Pesquisar este blog

domingo, 27 de agosto de 2017

Se for pra viajar, é pra ficar bem longe desta maldita República, já que não posso me meter com esse lixo

1) Hoje, meu padrinho me perguntou se eu iria para Fátima com eles. Disse que não, pois não tinha condições financeiras para fazer essa viagem. É uma pena - nos 300 anos de Aparecida e 100 de Fátima eu não tenho condição financeira de fazer viagem alguma.

2.1) Quando tiver condições, eu faço. Em setembro faço a sistematização com as minhas próprias mãos - quando estiver pronta, eu publico meu livro. Com o que ganhar em direitos autorais, reservarei uma parte do dinheiro para comprar euros e złotys (a moeda da Polônia, que vale tanto quanto o real).

2.2) Viajarei sozinho. Pagarei minha própria hospedagem no hotel. Inicialmente, fico em Portugal; se meu conhecimento de polonês estiver bem desenvolvido, eu vou pra Polônia.

2.4) Não quero saber de passeio turístico - afinal, o fato de tomar a Polônia como meu lar tanto quanto o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves me pede que eu fique lá de maneira mais permanente. Buscarei ter um bom conhecimento da língua - e depois buscarei conhecer pessoas com cabeça parecida com a minha.

2.5) Buscarei construir um porto seguro na Polônia, onde eu possa ficar em paz e em segurança, já que a situação está muito difícil por aqui. Se começarem a me perseguir, eu me naturalizo polonês. E só volto a ser brasileiro quando a monarquia for restaurada.

2.6.1) Ao contrário dos apátridas, que só pensam em dinheiro e em uma boa vida, lutarei pela refundação do Brasil dentro daquilo que foi estabelecido em Ourique.

2.6.2) Como a contra-revolução se faz desde o exterior, o único país que me parece propício para o que me proponho é a Polônia; o povo é católico e ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, tal como eu faço. E só num país realmente católico é que posso pensar em ir para o Santuário de Fátima e para o Santuário de Aparecida.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de agosto de 2017.

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Notas a respeito das muitas idéias que tenho e que carecem de experimentação

1) Embora eu não disponha de circunstâncias favoráveis para fazer certas coisas que gostaria de fazer, isso não quer dizer necessariamente que eu deva me abster de pensar sobre isso. Aliás, o fato de pensar sobre essas coisas e escrever sobre isso é uma forma de estimular a imaginação das pessoas para uma possibilidade de fazer alguma coisa prática, como essa questão de se fazer as vezes de aluno de modo a avaliar um curso, antes de se matricular numa instituição de ensino superior, por exemplo.

2) O fato de não poder fazer essas coisas por conta de circunstâncias desfavoráveis, como o problema sério de criminalidade que afeta a cidade do Rio de Janeiro (a cidade onde moro), não me permite dizer a respeito das conseqüências práticas daquilo que digo, pois nunca pude experimentar isso por mim mesmo. Mas se houver alguma alma caridosa que tenha interesse de experimentar algo que venho especulando, que ela sinta convidada a fazê-lo, se achar isso que pensei uma boa idéia. E se puderem me contar o que aconteceu, ao implementarem na prática o que pensei, eu vou ficar agradecido - assim, poderei meditar melhor sobre os problemas.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de agosto de 2017.

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

O que me motiva a escrever o que escrevo?

1.1) Uma das razões que me motiva a escrever o que escrevo é para tentar entender o livro Um Mapa da Questão Nacional, assim como o livro Belonging in the Two Berlins, de John Borneman.

1.2) Para gente como Catharino, que nunca leu o que li (ou o que diz que leu), "são livros sem importância, escritos por 'autores secundários'" (sic).

1.3) É por essa razão que abomino gente que adota a distinção autores primários e autores secundários, dado que é desserviço, pecado contra a caridade intelectual, um tipo de pecado contra o Espírito Santo - qualquer insight é importante e não descarto a contribuição de ninguém.

1.4) É por isso que pretensos intelectuais como o Catharino e o Constantino (que são uns farsantes) deveriam ser jogados na lata do lixo da cultura brasileira, pois são gente desonesta, tal como tenho observado pelos comentários que o pessoal tem postado a respeito desses elementos perniciosos aqui no facebook. No caso do Catharino, eu fui testemunha presencial do conservantismo dele.

2) Obviamente, durante meu esforço de compreensão, absorvi muitas contribuições do professor Olavo de Carvalho, do Loryel Rocha e de muitos outros contatos - e sem essas contribuições, as quais me foram muito valiosas, eu jamais escreveria o que escrevi.

3.1) Em nenhum momento, eu li 50 livros por ano.

3.2) Em todo o tempo, eu fiz um esforço danado para compreender o pouco que li, de modo que pudesse escrever sobre isso com segurança - e sem edificar má consciência nas pessoas, ao destilar uma pretensa vaidade por ler mais do que sou capaz de absorver.

