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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

Todo poder vem de Deus, não do povo

1) Todo poder vem do povo? Claro que não! A maior prova disso é que a vontade popular pode ser manipulada, principalmente através de plebiscito ou consulta popular.

2.1) Digamos que haja um plebiscito com o intuito de ratificar a decisão do parlamento de aprovar a eutanásia.

2.2) Quanto mais descristianizada for a sociedade, quanto maior a influência do liberalismo na sociedade, maior a tendência à sua aprovação; uma vez aprovada, o povo perde a sua soberania popular, pois seu pecado é tão flagrante que está renegando o batismo que recebeu de Deus - o que caracteriza ato de apatria.

3) A verdade é que todo o poder emana de Deus. E a maior prova disso está naquilo que decorre do milagre de Ourique. Esta missão não foi revogada - eles tentam revogar da consciência dos portugueses esse senso de servir a Cristo em terras distantes da mesma forma como tentam definir como brasileiros ao nos desligarem de tudo o que decorre de Ourique.

4.1) Essa idéia de que todo o poder vem do povo é falsa porque está relacionada à idéia de que o homem é o senhor de seu próprio destino, como se ele fosse um Deus, quando na verdade ele não passa de uma criatura que foi criada para ser a primazia da Criação. E sem Deus, ela não subsiste por si mesma.

4.2.1) Esta idéia é oriunda da maçonaria. Ela precisa ser combatida e isso faz um país ser tomado como se fosse uma religião, a ponto de renegar a religião verdadeira, fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus (catolicismo).

4.2.2) Isso fomenta má consciência coletiva, fazendo a liberdade ficar divorciada da verdade, a ponto de ser servida com fins vazios - o que prepara o caminho para o relativismo moral, um prato cheio para o totalitarismo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de fevereiro de 2020 (data da postagem original).

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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

Pensamentos Civilizados: da Cristologia como antropologia aperfeiçoada e da epistemologia como romaria intelectual - refutação definitiva ao pensamento de Claude Lévi-Strauss constante no capítulo 1 da obra Belonging in the Two Berlins, de John Borneman

1) Se Cristo é antropologia aperfeiçoada, se Cristo é o caminho, a verdade e a vida, se Cristo fez de São Pedro chefe dos Apóstolos, a ponto de confiar a ele a chave do Céu, então Ele é o fundamento da liberdade, o fundamento por meio do qual abro caminhos onde acabo me encontrando com o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, após fazer o trabalho acumulado de escutar e conservar o que é conveniente e sensato dos que me antecederam, a base de toda uma reta tradição.

2) Se meu eu está revestido de Cristo, através da santa eucaristia, então toda experiência que vier a acumular em uma determina área do saber, em um determinado assunto, em uma determinada circunstância servirá de ponto de partida para uma investigação mais profunda, pois servirá de caravançarai por meio do qual eu faço uma viagem e troco o que sei pelo que não sei e que tenha fundamento no verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, de modo a aprimorar ainda mais o meu conhecimento, levando-me a obter um mundo ainda mais rico através do saber, o que caracteriza ganho sobre a incerteza.

3.1) Cristo é juiz de toda a História - ele é onipotente, ele é onissapiente e é ouvinte onisciente. Quanto mais conto a Ele o que descubro e a forma por meio da qual descubro as coisas, mais coisas vou descobrindo.

3.2) Não é a História que me leva a qualquer caminho, mas a verdade, desde que Cristo seja o fundamento das coisas, uma vez que as coisas foram criadas por Deus com muito amor. E a civilização humana existe para promover a grandeza da criação, em Deus fundada.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de fevereiro de 2020.

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São João Paulo II conhecia os perigos de uma antropologia ruim: http://beteshis.com/1gxf

Notas sobre a metanóia ou a morte definitiva do individualismo metodológco dos austríacos

1) Quando como da carne e bebo do sangue de Cristo, ocorre em mim uma troca autística - já não sou eu mais que vivo em mim, mas Cristo.

2) Se o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem a vive em mim e eu passo a viver no coração d'Ele, então este é o ponto mais alto da economia da comunhão, pois sou chamado a servir a Cristo de modo que todos ao meu redor possam amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento.

3) Não haverá mais um individualismo metodológico - o falso homem que havia em mim, que conservava o que era conveniente e dissociado da verdade, deu lugar ao verbo que se fez carne, à verdade em pessoa, que vive a vida de modo a fazer a vontade do Pai, de tal modo que tudo o que façamos de bom reflita realmente a glória de Deus.

