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terça-feira, 30 de setembro de 2014

Sobre a hipocrisia do politicamente correto


1) Se você sabe que Deus ordenou o mundo tal como ele é conforme a sua vontade, então essas concepções edificadoras pré-existem a toda e qualquer lei escrita, pois essas concepções precisam estar na carne, de modo a que possamos crer em Deus verdadeiramente.

2) Se estou conforme o todo que vem de Deus, esses preconceitos são o meu norte, pois se fundam na verdade, que vem de Cristo.

3) Se os amigos são todos aqueles que amam e rejeitam as mesmas coisas, tendo por Cristo fundamento, eu tenho o dever de ter preconceito, posto que disse sim a tudo aquilo que nos leva à conformidade com o todo que Deus criou e edificou, posto que tudo se funda no divino amor e na divina inspiração.

4) Quem diz que não tem preconceito está dizendo que não existe verdade nenhuma. Enfim, é um hipócrita. É por isso que detesto essa turminha do politicamente correto, que é toda nazi-petista.

O dever de ter preconceito nasce da amizade


1) Ao dizer sim a Deus, eu não tenho o direito de ser tolo - além disso, tenho o dever de ter preconceito - se escolho como amigos todos os que amam e rejeitam as mesmas coisas, tendo por fundamento aquilo que Nosso Senhor Jesus Cristo amou e rejeitou, então estou também preterindo todos aqueles que não agem da mesma forma. E é por não agirem da mesma forma, por semearem o pecado entre nós, que eles, os preteridos, não são dignos da minha amizade, pois eles zombam da verdade que se dá em Cristo. E se fazem isso, é porque são todos apátridas, pois são incapazes de tomar o país como um lar, com base na pátria do Céu.

2) Eu odeio o pecado que os infames semeiam e devo rezar para que eles se convertam e se arrependam. E devo defender a todos aqueles que serão agredidos por esses imbecis que preferem viver na tolice a servir a Cristo. Pois a tolice é a causa de todos os crimes que são e serão praticados contra a pátria.

3) Desses que amam e rejeitam as coisas tal qual Cristo o faz surge uma elite que vai ensinar a todo o povo que virá a bem servir o Senhor.

4) Se a verdadeira ordem política nasce da amizade, não é à toa que a excelência dá causa à formação de toda uma elite que semeará entre nós o senso de se tomar o país como um lar, de modo combater o senso errado, o de tomar o país como se fosse religião, que nos afasta da conformidade com o todo que vem de Deus.

O direito constitucional de ser tolo se funda em algo fora da conformidade com o todo de Deus


1) O fundamento do direito constitucional de ser tolo se baseia neste princípio: "peca forte, mas crê no senhor. Tua fé é que vai te salvar, ainda que tenhas feito má obra".

2) Se o fundamento da democracia de sufrágio universal é uma fundação protestante, de uma ordem fora da conformidade com o todo que vem de Deus, desse princípio igualmente emerge o fato liberal de que todos têm a sua verdade e que as pessoas do povo devem viver suas vidas fundadas nisso, pouco importando as conseqüências. Desse fato execrável, nasce uma ordem em que a fraternidade universal, base sob a qual o país será tomado como um lar, será impossível.

3) É por essas razões que sou tão anti-republicano quanto sou anti-protestante. De uma heresia surge a justificação política necessária de modo a que mentira seja tomada como se fosse verdade e ela será semeada entre nós como se fosse uma verdade sacrossanta, matando-se a esperança e caridade de combatê-la, fundada em Cristo, Nosso Senhor.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 30 de setembro de 2014.

Comentários:

Róger Badalum: O que seria pais tomado como se fosse um lar? Isso se daria sem pecado original?

José Octavio Dettmann:  País tomado como se fosse um lar implica este ser tomado como um lar em Cristo na conformidade com o todo que vem de Deus, uma vez que a verdadeira liberdade decorre da verdade - e a verdade se conserva ao se conservar a dor de Cristo, por meio da eucaristia. É um caminho de santidade, coisa que se dá imitando sistematicamente Aquele que foi igual a nós em tudo, exceto no pecado. Para alguns, será um caminho reto; para outros, tortuoso.

José Octavio Dettmann: Não estou negando o pecado original. Mas o que sei é que o fogo eterno é garantido quando se conserva o que é conveniente e dissociado da verdade, pois a pessoa preferiu ser neutra ou indiferente à verdade em tempos de crise.

José Octavio Dettmann: Além disso, o artigo é uma crítica Às Seis Lições,  do Ludwig von Mises. E foi neste texto que Mises defendeu o direito de ser tolo, no sentido de que cada um tem direito à verdade que quiser, conservando o que é conveniente e dissociado da verdade, o que é um verdadeiro absurdo.

Róger Badalum: Direito de ser tolo (pecador) não dá direito algum. Mero projeto de tomada de poder (pensamento contemporâneo), sem sustentabilidade.  

Róger Badalu: Confesso que não vejo solução mágica , já que a história da salvação não é dá pela humanidade, mas por aqueles que acreditam em Deus, vivendo a vida na conformidade com o Todo que vem d'Ele. Afinal, mentira é para ser combatida - e sempre! E confesso não saber qual racha foi pior: A Reforma Protestante ou o Concílio Vaticano II

 Róger Badalum: 

1) Confesso que não saberia o que colocar no lugar do sufrágio universal. Ao meu ver, cairíamos numa teologia da libertação, no sentido de se buscar uma salvação na política ou no judiciário. Afinal, não sou eu que julgarei minha obra, muito menos o Ministério Público ou nosso Poder Judiciário. 

2) Se estivesse na qualidade de juiz, não saberia o que fazer com um Aécio Neves, apesar dos pecados que ele tenha cometido. Penso que ele não é o responsável maior de nossos problemas, ainda que Lula tenha uma participação bem maior. Acredito nesta força moralizante que vem varrendo este país e o mundo: a força de Deus! Enfim, espero estar ajudando.

A verdadeira democracia é aristocracia distribuída, por graça de Deus

1) A democracia, fundada no sufrágio universal, é a ordem justamente daquilo que Mises declara: indivíduos com o direito constitucional de serem tolos fazendo escolhas erradas e destruindo sistematicamente o senso de se tomar o país como um lar.

2) Quem toma o país como um lar primeiro serve aos que são mais próximos e esses que são mais próximos, por caridade à verdade, servem aos que são mais próximos e assim sucessivamente. É da elite para o povo que se distribui a noção de país tomado como um lar. 

3) Sem uma aristocracia não há povo santo. A verdadeira democracia é na verdade aristocracia distribuída sistematicamente, pois a santidade de um se multiplicou por todo o povo, por graças ao bom Deus.

A soberania não se funda no direito de ser tolo


1) Mises fala que o indivíduo é soberano porque lhe assiste o direito de ser tolo.

2) Quem toma o país como um lar não tem o direito de ser estúpido, a ponto de tomar o país como se fosse religião.

3) Quem toma o país como um lar deve servir aos seus irmãos, aqueles que amam e rejeitam as mesmas, tendo por Cristo fundamento, de modo a que possa construir um legado, de modo a que o país seja tomado como um lar com base na pátria do céu - e esse exemplo de santidade e de serviço desse bom cidadão deve ser distribuído e lembrado, pois é ato de heroísmo, dado que serviu à pátria do céu ao tomar seu país como um lar, em Cristo.

4) Ele serve isso ensinando a quem mora na mesma circunstância geográfica que a dele, estando ele dentro ou fora do país, e também para os filhos, de modo a que esse legado seja expandido e distribuído ao longo das gerações a quem interessar possa. Pois quem serve a Cristo não se prende a determinismos geográficos, mas à vontade de Deus, tal como ocorre com Portugal, por exemplo, que serve a Cristo em terras distantes, por força de Ourique.

5) Quem age a serviço de Cristo não pode confiar na sua própria sabedoria, de tal modo a que ela fique dissociada da divina, causa de toda a tolice. Ele deve se servir de instrumento de tal modo a que Deus edifique uma nação na idéia de tomá-la como um lar, com base na pátria do céu.

Dos limites da soberania


1) Não se deve confundir soberania com o direito de dizer o direito com base no fato de que cada povo tem a sua verdade. Pois a verdade não precisa ser minha ou sua para ser nossa.

2) O direito de dizer o direito em um determinado território se funda em Cristo - é Ele quem coroa os soberanos e é Ele quem determina e autoriza a fundação de determinados reinos, de tal modo a que estes sirvam a Ele, dentro dos limites da missão que Ele próprio determinou.

3) Enquanto um povo for capaz de estar na conformidade com o todo de Deus, ele será livre e soberano, de tal modo que pode tomar seu país como um lar, com base na pátria do Céu.

4) A partir do momento em que o pecado se torna o projeto de vida de uma nação, a soberania será pervertida de tal modo a que o país seja tomado como se fosse religião, o que dá causa ao inchamento do Estado, que passa a regular cada aspecto da vida privada dos cidadãos. 