3.3) Posso dizer, enfim, que fiz um bom trabalho. E, neste ponto, Deus é testemunha, pois Ele me ajudou e foi meu ouvinte onisciente.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de agosto de 2017 (data da postagem original).

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Como avaliar a realidade de uma nação inteira?

1) Se a avaliação de uma instituição de ensino pede que você se faça às vezes de aluno, então para avaliar a realidade de uma família você precisa ser membro de uma família, principalmente estar na condição de cabeça do lar.

2.1) Eu só poderia perceber se a sociedade está progredindo materialmente ou não conversando com outras pessoas que estão na mesma situação em que me encontro, enquanto pai de família. Mas de nada vale o progresso material se não há um apreço pela verdade, a ponto de as pessoas com as quais eu converso amarem e rejeitarem as mesmas coisas, tendo por Cristo fundamento.

2.2) Além disso, para se ter uma boa conversa, é preciso conhecer - e isso implica partilhar da mesma mesa, ouvir atentamente seus dramas, suas histórias, suas dificuldades, seus sonhos e a vida pregressa. E tudo isso pede que você seja amigo desta pessoa - afinal, a amizade é a base da sociedade.

3.1) Não existe melhor forma de avaliar uma realidade sociológica de um lar do que sendo amigo dos que habitam uma determinada casa ou uma determinada rua, pois a vida comunitária é a confluência desses lares para a vida fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus.

3.2) Como eu sozinho só posso cobrir uma determinada fração da realidade nacional, então é preciso que pelo menos haja um avaliador dessas realidades familiares em cada esquina, em cada rua do país de modo a levantar um quadro preciso do que realmente ocorre. E isso pede necessariamente que o IBGE seja uma instituição privada, sem fins lucrativos. Se ela for um instituto governamental, ela vai trabalhar com métodos impessoais - o que leva ao uso de estatística e outros métodos quantitativos, que podem ser fraudados.

4.1) A verdadeira avaliação é qualitativa e presencial - e isso pede o contrário do princípio da impessoalidade.

4.2) Isso faz com que a amizade como a base da sociedade política seja reafirmada, tal como pensou Aristóteles.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 23 de agosto de 2017 (data da postagem original).

Para se avaliar uma instituição de ensino, você precisa se fazer às vezes de aluno

1) Vamos supor que eu resolvesse fazer o curso de administração. Antes de me inscrever formalmente como aluno, eu assistiria como ouvinte algumas das cadeiras dadas pelos professores das universidades federais ou estaduais.

2.2) Na qualidade de ouvinte, eu me faço às vezes de aluno - não conheço outra forma de avaliar um professor que não sendo um aluno. E é preciso ser um bom aluno - é preciso ouvir tudo calado e atentamente. E até onde sei, a maioria dos que estão na sala de aula não sabe se portar tal como um bom aluno costuma fazer - como o ensino não está interessado em transmitir os valores verdadeiros da nossa civilização, e é obrigatório por força de lei constitucional, então aquilo não passa de um rito de passagem destituído de sentido.

2.3) Depois que avalio os professores das disciplinas de uma faculdade em termos de assiduidade, conteúdo e didática, eu avalio os professores das mesmas disciplinas numa outra. Vou comparando seus estilos e percebendo abordagens que um professor A abordou e outro não. E depois de ouvir a todos, eu me inscrevo naquela que me oferece o melhor conteúdo.

3) Não bastam só bons professores - é preciso que se tenha um bom suporte - e isso se faz por meio de uma biblioteca. E aí entra a parte 2 da avaliação: a avaliação da biblioteca. Quanto mais atualizada e mais rica em conteúdo verdadeiro, fundado na conformidade com o Todo que vem de Deus, melhor. Se a biblioteca estiver bem equipada, com funcionários atenciosos e prestativos, melhor.

4.1) Esse é o jeito que faria para avaliar uma instituição de ensino universitária. Se houvesse uma cultura de confiança, eu poderia montar uma organização com o intuito de servir às famílias de modo que não vissem seus filhos se tornarem ratos de laboratório de instituições que fomentam marxismo cultural.

4.2.1) Se as pessoas confiassem no trabalho que faço, certamente não precisaríamos de MEC - afinal os avaliadores oficiais, os burocratas, jamais farão o trabalho de se fazer às vezes aluno e avaliar os que os professores estão fazendo. Pois quem se fecha num gabinete não está interessado na realidade do ensino.

4.2.2) Nas atuais condições, a questão se tornou um caso de policia. Os professores que pregam a cartilha comunista precisam ser presos. E no lugar dos alunos que nada querem, precisamos recrutar os melhores alunos, os que realmente são bons alunos e que gostam de estudar. E neste caso, as universidades precisam ir às escolas para recrutar esses talentos. E para isso, o avaliador precisa estar em meio aos alunos vendo o comportamento de cada aluno de uma determinada turma. O melhor tipo de avaliação se dá por meio de inside information. E é somente desta forma que se pode fazer uma avaliação eficaz do que realmente acontece numa sala de aula, em todos os níveis.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 23 de agosto de 2017 (data da postagem original.

