1) Quando lido com certas pessoas nos EUA, elas costumam dizer o seguinte: "pergunte-me o que quiser, pois eu sou um livro aberto".
2.1) Por mim, o livro continuará fechado - o mundo necessita de mistérios e isso eu respeito. Não sou do tipo de pessoa que fico interrogando as outras, até porque não sou do tipo que tomo a iniciativa. Desde o ano 2000, quando estava no pré-vestibular, eu aprendi que perguntar ofende certas pessoas - e isso se torna particularmente muito grave num mundo cada vez mais politicamente correto.
2.2) O próprio ato de se perguntar já irrita todo aquele que tem a má inclinação de conservar o que é conveniente e dissociado da verdade - isso aponta para o fato de que ela é rica no amor de si até o desprezo de Deus. E se essa pessoa estiver trabalhando com psicologia, então tal pessoa será um mau profissional.
2.3.1) A melhor forma de ser um livro aberto para comigo é ser espontâneo para comigo.
2.3.2) Não me espere fazer perguntas: conte-me tudo o que você sabe, o que você descobriu. Infelizmente, eu não conheci bons observadores ao longo da minha vida; se tivesse conhecido gente assim, a ponto de ter olhos de águia, essas pessoas perceberiam que tendo a contar as coisas de modo espontâneo, uma vez que vejo no meu ouvinte a figura de Cristo, aquela testemunha onisciente que jamais devo enganar.
José Octavio Detttmann
Rio de Janeiro, 23 de fevereiro de 2019.
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