5) Quando o pecado se torna o norte da vida de um povo, isso é um indício de que o país morreu. E só os poucos que são fiéis a Cristo é que podem restabelecer a missão que se perdeu.

6) No mundo em que nos encontramos, os poucos brasileiros que são fiéis à missão de servir a Cristo em terras distantes são tão estrangeiros quanto os que não nasceram aqui, justamente por serem mais brasileiros que os idiotas que nasceram aqui.

Todos os Impérios foram fundados por Cristo ou a mando d'Ele

Há quem diga:

"O Império Austro-Húngaro tem uma similitude espantosa com Portugal. Foi fundado pelo rei apostólico e santo Estêvão I".

Eu respondo:

1) Se Portugal foi fundado de modo a servir a Cristo em terras distantes, então o Império Austro-Húngaro foi fundado para servir a Cristo dentro do continente europeu, servindo como um contrapeso prático contra toda e qualquer tentativa de se conter a ideologia revolucionária dentro do continente.

2) Se formos ver atentamente, todos os reinos foram fundados por Cristo ou a mando de Cristo, de tal modo a que servissem a Cristo em algum trabalho específico. E enquanto bem servissem a Ele, seriam livres e regeriam seus povos com base em leis fundadas na conformidade com o Todo de Deus. E isso é o verdadeiro fundamento da soberania das nações - ele se funda na cláusula de bem servir, razão essa pela qual os países devem ser tomados como um lar, com base na pátria do céu.

A Europa não foi grande o bastante para vários países tomados como se fossem religião

1) O que é a Primeira Guerra Mundial senão uma guerra civil entre vários países que são tomados como se fossem religião? E o que é a Segunda Guerra Mundial senão uma prorrogação da primeira, por conta da paz humilhante que os franceses impuseram aos alemães, em Versalhes?

2) A Europa, contaminada pela ideologia liberal, se tornou pequena demais para vários países que queriam ser tomados como se fossem religião. 

3) E houve uma competição entre esses países por supremacia: seja buscando desenvolver um formidável exército para conquistar todos os outros países ou para "salvar" outras nações da ignorância e do atraso, levando a uma corrida neocolonialista, no século XIX.

4) Se a Europa se tornou pequena demais para esses grupos totalitários, então o sistema de equilíbrio forjado na Paz de Westfália não é capaz de frear a ambição estúpida. Muito menos um governo mundial.

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

O nacionalista leva à perda de informação, à ignorância

1) O nacionalista rejeita os dados externos que moldam o senso pelo qual o país é tomado como um lar. 

2) Ele toma as coisas prontas, edificadas a partir do senso de se tomar como um lar, e faz disso tábula rasa, a ponto de o país ser tomado como se fosse religião, tal qual o protestante que faz da Bíblia tábula rasa, uma crença de livro a ser interpretada fora da tradição que levou a compilar a Bíblia, de modo a que a tradição cristã seja melhor compreendida.

3) O nacionalismo causa um tipo de entropia, a perda de informações importantes pelas quais você só consegue se universalizando e comparando as diferentes experiências de modo a se tomar um país como um lar, de tal modo que você tome o Brasil como um lar da melhor maneira possível.

4) É da ignorância sistemática do nacionalismo que surge formas mais graves de ignorância, que resultarão em totalitarismo, seja em escala local ou global.

Para se tomar o país como um lar, você precisa aprender a experiência de outros povos antes

1) Para se tomar um país como um lar, você precisa aprender de outros povos as melhores experiências de como se tomar um país como um lar.

2) Não haveria Brasil se não tivéssemos o conhecimento da experiência de Israel, dos Gregos e dos Romanos reunida em torno da Igreja.

3) Não haveria Brasil se não houvesse o Reino de Portugal fundado de modo a servir a Cristo, em terras distantes.

4) Não haveria o desenvolvimento de uma civilização ocidental se não houvesse a Igreja Católica convertido povos inteiros e dado a esses povos uma razão pela qual eles devem tomar seus países como um lar.

5) Do compartilhamento das diferentes experiências de nacionismo surge uma ciência internacionista, que é nacionismo comparado e sistematizado.

6) Quando se busca tomar o país como um lar, a experiência leva a uma teoria constitucional natural, que se radica no próprio país tomado como se fosse um lar.

7) Para se tomar o país como um lar, é preciso se universalizar primeiro. É preciso estar conforme o Todo de Deus primeiro, de modo a que possa se responder a Ele, dentro das circunstâncias pelas quais seu país deve ser tomado como um lar.
 
José Octavio Dettmann
 
Rio de Janeiro, 29 de setembro de 2014

O internacionalismo leva o planeta Terra a ser tomado como se fosse religião


1) O internacionalismo deriva do nacionalismo, da crença de se tomar o país como se fosse religião.

2) O internacionalismo é planetarista, pois toma o Planeta Terra como se fosse religião.

3) E o modo de se tomar a terra como se fosse religião é através do retorno ao culto da deusa Gaia.

3) O planetarista buscará a colonização sistemática de outros planetas, de tal modo a que o universo inteiro seja tomado como se fosse religião.

4) Como a conquista se dará no infinito, essa concepção universalista e falsificada, fundada em sabedoria humana dissociada da divina, não suportará o peso do Estado, pois não haverá força humana suficiente para se dar cabo a uma expansão desenfreada, fundada numa ambição sem limites. Tal como o Império Romano, sucumbirá ao peso de sua própria expansão.

5) Esse império definitivo perecerá como tantos outros.

O verdadeiro internacionismo nasce da comparação e do compartilhamento das diferentes experiências de se tomar o país como um lar

1) Se você quer saber quem foi o infeliz que deu liberdade para que os partidos de esquerda tivessem direito de participar da política nacional, a resposta está nos liberais.

2) Esses infames revolucionários ousaram buscar uma liberdade fundada na sabedoria humana, de tal modo que buscaram se libertar da liberdade que se dá em Cristo. Eles trocaram a liberdade concreta e boa por si mesma por uma liberdade abstrata e desconhecida, fundada no fato de que cada tem um a sua verdade. É do relativismo do moderado que nasce o absolutismo tirânico do totalitário, coisa que é incarnada no comunista.

2) Não há nos liberais e nos comunistas um elemento fundamental e constitucional, de tal modo que possam ser parte da pátria: os seus partidos não possuem índole nacional. Todos eles são internacionalistas - os liberais são pacifistas que buscam uma paz indiferente à noção daquilo que é bom e correto, em Cristo fundado, e os comunistas são beligerantes, que querem ver a todos escravos do Estado, livre de toda a sorte de religião (sobretudo a Cristã).

3) E como é possível ser internacionalista abstraindo ilusões e matando a nacionidade de povos inteiros? Isso é impossível - esse internacionalismo tanto dos comunistas quanto dos liberais, que tentam matar a figura do Estado - que colabora com a Igreja no trato de servir ordem a todos os que necessitam de ordem -, é na verdade apatria sistemática.

4) Devemos estudar os diferentes sensos de se tomar o país como um lar. Devemos buscar o internacionismo e não o internacionalismo.

5) O internacionismo exige que as diferentes circunstâncias que moldam o senso de se tomar o país como um lar sejam compartilhadas enquanto uma experiência viva, enquanto um dado da realidade - isso é feito de tal modo a que os erros de um povo em um determinado lugar e circunstância não sejam repetidos por outro em outra época e em outra circunstância, quando se lida com algum problema social semelhante que possa dar causa a que um país deixe de ser tomado como um lar e que passe a ser tomado como se fosse religião, de modo a estar fora da conformidade com o todo de Deus. O estudo dessas experiências distribui a noção de liberdade que se dá em Cristo, fomentando noções de aliança e de cooperação entre os povos, de tal modo a que possam se desenvolver e se ajudar mutuamente, amando tudo o que Cristo ensinou e rejeitando tudo aquilo que Cristo rejeitou ou que rejeita a Cristo por si mesmo.

5) O compartilhamento e o estudo sistemático dessas diferenças leva os países, em razão de sermos todos irmãos em Cristo, a trocarem a suas eventuais rivalidades por algo maior e que dê causa à unidade, de tal modo que essas diferenças sejam reconciliadas em torno de algo que é maior do que nós mesmos: esse elemento unificador é Cristo Jesus, que é o príncipe da paz.

5) Não existe internacionismo sem haver uma base comum pela qual se deva comparar os diferentes modos e circunstâncias em que os países devam ser tomados como se fossem um lar e não como uma religião de Estado global. É por haver uma base comum de experiências que podem ser compartilhadas (desde aspectos da vida cotidiana, particular, à vida pública) que se pode afirmar, com propriedade, que há estudos internacionistas. Esses estudos  dependem de toda uma tradição civilizatória calcada numa noção de liberdade comum e natural, que se dá em Cristo. Fora de Cristo não há essa tradição, muito menos salvação.