Nos consultórios médicos ocorre troca autística: sou curado do mal-estar físico, mas posso sair de lá com mal-estar espiritual, por conta da tv do consultório estar sintonizada na globo

1) Quando vou a um consultório médico, eu vou para me tratar de uma doença, de um mal-estar físico.

2) Se no consultório médico há uma tv sintonizada na Globo, então ocorre uma troca autística. Troco mal estar físico por mal estar espiritual, pois a Globo estaria inoculando todo um lixo que a longo prazo só me deixará ainda mais doente e de maneira mais grave.

3) Já não seria caso de tratar um canal como a Globo como um caso de lixo hospitalar?

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 23 de agosto de 2017 (data da postagem atualizada).

Considerações sobre o que é uma economia de ordem privada

1) Economia de ordem privada é necessariamente economia reservada, fundada na pessoalidade.

2) Sirvo ao meu cliente porque o conheço, pois sei que ele tem um bom caráter, uma vez que ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento. Se o conheço, então confio nele.

3) Certamente terei poucos clientes, pois poucos são realmente assim. Poderei cobrar um pouco mais caro, mas o trabalho será feito de melhor qualidade, pois sei o que meu cliente deseja.

4) A ordem privada pode se expandir, se houver indicação - se meu cliente ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo, então ele indicará para uma outra pessoa que comungue dos mesmos valores.

5) Para um consultório dentário ou médico funcionar dentro daquilo que falei no artigo anterior, então a amizade precisa ser a base da sociedade política e da prestação dos serviços em sociedade. Se não trato meu cliente como um amigo, não haverá uma boa prestação de serviço - e se não houver uma boa prestação de serviço, eu não poderei ser bem remunerado.

6.1) Se a minha clientela é seletiva, isso não quer dizer necessariamente que condenei de antemão quem não é assim. Muito pelo contrário; quem escolheu conservar o que é conveniente e dissociado da verdade sofrerá as conseqüências de seu conservantismo, pois ficará privado dos meus serviços.

6.2) Para a sorte dele, eu sou apenas um - por enquanto, a maioria dos profissionais liberais não pensa da mesma forma que eu. Agora, se um número considerável de pessoas começar a agir da mesma forma que eu ajo, o conservantista vai ter que rever seus conceitos de modo a ser tratado como se fosse gente.

6.3.1) É este aspecto da guerra cultural que precisa ser trabalhado.

6.3.2) A economia de mercado é uma economia de encontro de pessoas que comungam dos mesmos valores fundados na conformidade com o Todo que vem de Deus - ela não pode ser tomada como uma economia de sujeição, a ponto de relativizar a todos os valores mais sólidos, fundados na verdade, se liqüefazerem no relativismo moral.

6.3.3) Afinal, o conservantista é como um líqüido; ele assume a forma do copo ou da garrafa, dependendo da circunstância. Não é à toa que é extremamente importante não confundir o chá com a xícara.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 23 de agosto de 2017.

Comentários:

Róger Badalum:  

1) Entendo como economia de ordem privada tratar-se de microeconomia - e isso está relacionado com administração. 

2) O fornecedor dos serviços depende das necessidades do cliente - afinal, não há como fugir disto, pois esta crise não está fácil pra ninguém. Todo o problema talvez esteja na macroeconomia, nas políticas de Estado, principalmente naquelas com financiamento estatal. É apenas uma observação.

José Octavio Dettmann: Há as necessidades dos clientes e os valores. Nem sempre uma necessidade é fundada na verdade. E uma necessidade falsa faz com que o serviço seja mais um malefício do que um benefício. A necessidade vem dos desejos - uma coisa psicológica. E a psicologia vem de uma alma ordenada ou desordenada para a verdade.

Róger Badalum: Sim. Justamente nas necessidades sem valores usam da PNL (em propagandas), estimulando o desejo e aumentando o consumo - algo que não tem como querermos proibir. Agora, não é fácil estimular consumo através de valores - aqui o problema -, onde acaba prevalecendo a real necessidade.

José Octavio Dettmann: E a real necessidade pode ser na verdade uma necessidade imaginária. O consumismo faz do produto uma espécie de ídolo.

Notas sobre o que faria se tivesse um consultório dentário ou médico, em contexto de guerra cultural


1) Se eu fosse dentista ou médico, eu não seria um funcionário público autônomo, um profissional liberal que atende indistintamente a qualquer do povo sem se importar com a ideologia ou com a religião, uma vez que as pessoas se encontram alheias à guerra cultural ou à guerra híbrida que nos bate à porta. E tal como houve em Ourique, eu faria da minha profissão uma forma de servir a Cristo para o bem de meu próximo, mesmo que esteja distante - geograficamente distante - de mim ou distante da realidade.

