1) A questão Estado mínimo x Estado máximo está centrada no homem enquanto animal que mente, que conserva o que é conveniente e dissociado da verdade a ponto de estar obstinado nisso. Ela é tributário do ato de apatria que fizeram em 1822, quando separaram o Brasil de Portugal, sob a mentirosa alegação de que ele era uma colônia.
2) O liberal achará as despesas com a evangelização dos povos inteiros e a instrução dos pequenos na palavra de Deus desnecessárias. Como busca um homem cheio de si até o desprezo de Deus, busca um Estado mínimo de tal modo que a aliança entre o Altar e o trono seja inviável.
3) Uma vez que a sociedade esteja descristianizada e viciada nas idéias liberais, eis aí que surgem as idéias totalitárias, de gente que acha que todos os seres humanos do mundo são passivos, a ponto de acharem que podem exercer poder sobre tudo e sobre todos, tal como um Deus. E aí tudo estará no Estado a ponto de nada estar fora dele ou contra ele.
4.1) Se a Cristologia é antropologia aperfeiçoada, os limites da ação do Estado devem ser pautados com base naquilo que o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem agiria, enquanto Rei e Sacerdote. E a questão do Estado máximo cristão, devidamente aparelhado de modo a aperfeiçoar a liberdade de muitos, do maior número de pessoas possível, pressupõe o bom senso dos governantes. E isto não tem nada a ver com Estado-babá, como vemos nos socialismo.
4.2) Enquanto no cristianismo o governante respeita a inteligência do governado, no comunismo o dominador zomba da inteligência do dominado, pois para ele o mundo está dividido de antemão entre eleitos e condenados - duas classes antagônicas, onde o propósito do mais forte é eliminar o mais fraco até a sua extinção. Eis aí porque o nazismo é também comunismo e cria do protestantismo - eles se alimentam da mesma cosmovisão.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 25 de março de 2021 (data da postagem original).
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