civilizadas, a ponto de atenderem à demanda do Império sempre crescente por alimentos e diversão.

2.1) O mecanismo que viabilizou os latifúndios, a produção de alimentos em grande quantidade, foi a enfiteuse, instituto copiado dos egípcios, quando foi conquistado por Roma.

2.2) Os colonos ficavam presos à terra em que viviam tomando-a como seu lar - e enquanto produziam, as autoridades romanas garantiam a segurança do lugar, assentando as bases daquilo que viria a ser chamado de feudalismo. À medida que os colonos iam lavrando a terra em troca de renda para o Erário, as autoridades romanas estabeleciam municípios de modo que as demandas dos colonos fossem atendidas.

3.1) Assim os municípios cresciam à medida que mandavam grãos para todas as regiões do império, que ficava cada vez mais integrado e consolidado, pois essas colônias ficavam leais à autoridade central.

3.2) Com a população bem alimentada e suprida em luxos, através do comércio, o Império Romano se mantinha tranqüilo politicamente e mais fácil de ser governado, apesar de toda a diversidade cultural que havia, o que poderia gerar um sério problema de instabilidade política, a ponto de fazer o Império ruir.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de abril de 2018.

Notas sobre sobre a diferença entre o Império Romano e a modernidade com relação à questão da padronização urbanística e a outras coisas a ela relacionadas

Ao ler sobre o Império Romano, eu costumo fazer uma interpretação mais pessoal e tentar ligar os pontos do que foi feito no passado com o presente. Tem coisas que me chamam bastante a atenção: a questão da padronização urbanística, o pragmatismo, o aproveitamento e inclusão de várias culturas, a extensão de um modelo civilizacional e a idéia de grandeza, tudo isso parece estar totalmente ligado com a modernidade e, em especial, ao projeto do governo mundial.

Se formos observar a estrutura totalmente uniforme dos prédios modernos, perceberemos que ela (1) traz a noção de pobreza e miséria existencial cultuando uma espécie de homem-máquina, apoiada num modelo voltado para a utilidade e praticidade, sem apelo algum à beleza estética, e (2) também traz a noção de infinito. A ideia de que somos seres pequenos, comuns, que fazemos todos parte dessa estrutura gigantesca, que estamos aprisionados e sendo controlados por um centro de poder inalcançável e indestrutível, e que nosso único dever é cultuá-lo. E nada mais.

Eu peguei como exemplo o Império Romano, porém é óbvio que existem diferenças e os fins eram outros.As diferenças eram que (1) a religião oficial do Império Romano era o cristianismo e não uma religião panteística baseada na ideia de um "paraíso" terrestre controlado pelos homens e (2) se eles se utilizaram dessa padronização, principalmente nas "insulas" – edifícios altos onde habitavam os mais pobres –, foi em prol da extensão e fortalecimento do império, somente. A inclusão da culturas grega e etrusca também, para dar unidade e fortalecer o império. Não é necessário criar um novo modelo civilizacional, esse não é o ponto. Basta unir todas as culturas em volta de uma única religião e introduzir inovações para ajustamento a uma cultura funcional e útil.

Outra coisa muito perceptível é a questão da repetição. Se pensarmos que o condicionamento psicológico se dá a partir da repetição, do reforço positivo e negativo, também chegaremos à conclusão de que toda a modernidade foi estruturada em volta disso. A mídia repete sobre a "ditadura militar", associando qualquer figura militar a assassinos e isso afeta o psicológico do brasileiro. A música repete os mesmos padrões sonoros vazios até o desgaste. E assim se confirma na arquitetura, na arte, nos diálogos, na educação, nos novos costumes adotados e no comportamento.

Andréia Moraes

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Facebook, 24 de abril de 2018.

Da importância das famílias e dos municípios

1) A Família Cristã e o Município romano continuarão a existir enquanto caem a cada geração monarquias, repúblicas, impérios e senhorios: a sua supremacia está na sua radical e única autenticidade.

2) O Município e a Família provêm de uma só realidade humana: a condição iniludível do homem ser um ser concreto, de viver a sua existência dentro de um quadro de valores construídos ao longo dos tempos e que assimilou pelos simples facto de ter nascido no meio deles. O sangue, o solo, a família e o município, quer gostemos quer não, fazem-nos ser o que somos.