2) Tal como ando fazendo em casa, já que o consultório seria uma extensão da minha casa, os livros que digitalizei ficariam à disposição dos que me procuram, esses que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento - e eles vão lendo e estudando as coisas. Assim, as pessoas vão adquirindo conhecimento e aprendendo muita coisa.

3) Eu não porei a TV na globo. A TV do meu consultório ficará ligada numa playlist do youtube, onde a pessoa ouvirá Olavo de Carvalho, Loryel Rocha e outras grandes personalidades do pensamento atual.

4.1) Afinal, a razão da minha vida, a minha vocação, é fazer da atividade de servir ao meu próximo a verdadeira profissão de fé fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus, dado que é um apostolado voltado para a verdade. Afinal, ela não precisa ser minha, muito menos do meu seu semelhante, de modo que seja nossa.

4.2) Se minha profissão se tornar uma fé fundada no dinheiro, então eu acabaria crendo que a riqueza é um sinal de salvação, a ponto de fazer da autonomia uma liberdade voltada para o nada. E isso acabaria semeando relativismo moral.

terça-feira, 22 de agosto de 2017

Notas sobre a importância de Nossa Senhora no processo de capitalização moral

merry-go-round - (carrossel em inglês)
1) Atentem que merry tem a mesma pronúncia de Mary (Maria, em inglês)

2) Se a mãe do meu Senhor fosse uma mulher qualquer, ela seria uma maria-que-dá-voltas em todo mundo e viraria fumaça, para não ser pega na mentira.

3) Se Maria fosse uma mulher qualquer, não haveria segunda Eva - e nem segundo Adão. Logo, Jesus não seria Deus - e o cristianismo não seria verdadeiro. É dentro desta lógica que se opera o cristianismo judaizante - farisaico, a ponto de conservar o que é conveniente e dissociado da verdade.

4) Dentro daquilo que é fundado na conformidade com o Todo que vem de Deus, as coisas se operam dentro de ciclos. E é em tornos desses ciclos que se opera a capitalização moral.

5) Sempre que você organiza uma atividade de modo que o país seja tomado como se fosse um lar em Cristo, o que nos prepara para a pátria definitiva, que se dá no Céu, devemos levar nossos pedidos à mãe do Nosso Senhor, que é nossa advogada. Se o pedido for fundado em boa razão, Nosso Senhor, que é justo juiz, concederá o pedido. E ninguém vai ao pai senão por Jesus.

4) Como o tempo é prerrogativa de Deus, os juros arbitrados à atividade organizada de modo a servir a Cristo são livres - bênçãos são acumuladas de uma maneira abundante, pois o amor de Deus é infinito.

5) E esse ciclo é uma ciranda, tal qual um carrossel. A cada revolução vem sempre uma renovação - uma continuidade, nunca uma ruptura.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 22 de agosto de 2017.

Sobre o trabalho de filosofia da linguagem do Dettmann

1) A percepção semântico-etimológica (digamos) é coisa que nunca existiu em profundidade, no sentido de um estudo sistemático, da forma como o colega José Octavio Dettmann faz.

2) Os falantes de latim provavelmente não viam na própria língua essas nuances que vemos no trabalho do Dettmann e que hoje conseguimos enxergar. Eles apenas iam falando as palavras mais ou menos identificadas com coisas, sem analisá-las, sem desmembrar as palavras em morfemas e aproximar sucessivamente os significados.

3) Essa técnica de desmembrar palavras é algo que exige um sólido conhecimento filosófico. E se a pessoa tiver conhecimento de línguas estrangeiras, a pessoa vai alargando a língua sem destruí-la.

Maurício Silva

Facebook, 22 de agosto de 2017.

Como cheguei à esta nuance que leva à perversão da palavra "cooperação"?

coop - poleiro (em inglês)

coopera - coop + opera (operar significa criar uma atividade organizada de modo a produzir lucro. Por isso tem um fim em si mesmo, tal como um dispositivo mecânico)

cooperação - coop + opera + ação (a atividade organizada de modo a produzir lucro começa a exercer uma influência nas pessoas. Uma influência cultural feita de tal forma que muitos buscam o sucesso imitando os métodos de quem bolou esse sistema, uma vez que a riqueza é uma espécie de sinal de salvação)

cooperativismo - coop + opera + ativismo (a ação organizada de modo a produzir lucro exerceu uma influência cultural tão profunda e tão arraigada que acabou formando um movimento de pessoas que conservará isso conveniente e dissociado da verdade, uma mentalidade revolucionária. A partir deste momento a riqueza como sinal de salvação passará a ser uma norma da sociedade. E quem conservar os valores antigos, por serem convenientes e sensatos - fundados na conformidade com o todo que vem de Deus - será perseguido a ponto de a oposição ser eliminada sistematicamente.

