1) Como mercado é ambiente de encontro, não de sujeição, então o lugar mais natural onde a liberdade de negociação pode ser exercida é dentro da seara familiar, tendo a família como testemunha dos negócios jurídicos feitos.
2) Como estou na qualidade de homem de família, já que não tive a oportunidade ter minha própria família, sempre que algum aventureiro vier com oferta de emprego ou doação, eu não direi sim imediatamente à pessoa. Eu a chamarei para vir à minha casa, para conversarmos sobre isso olhos nos olhos. Meus pais serão testemunhas do ato. Se o negócio for firmado, o papel será assinado e registrado como um compromisso público no cartório de ofícios e notas, de modo a ter valor jurídico. Se o sujeito não cumprir o que promete, entro com uma ação contra ele, exibo os documentos judicialmente, arrolo meus pais como testemunhas e consigo a indenização por dano moral.
3) Para quem faz negócios na rede social, a casa onde se vive tem que ser necessariamente a casa do mercado moral. Diante de pessoas honestas e sérias, qualquer ser mal-intencionado se sente intimidado. É a justiça por presença. Se não fosse por este tempo de peste chinesa em que estamos metidos, eu estaria sempre indo à missa toda semana, comungando frequentemente a ponto de Cristo estar em mim e eu n'Ele, já que a verdade é o fundamento da liberdade, a ponto de a justiça estar contida nas ações dos homens de Deus.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 24 de março de 2021 (data da postagem original).
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