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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

Como se combate o internacionalismo da esquerda?

1.1) O internacionalismo da esquerda é apatria sistemática e compartilhada, a ponto de não se tomar nenhum país como um lar em Cristo, até porque eles não acreditam em Deus como a medida de todas as coisas.

1.2.1) Eles tomam o Estado - a maior instituição criada pelo homem - como a medida de todas as coisas, a ponto de ter poder total sobre todo o universo.

1.2.2) O Estado é acessório que segue a sorte do principal: o homem, que é a medida de todas coisas - eis um efeito da retomada do paganismo a partir da Renascença. No entanto, isto é particularmente agravado por Kant, quando este define que o homem é o animal que mente.

1.2.3) Neste ponto, o Estado passa a servir ao diabo, o pai da mentira, a ponto de servir liberdade com fins vazios e tudo se reduzir a conveniências ou razões de Estado - e neste ponto elas se tornam razões nenhumas, ilegítimas. Eis a causa da tirania totalitária.

2.1) A negação de não se tomar nenhum país como um lar em Cristo é tomar todos os países como um lar em Cristo. O grau mais básico desse senso se dá tomando pelo menos um país como um lar em Cristo.

2.2.1) Mas, para se tomar um país como um lar em Cristo, você precisa se universalizar primeiro.

2.2.2) Para tomar o Brasil como um lar em Cristo, você precisa ir a Portugal - como Portugal é parte da Cristandade, então você precisa tomar todas as nações que são filhas da Igreja - sobretudo a França, a filha favorita da Igreja Católica - como um mesmo lar em Cristo, a ponto de se servir a Ele em terras distantes. Os portugueses costumam dizer que têm Portugal por berço e o mundo como o lugar para se morrer - e neste ponto, a Lusitânia dispersa deve ser tomada como um lar em Cristo, a ponto de ser mais um país de língua portuguesa junto com os outros países onde o português não é a primeira língua.

3.1) A junção da língua portuguesa com a cultura local produz um tipo especial helenismo, uma vez que nós casamos os nossos melhores com os melhores locais, a ponto de formar um novo tipo de nobreza que combina o melhor dos dois mundos.

3.2.1) Por conta de haver diferentes nobrezas mistas, as nacionidades serão compartilhadas, a ponto de haver internacionidades.

3.2.2) Se duas famílias tomam dois países como um mesmo lar em Cristo, então da união delas nós poderemos ter três ou quatro - e com o passar do tempo, o mundo inteiro.

3.2.3) Isso só pode ser feito a partir de famílias virtuosas, unidas pelo fato de amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, na conformidade com o Todo que vem de Deus.

3.2.4) A formação dessas famílias leva tempo - e como diz o professor Olavo, é urgente termos paciência, pois o nosso tempo é a eternidade, pois esta é a medida de Deus. Que ela seja a nossa medida, então.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 21 de fevereiro de 2019.

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