1.1) Como falei nos artigos anteriores, nesses ambientes empoleirados sempre encontraremos gente com mentalidade empoderada.

1.2.1) Em meio aos porcos, aos conservantistas, há as galinhas histéricas, que vivem a cacarejar e a fofocar, gente pobre em espírito e rica em neurose.

1.2.2) No meio dessa balbúrdia, há os playboys saradões que só cultivam o corpo de tal modo a ficarem tão fortes quanto um touro - e como acessório segue a sorte do principal, atrás do touro vem as republicanas, as vacas que saem à caça destes seres inferiores só porque eles têm um cartão de crédito, um carro e podem lhes bancar passeios caros e viagens ao exterior de modo a custear seus banhos de loja. E no meio dessa gente, há algumas famílias que vivem a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus.

1.3.1) A fungibilidade está no fato de que todos são animais (gênero).

1.3.2) Numa ação cruzada, isso não só reduz a dignidade do ser humano como também humaniza os animais, uma vez que o igualitarismo dilui as qualidades inerentes das espécies, e dos indivíduos de cada espécie, e infla as quantidades, a ponto de todos serem substituíveis pelo mesmo gênero, quantidade e qualidade, pois a ontologia do particular, do ser enquanto ser inerente da espécie, foi solenemente ignorada de maneira conveniente e dissociada da verdade - e isso foi feito de modo a atender a uma necessidade prática, a ponto de gerar um pragmatismo político).

1.3.3) E isto é uma ideologia de gênero (não no sentido sexista do termo, mas no sentido mais lato - como todos são animais, uns são trocados pelos outros, a ponto de gerar impessoalidade).

1.3.4) Em sentido estrito, a ideologia de gênero, enquanto sinônimo de androginia, é indiferente ao sexo do ser humano e aos atributos inerentes do sexo do membro da espécie humana (assim, um homem pode ser substituído pela mulher e vice-versa a ponto de terem a impressão de que o corpo com o qual você nasce é uma prisão - e a alma, desejando escapar do corpo tal como um gás, deseja desmanchar o que é sólido no ar, uma vez que o ambiente de liberdade voltada para o nada - base para o relaiivsmo moral - liqüefez tudo, como disse Zygmunt Baumann).

1.3.5) Uma coisa preparou para a outra, através de ações sucessivas.

2.1) Afinal, para esses liberais (no sentido americano do termo, como esquerdistas que são) o homem é uma folha de papel que aceita qualquer coisa.

2.2) E isso edifica liberdade com fins vazios que só conduzirão ao fim da História e ao fim do último homem.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 22 de agosto de 2017 (data da postagem original).

Por que o termo "conservative" em inglês não é conservadorismo, no sentido luso-greco-latino do termo?

1) Quando uma atividade organizada é voltada para si mesma, nós temos ativismo. E esse ativismo é tomado como se fosse coisa até se tornar uma religião, em que tudo está no homem para o homem. E desse humanismo vem a filantropia, do homem pelo homem.
 
2) É neste sentido que Aristóteles dirá que o fim da polis é ser o lugar da felicidade do homem, já que a polis serva e a si mesma. E nesse ponto, nacionidade (tomar o país como um lar) e nacionalidade ( tomar o país como religião) se equivalem, uma vez que a polis terá um culto doméstico sistemático, já que todos os cidadãos são partes de uma mesma família (por isso que muitas das polis tinham monarquias - e por causa do paganismo, muitas delas se corrompiam em tirania).

3) Quando Santo Tomás de Aquino diz que a função da polis é servir para algo maior do que ela mesma, coisa que aponta para a conformidade que vem de Deus, eis aí que surge a política como a ordenação e organização da vida da cidade de modo que ela seja tomada como um lar em Cristo, coisa que nos prepara para a pátria definitiva, a qual se dá no Céu.

4) Conservar o que é conveniente e sensato se torna uma atividade organizada - e do acúmulo do conhecimento das verdades conhecidas que obedecemos às coisas, uma vez que Deus já se fez carne e passou a habitar em nós. E é por meio da eucaristia que conservamos a dor de Cristo - é por ter o Cristo em mim que tenho a lei mosaica no meu coração e passo a viver a liberdade em Cristo.

5.1) O sentido greco-latino do conservadorismo é muito diferente do sentido anglo-saxão, que é um ativismo conservantista, em que se conserva o que é conveniente e dissociado da verdade.

5.2) É desse ativismo conservantista que o cristianismo se torna mais judaizante. E neste ponto, a civilização judaico-cristã, da qual emerge o falso liberalismo (a ordem libertário-conservantista, como eu chamo), é uma anticivilização, uma vez que pretende tomar o lugar da ordem decorrente do casamento de Jerusalém, Roma e Atenas, a qual se chama civilização greco-latina. E essa civilização esvazia a ordem espiritual, a ponto de imanentizar tudo, criando um vácuo para que os muçulmanos ocupem tudo e destruam tudo, a ponto de criar um fim da História, no dizer de Francis Fukuyama.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 22 de agosto de 2017.