7) Qualquer cosmopolitanismo fundado em abstração iluminista não passa de utopia. E qualquer debate nessa seara só produzirá centralismo e tirania, em âmbito global.

8) O processo de se tomar o país como um lar nunca será superado. No entanto, para reafirmá-lo é preciso combater o modo errado: o fato de se tomar o país como religião. Pois todo nacionalismo leva a um internacionalismo que dá causa à infame Nova Ordem Mundial.

9) Do mesmo modo como Marx decretou que a tirania deve ser plantada em cada país individualmente, o combate à tirania deve se dar do mesmo modo, até transbordar as fronteiras.

Quando se deve ou não falar - sobre a importância do silêncio, de modo a edificar a prudênci

1) Quando não você não está exercendo a fala, de modo a ensinar em caridade, o silêncio deve ser usado de modo a edificar a prudência. 

2) Tal como em certa ocasião afirmei que a literatura é um jogo e mostrar e esconder, o trabalho do intelectual deve sempre buscar os momentos onde se deve ou não falar, de modo a edificar a caridade em seus semelhantes.

3) Quando não se está exercendo a caridade em prol do seu semelhante, através do ensino escrito ou oral, ele deve buscar o próprio aperfeiçoamento, através da leitura ou aprendendo o máximo que puder, vindo dos acertos ou erros de seus semelhantes, em suas falas. E isso exige o silêncio.

4) O silêncio semeia a prudência - e uma fala imprudente é tal qual a semente que germina em um terreno inapropriado: ela logo germina, mas não gera raízes profundas, de tal modo que não produzirá boa obra, distribuindo fé morta sistematicamente. O que é a revolta contra a razão, fundada na fé reta de Cristo, senão uma imprudência fundada em sabedoria humana dissociada da divina? Nada mais infernal do que uma mente imprudente, pois ela semeará injustiça e inverdade.

5) Para ser prudente, é preciso dominar a si próprio - é preciso não ceder às paixões e nem entrar em polêmicas improdutivas, sobretudo com gente que você não conhece.

6) Quando se domina a si próprio, o primeiro passo para a restauração dos valores tradicionais começa na sua própria ordem, isto, é naqueles que podem e querem te ouvir - por isso, você deve edificar quem ama e rejeita as mesmas coisas que você, tendo por fundamento Cristo Jesus; e só depois é que você edifica quem te procura, através de todos aqueles que aprenderam dos seus amigos, que serão seus discípulos e divulgadores de sua obra. É se elitizando primeiro que se democratiza depois, por meio da distribuição do exemplo.

7) Se você faz boa obra, o tempo, que é regido por Deus, aperfeiçoará sua obra, a ponto de nos levar à lembrança de Deus por si mesma, tal qual a semente que coloniza outros terrenos para gerar novas árvores, pelos confins da Terra.

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Não haveria Brasil, se não houvesse colonialismo

1) Se colonialismo fosse uma coisa ruim, não haveria imigração. 

2) Logo, não haveria Brasil - não haveria descendentes de portugueses, alemães, italianos, japoneses e outros tantos que tomam o país como um lar.

3) Quem busca a sorte em terras d'além-mar certamente tende a tomar o lugar como um lar, pois nesse país se fixará por gerações. Ainda que se pretenda voltar, os desafios são tantos e a necessidade de se trabalhar é tanta que acabam gostando de viver na nova terra, em face da falta de perspectivas, na terra de origem.

4) Muitos dos descendentes de italianos, por exemplo, são brasileiros não só porque seus filhos nasceram aqui, mas porque aqui há muito mais chance de prosperar aqui do que na Itália. O fato de serem parte da nação italiana não será esquercido - eles preservarão a cultura antiga por tradição de família, adaptada às circunstâncias da realidade da nova terra. É assim que se faz o processo de nacionidade. 

5) Esses italianos são a Nova Itália - e essa Nova Itália não existe sem se tomar o Brasil como um lar. A pequena pátria neo-italiana ensina seus descendentes a serem brasileiros sem que deixem de ser italianos. E ainda são parte da nação portuguesa, pois herdam deste país a missão de servir a Cristo, em terras distantes.

Para se combater a mentalidade revolucionária, é preciso se repensar o conceito de colônia do Brasil

1) Quando você se finca num pedaço de chão de maneira estável e passa a viver naquele lugar de maneira definitiva, com a sua família, você está tomando o país como um lar. E não há nacionidade sem a ocupação, a colonização efetiva de um determinado território de modo a que ele bem sirva a Cristo, para a glória de Portugal, que se comprometeu em Ourique a servir a Cristo em terras distantes.

2) Olhando por essa via, a colonização do Brasil e a salvação da gente indígena, coisa que foi recomendada por Pero Vaz da Caminha em carta el-rei D. Manuel, foram verdadeiras bênçãos ao Brasil.

3) Os negros, que eram escravizados pelos próprios negros desde a África, passaram a ser progressivamente parte da pátria portuguesa por conta de terem sido rejeitados pelos seus irmãos negros, que os venderam como objeto - a partir do momento que incorporaram a cultura de vida e de liberdade em Cristo, passaram a ser parte da nação portuguesa. Pois em Cristo eles não são objetos de uso, abuso e descarte, mas cidadãos da pátria do céu - e se comprometeram, por osmose, a servir a Cristo em terras distantes, pois também tomaram D. Afonso Henriques como pai de sua pátria também. É justamente por terem sido comprados pelos portugueses que esses negros começaram a salvos, quando começaram a servir como servos aqui no Brasil.

4) Para se combater o movimento cotista, a primeira coisa a fazer é combater a noção de que o Brasil foi colônia de exploração.

4.1) Todo território ocupado deve ser explorado, de modo a servir a Portugal, que serve a Cristo em terras distantes.

4.2) O Brasil era vice-reino - tinha seu próprio vice-rei, governador-geral, que se fazia às vezes de Rei, dentro dessas terras. Toda e qualquer queixa que devia ser direcionada ao Rei era direcionada ao vice-rei, de modo a que providências fossem tomadas desde Lisboa, que é a capital de toda a pátria.

4.3) O Brasil por herança serve a Cristo em terras distantes. É parte da nação portuguesa por toda a sua essência e por toda a eternidade - não há senso de se tomar o país como um lar sem essa herança, que está sendo negligenciada sistematicamente pelo famigerado quinhentismo. Essa herança é que dá causa a uma só nação portuguesa, ainda que em terras distantes.

4.4) É preciso se combater o nacionalismo, o senso de país tomado como se fosse religião - só assim que o Brasil volta a sua verdadeira glória, seja como uma verdadeira nação imperial, por direito próprio, seja como parte da nação portuguesa, servindo a Cristo em terras distantes, como sempre foi.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de setembro de 2014 (data da postagem original).

A nacionidade nasce da família estruturada

1) A nacionidade começa de uma família estruturada. Uma família estável começa quando todos da comunidade familiar amam e rejeitam as mesmas coisas, tendo por fundamento Jesus Cristo.

2) Quando um abraça doutrinas diabólicas e disso não se arrepende, ele se torna apátrida no céu e na terra. Um esquerdista é um espectro de parente - não pode ter direito à herança nenhum, por ser indigno.

3) Esses indignos condenam o nome da família à imfâmia. Pois da infâmia de um vem a infâmia sistemática. 

4) É por essas razões que os criminosos recebiam pena de morte: para preservar o bom nome da família, pois os sérios não têm nada a ver com os vícios desses elementos que não passam de espectro de familiar.

Para se tomar o país como um lar, é preciso cortar da própria carne

Há quem diga:

"José, eu deixei de ter amizade com um  meu primo meu porque ele só faz propaganda petista no face dele. Ai eu me enfezei e deixei de ser amigo dele no face. Eu tenho horror de petista - não só de petista, mas de todo e qualquer esquerdista".

Eu respondo:

"É assim que se faz - tem que cortar da própria carne. Pois nem todos honrarão o legado, o bom nome da família na sociedade - esses elementos aboliram a noção de família de seu coração, ao abraçar a esquerda. Ele não é seu amigo - nem no face, nem na vida real".

terça-feira, 23 de setembro de 2014

O extrovertido é o agente perfeito da cultura de massa


01) Um dos sintomas da extroversão, do hábito de se vender banana na feira, é quando ele, o extrovertido, te pede para envolver teus amigos nos projetos dele, como se deu com o infame José Arthur Sedrez, quando me apresentou o famigerado CONS. O cara mal me conhecia já me pediu para empatar todo o meu capital moral em projetos salvacionistas altamente questionáveis. É por isso que vi a necessidade de me afastar dessa política de "conservadorismo" extrovertido, que é, na verdade, conservantismo.