3) A força dos fatores sociológicos é mais eficaz do que o oportunismo das decisões arbitrárias. Jamais o homem foi "coisa" abstrata como procuraram fazer crer as repetidas Declarações dos Direitos Humanos que apareceram no pós-revolução. Daí a primazia destas entidades menores sobre o Estado, encarnação e sujeito do poder político supremo que não é mais do que o coordenador do funcionamento total do organismo comunitário fundindo as vontades essenciais e harmonizando os diversos setores do conjunto coletivo com os quais nos identificamos, pelo simples facto de termos nascido.

4.1) As pretensões modernas de lhes pôr fim são o reflexo da vontade de destruição que anima as revoluções. Mas a Família e o Município são mais fortes do que todas as revoluções, pois sem eles o homem nunca seria aquilo que é.

4.2) A ordem harmônica das sociedades consiste em que a sociedade total, regida pelo poder supremo do Estado, é composta por muitas sociedades políticas menores e que a sociedade geral não é uma congregação de indivíduos, mas uma soma de famílias.

- Da página "Causa Tradicionalista".

Notas sobre o paradoxo do desenvolvimento, fundado na cultura de se fazer da riqueza como um sinal de salvação, a ponto de fazer de pequenos municípios grandes metrópoles

1) O município e o conjunto de famílias que toma o lugar onde se vive como um lar em Cristo tendem a se tornar um só ente, pois há a junção de dois corpos numa entidade só - eis o casamento da iniciativa pública com a iniciativa privada no tocante à construção do bem comum, se as coisas tiverem fundamento em Cristo. Enquanto o município for pequeno, as pessoas tendem a conhecer bem umas às outras, tornando mais fácil para a população cobrar soluções do prefeito, pois ele faz parte das famílias locais, a ponto de este ser acessível.

2.1) Se o município abraça a riqueza como um sinal de salvação, então a localidade vai buscar o desenvolvimento a qualquer preço - e quanto maior for o desenvolvimento, maior a necessidade de uma intervenção do Estado de modo a garantir o pleno desenvolvimento local, pois a cidade se tornou mais complexa, mais problemática. E quanto maior a necessidade de intervenção, maior a capacidade de concentrar poderes em poucas mãos, a ponto de haver risco de tirania.

2.2) Quanto mais desenvolvido for o município, mais gente morará no lugar a ponto de ninguém mais conhecer uns aos outros - e por conta de ninguém mais conhecer bem uns aos outros, surgem os conflitos de interesse qualificados pela pretensão resistida, fazendo com que o Estado tenha de aplicar a lei e dizer o direito. E como vemos no Brasil, muitos advogados preferirão a jurisdição à transação ou à mediação, a ponto de se tornar uma espécie de fetiche, pois o culto à jurisdição faz o Estado ser tomado como se fosse religião.

3.1) A administração pública impessoal é inerente de um lugar densamente povoado e desenvolvido - e quanto maior a impessoalidade dessa administração, maior a possibilidade de reduzir os atos da pessoa jurídica que administra o município a seus atos e funções, fazendo com que a solidariedade orgânica fundada na junção de dois corpos num só, o município e as famílias que tomam o lugar como um lar em Cristo, se torne uma solidariedade mecânica, fazendo com que a administração pública fique de costas para as necessidades dos munícipes, das famílias. E neste ponto a burocracia tende a se expandir, pois suas necessidades estão sempre em constante expansão, a ponto de ter um fim em si mesmo.

3.2) É por força da solidariedade mecânica, onde tudo é regido pelo Estado tomado como se fosse religião, que as pessoas humanas se tornam insolidaristas e traiçoeiras.

3.3) Num ambiente de solidariedade mecânica, onde a pessoa jurídica do Estado se reduz a seus atos e funções, esses atos e funções passam a ser desempenhados por aquela ínfima parcela da humanidade que trabalha na burocracia, o que comprova a sua natureza impessoal e formal, a ponto de conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, a ponto de dizer o direito com fins vazios.

3.4) A maior prova dessa redução está no fato de que pessoa jurídica do município se divide em diversos órgãos dotados de uma função específica prevista em lei e não no bom senso administrativo.

3.5) Cada órgão tem sua razão de ser, sua especialização e os agentes públicos lotados não podem ser demitidos, pois o governo da cidade tornou-se mais instável, por conta do desenvolvimento a qualquer preço - e por não poderem ser demitidos, tendem a não se comprometer com a coisa pública, por força do carreirismo.

3.6.1) É por força do carreirismo que conservam o que é conveniente e dissociado da verdade, a ponto de estarem à esquerda do Pai sistematicamente.

