1) Quando se vai para um outro lugar, é preciso que se tenha em mente de que aquele lugar para onde se vai será sua morada, dentro daquela circunstância. Mesmo que a circunstância seja temporária, o lugar deve ser tomado como se fosse um lar, enquanto esta for sua circunstância. É mais ou menos a lógica do poeta Vinícius de Moraes: que isso seja infinito enquanto dure.
2.1) Eis aí a grande diferença do hostel para o hotel.
2.2) No hotel, a coisa é fundada de maneira impessoal, fundada no amor ao dinheiro: como foi feito para turismo de negócios, ele é perfeito para turismo em áreas onde a impessoalidade é a norma do dia, como as grandes cidades.
2.3) Em lugares mais familiares, em lugares onde não existe a impessoalidade, o senso de tomar o lugar como se fosse um lar se faz mais necessário. E isso leva necessariamente à hospitalidade.
2.4) A casa onde moro, o meu mundo interior, é o lugar onde desenvolvo as verdadeiras amizades. Caso um contato meu de internet esteja querendo fazer alguma coisa de relevo no Rio de Janeiro, ele pode simplesmente se fixar na minha casa pelo tempo que for necessário. Ele come minha comida, pode usar minha biblioteca e dorme num quarto de hóspedes - além disso, é próprio do Cristão dividir as coisas com os irmãos necessitados. Tão logo ele cumpra a sua missão, ele volta pra casa e acerta as contas comigo.
2.5) A hospitalidade e a nacionidade caminham juntas.
2.6) Como isso é conforme o Todo que vem de Deus, o serviço hospitaleiro deve ser recompensado, levando-se conta o tempo que meu hóspede passou em minha casa e o quanto esta casa foi crucial para o desenvolvimento de sua atividade.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 16 de abril de 2016.
Matérias relacionadas:
http://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2016/12/notas-sobre-hospitalidade-uma-visao-que.html
José Octavio Dettmann
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