02) Amigo é mais valioso que ouro e prata. Se a pessoa tem um projeto sério, a primeira coisa a fazer é mostrar que você tem valor - e se você tem valor, esse que confia em você te indicará para outras pessoas, tal como o senhor Rodrigo Cesar Banhara está fazendo. Eu levei bastante tempo até conseguir criar as bases necessárias para uma expansão segura - você se torna influente quando outros servem voluntariamente o que você tem a dizer, mas isso leva tempo, muito tempo, além de muito trabalho, é claro.

03) Quando se serve em confiança, o exemplo e o bom trabalho edificam toda a ordem moral, pois são a base da capitalização moral. Eis a enorme diferença do reservado para o extrovertido.

04) O extrovertido apelará para a propaganda. E o grande mal nos nossos tempos é a propaganda sistemática, de tal modo que elimina a cultura do diálogo, do argumento, do convencimento, da negociação. Enfim, o extrovertido é o agente perfeito da cultura de massa - algo que é extremamente diabólico.

Da diferença entre o tímido, o reservado e o extrovertido

01) Não devemos ter medo - não devemos ser tímidos. Não podemos ter rubor quando formos chamados ao serviço.

02) O dia em que o rubor se perde começa quando nós passamos a agir de
modo reservado, de modo a servir em prol da confiança dos que mais necessitam dos nossos serviços. Devemos falar coisas de modo a edificar a os nossos semelhantes, de tal modo a que a nação seja tomada como um lar.

03) Tenha muito cuidado com os extrovertidos, os verborrágicos. Eles têm habilidades verbais bem desenvolvidas. Alguns deles não desenvolvem senso de moral algum - e quando estão prestes a serem descobertos, eles reforçam a suas habilidades verbais.

04) Os extrovertidos têm o dom do estelionato, pois suas habilidades sociais são muito desenvolvidas. E é do estelionato que se constrói a cleptocracia, base sob a qual o país será tomado como se fosse religião, de tal modo que se afasta da pátria do céu.

05) As pessoas de hoje dão muito valor à extroversão, mas não percebem que isso pode levar à apatria. Pois o extrovertido não conhece fronteiras, como aquela de falar aquilo que lhe compete ou o que é bom e necessário - ele sempre vai se meter em assuntos para os quais nunca estudou e só falará bobagem ou enganará todo mundo, se tiver vontade de fazer isso.

06) Devemos rejeitar a cultura da exibição e preferir a cultura da reserva.

07) Foi da cultura da reserva, da confiança que as catacumbas se expandiram, de tal modo que passamos a pregar livremente nossa religião. E quando ganhamos a liberdade de pregar em praça pública, passamos a edificar uma civilização.

08) É por conta de tanto se dar valor à extroversão que nos vemos forçados a agir tal qual os primeiros cristãos. Os tempos serão negros.

09) Certo estava Bento XVI quando falava que precisamos reaprender a viver os tempos dos primeiros cristãos, os tempos da reserva moral. Pois é com reserva que se serve em prol da confiança.

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Comentários sobre o que é uma forma consistente


1) Uma forma é consistente quando ela é capaz de responder às exigências de seu tempo e de seu lugar, de modo a que o conteúdo nela contido nos conduza de modo a dizer sim a Deus.

2) Tempos diferentes modificam os lugares, de modo a ficarem diferentes uns dos outros.

3) Para que a mensagem continue universal e salvífica, é necessário readequar as formas, dando ensejo a uma constante renovação das coisas. E readequação das coisas se dá numa forma paraconsistente, cuja lógica se dá em Deus. Se o reino de Deus não é deste mundo, então ele se funda numa lógica que não é a deste mundo, pois o que é verdadeiro para Deus não se torna falso, ainda que isso extrapole as formas conhecidas pelos homens.

4) Quando se faz da Bíblia crença de livro, a forma se desgasta e não sobrevive ao teste do tempo. É como construir um castelo na areia - a água do mar leva tudo e tudo será esquecido, dado que não há Santa Tradição nem sagrado magistério.

Oitenta é perfeição dobrada, responsabilidade dobrada


1) 80 é 40 x 2. Se 40 é número de perfeição, tal qual o fato de os hebreus haverem ficado 40 anos de deserto, então 80 é perfeição dobrada, bênção sobre bênção.

2) bênção sobre bênção é bênção ao quadrado, pois dividir é multiplicar - isso é chamar constante mente Deus para que Ele te guie nesse caminho tão penoso que é a vida intelectual. Se as coisas se dão no tempo de Deus, isso dá margem ao processo de capitalização moral.

3) Se muito lhe é dado, muito lhe será cobrado. E para isso você deve ler os livros mastigando e digerindo. E achar ouro em cada montanha que você explora não é tarefa fácil.

4) Quando a bênção se multiplica e se distribui por conta de todo o seu trabalho se dar no tempo de Deus, então suas idéias deixam o mundo interior, a vida privada, e atingem o mundo da praça, onde as pessoas se reúnem de modo a saber as coisas que acontecem no país, no mundo e talvez em busca de coisas interessantes que as edifiquem, como uma proposta de emprego.

5) Quadrado em inglês é square. E square em inglês também significa praça.

6) Quando falo que bênção sobre bênção é bênção ao quadrado, isso significa dizer que as boas idéias são como as sementes que se deixam voar ao sabor do vento - elas caem sobre a terra e colonizam novos lugares, arvorando a idéia de se tomar o país como um lar, fundado na pátria do céu. Por isso, elas devem sair do mundo interior, da vida privada, e devem edificar o mundo a partir do mundo da praça - até influir na vida pública, no mundo que se dá nos gabinetes e nos palácios. 

Sobre o potencial do Twitter

1) O chato do twitter é que ele é limitado a 140 toques. Você não pode fazer reflexões sérias nele.

2) Uma reflexão mais séria pode se dar no facebook, cuja quantidade de toque no teclado é ilimitada. E as postagens do facebook devem ser armazenadas num blog, de modo a que sirvam de repositório de texto.

3) Trabalhando com encurtadores remuneratórios, você não só encurta os links para o twitter como também cria interstícios interna corporis para o blog, de modo a você ser remunerado pelo esforço feito.

4) Quando você difundir suas idéias, faça-o no twitter - só depois é que você fornece o facebook, de modo a que só os sérios venham, de modo a contribuir decisivamente para o seu pensamento.

Das três formas de se ler o marxismo


1) Quando se lê marxismo só por provar, você vai achar isso lindo. Você será só um idiota útil a serviço do marxismo.

2) Quando se lê marxismo engolindo, você estará sendo doutrinado. E aí você se torna um excomungado da pátria.

3) Quando se lê marxismo mastigando e digerindo, você está achando meios de combatê-lo.

4) Isso é de difícil digestão - e esses alimentos cuja digestão é difícil necessitam do apoio de um líqüido, de modo a serem digeridos melhor.

5) Quando se combate o marxismo, você certamente necessitará da comunhão em duas espécies, onde a hóstia fica mergulhada no vinho. Isso deve ser feito, em razão da penosa dificuldade exigida por esse trabalho, que se funda na caridade de Cristo.

domingo, 21 de setembro de 2014

Não ceda aos desafios fundados no modismo

1) Circula por aí um desafio intelectual em que devo citar 10 dez livros que inspiraram o meu pensamento.

2) Ocorre que alguns livros são para serem provados, ao passo que outros são para serem engolidos, enquanto outros são para serem mastigados e digeridos.

3) Olavo recomenda a leitura de 80 livros por ano.

4) Se você lê 80 livros por ano só para efeito de provar, na verdade você não leu nada.

5) Se você lê 80 livros por ano engolindo, você o faz tal qual se faz com cerveja: você confunde estudo com happy hour. Você só vai regurgitar coisas sem sentido, achando que está produzindo sabedoria. E sabedoria humana dissociada da divina é prestar serviço ao diabo.

5.1) Ler engolindo é doutrinação: isso é confundir liberdade com libertinagem. Você não será capaz de entender as nuances das coisas. E tudo se reduzirá à crença de livro. Enfim, é um tipo de protestantismo.

6) Se você lê 80 livros por ano mastigando e digerindo, você é um espírito abençoado e terá uma vida de estudos longa e abençoada. Isso é caminho de santidade, coisa que te leva à conformidade com o todo de Deus.

6.1) Os livros são que nem montanhas, Para escavá-la, você necessita retirar pequenas pedras.

6.2) Eu comecei a tirar pedras de algumas montanhas, mas a soma disso não chega a 10 montanhas - é por essa razão que não posso apresentar uma lista de 10 livros.

6.3) Escavar uma montanha, de modo a retirar os seus recursos até o pleno esgotamento, é um processo inacabado. Às vezes, esse livro, para ser mastigado e digerido, necessita de muitos anos ou de muitas gerações de estudo. É o que se faz com a Bíblia.

6.4) Quando se lê mastigando e digerindo, aí você firma uma tradição intelectual que dá margem para o país ser tomado como um lar.

6.5) É por essa razão que esses "desafios intelectuais" são inúteis, pois confundem liberdade com libertinagem. Isso é bem na linha da apatria mesmo, que toma o saber como se fosse religião.