3.6.2) Essa situação tende a se agravar no momento em que a cultura local adota a ética protestante e o espírito do capitalismo, já que a riqueza se torna o sinal de salvação, aumentando ainda mais a influência do grupo de burocratas sobre a população, fazendo com que o casamento entre o município e o conjunto de famílias que toma aquele lugar como um lar em Cristo termine em divórcio.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de abril de 2018.

segunda-feira, 23 de abril de 2018

Não confunda as modificações que faço de suas reflexões com distorção, pois isso é me acusar de conservar o que é conveniente e dissociado da verdade - e isso é injustiça

1.1) Se você faz reflexões e não domina a linguagem, então não venha debater comigo, pois você vai confundir a modificação que faço para melhorar a sua reflexão em distorção.

1.2) Afinal, é por vaidade que você confundirá tal trabalho, fundado na caridade intelectual, com distorção, com conservar o que é conveniente dissociado da verdade - e isso é injustiça. É por não saber enxergar o princípio das coisas fundadas na verdade, na conformidade com o Todo que vem de Deus, que uma pessoa que não tem o devido preparo deve se abster de entrar para a vida política.

1.3) Se você não domina a linguagem, então você não tem senso de proporções. Como você pode agir na política, servindo ao bem comum, se não tem domínio da linguagem, a ponto de debater minimamente bem sobre assuntos relevantes?

3) Se você confunde essas categorias, essas nuances, então você praticará conservantismo insensato - e estará à esquerda do por força disso, ainda que se diga nominalmente de direita.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 23 de abril de 2018.

Por que o cristianista é, na verdade, um pelagiano?

1) Dizer que o cristianista desenvolve e aprimora a doutrina cristã sem ser necessariamente ligado ao corpo de Cristo é viver em conformidade com o ensinamento de Pelágio, que afirma categoricamente que não é necessário freqüentar a Igreja de modo a ser parte do Corpo de Cristo, que vive a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus.

2.1) Isso é heresia, pois faz da vida cristã uma hipocrisia, um fingimento. A razão da vida cristã é a Igreja que Cristo fundou, pois ela é a arca de Noe é que nos protege do dilúvio de pecados em que o mundo está metido.

2.2) É próprio do movimento gnóstico libertar a alma de seus corpos.

2.3) Se freqüentar a Igreja é uma prisão, então liberar as pessoas de feqüentarem do compromisso de ir à Santa missa é libertar a alma do cristão do corpo de Cristo, da Igreja militante que age no mundo de modo a edificar o bem comum, fundado na conformidade com o Todo que vem de Deus. E isso é, pois, conservantismo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 23 de abril de 2018.

Notas sobre a diferença entre ser cristão e ser cristianista

Meu colega Arthur de Alencar bate à minha porta com esta reflexão:

_ Estive meditando sobre a diferença entre cristão e cristianista:

1) O cristão é aquele que pratica as virtudes cristãs e participa da obra salvífica de Cristo, pois a vida fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus leva à edificação de um bem comum de tal maneira que o país, se tomado como um lar em Cristo, se torna uma verdadeira escola de vida que nos prepara para a pátria definitiva, que se dá no Céu.

2.1) O cristianista é aquele que desenvolve e/ou dissemina uma falsa doutrina cristã de tal maneira a escolher aquilo que deseja acreditar, conservando o que é conveniente e dissociado da verdade, a ponto de edificar heresias e relativizar todo o ensinamento decorrente do verbo que se fez carne, quando esteve aqui na Terra pela primeira vez. 

2.2) Por conta do conservantismo, o cristianista faz do cristianismo uma ideologia, o que leva a dividir o rebanho do bom pastor, que é Nosso Senhor Jesus Cristo. 

2.3) É próprio dos cristianistas a fundação um sem-número de denominações religiosas, tendo por base uma doutrina fundada em escritos particulares que distorcem todo o ensinamento do Evangelho.

Isso procede?

Eu respondo:

_ É exatamente isso, Arthur. Alguns podem pensar que o cristão é louco, mas frente à loucura dos homens há a loucura dos que vivem em conformidade com o Todo que vem de Deus, pois Deus criou as coisas por amor. Afinal, a loucura pressupõe ter perdido tudo exceto a razão de conservar o que é conveniente e dissociado da verdade; se você conserva a memória de dor de Cristo, então as demais coisas são dadas por acréscimo, pois o acessório segue a sorte do principal: o verbo que se fez carne e que fez Santa Habitação em nós por meio da eucaristia.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 23 de abril de 2018.