Notas sobre o significado de direita, esquerda e centro no campo espiritual

Left - Right

Loyalty - Royalty

1) Num governo de colaboração, de concórdia entre as classes, a vida fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus se mede pela lealdade à palavra ensinada e empenhada, já que a lei que se dá na carne foi distribuída a todos de modo que o país seja tomado como se fosse um lar em Cristo.

2) Para que todos vivam à direita do Pai, os que estão à esquerda, os gentios, precisam desenvolver um senso de lealdade, de modo que sejam também contemplados, em termos de favores celestiais. E é da relação de vassalagem para com o Rei dos reis, feita de modo a servir a Cristo dentro do país ou em outras partes distantes, que a parte mais Ocidental da Europa (Portugal) passa a ficar mais próxima do Oriente, da Jerusalém espiritual. Isto certamente agradou ao Senhor, a ponto de haver criado um Império para si a partir do povo mais ocidental da Europa, do povo que está à extrema esquerda do Velho Mundo.

3) É dessa articulação entre a direita e esquerda no campo espiritual que vem o estado de compromisso essencial para se tomar o país como um lar - e este estado de compromisso será o centro de todo o processo de se tomar o país como um lar em Cristo. É desse compromisso espiritual que vem todo o senso de conservar a dor de Cristo a ponto de agir na sociedade e promover o bem comum.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 22 de agosto de 2017 (data da postagem original).

De um fato não se deduz um valor

1) Quando se descreve uma realidade, você descreve a situação do jeito que ela é. Se as cidades modernas são todas uns poleiros, isso se deve ao fato de que isto é um fato, um dado da realidade. E como diz o professor Olavo de Carvalho, de um fato não se deduz um valor do qual você possa concordar ou discordar.

2) E como disse no artigo anterior, quando fazem do coop (poleiro) uma atividade econômica organizada, na mesma escala que a produção fabril, então as fazendas imitarão as fábricas e os condomínios imitarão as fazendas neste fundamento. Nada mais real do que aquilo que havia na revolução dos bichos, pois o homem foi animalizado. E isto acabou se tornando um dado da realidade - e está em todo lugar. Obviamente, fora da conformidade com o Too que vem de Deus e que deve ser combatido.

3) E como falei num outro artigo mais antigo, se o homem é uma folha de papel, então pouco importa o que ele é, mas o que produz. E neste ponto, ele é só mais um dos animais que entra no coop e esses animais são substituíveis uns pelos outros (e isto é um dos fundamentos da impessoalidade na administração pública). Trata-se do rebaixamento da dignidade humana e a humanização dos animais.

4) Eis o que dá a liberdade voltada pro nada. E quando escrevo, estou sempre vendo nuances (estou sempre vendo coisas em polonês e em inglês que me dão idéias para descrever coisas que no português puro eu não conseguiria - e neste ponto, não costumo dar ponto sem nó)

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 22 de agosto de 2017.

É produtivo morar num condomínio?

coop - a pen used to confine chickens

coop - a pen used to confine pigs

coop - a pen used to confine bulls, as well cows

coop - a pen used to confine men, women and children

1) Nas três primeiras, a cooperativa é de produção. Na última, a cooperativa é de habitação, pois dá origem aos condomínios, a esses apartamentos em que vivemos todos empoleirados. E nesses "apertamentos", certos humanos empoleirados se tornam empoderados - e neste ponto, o condomínio se torna um republicoop (ou um republicu cooperativo, onde todos cooperam de modo a ferrarem uns com os outros. Trata-se da ciranda dos macaquinhos)

2) Enfim, morar num condomínio é extremamente contraproducente, convenhamos. Num ambiente confinado, sem privacidade e cheio de estranhos próximos uns dos outros, não dá para se desenvolver uma vida livre. A única coisa harmônica num condomínio é a desarmonia.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 22 de agosto de 2017.

Notas sobre uma nuance da palavra cooperativismo

coop - a cage or pen for confining poultry (lugar onde se confina uma ave. No caso, um poleiro).

1) No capitalismo plus, a organização da produção de matérias-primas para a indústria pede que você organize as coisas mais ou menos na lógica da produção fabril.

2) É dentro desta lógica que surge o sistema de confinamento, a pecuária intensiva. A mesma lógica que é aplicada ao boi é também aplicada às galinhas, na cooperativa.

3) Ovos são produzidos em escala industrial - por isso, saem da granja direto para o supermercado.

4) A definição de cooperativa não segue a lógica latina. Ela na verdade faz do coop (palavra em inglês para poleiro) uma atividade econômica organizada e automatizada, tal qual ocorre na indústria. E segue a mesma lógica do industrialismo, enquanto um subproduto do mecanicismo.

5.1) Se o industrialismo leva ao governo planejado, totalitário, então o cooperativismo é a versão rural da revolução industrial que houve no passado.