6.6) Se o saber é tomado como se fosse religião, então a nação, fundada nesse conhecimento, será tomada como se fosse religião. Boa coisa não nasce daí.

Novas notas sobre o processo de capitalização moral

1) Usura é cobrança de empréstimo não produtivo

2) Investimento é empréstimo de caráter produtivo.

3) Existem dois tipos de produtividade: a objetiva e a subjetiva.

4) A produtividade objetiva edifica uma ordem pública: visa a produção de riquezas

5) A produtividade subjetiva resolve problemas de cunho pessoal ou familiar: paga despesas de cunho médico-hospitalar, educação ou outras coisas.

6) Quando se investe em produzir riquezas, eu tenho o direito de cobrar do empréstimo prestado. Tenho direito a me manifestar sobre todas as decisões concernentes sobre a realidade produtiva da empresa.

7) Quando um empréstimo busca a solução de problemas de caráter pessoal, a produtividade desse dinheiro se dará na carne e vai ser medida no tempo de Deus. Se esses problemas resolveram e ajudaram muito, a pessoa em gratidão te devolverá o dinheiro e mais uma recompensa pelos serviços prestados.

8) Não cobre pela recompensa - deixe que ela venha, pois de graça se recebe, de graça se dá.

9) Quando se concede empréstimo por generosidade, por caridade, a generosidade dar-se-á na recompensa, na hora em que o dinheiro for devolvido, pois a coisa se resolveu no tempo de Deus. Por isso, não cobre de um irmão - o seu irmão, por liberalidade, retribuirá o empréstimo retornando a quantia paga e dando algum acréscimo ou alguma coisa diversa de dinheiro. E isso deve vir do coração.

10) Toda cobrança justa deve se dar em algo de caráter produtivo, de modo a edificar algo concreto na ordem pública. Quando visa a se edificar algo na vida privada, todo empréstimo de bom coração pode gerar uma recompensa de bom coração. Por isso dê, sem esperar algo em troca, pois a coisa se funda no tempo de Deus.

11) É por essa razão que quem empresta ao pobres empresta a Deus. Pois a produtividade desse dinheiro se dará no tempo de Deus. Quando o dinheiro for devolvido, algo a mais será acrescentado, por conta da gratidão que se dá por conta do serviço prestado. Por isso, deixe que a coisa venha.

O processo de se tomar o país como um lar em Cristo se dá na carne

1) Como sei que a maioria não tem o domínio pleno da linguagem, então eu não usarei logo de cara o termo "nacionismo", mas o seu conceito: tomar o seu país como se fosse um lar em Cristo de modo que isso nos leve até a pátria definitiva, que se dá no Céu.

2) Quando estiver na carne o entendimento de que é preciso se tomar o país como um lar em Cristo, aí é que a pessoa poderá dizer-se nacionista, pois faz as coisas de modo a tomar o país como um lar amando e rejeitando as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, na conformidade com o Todo que vem de Deus.

3) E para se tomar o país como um lar, ela deve ter por base a pátria no céu e não a terra em si mesma. É preciso um componente transcendental, que aponte para Deus, pois o materialismo mata a causalidade das coisas. Se agirmos assim, a cidade dos homens será um espelho na terra da cidade que se dá no Céu. Enfim, a vida em conformidade com o todo de Deus, a vida em santidade será um dado da realidade que não pode ser desprezado.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 21 de setembro de 2014.

Sobre a melhor forma de evangelizar


1) Muita gente se diz católica sem atentar para o verdadeiro significado da palavra: em grego, ela quer dizer "conforme o todo".

2) Deus criou o Céu e a Terra de maneira ordenada. A criação se fundou na inspiração - como Deus é perfeito, o amor é a base sob a qual se dá vida à criação, pois é a lei que rege todas as coisas no universo.

3) Se você é conforme o todo daquilo que Deus criou, então você é católico.

4) Se você rejeita algum elemento da criação, escolhendo, por sabedoria humana, coisas dissociadas daquilo que o Pai estabeleceu, você na verdade quer ser Deus e quer edificar uma ordem fora da conformidade com o pai. E isso se chama heresia.

5) Tudo que é fora da conformidade com o todo do Pai causa distúrbio e instabilidade, pois tudo o que é bom e belo decorre do Pai.

6) Para se evangelizar, não use o temo católico de maneira nominal, pois a palavra do Senhor não deve ser servida vazia. A maioria das pessoas não domina a linguagem, a ponto de relacionar a palavra com o seu significado.

7) Primeiro deixe o conceito internalizado na carne e depois você o formaliza numa palavra. Quem internaliza dentro de si que a verdadeira fé se dá em se estar conforme o todo do Pai é que pode se dizer, com justiça, que é católico.

8) O verdadeiro católico evangeliza com conceitos, postulados esses que são eternos por conta da vontade do Pai, que é a verdade, a realidade que rege todo o universo, servindo todas as coisas com o seu verdadeiro amor. Se a pessoa não assimila esses postulados, jamais estará em conformidade com o todo que Deus-Pai estabeleceu para nós. Enfim, não poderá ser um bom seguidor de Cristo, pois perverterá seus sagrados ensinamentos a tal ponto que fará interpretações particulares da sagrada escritura.

9) O entendimento das coisas que Deus edificou deve ser dentro da conformidade com o todo que vem de Deus-Pai. Se Deus mandou o Filho entre nós para nos salvar dos nossos pecados e a Igreja foi edificada, fundada no fato de que Ele estará conosco até o fim dos tempos, então o verdadeiro entendimento das coisas dar-se-á dentro de toda essa obra salvífica da qual a Igreja é a conseqüência final desse processo, que se deu com a queda de Adão. E fora dessa obra não haverá salvação - pois a verdade é una e universal, pois decorreu da vontade do Criador - e a conseqüencia da obra salvífica é una, universal, que se dará na Igreja. É por isso que se deve crer na Igreja como uma conseqüência de se crer no Pai, no Filho e no Espírito Santo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 21 de setembro de 2014.

sábado, 20 de setembro de 2014

Como esta república restaura a necessidade de se tomar nossa missão que herdamos de Ourique


1) Olhando pra nossa república quinhentista, ela criou um ambiente que lembra muito o da ordem social calvinista, que deu origem à república americana: só que aqui a maioria escolheu ser condenada, ao tomar o país como religião, e os poucos que se lembram de Ourique acabaram se tornando eleitos por conta de seu sim a Deus, pois tomaram o seu país como um lar com base na pátria do céu, o que nos leva a conformidade com o todo de Cristo.

2) Esses que disseram sim a Deus predestinaram suas almas, através do livre arbítrio, e farão parte da elite que pescará os filhos dos condenados de volta pra casa do pai.

3) Ao surgir essa elite que pescará os filhos dos conservantistas de volta à casa do pai, renovou-se a missão em Ourique e os fundamentos da verdadeira aristocracia monárquica. Em momentos de crise, o ideal monárquico e a memória de Ourique revelam-se mais fortes do que nunca, de modo a que o país seja tomado como se fosse um lar, em Cristo

Como se combate a apatria sistemática


1) O grande problema deste país é um problema que se funda na alma: a maioria dos que nasceram nesta terra, com base no seu livre arbítrio, escolheu viver fora da conformidade com o todo do Pai, passando a rejeitar a pátria do Céu. E ao rejeitá-la, tornaram-se apátridas, pois perderam a base sob a qual este país deve ser tomado como um lar. Por conta da sabedoria humana dissociada da divina, escolheram viver a vida de condenados e legá-la aos seus descendentes.

2) Os poucos que disseram sim acabaram predestinando a alma de modo a salvar as vítimas dessa herança maldita, de fodo a refundar a pátria e restabelecer a missão que herdamos desde Ourique. Esses que disseram sim a Deus são a elite pela qual a pátria como um lar será semeada sistematicamente até tornar-se uma verdade evidente por si mesma.

3) Esse trabalho se fará nos herdeiros desse sim e nos filhos dos homens que preferiram conservar o que era conveniente, ainda que dissociado da verdade, causa de toda a apatria. Os filhos desses homens condenados devem dizer não ao não que seus ancestrais disseram, rejeitando a herança maldita.

4) Eis aí o desafio que se dará por gerações.

Para se tomar o país como um lar, é preciso redefinir o seu círculo social e a sua vida, de mdo a ficar em formidade com o todo de Deus


1) Quando se adquire alta cultura e aprende a tomar o país como um lar, você tende a redefinir o Brasil, com base naquilo que Cristo nos mandou fazer em Ourique: devemos servir a Ele, ainda que em terras distantes.

2) À media que você vai conhecendo pessoas que amam e rejeitam as mesmas coisas que você, tendo por fundamento Cristo, você reduz drasticamente seu círculo social, de modo a eliminar os apátridas e integrar os que compreendem a real dimensão de ser brasileiro. O círculo se reduz hoje, de modo a crescer de maneira sustentada em Cristo amanhã - e essas coisas estão no tempo de Deus

3) É uma tática de terra arrasada - em muitos casos, a vida em clausura torna-se a única vida livre que você realmente tem. Mas você não está isolado: tendo Deus e pessoas dispersas pelo país que amam e rejeitam as mesmas coisas, você está seguro no seu computador, escrevendo.