Notas sobre o governo de representação, tendo por base o princípio da subsidiaridade

1) O governo de representação se funda no fato de se tomar o lugar onde se nasce e cresce como um lar em Cristo.

2.1) Afinal, o município é composto de famílias que tomam o mesmo lugar como um lar em Cristo juntas, a ponto de se tornarem um só ente, uma só pessoa que não pode ser reduzida a seus simples atos e funções  como vemos na máquina pública, na figura da burocracia e de seu câncer metastático, o carreirismo que lhe é inerente.

2.2) Quanto mais o lugar vive a conformidade com o Todo que vem de Deus, mais será capaz de criar sua própria história, seja como uma Cidade-Estado independente ou associada a uma confederação de outras Cidades-Estado a ponto de em Cristo se tornarem uma só nação a partir de uma verdadeira federação.

3.1) Um bom vereador é aquele que conhece a todos da localidade em que vive e se importa de ouvir os problemas de todos, a ponto de buscar uma solução prática para os problemas locais.

3.2) O vereador é uma pessoa por natureza empreendedora; se o ele não tiver um passado servindo às necessidades de seus semelhantes - a ponto de eles tomarem o lugar onde se vive como um lar em Cristo por força de haver boa comida, diversão e lugares onde se possa crescer culturalmente e espiritualmente -, então este homem será imprestável, já que não se contribuirá em nada para a comunidade política. O máximo que fará é ensinar os filhos a usarem a sociedade para conseguir o que aquilo de que necessita e descartá-la, tal como fazem na república maçônica em que vivemos. Eis a política enquanto fisiologia.

4.1) Quanto mais o município se desenvolve, mais gente precisará dos serviços de um bom empreendedor, sobretudo daquele que vive a vida servindo a todos, a ponto de promover o bem comum. Quanto mais importante for um município para a província, maior a necessidade de nomear um embaixador junto ao senado provincial de modo a fiscalizar o governo da província.

4.2.1) Em termos de política provincial, os melhores nomes para o senado provincial são de pessoas com passado de haver percorrido todo o caminho das honras militares, eclesiásticas e da administração pública local. Bons nomes podem surgir dentre os comandantes de polícia e dentre os comandantes do corpo de bombeiros, já que ambos são essencialmente militares. Ou mesmo de sacerdotes e bispos eméritos, que construirão a ponte entre a província e sua diocese, a ponto de o governo provincial se sujeitar ao que decorre da conformidade com o Todo que vem de Deus.

4.2.2) Outros nomes podem ser recrutados dentre os grandes escritores, procuradores municipais, advogados ou juízes de comarca, aposentados de suas funções e com tempo livre para a atividade política. A experiência deles no trato com a coisa pública é essencial e precisa ser aproveitada.

5.1) Além do senado, há a câmara baixa da província, composta de gente comum do povo, que colabora naquilo que tem de melhor com o poder público a ponto de ter notório reconhecimento por isso.

5.2) Para a câmara baixa, os melhores nomes vêm dos que são autônomos - eles têm dinheiro, se afastaram da vida empresarial para se dedicar ao bem comum e não precisam fazer da política uma profissão. Essa gente costuma ser recrutada dentre os melhores vereadores, a ponto de se tornarem deputados provinciais.

5.3.1) Como uma província serve de modelo para outras províncias, a ponto de serem tomadas juntas como um mesmo lar em Cristo, então um deputado federal só pode ser eleito a partir de alguém com histórico de ter sido deputado estadual e vereador. Ele é escolhido pelo conjunto da população da província.

5.3.2) O senador é escolhido dentre os senadores provinciais, com histórico de bons serviços à província - e por extensão, à pátria.

5.3.3) No caso dos que percorreram todo o caminho das honras militares das Forças Armadas ou da administração pública federal, esses nomes são excelentes para fazerem a diplomacia parlamentar entre a União e as provincias das quais são oriundos, pois conhecem os mecanismos que fazem o federalismo ser uma realidade, a ponto de o senso de nacionidade ser distribuído a todos.

5.3.4) No caso de autoridades religiosas, somente os cardeais eméritos é que podem ser escolhidos para o Senado, pois eles farão a ponte de entre o país e a Santa Sé, a ponto de o Estado Federal ser fiel à Igreja de Cristo. Afinal, o Senado tem um importante papel no tocante à assinatura e ratificação de tratados internacionais - e os que tiveram passado de membros da Cúria Romana podem ser chamados a colaborar com o país, de modo que ele seja tomado como um lar em Cristo mais facilmente.