4.1) O verdadeiro Deus e verdadeiro Homem foi-nos igual a tudo, exceto no pecado - por isso é antropologia aperfeiçoada. E na antropologia aperfeiçoada, Cristo é o método para se chegar ao Pai, pois ninguém vai ao Pai senão pelo Filho.

4.2) Como Cristo é rosto divino no Homem e rosto humano de Deus, ele é o modelo da individualidade perfeita - e quanto mais o imitarmos, mais próximos da Jerusalém celeste estaremos, a ponto de a sociedade política ser marcada por um povo que ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, na conformidade que vem de Deus, a ponto de servir a Ele em terras distantes, visto que Ele quis que seu Santo Nome fosse publicado entre os povos que fossem estranhos às letras do Evangelho.

José Octavio Dettmann

Sobre a arte de conhecer alguém

1) Quando admiramos uma pessoa, nós a admiramos porque ela faz as coisas com excelência, uma vez que isso aponta para o alto, diretamente para Deus. Quando desprezamos alguém, nós a desprezamos porque ela vive a conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, o que volta nossos olhos para baixo, para a mansão dos mortos.

2) Santo Agostinho sempre nos fala para olharmos para o que a pessoa ama, de modo a conhecermos melhor. E o que ela ama é o que ela assume como profissão de fé, uma que vez isso representa o que ela pensa, acredita, representa e prevê - a base de toda opinião. Uma pessoa admirável dirá na maior parte das vezes coisas sensatas, ao passo que uma pessoa desprezível dirá coisas insensatas, vazias, das quais nada ou quase nada se aproveita.

3) Mesmo que eu nada saiba sobre política, ao menos eu posso aprender alguma coisa sobre o assunto ouvindo uma pessoa muito inteligente e sensata discorrer sobre o assunto - isso servirá de base para as minhas opiniões futuras. Quanto mais opiniões dessa mesma pessoa eu ouvir, mais eu a conheço. E quanto mais coisas sensatas ouvir de diferentes pessoas sensatas sobre o mesmo assunto, melhor, pois saberei ainda mais coisas. Com relação aos insensatos, padre Pio nos recomenda que fujamos deles, pois suas conversas são inúteis.

4) A vida contemplativa é uma vida ativa. Você ouve os sensatos, registra o que foi dito e medita sobre o que foi falado. O fundamento da ciência é provar do fruto das coisas e ficar com o que é conveniente e sensato, pois isso nos aponta para a conformidade com o Todo que vem de Deus, para o verbo que se fez carne.

José Octavio Dettmann

terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

Notas de diário intelectual (25/02/2020)

1) Logo que escrevi meditações sobre o papel do diário no Ultima Online, mais dados sobre mendicância me vieram.

2.1) Com isso, um novo ciclo intelectual foi aberto de modo a aprofundar e integrar tudo o que já escrevi sobre o tema.

2.2) O que já escrevi antes serve de caravançarai, de ponto de partida que leva os viajantes para um caminho ainda mais profundo, onde estes encontrarão mais riqueza de modo a entender a sociedade no seu anseio de conhcer a Deus cada vez mais, pois capital é trabalho acumulado ao longo do tempo e capitalização moral pressupõe admirar a grandeza da obra de Deus por um bom tempo a ponto de produzir impressões autênticas sobre o tema, pois escrever pressupõe registrar o que realmente merece ser observado.

2.3) E quanto mais você contempla a grandeza de Deus, mais você registra, mais você incute na ordem social dos que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento a necessidade de observar essas coisas, a ponto de se tornar um costume, uma lei que todos devem observar na sociedade, através do exemplo do mais virtuoso, daquele que é amigo de Deus sem medida.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de fevereiro de 2020.

Da esmola como prólogo para uma historia fundada na santificação através do trabalho

1) Quando um Cristo-príncipe ajuda a um Cristo mendigo, a primeira esmola serve de prólogo para uma bela história de amor fundada no verdadeiro Deus e verdadeiro Homem. Se o Cristo-mendigo souber ler e escrever, ele anotará o nome desse Cristo-príncipe a ponto de prestar mais favores a ele de modo a conseguir mais esmolas ou mesmo um emprego.

2) A primeira esmola, registrada no diário, serve de condão para se contar toda uma história onde o Cristo-mendigo ouve o chamado do Cristo-príncipe de modo a segui-lo na missão de estabelecer uma economia organizada de tal modo a se tomar o país como um lar em Cristo, por Cristo e para Cristo, a ponto de o Santo Nome do Senhor ser publicado em terras distantes através dos produtos de excelente qualidade que são exportados para os confins da terra e que tornarão a vida de muitos mais útil e mais produtivas, posto que se funda na verdade, no verbo que se fez carne.