5.2) Desse ativismo vem um novo tipo de liberalismo, que prepara o caminho para o comunismo. Acredito que o livro a Revolução dos Bichos aponta bem esse tipo de problema.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 22 de agosto de 2017.

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Sobre as razões para se aprender Trivium e Quadrivium

Gramática – Obediência que ouve e se atém à voz do ser e às suas conexões;
 
Lógica – Pobreza que se mantém fiel ao que é possível conceber e concluir a partir dos princípios;
 
Retórica – Castidade que embeleza o discurso, purificando-o;

Astronomia – Prudência para se mover com razão;
 
Aritmética – Fortaleza que é constante e progride;
 
Geometria – Temperança que regula e faz estar bem proporcionado;
 
Música – Justiça que decorre do ritmo e da harmonia do movimento da vida;

Joathas Bello

(https://www.facebook.com/permalink.php?story_fbid=231352250723028&id=100015447638450&pnref=story)

Facebook, 21 de agosto de 2017.

Sobre a devastação protestante na Inglaterra

1) Como a devoção a Nossa Senhora era muito forte na Inglaterra, o Rosário certamente teria de ser reprimido. 

2) Há a história da policia litúrgica de Elizabeth I que, ao visitar a igreja de uma vila, deparou-se com uma senhora rezando o Rosário. Um dos caçadores de "superstição" agarrou o rosário e o quebrou, empurrando para fora a senhora, que reclamava. Os moradores reuniram-se em volta do agressor, o atacaram e, possivelmente, o mataram. Incidentes como esse ocorreram esporadicamente por toda a Inglaterra, mas o povo católico não conseguiu conter as autoridades por muito tempo. 

3) A Reforma inglesa arruinou as guildas. Henrique Vlll confiscou seus fundos e Elizabeth I decretou estatutos com o intuito de prejudicá-las. Em 1547, durante o reinado de Eduardo VI, filho de Henrique, que subira ao trono com 9 anos, Thomas Cranmer, o arcebispo apóstata, e seus associados protestantes tomaram medidas para estabelecer o protestantismo na Inglaterra com mais firmeza do que Henrique havia permitido, e um dos seus alvos eram  as guildas. Estima-se que, entre 1530 e 1540, milhares de guildas foram reprimidas e tiveram seus recursos, incluindo a terra (caso a tivessem), confiscados. 

4.1) O efeito desmoralizante da perda das suas irmandades queridas e organizações profissionais foi devastador para os associados da época. 

4.2) A longo prazo, o desaparecimento dessas associações resultou na inexistência de organizações que atendessem aos pedidos dos trabalhadores explorados e atenuassem o sofrimento de suas vidas miseráveis, no início da Revolução Industrial do século XVIII. 

5.1) As guildas não foram os únicos alvos escolhidos para arrecadar os fundos que Henrique Vlll necessitava em parte para subornar apoiadores para sua nova igreja. Os mosteiros deveriam ser "visitados" para se ter certeza de que não eram corruptos. Caso o fossem, deveriam ser reprimidos, a fim de manter a pureza da vida religiosa, é claro. O cardeal Wolsey já havia "dissolvido" por volta de 29 estabelecimentos religiosos, em 1520. Em 1535, foi Thomas Cromwell, vigário de Henrique, que intensificou e completou o roubo e a destruição da vida monástica inglesa. 

5.2.1) Os mosteiros estavam corrompidos? Certamente havia alguma corrupção moral em alguns deles, como houve em todas as épocas da História, mas se poderia lidar com isso facilmente por meio de uma análise caso a caso. Outras visitas durante o mesmo período, por autoridades locais, também foram muito destrutivas. 

5.2.2) O objetivo de Henrique e de seus súditos não era acabar com a verdadeira corrupção; se assim fosse, eles esperariam encontrá-la nas casas religiosas maiores e mais ricas, em vez das menores e mais pobres. As maiores, no entanto, gozavam de maior influência politica, e Cromwell estava relutante em atacá-las primeiro. Os "visitantes" enviados por Henrique e Cromwell, em 1535, se dirigiram para as cerca de quatrocentas pequenas casas religiosas conhecidas como ''mosteiros menores". Esses visitantes faziam um escândalo ao procurar por corrupção moral (encontrando poucas confissões; as quais eram obtidas, em grande parte, sob pressão) e tentavam persuadir os jovens religiosos a abandonar suas vocações. Ao mesmo tempo, pregadores eram enviados, em uma campanha de propaganda, para atacar e depreciar a vida monástica. Em fevereiro de 1536, o parlamento dissolveu os mosteiros restantes. 

5.2.3) A poucos foi permitida a sobrevivência e, surpreendentemente, os internos os mesmos monges e freiras cujas reputações haviam sido difamadas eram, agora, declarados religiosos exemplares. (O ato do parlamento também especificou que os habitantes dos mosteiros maiores estavam imunes à repressão. O falso objetivo de combater a corrupção moral logo desapareceu.) 

