1) Toda imagem que serve a algo voltado para o nada, para falso tomado como se fosse verdadeiro, é um ídolo. Em inglês, idol tem a mesma pronúncia de idle (vago, vazio, improdutivo).
2) Toda imagem que nos remete àquilo que é verdadeiro, para a conformidade com o Todo que vem de Deus, é ícone. Tal como disse meu amigo Helleno de Carvalho, as palavras são ícones que exteriorizam o pensamento, que é expresso através da fala, da tradição oral; por sua vez, a palavra escrita é desdobramento desse ícone, pois tem fundamento numa tradição oral, coisa que se dá na carne. Da compilação de vários textos escritos, divinamente inspirados, nós temos a Bíblia, que sistematiza a nossa crença - e isso não exclui nem a tradição oral, nem a sucessão apostólica.
3) Ícone que se desdobra em ícone leva a um poderoso processo de capitalização moral; ídolo que se desdobra em ídolo é que nem uma hidra - eis a imagem de um terrível monstro, coisa que nos lembra a mentalidade revolucionária.
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