3) Esse Cristo-mendigo, quando jovem, vira aprendiz, depois vira companheiro e depois mestre, a ponto de ser capaz de estabelecer uma economia própria e colaborar com o seu mestre de modo que esse legado civilizacional se expanda e perdure pelos séculos sem fim.

4) Se a primeira esmola serve de prólogo para se contar uma história onde o eu do mendigo se reveste de príncipe de modo a ajudar outros mendigos, isso já tem o condão suficiente de se tornar autobiografia, pois isto é obra autêntica de santidade, pois a santificação através do trabalho é tema crucial para se tomar um país como um lar em Cristo, por Cristo e para Cristo e deixar um legado civilizatório duradouro.

José Octavio Dettmann

Quando o hábito de ler e escrever é difundido a toda a sociedade, as vocações intelectuais florescem - e com ela a educação superior, a alta cultura.

1.1) Quando se ensina a sociedade inteira a manejar o lápis e o papel, naturalmente surge a vocação intelectual.

1.2) Cristo como sacerdote está recrutado dentre os que sabem ler e escrever os que escutam o seu chamado através das letras. A essas pessoas com vocação para as letras não posso recusar educação mais elevada, pois ela aponta para Deus.

2.1) A Igreja Católica sempre compreendeu essa importância porque nem todo mundo que sabe ler e escrever tem vocação para a vida intelectual, a capacidade de contar histórias que apontem para Deus ou que descrevam a sociedade de modo a fazer ciência de tal forma que isso aponte para Deus.

2.2.1) Formar a elite, formar os melhores, significa prepará-los para servir a Cristo nesta terra e em terras distantes através do ofício de escritor, que é sagrado, quase um sacerdócio.

2.2.2) Por isso mesmo, isso gera um império de cultura, a ponto de fazer desse escritores profetas, a pedra angular através da qual a fé em Cristo se expande de modo que o Santo Nome do Senhor seja publicado entre os povos mais estranhos. É através desses profetas, portanto, que o Império fundado em Ourique é movido - e nele vemos a ação do Divino Espírito Santo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de fevereiro de 2020.

Dos fundamentos cristológicos de se ensinar uma sociedade inteira a ler e escrever

1) Em toda sociedade que ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, é conveniente que se ensine a todos da comunidade a ler e a escrever, incluindo os mendigos.

2) Os mendigos mais inteligentes sempre manterão um diário de modo a manter o registro do quanto arrecadaram com esmolas e o nome de quem doou, assim como um lugar de referência onde esse doador on esse Cristo-príncipe, pode ser mais facilmente encontrado. Se ele prestar mais favores a esses bons príncipes, mais esmolas poderá obter (quem sabe, um emprego).

3.1) Se eu, na qualidade de mendigo, recebo esmola de um Cristo-príncipe, então eu devo favores a esse mesmo príncipe, de modo a conseguir mais esmolas ou quem sabe sair da condição de mendicância e ser elevado a príncipe, se for da boa vontade de Deus.

3.2) Quando registro a esmola no meu caderninho e o nome de quem me doou, além do lugar habitual onde este Cristo-príncipe pode ser mais facilmente encontrado, isto cria um compromisso, uma ponte onde eu como devedor me integro ao meu credor - e isso leva à pedagogia da responsabilidade pessoal. Se eu servir a ele com excelência, eu sou alçado à condição de bogaty, por conta do constante trabalho acumulado.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de fevereiro de 2020.

Pelo Estatuto da Destamborização da Sociedade

1) Meus pais botaram num vídeo do youtube onde tinha gente tocando gaita de fole (o vídeo foi feito na Escócia). De repente, o mesmo grupo começou a tocar tambor num ritmo que mais me lembra os bárbaros pagãos dos tempos antigos. 

2) Assim não dá! Vamos fazer o estatuto da destamborização, pois tambor é arma que gera má consciência coletiva (e pelo que ouvi falar, um certo sociólogo marxista falou para um amigo meu que o tambor nos faz lembrar do africano que há em nós e eu quero me livrar desse africano, desse pobre diabo que há em mim)! Vai tocar tambor assim lá no inferno!

