1) Pedir a atenção de alguém sem uma razão justa, sem estabelecer com ela uma conversa edificante, produtiva, é usura, sim, pois você está abusando de sua boa vontade.
2) A riqueza não é só servida na forma de dinheiro, mas também no tempo que dispensamos em conversas nobres e produtivas com aqueles que buscam a verdade, o fundamento da liberdade. Se a pessoa te pede a atenção para coisas vãs, desnecessárias, então ela é usurária, a ponto de ser parte da classe ociosa.
3) Eu comecei a medir meus relacionamentos pela qualidade das conversas que tenho. Se as conversas são vazias e chatas, então elas são improdutivas - logo, uma pessoa demandando minha atenção a algo vazio é algo contraproducente, Por isso, é usura, pois a pessoa está abusando da minha boa vontade ou subtraindo minha energia, que poderia ser destinada a coisas mais produtivas, fundadas em Deus. E essas pessoas devem ser evitadas.
4) Esse fenômeno está presente nas relações onde depositamos confiança. E a moeda é, na verdade, o mero termômetro do fenômeno, pois é por meio dela que podemos aperfeiçoar a liberdade de muitos de modo a satisfazer as necessidades mais imediatas dos nossos protegidos, como se fossem seres queridos.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 28 de março de 2021 (data da postagem original).
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