6.1) A chefia de governo deve ser feita a partir do Parlamento, que nomeia um agente que administra o interesse comum das províncias e dá execução às leis passadas no Parlamento.

6.2.1) A chefia de Estado, esta é destinada a um soberano que imite o exemplo de D. Afonso Henriques, a ponto de ir servir a Cristo em terras distantes.

6.2.2) Se esse Chefe de Estado não for um imitador de Cristo digno, ele não poderá ser senhor dos senhores, ao ser servo dos servos em Cristo. Esse chefe de Estado precisa ser aclamado a todo o povo, que precisa ver nele a figura de Cristo. Era assim desde que o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves foi fundado.

7.1) Enfim, a política deve e precisa ser pensada visando ao bem comum, à conformidade com o Todo que vem de Deus.

7.2) O povo precisa ser tomado como parte da família do soberano - e onde o povo é tomado como parte da família, não há governo de facção e muito menos governo pautado em agendas e ideologias pelo homem, pensadas com base no amor de si até o desprezo de Deus.

7.3) Não será preciso partido político - as pessoas poderão se candidatar tendo por base seu passado e a sua vida corrida em termos de serviços públicos relevantes.

8.1) O Parlamento não precisa funcionar o ano inteiro, de maneira permanente - no entanto, reuniões de prestação de contas entre o Parlamento e o Executivo precisam ser feitas de tempos em tempos. 

8.2) O parlamento precisa ser convocado sempre que houver necessidade de se reparar algum problema por conta de falhas na legislação, o que leva a falhas de governo sistemáticas. O mandato termina quando os problemas forem sanados. 

8.3) O governo das províncias terá autonomia para resolver seus problemas locais e seguirá a mesma lógica que se dá no macro. Da mesma forma, os municípios.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 23 de abril de 2018.

Como a nobreza decorre dessa relação umbilical entre catolicismo e militarismo?

1.1) Desnecessário dizer que a nobreza deriva da hierarquia e disciplina - e isso é próprio dos militares.

1.2) Além desse componente, há também outro fator importante, que é atemporal: a tradição.

1.3) Se você tem um antepassado excelente, que serviu a Cristo de maneira livre e em conformidade com o Todo que vem de Deus, então você deve ser responsável em honrar os seus antepassados.

2.1) Se a propriedade decorre do trabalho acumulado, então do trabalho acumulado de sucessivas gerações nós temos uma cultura - e quanto mais bem cultivada na verdade for uma pessoa, mais riqueza poderá ser dada a ela, a ponto de poder edificar ainda mais coisas e assim promover o bem comum, integrando as pessoas de diferentes origens numa mesma comunidade a ponto de juntas tomarem o país como um lar em Cristo - afinal, quem recebeu muitas benesses deve ser muito cobrado por força dessas mesmas benesses, pois todo bônus tem seu ônus.

2.2) O que é próprio do ser é imaterial e isso é distribuído a todos aqueles que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento. As coisas são, pois, acessório que segue a sorte do principal, que é o ser que vive a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus.

2.3) A terra, a riqueza fundamental que faz o país ser tomado como um lar em Cristo, é temporária - ela só será sua enquanto você for bom servidor de Cristo a ponto de tão manso e humilde de coração quanto Ele, pois a Ele devemos dar toda a honra e toda a glória - incluindo todas as propriedades, todas as faculdades e dominações -, pelos séculos dos séculos sem fim.

2.4) A partir do momento em que um ancestral pecar contra Deus e diretamente ou indiretamente contra ti, a ponto de perder a principal riqueza que faz o pais ser tomado como um lar em Cristo, pelo menos a cultura acumulada a partir das gerações anteriores já será uma boa forma de recuperar o que foi momentaneamente perdido.

2.5) Se você não conhece sistematicamente quem lhe antecedeu em vida, você será um apátrida - e somente um verdadeiro milagre poderá te salvar de toda uma sorte de pecados fundada na má consciência sistemática, já que a cultura tem sua raiz na consciência.

3.1) Os maus ancestrais precisam ser excluídos por conta de sua indignidade, como se nunca tivessem existido, mas os atos que causaram esta indignidade precisam ser lembrados de modo que não sejam repetidos no futuro.

3.2) Todo pecado contra ti feito por um ancestral é também pecado contra os que a ele antecederam no tempo - e esse pecado precisa ser reparado, tal como se dá com o templo do Senhor que é profanado por algum pecador infame.