4) O dia que você tiver a oportunidade de morar sozinho, longe de todos aqueles de teu sangue que não comungam daquilo que é precioso e caro, faça isso. Quem não é conforme o todo de Cristo já aboliu a família de seu coração há muito tempo.

5) Sirva a Ele e uma história familiar de nobreza começará a ser escrita a partir de você. Casando com gente de igual mentalidade, uma estirpe começa a ser formada. Casamentos sucessivos assim moldam o caráter de todo um povo que virá depois de você.

6) Toda nação nasce a partir da grandeza de um, cujo exemplo se distribui a vários ao longo das gerações. Por isso que nacionidade e monarquia são sinônimos.

Como combater o republicanismo cultural


1) Se formos levar em conta a nossa realidade, falar uma mesóclise, ainda que esteja correta do ponto de vista gramatical, é falar de maneira errada, inadequada. Ela tende a ser um exibicionismo, algo que vai fora da conformidade com o todo de Deus, que pede constantemente a readequação das formas, de modo a edificarmos coisas para o bem do país, em nome de Cristo.

2) Em vez de edificar no seu semelhante a idéia de que a alta cultura deve ser buscada, de modo a edificar a si próprio e fazer da língua que se fala um elemento de modo a se tomar o país como um lar, você acaba sedimentando uma espécie de estupor, um elogio à cultura de ignorância, fazendo com que muitos se orgulhem disso, tal qual o infame presidente Lula. O exibicionismo, a má teleologia, alimenta a vala comum da exclusão social marxista, que semeia a ignorância entre nós, em nome da cultura.

3) Para se combater o republicanismo cultural, precisamos adotar formas simples de falar - construções frasais mais simples, de modo a que as idéias mais complexas e necessárias sejam passadas de modo muito claro, preciso. As coisas precisam ser ditas de modo caridoso, em conformidade com o todo de Cristo.

4) Para pessoas como meu amigo Heitor Buchaul e o senhor Leonardo Faccioni, falar formalmente é até motivo de honra, de pompa em circunstância: nós somos todos monarquistas e a alta cultural espelha a noção de se tomar o país como um lar. O português imperial é nossa língua e sinto até prazer em falar mesóclises e outros termos mais rebuscados, dado que o ambiente cultural me leva a tomar isto como parte da idéia de se tomar país como um lar. Pois onde há dois ou três pessoas agindo assim, Cristo está entre eles.

5) Pessoas como o senhor Fábio Salgado de Carvalho, no entanto, tendem a ralhar a todos, quando a pessoa comete o erro de separar sujeito e verbo com uma vírgula. É um erro muito comum, dado que o ensino de português não é dado de modo correto. Se a pessoa erra, devemos ter a caridade de corrigir. Se a pessoa desempenha um papel importante, corrija-a, sim, mas de modo caridoso, respeitoso.

6) Em vez de o sujeito falar a todos com caridade, ele faz o contrário: ele parece que vai querer mandar a pessoa para o inferno só porque esta não sabe usar adequadamente o português como ferramenta - enfim, esse sujeito está louco para ir para as vias de fato com alguém só porque este escreve sisudo com "z". Nesse ponto, o senhor Fábio Salgado de Carvalho ainda tem sérios resquícios de protestantismo, de puritanismo, dado que ele está a fazer da gramática crença de livro - ele necessita de um sério exame de consciência, dado que a atitude dele não edifica. E é por ser testemunha do que ele faz online que me sinto no dever de chamá-lo à correção fraternal.

7) Não estou dizendo que devemos abolir a mesóclise - quem defende essas coisas são os criminosos que vivem a fazer reformas na língua a ela se tornar um espectro de língua, que vivem a defender o que é por força divina indefensável. Nós precisamos é falar de um jeito, de um modo a que as pessoas de bem aceitem converter esse português negro da república sindical bolivariana num português branco, imperial. E é assim que se combate cultural a república e a mentalidade revolucionária neste país.

8) Há quem diga que brasileiro é burro. Eu respondo: nenhuma civilização floresceu na ignorância. Então não chame quem é burro de brasileiro. Se o burro é quem toma o país como se fosse religião, de modo a se afastar dos planos do Criador, chame-o de apátrida - e duplamente, pois quem não toma a pátria do céu como lar não pode, por força lógica, tomar o Brasil como um lar. A cidade dos homens precisa ser um espelho da cidade de Deus, de modo a continentalizar as almas e forjar uma nação.

9) Quando se forja uma nação, devemos forjá-la tal como se faz com o ferro - devemos eliminar as impurezas. E quando se tem o produto, podemos fazer ligas com os outros metais. Em outras palavras, ao excluir os apátridas, nós incluímos os que querem edificar a si mesmos com alta cultura. Não conheço educação inclusiva sem se excluir os que são por si mesmos réprobos. Quem confunde isso com aprovação automática não sabe o que e educar.

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Sobre a necessidade de se estudar a lógica paraconsistente

1) O verbo divino se manifesta de várias maneiras, de modo a edificar as coisas, conforme a vontade do pai. Ela se manifesta através de fatos, palavras e coisas.

2) A verdade que ordena as coisas, de modo a que fiquem em conformidade com o todo de Deus, exige uma atualização constante do nosso modo de descrever a realidade. Precisamos aperfeiçoar a teleologia e a lógica, de modo a entender a verdade que se dá em Cristo

3) Como a verdade de Cristo vai além das formas consistentes, ela vai além da consistência fundada nas formas conhecidas. E para se conservar a dor daquele que morreu por todos na Cruz, é preciso buscar formas lógicas, de organização e estruturação do pensamento, que se adeqüem a essa necessidade de se servir à palavra de Deus, de modo a que as pessoas permaneçam na conformidade com o todo, do modo mais claramente possível.

4) É extremamente necessário que se faça o estudo permanente da lógica paraconsistente, de modo a que se tenha o entendimento correto das nuances pelas quais a verdade de Cristo se irradia e edifica coisas conforme a vontade do Pai. Sem isso, tomaremos a bíblia como crença de livro e faremos uso inadequado da Santa Tradição, a nos afastarmos da conformidade com o todo de Deus.

Sobre o grande erro dos austríacos

1) Quando se busca estudar a praxeologia somente a partir de formas conhecidas, fundado tão somente na lógica clássica, você na verdade conserva o que convém, ainda que dissociado da verdade.

2) E ao agir sob conservantismo, você semeia o relativismo, você estimula as pessoas a se libertarem da liberdade que se dá em Cristo, restabelecendo a escravidão.

3) O grande erro dos austríacos está no fato de terem sido fortemente influenciados por Kant e outros iluministas, que tentaram reintroduzir muitos elementos da cultura pagã clássica, dissociados daquilo que se edificou a partir do fato de se conservar a dor de Cristo na cruz sistematicamente, que deu causa à edificação de uma civilização inteira.

A verdadeira praxeologia se funda numa lógica paraconsistente


1) Se a praxeologia é o estudo dos meios que levam à execução da vontade, de modo a se estar em conformidade com o todo de Deus, então ela deverá buscar formas adequadas de melhor servir a essa verdade.

2) A sabedoria divina é superior à sabedoria humana, pois ela fala através de fatos, palavras e coisas - e a todo momento pede que readeqüemos constantemente nossa linguagem, de modo a descrever de maneira precisa a nossa realidade.

3) Esse exame vai além das formas conhecidas - ela busca novas formas de se falar a verdade, sem relativizá-la. 

4) A busca permanente e constante de novas formas de servir com caridade a palavra de Deus se funda numa lógica paraconsistente.

A literatura é um jogo de mostrar e esconder

1) Em literatura, existe um jogo permanente de mostrar e esconder.

2) Certas coisas devem ser mostradas, de modo a se semear a caridade, que se dá em Cristo; algumas coisas, reservadas, como peça de informação, de modo a ser usado mais tarde, quando a necessidade surgir.

3) Se o pessoal da rede social tivesse o hábito de escrever, próprio de quem pratica a atividade literária, não ficariam compartilhando qualquer coisa que apareceria logo de cara, sob pena de logo perder a credibilidade.

4) Quando se tem um perfil de facebook, você deve aprender a agir de modo correto na rede social: o que vem ao teu conhecimento deve ser filtrado e digerido e só então o ensinamento deve ser repassado, de modo a semear a verdade.

5) Os problemas da rede social decorrem da cultura de massa. Ela cria um exército de pessoas presas ao vício do hedonismo, a tal ponto que acabam relativizando o peso da notícia e o próprio peso da verdade, fundamento da liberdade.