5.2.4) As casas menores foram saqueadas e seus fundos e terras tomados para a coroa; Henrique ficou contente, mas não estava satisfeito. Ainda restavam os mosteiros maiores e mais ricos. A revolta no norte da Inglaterra na peregrinação da Graça, em outubro de 1536, motivada parcialmente pelo desejo de salvar os mosteiros restantes e também preservar a fé na Inglaterra, adiou os planos de Henrique, mas não por muito tempo. Logo, os bens e as terras de todos os mosteiros estavam em suas mãos; e ele usava a terra como suborno para sua corte, comerciantes, advogados e outros. 

5.3.1) Além da perda espiritual da Inglaterra - em pregação, ensino e oração (sem mencionar a heresia, a supressão do Santo Sacrifício e a perda das almas) -, o que dizer das escolas, dos hospitais, dos orfanatos, das hospedarias, das casas para viúvas e de outros serviços que os mosteiros prestavam? O escritor protestante William Cobbett, no século XIX, declarou que a dissolução dos mosteiros teve o efeito de causar não apenas a pobreza, mas fazer da "miséria" uma condição permanente das classes baixas inglesas. A educação universitária também sofreu, já que os estudantes pobres não mais recebiam o apoio oferecido pelos monges. A distância entre as classes alta e baixa aumentou. Os camponeses foram levados à miséria pela perda das terras dos mosteiros, onde tinham permissão para cultivar e pastar os animais. 

5.3.2) Nas cidades, o clero secular também se envolveu no ensino e em outros serviços para os pobres, serviços estes pagos pelo dizimo que recolhiam - aquele dizimo que foi tão criticado pelos pretensos "reformistas." Como observa Euan Cameron, um estudioso e professor protestante, em seu excelente livro de 1991, The European Reformation: 

"Se o clero secular de Londres tivesse desistido do seu dizimo e vivido de caridade (como encorajavam alguns freis carmelitas em 1460), muitas atividades valiosas, incluindo a educação e assistência aos pobres, seriam prejudicadas".

5.3.3) O resultado foi o triunfo do protestantismo na Inglaterra e a aceitação da sua propaganda no lugar da ultrapassada fé católica e seus costumes. 

5.3.4) Para citar Duffy uma vez mais, " no final de 1570, seja qual fosse a tendência natural e a nostalgia dos idosos, uma geração crescia educada com a ideia de que o papa era o anticristo e a missa era uma palhaçada. Uma geração que não valorizava o passado católico como seu próprio passado. mas valorizava outro país, outro mundo.

Wanderley Dias da Costa, para o Apologistas da Fé Católica

(https://www.facebook.com/groups/1135019269853771/permalink/1528459137176447/?pnref=story)

Facebook, 21 de agosto de 2017 (data da postagem original).

Recado para as republicanas de zona sul que se encontram numa faculdade de Direito, agindo tal qual prostitutas de luxo

1) Se você é do tipo que sai com homem por causa de carro, passeios, jantares caros e cartão de crédito, então definitivamente não sou o tipo de homem certo pra você. Eu sou justamente o contrário: ganho pouco e o que faço, pois sou escritor, não é muito valorizado neste país.

2) Enquanto em qualquer país sério eu seria muito valorizado, aqui eu ganho menos do que um camelô. Além disso, a direita canhota deste país acha que gente como eu é vagabunda. Se eles soubessem como dá trabalho estudar e produzir conteúdo de qualidade, eles não falariam esse monte de asneira.

3.1) Parabéns a você, que só sai com alguém por conta de tudo que falei no item 1. Você deixará poucos descendentes - no máximo 1 e olhe lá.

3.2) E do jeito como andam as pessoas que pensam igual a você, vocês todas perecerão para sempre, suas pretensas empoderadas. Deus proverá uma esposa para mim, principalmente uma que respeite meu trabalho, que não é fácil, e que esteja comigo na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza até que a morte nos separe.

3.3) Uma coisa é certa: para tia não vou ficar. Sobreviverei a esta terra de apátridas e deixarei descendentes que continuarão o meu legado. Eles não serão como os apátridas nascidos nesta terra - eles serão a reafirmação do que foi fundado em Ourique, além de tomar o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves como um lar em Cristo junto com a Polônia. É isso que faz de mim uma nação, pois neguei o mundo e reafirmei a verdade que nos era conhecida até o ato de apatria de D. Pedro I, o qual chamam de "independência", mas que não passa de empoderamento de apátridas, cuja liberdade é voltada para o nada.

3.4) Por isso, sou um brasileiro de verdade - e sei que estou entre os poucos. E por estar entre os poucos, eu vou sobreviver. Meus descendentes verão a monarquia restaurada e o Reino Unido recriado. E isto será a minha redenção, fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus. Afinal, quem ri por último ri melhor.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 21 de agosto de 2017.