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de fevereiro de 2020.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

Pequeno manual que toda candidata à namorada deveria ler antes de me pedir em namoro

1) Não vote em comunista (ou mesmo em liberal que apóia a relativização do Cristianismo na sociedade)

2) Não dê ouvidos a quem for anticatólico.

3) Estude História do Brasil a sério, sobretudo a partir do milagre do Ourique, que deu origem ao Reino de Portugal.

4) Reze muito por mim, para que eu possa escrever bastante visando o bem do país.

5) Fuja do carnaval junto comigo - isso não é bom.

6.1) Se você decidir colaborar com o meu trabalho fazendo doação em dinheiro ou livros, não me prometa nada, pois estou farto de promessas. Faça um gesto concreto nessa direção.

6.2) Se quiser fazer surpresa, entregue tudo a mim no dia do meu aniversário (23 de janeiro). Compre o essencial - eu tenho uma lista de mais de 2000 livros - posso te passar a lista, se me pedir.

6.3.1) Se você é boa leitora dos meus artigos, você saberá de quais livros estou realmente precisando.

6.3.2) Pela minha experiência, eu conheci algumas mulheres que tinham essa intuição e me davam o presente certo, aquilo de que estava precisando. Só não tive um relacionamento mais sério com minhas namoradas anteriores porque descobri mais tarde que não eram católicas - e aí amigavelmente eu terminei com todas elas.

7.1) Com mulher não católica eu não quero nada, nem mesmo amizade.

7.2) O presente, vindo de um não-católico, é uma forma de corrupção - e eu geralmente termino devolvendo o presente ou o dinheiro que foi gasto em sua aquisição.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de fevereiro de 2020 (data da postagem original).

O espírito conservantista e zombeteiro dos apátridas nascidos nesta terra não merece perdão

1) Sidney Silveira falou que todo aquele se leva a sério demais não perdoa nada, nem ninguém.

2) No Brasil de 1822, há que se levar em conta esta realidade: num país onde nada que é mais sagrado é levado a sério, eu prefiro levar meu projeto de imitação de Cristo a sério, pois amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento exige compromisso com a excelência. E quem conserva o que é conveniente e dissociado da verdade não merece ser perdoado até que se tome conhecimento de que ele realmente se emendou.

3) Onde Cristo não é levado a sério, as pedras falam. E meu coração será de pedra de tal modo a falar a verdade para esses que zombam das coisas de Deus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de fevereiro de 2020.

Carnaval 2020 - como estou sobrevivendo a ele

1) A respeito do carnaval, estou vivendo os dias como se isso nem existisse.

2) Não adianta fazer muita coisa fora de casa, exceto resolver apenas o que é necessário. Se ficar doente, vou ao médico; se for domingo e fizer um bom tempo, eu vou à missa.

3) Há quem diga que isso não é vida, mas é o que pode ser feito nestes tempos difíceis. E em tempos difíceis, a liberdade interior é o único bem que sobra - por isso que escrevo e dedico minhas energias à atividade intelectual, pois não há outra coisa a fazer.

4) Se o brasileiro desse valor à liberdade interior, ao único bem que sobra quando tudo sucumbe, certamente não estaríamos nessa desgraça em que estamos. O desprezo ao conhecimento é um verdadeiro câncer e ele deveria ser extirpado destas terras o quanto antes.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de fevereiro de 2020.

Do passado como prólogo para alguma coisa - comentários sobre isto

1.1) Sei que não se deve julgar um livro pela capa, mas os títulos, por si só geram, são capazes de gerar muitas reflexões. Um exemplo disso é o livro O passado como prólogo.

1.2) Existem vários fatos históricos paralelos - uns constituem ruptura com alguma coisa, ao passo que outros constituem continuidade à alguma coisa. Em algum ponto, a tradição de continuidade e a tradição de ruptura vão se chocar como se fossem placas tectônicas, causando um conflito inconciliável de interesses qualificado pela pretensão de resistir a tudo o que decorre do verbo que se fez carne - eis o fato gerador de uma guerra civil, marcada pela mentalidade revolucionária.

2.1) Tanto o que decorre da conformidade com o Todo que vem de Deus - o fato gerador da continuidade, da estabilidade, pautada na verdade, no verbo que se fez carne - quanto a tradição de ruptura com essa mesma verdade têm uma origem, um prólogo, pautada num fato que se deu no passado.