Relatos da minha experiência bloguística e de rede social

1) Quando a tecnologia dos boletins online (blog) surgiu, em 1997, eu não me tornei adepto da idéia logo de cara.

2) Os primeiros adeptos da idéia eram jornalistas com experiência em servir ao povo com informações relevantes à população e que tinham necessidade de ter um repositório de texto sempre à mão, de modo a que população pudesse consultar as informações logo depois. Esses repositórios serviam para se distribuir a informação a quem precisasse dela - se elas fossem em conformidade com o todo de Deus, elas edificam algo por si, fundado no distributivismo cristão. Como não era jornalista e nem tinha algo relevante pra falar, acabei não tendo blog.

3) Havia, em paralelo a esses jornalistas, gente neófita, que faz as coisas por modismo, sem se preocupar com a verdadeira teleologia das coisas. Esses neófitos se exibiam na rua virtual, coisa se que dá através de buscadores, como o google, e expunham suas sandices. Como não havia um meio de separar a rua da casa, eu acabei não aderindo ao modismo. Essa gente semeia o relativismo moral e não deveria expor suas idéias em público. Deviam ser censuradas, por conta de seus pecados.

4) Quando comecei a postar materiais para os concurseiros em grupos de e-mail, vi a necessidade de blogar. O blog servia de repositório de textos, de modo a que informação pudesse ser mais facilmente recuperada, poupando a trabalheira que é encontrar o e-mail, que ficava perdido no meio dos tantos e-mails que eram enviados paralelamente pelo outros usuários. Como essas informações exigiam organização e esforço, eu introduzia nelas um link, onde toda vez que clicassem, a pessoa remunerava o esforço. Pois quem serve bem merece ser bem remunerado, pois quem trabalha para o próximo tem o direito de ser alimentado no pão de cada dia, que alimenta o corpo e a alma.

5) Quando comecei a assumir minhas verdadeiras funções de intelectual, na rede social, o blog acabou se tornando um verdadeiro repositório de textos, de modo a que a informação pudesse ser mais facilmente recuperada e distribuída à população, quando fosse necessário. Pois vasculhar o mural até achar a informação relevante requer exercício de paciência.

6) Os verdadeiros debates, que se dão por e-mail, devem ser feitos em grupos de e-mails e depois publicados na rede social. O registro fica depositado num blog. Seria sensato e conveniente que você tivesse um grupo de e-mails do yahoo justamente para esses debates. 

7) A rede social não é o lugar mais adequado para debates. Ela é muito boa para conversas rápidas e para se tecer alguns comentários pontuais. Para uma disputatio mais profunda, de modo a se chegar à verdade, ela não é adequada - quem ousar fazer isso estará buscando atrito para com os seus semelhantes, o que leva a um pecado sistemático grave. E a rede social deve ser usada de modo a servir à caridade, que se dá em Cristo.

8) Os grupos do facebook são úteis de modo a você reunir gente importante em torno de você e compartilhar as notícias com eles, de modo a que a informação circule mais rápido. É sensato montar um grupo de facebook, quando você tem pelo menos 20 ou 30 pessoas de confiança, que ajudam você no processo de criação intelectual. Para um debate mais profundo, os e-mails continuam valendo.

9) Quem disser que o e-mail é coisa do passado está a promover a má consciência. A pessoa está presa a uma mentalidade progressista, fundada na busca eterna do prazer e da eficiência a todo e qualquer custo - e a constante atualização tecnológica de certo modo alimenta o hedonismo. E sob o hedonismo, essa pessoa será vazia de idéias, dado o vazio da alma de quem assim diz. 

10) O verdadeiro progresso encontra-se na adequação e no uso racional das ferramentas disponíveis. Conhecendo-se bem a teleologia das coisas, é possível buscar os meios mais adequados, de modo a você servir a verdade com caridade. 

11) Uma boa teleologia leva a uma boa praxeologia, a uma boa ação, que fica em conformidade com o todo de Deus.

Notas sobre o estágio estético em Kierkegaard


1) Quando o homem se encontra no estágio estético, este vive para as coisas do presente, sem pensar nas coisas que poderão advir no amanhã.

2) Ele busca sempre o prazer, acreditando que o bom é aquilo que decorre do belo e do agradável, fundado no fato de que tudo tem a sua própria verdade. Tal pessoa vive inteiramente no mundo dos sentidos e é extremamente focado na sensualidade e acorda e dorme priorizando os apetites carnais. Interessa-lhe o jogo da sedução - sua existência é uma representação exclusivamente individual, que não considera os limites éticos e as obrigações sociais. 

3) O esteta, além de não saber discernir a diferença entre liberdade e libertinagem, acaba virando joguete de seus próprios prazeres e estados de ânimo - tudo o que lhe aborrece e que não condiz com a sua concepção de moralidade é negativo. 

4) Até mesmo em situação caótica, que causa preocupação e sofrimento, este adota um comportamento de mero observador, dado que responsabilidade e esforço não são o seu forte. Ele buscará um sentido para a sua existência guiado sob a influência do sentidos. 

5) Nesta fase, o indivíduo escolhe viver de aparências - ele vive uma vida de prazeres de maneira sistemática e se transforma num hedonista, buscando o prazer a qualquer custo e a toda hora, sem limites.

6) Para o hedonista, o ser humano precisa sentir prazer imediato - ele não deve se preocupar com o futuro e nem com grandes projetos espirituais que visam à vida eterna, dado que tudo é momento, tudo é circunstância, tudo é passageiro - pois tudo se funda no momento presente. Ele simplesmente busca satisfação imediata, seja com sexo, drogas ou rock'n'roll. 

7) Acredito que a maior parte das pessoas estão estagnadas nesse estágio, pois desprezam o fato de que possuem um cérebro com capacidade para pensar e acabam por adotar um estilo de vida artificial, sem aspirações intelectuais. 

8) Esse estágio também pode ser chamado de "Felicidade Ignorante" (pois há quem diga a seguinte frase: "feliz é o ignorante") - a pessoa tem todos os prazeres, todas as verdades que quiser, mas essas satisfações de curta duração só fazem aumentar o vazio que sentem por dentro. Ao viver dessa forma, o indivíduo não encontra satisfação, pois sua existência passa a ser um círculo vicioso de busca pelo prazer seguido de uma insatisfação profunda. Sendo assim, com o tempo o indivíduo torna-se frustrado, melancólico. 

9) A melancolia é oriunda de uma personalidade focada no imediatismo e desprovida da reflexão ética. Tende a refugiar-se no passado para encontrar satisfação, mas é em vão. Insatisfeito, e sujeito a sentimentos de medo e sensações de vazio e tédio, tende a cair no desespero. É a partir do desespero que o homem pode atingir um outro estágio existencial. 

11) O desespero é algo positivo para Kierkegaard, pois é por intermédio dele que o homem reflete a possibilidade de dar o ''salto'' para um estágio superior.

Flávio Fortini

Facebook, 19 de setembro de 2014.

Dos dois tipos de troca autística

1) Existem dois tipos de troca autística.

2) A primeira delas é aquela troca mencionada por Mises no livro "Ação Humana". Ela se dá no mundo exterior, quando se troca a isca pelo peixe.

3) Interagir com o ambiente, com o mundo externo, é um tipo de heteronomia. É na verdade uma troca reflexiva - a pesca, do ponto de vista da troca, é um tipo de espelho, onde a oferta da isca revela a demanda pelo peixe e o peixe aceita o alimento, servindo-se de cordeiro de sacrifício, de modo a que eu possa atender às minhas necessidades fisiológicas - de certo modo, um tipo de publicidade. Enfim, o peixe morre para que eu possa viver. É assim que se deu com Cristo, que se tornou alimentou espiritual, através da eucaristia. Ao salvar quem creu nele, ele foi um pescador de almas. E quem creu nele a vida toda acabou encontrando a vida eterna, à direita do pai, como de fato se deu com os santos, que são o modelo de vida reta que devemos seguir.

5) A mesma forma ocorre com o tecelão, vivendo da sua profissão: ele tece tecendo a si próprio, seu destino.

6) Quando se trabalha em troca de alimento, você forja o seu destino. Pois o trabalho enobrece o homem.

7) O outro tipo de troca autística ocorre da forma como mencionei num artigo anterior. Quando se busca o conhecimento disperso pelo mundo afora, ele leva ao planejamento das coisas. As memórias e os dados externos da realidade são comparados e convertidos em signos, que são trocados, através da palavra, causa da negociação e da edificação das coisas. Essa troca ocorre no mundo interior, dentro de mim, onde minha consciência explora todas as possibilidades até chegar a verdade, que nos leva ao caminho de Deus.

8) Toda troca autística que se dá dentro de mim leva à execução de uma vontade. 

9) Essa vontade responde a estímulos fisiológicos, de modo a se alimentar e sobreviver; a estímulos externos, de modo a se evitar um perigo; ou à curiosidade, que decorre de se investigar as coisas que decorrem da criação do pai. Existe ainda a necessidade de se falar as coisas, de modo a que o bem seja edificado ao nosso redor. E isso é caridade, quando se serve aos outros, e prudência, quando se serve a si próprio, de modo a dizer sim a Deus.
 
