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sexta-feira, 3 de junho de 2016

Notas sobre economia doméstica - sobre o caso de ter parentes no exterior

1) O lado bom de uma economia familiar está no fato de que um parente, que se encontra em um lugar, ajuda o outro, que está em outro. É no domicílio familiar que se faz o intercâmbio - deste modo, a casa se torna uma espécie de pequeno mercado, um microcosmos da praça onde o dinheiro não é o mais importante, mas, sim, o amor que uns têm pelos outros, tal como Jesus nos amou. Se não houver solidariedade, fica impossível tomar vários países como se fossem um mesmo lar em Cristo, pois fica impossível o intercâmbio de circunstâncias através do compartilhamento de solidões. Só mesmo no âmbito da família é que temos a integração das mais diferentes circunstâncias locais num mesmo sistema - ela é o microcosmos da Igreja, que é a liberdade por excelência.

2) Maior exemplo desse tipo de integração que conheço em minha família é o meu irmão Gregório. Por conta das viagens que ele tem feito ao Chile e aos Estados Unidos, permitiu-me por liberalidade que eu montasse uma carteira de dólares e de pesos chilenos, com base nas sobras de viagem. É através do distributivismo, da solidariedade familiar, que temos uma forma alternativa de se fugir do câmbio, cuja economia se funda essencialmente no pragmatismo do dinheiro que chama dinheiro e na impessoalidade, coisas que decorrem do fato de se amar o dinheiro como se fosse um Deus, a ponto de nagar o Deus verdadeiro, causa de toda sorte de corrupção.

3) Quanto mais meu irmão viajar para o exterior, mais sobras de moeda estrangeira eu terei, caso haja - tanto é que já separei uns potes com esse propósito. E quando tiver condições, poderei organizar minha própria viagem, com base nas sobras de viagem acumuladas.

4) Se eu tiver mais gente colaborando comigo neste aspecto, eu pego as sobras de viagem dos outros, usando apenas a cultura do acordo e da cooperação.

5) Esta cultura de cooperação necessita do contato face a face - o que puder fazer dentro do âmbito local, melhor. E o segredo disso é conhecer melhor as pessoas, pois é através de um bom acordo e da cultura de prestação de serviço que tenho o que preciso, pois as coisas me serão dadas por liberalidade, por generosidade. E a dação em pagamento é sinônimo de distributivismo, pois é cooperação por excelência.

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