3.3) Tudo o que foi perdido precisa ser recuperado, não só nesta vida como também na vida dos seus filhos e netos. Afinal, a Terra Prometida precisou ser reconquistada, depois de muitos anos de vida escrava no Egito. E durante esse processo de conquista, algumas gerações precisarão viver no deserto de modo a entrarem no legado perdido merecedoras de honrar a tradições de seus ancestrais, quando tiveram essas terras.

4.1) Eis os momentos de revés na história de uma família, pois tomar o país como um lar é difícil - por conta do pecado de Adão, alguns indivíduos são mais propensos a amar a si mesmo até o desprezo de Deus e desonrar tudo o que foi construído ao longo de gerações. Eis a psicopatia que edifica liberdade com fins vazios!

4.2.1) Contudo, esses reveses, se bem enfrentados, levam a uma nova era de grandeza, pois onde abundou o pecado, a graça superabundou.

4.2.2) O mundo português passa por grandes tribulações desde a morte do Rei D. Sebastião, mas Cristo prometeu que poria seus olhos novamente sobre Portugal a ponto de reaver tudo o que foi perdido, incluindo o que se perdeu por força da apatria do príncipe-regente D. Pedro, que traiu tudo o que decorre de Ourique a ponto de imprimir um forte caráter ingrato a todos aqueles que nascem biologicamente no Brasil e que não aprendem a tomar o Brasil como um lar em Cristo, por força da missão de servir a Cristo em terras distantes. Por fim, apesar de tudo, o sagrado coração de Jesus - assim como o de sua mãe, a Virgem Maria - triunfará novamente.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 23 de abril de 2018.

Notas sobre a relação estreita entre militarismo e catolicismo

1) A vida fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus é compromisso com a excelência. E compromisso com a excelência tem por base duas coisas: senso de hierarquia e disciplina. Se você observa isso, então você é promovido, pois a quem é muito dado, muito lhe será cobrado.

2) Não é à toa que muitos santos foram de fato militares - São Sebastião, Santo Expedito, São Jorge e Santo Inácio de Loyola (fundador da Companhia de Jesus, a ordem dos jesuítas)

3.1) Se Deus pede que sejamos santos, então ajamos com hierarquia e disciplina. Assim podemos servir ordem de modo que ela bem nos sirva, quando precisarmos dela no momento em os nossos direitos próprios da vida fundada em conformidade com o Todo que vem de Deus estiverem sendo ameaçados por todos aqueles que amam a si mesmos a ponto de negarem Deus, quando o assunto é ter as coisas para si, num contexto em que a riqueza é vista como um sinal de salvação.

3.2) É neste ponto, portanto, que a cidade dos homens mais se aproxima da Jerusalém celeste de Deus, a ponto de ser tomada como um lar em Cristo, o que justamente vai fazer com que estejamos prontos para a pátria definitiva, a qual se dá no Céu.

4.1) Quando a vida militar perde sua referência naquilo que se funda em Deus, então o país sucumbe.

4.2) Se a Igreja não for a instituição mais confiável para se tomar o país como um lar em Cristo, então nada pode ser feito. Afinal, não dá para salvar o país com Forças Armadas que tomam o país como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele. O salvacionismo será voltado para o nada.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 23 de abril e 2018.

domingo, 22 de abril de 2018

Como pode um péssimo exemplo de cristão e péssimo militar ser um exemplo de hombridade e honestidade? Não faz sentido!

1) Eu não acredito na honestidade de um homem que, sendo católico, se deixa batizar uma segunda vez para agradar sua esposa protestante, assim como não acredito na sinceridade de um homem que, enquanto militar, violou gravemente os princípios da hierarquia e disciplina.

2) Se ele não é um bom exemplo de cristão (afinal, renegou aquilo que se funda na conformidade com o Todo que vem de Deus) e muito menos é um bom exemplo de servidor da pátria, pois foi um mal militar, como vocês podem acreditar que ele, enquanto oficial subalterno, vai salvar o país, varrendo a corrupção, e a desonestidade, de nosso país e de todas as nossas instituições de uma vez por todas?

3) Enfim, esta vassoura não será usada para a limpeza - na verdade, a vassoura será usada com fins vazios, pois a bruxa está tão à solta que vão usá-la como um meio de voar com ela direto pra Miami (passagem de ida, sem volta).

4.1) É das pequenas coisas que percebemos o caráter de um homem nas grandes. 

4.2) Se vocês não dão importância a isso, então vocês, que apenas nasceram no Brasil no sentido biológico do termo, estão condenados à danação eterna, por força dessa obstinação no pecado de se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 22 de abril de 2018.