José Octavio Dettmann
 
Rio de Janeiro, 28 de abril de 2023 (data da postagem original).

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Para aprender a tomar vários lugares como um lar, aprenda a tomar como um lar o lugar onde você necessariamente nasceu


1) Para aprender a tomar vários lugares como um lar, você precisa aprender a tomar o lugar onde você necessariamente nasceu como um lar.

2) Quando você aprender a tomar o lugar em que nasceu como um lar, você aprende a lidar com os problemas e as dificuldades fundadas de se morar no lugar. Em meio às dificuldades, surgem as soluções. Nada substitui a ordem fundada nos sentidos, fundada na vivência.

3) Quando sua presença se distribui em vários locais, ocorre dentro de você uma constante comparação das várias experiências que você passou, por estar em vários locais diferentes. Para diferentes problemas, surgem diferentes soluções - e  a sua experiência será o sistema perfeito onde tudo se integra.

4) Dentro de seu mundo interior ocorre constantes trocas autísticas. Para algo que acontece num lugar X, a solução está no lugar Y. Por isso, você integra os dois locais, de modo a resolver os problemas da vida. E ao integrar os lugares e o conhecimento disperso em diversas circunstâncias em você, você aprende a integrar as pessoas em torno de você, que aprendem a amar e a rejeitar as coisas tendo por fundamento Jesus Cristo. É nele que está a noção de se tomar o país como um lar, com base na pátria do céu.

5) Enfim, para ser um bom político, um diplomata perfeito, você precisa necessariamente tomar como um lar vários lugares, ao longo de uma vida. Deve estar presente nesses lugares de modo permanente, e não apenas de passagem.

Teoria dos três nascimentos


1) Existem 3 tipos de nascimento:

1.1) O nascimento de fato, marcado pelo estar no mundo.

1.2) O nascimento para a vida em Cristo, marcado pelo batismo. Nele aprendemos a tomar a pátria do céu como se fosse um lar.

1.3) O nascimento fundado a partir do momento aprender a tomar terra em que você nasceu ou começou a viver a sua vida como um lar. Quando você aprender a tomar o país como um lar, eis que surge a missão, a necessidade de servir ao país, com base na pátria do céu. Esse momento coincide com o crisma, com a plena capacidade civil para a vida.

2) Uma alma formada, preparada, integrada faz dos 3 nascimentos uma trindade e passa a servir ao país da mesma forma que serviria a Deus. Ao tomar o país como um lar, sua presença se distribui em vários lugares - eis aí a importância da pluralidade de domicílios.

3) Se a pessoa só tem apenas um nascimento, será forjada no anabatismo. Sua formação será direcionada por todos aqueles que rejeitam a pátria do céu - e ele aprende a tomar o Estado como se fosse seu Deus. Se ele admira o Estado sem Deus, sua consciência será marcada por um completo estupor. Enfim, quando adquire a missão de servir a Cristo, seu senso de servir não será sincero, pois aprendeu a tomar por o Estado como se fosse seu Deus, sua religião. 

4) Como os registros do Estado são de cunho local, territorial a pessoa tende a fixar apenas um local e dele não sai. Fica condenado a ficar preso na terra. Tende a dividir as pessoas em classe e tende a ver vida de maneira estamental, onde quem é servo é sempre servo e onde quem é senhor é sempre senhor. 

5) Como fica só preso à cultura nacional, torna-se um monoglota - e aí vira um nacionalista, pois a nação se confunde com a existência do Estado. E tudo para ele está no Estado e nada pode estar fora dele - o universalismo, que é a marca de Cristo, será odiado porque está fora do Estado.

6) Enfim, o anabatismo é um monarquianismo, pois leva a desfragmentação da consciência, pois do nascimento único sistemático surge o coletivismo e a conseqüente negação do indivíduo, assim como do livre arbítrio.

7) O nacionalista, enfim, tende a ver as coisas a partir da lógica de dividir o mundo entre eleitos e condenados. E quem não nasceu no país passa a ser visto como um ser condenado.

Considerações sobre a pluralidade de domicílios voluntários em vários países


1) Quando se tem vários domicílios voluntários, em vários um deles será necessário, pois é impossível estar presente em todos os lugares ao mesmo tempo.

2) Nos demais domicílios, é preciso que haja alguém disponível para representar você, em caso de algo acontecer. Essas pessoas são os procuradores, que geralmente são os administradores do imóvel.

3) Esses administradores não só recolhem os aluguéis, dão quitação, como também praticam todos os atos necessários fundados na procuração. Enfim, os mandatários agem como um longa manus de todo aquele que toma vários lugares como um lar.

4) Esses mandatários atuam como seus diplomatas - eles repassam todas as informações necessárias, de modo a que você atue de modo a conservar as coisas da forma como estão, de modo a que você tome os seus lugares que escolheu para viver como um lar unido em você, em sua carne. E ao tomar diversos lugares como um lar, você deve fazê-lo fundado em Cristo. 

5) Havendo eleições, esses procuradores conduzem sua voz e seu voto, de modo a que seus bens não sejam perdidos, quando se toma um desses países onde você tem domicílio como se fosse religião totalitária de Estado.

Explicando a diferença entre o domicílio necessário e o domicílio voluntário

1) Domicílio voluntário é aquele que se funda no fato de que você tomou o seu lugar como um lar. Ele implica habitar um lugar permanentemente, enquanto as circunstâncias forem favoráveis para se tomar o país como um lar.

2) Domicílio necessário é que se funda por conta de uma relação jurídica. E essa relação se dá por força de ordem pública.

3) O domicílio de um preso é necessário, pois ele deve pagar pelos crimes que cometeu

4) O domicílio de um menor é necessário, pois fica vinculado ao da família, que deve amparar por ele. E para onde a família for, o menor vai junto.

5) O domicílio de um militar é necessário, pois fica vinculado ao comando da sua unidade. Ele pode ser transferido por força da necessidade do serviço.

6) O domicílio de um marinheiro é o do navio onde ele serve. E a residência do navio é onde ele está matriculado na capitania dos portos

7) O domicílio do funcionário público civil é o do lugar onde ele exerce suas funções. Se houver necessidade do serviço, ele será transferido de lugar. 

8) O domicílio eleitoral é necessário, por conta de o voto ser obrigatório no Brasil. Se o voto não fosse obrigatório, o voto se daria em trânsito. Se eu estivesse eventualmente em São Paulo, votaria num político conhecido, de modo a estar quite com os meus deveres de cidadão.

9) Todo domicílio temporário é um domicílio necessário, por conta das circunstâncias. Quando se vive em casa alugada, o domicílio é necessário, por conta de responder aos compromissos fundados na relação de inquilinato.

10) Considerando que são poucos que tomam o país como um lar, são poucos os que tomam o seu país como um domicílio permanente, de modo a se edificar uma civilização fundada em Cristo Jesus - o resto está só de passagem.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 18 de setembro de 2014 (data da postagem original).

Explicando a diferença entre morada, domicílio e residência


1) Domicílio é estar num lugar com ânimo definitivo. Se você é proprietário de um bem imóvel, você poderá usar, gozar e dispor desse bem, fundado em bom direito, enquanto permanecerem as circunstâncias pelas quais você é livre de modo a você poder dispor desse bem que você conquistou, fruto de seu trabalho ou de herança. E as circunstâncias favoráveis dependem de uma boa ordem pública em que você vai se sentir livre para tomar o país como um lar e não como uma religião de Estado, situação essa em que seus direitos serão vilipendiados e destruídos.

3) Residência é estar num lugar com ânimo temporário. Se você mora num lugar por força do trabalho, seu ânimo é temporário. Se o seu ânimo é temporário, você alugará imóveis pelo tempo necessário até que as coisas mudem.

4) Morada é algo que é provisório e precário. Nosso corpo mesmo é morada da alma. Somos fisicamente frágeis, pois podemos ser vítimas de algum acidente e morrer. E como o corpo é morada da alma, devemos cuidar de nosso corpo, de modo a que ele sirva a edificar a nossa alma, de modo a que ela possa dizer sim a Deus, da melhor forma possível.

5) Quando se confunde morada com propriedade, o nosso corpo paga por todos os efeitos dos nossos pecados. Toda conduta pecaminosa afeta o corpo e o espírito, a ponto de a pessoa perecer, ao perder a amizade com Deus.

6) Quando o pecado é sistemático, distribuído a toda população, ele se torna um pecado social. E a escravidão é um grave pecado social, decorrente do fato de se tomar o corpo como propriedade e não como morada ou templo da alma. A escravidão decorre do pecado original, pois decorre de uma sabedoria humana dissociada da divina, que anseia querer ser como um Deus, tal qual é o Pai.