2.2) A maior prova disso é que, antes da Nova Aliança estabelecida por Deus através de Jesus Cristo, tivemos toda a tradição do Antigo Testamento, que já era milenar até o nascimento de Jesus - e o que Ele fez foi dar pleno cumprimento à antiga lei. Da mesma mesma forma, o marxismo enquanto movimento revolucionário tem sua origem nos movimentos gnósticos e materialistas, os quais constituem a pré-história da mentalidade revolucionária, cujo marco zero se dá na Revolução Francesa, em 1789, marcando o início da Idade Contemporânea.

3) Quando se tem duas tradições conflitantes, uma delas vai entrar em epílogo - e o Armageddon é onde ocorrerá a batalha final entre os exércitos leais a Cristo e os exércitos revolucionários. Como a verdade é fundamento da liberdade, então Cristo sempre vencerá até o fim dos tempos.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de fevereiro de 2020.

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domingo, 23 de fevereiro de 2020

Notas sobre a diferença entre autobiografia e ego-história

1.1) Uma autobiografia pressupõe que você tenha consciência de todo o curso de sua vida, do nascer ao pôr-do-sol. Isso pressupõe manter um diário e reservar sempre um tempo para escrever suas experiências mais importantes.

1.2) Isso pede disciplina e um chamado da alma para fazê-lo - o que transformará você em escritor. Sua vida neste ponto será um port of call (um pequeno Portugal) para a santificação de muitos - por isso, você deve escrever de tal maneira a servir a Cristo em terras distantes, ainda que você esteja no conforto do seu lar.

2) Para escrever bem, é preciso que a alma esteja bem alimentada com eucaristia - e isso pressupõe ir à missa todos os dias e fazer confissão toda semana, a ponto de prestar contas a Deus de tudo o que foi feito, uma vez que seu dom de escrever pertence a Deus e ele precisa ser empregado de modo a edificar consciência reta, fé reta e vida reta em muitos.

3) Uma autobiografia pressupõe que você honre pai, mãe e todos os que viveram antes de você. Você é o representante vivo de todos os antepassados mortos - por isso, você precisa buscar incessantemente a santidade de modo que todos os outros tenham seus pecados amenizados no purgatório, já que você deve rezar pelos mortos. Trata-se de um caminho de honras a ser percorrido, fundado no verdadeiro Deus e verdadeiro Homem.

4.1) Quando você não está pronto para escrever uma autobiografia, você pode escrever ego-histórias.

4.2.1) Uma ego-história é uma história que revela uma faceta da sua personalidade - ela geralmente indica um caminho de vida que você trilhou, uma profissão de fé.

4.2.2) Um homem sábio aprende a partir do erro dos outros - por essa razão, uma ego-história pode servir de ponto de partida de modo que outras pessoas aprendam o exemplo de outras pessoas tendo por mediação sua pessoa, que mostra o erro dos outros de modo a corrigi-los - por isso, você precisa morrer para si de modo que Deus fale através desta obra.

4.2.3) É neste ponto, portanto, que a terra toca o mar, a ponto de as caravanas serem navios no deserto, de tal modo a servir a Cristo em terras distantes, tal como foi estabelecido em Ourique. E neste ponto, a Arábia troca este demiurgo chamado Allah e passa a ter uma razão de ser como civilização em Cristo, a ponto de fazer dos desertos mares destinados a converter todos à vida fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus. E minha pessoa, neste sentido, age como caravançarai, pois uso o exemplo dos outros como se fosse meu exemplo, o que me previne do pecado, pois o verdadeiro sábio aprende do erro dos outros.

4.2.4) Quando você já acumula bastantes ego-histórias, só aí você pode escrever uma autobiografia. Este projeto literário pede que você tenha muito domínio da língua e muita experiência de vida fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus. Não pode ser feito por qualquer pessoa - ele só pode ser feito por pessoas de extrema amizade com Deus, realmente santas. Eis aí porque o legado de Santo Agostinho.

José Octavio Dettmann

Reabsorção de circunstâncias: notas sobre a relação entre o processo de escrever ego-histórias e o senso de tomar um país como um lar em Cristo, por Cristo e para Cristo

1) Certo está Ortega y Gasset, quando diz que um homem só pode ser definido pelo que ele é em suas circunstâncias.

2) O que é o homem senão a criatura que foi criada à imagem e semelhança de Deus, a ponto de ser a primazia da Criação? O que são as circunstâncias senão o meio social onde ele vive, como seu país, sua cidade, sua família, seus amigos e sua Igreja?

3) É certo que o mundo não está prontinho, moldado para que ele tome o país onde se vive como um lar em Cristo, por Cristo e para Cristo. Mas, se ele não se revestir de Cristo - de verdadeiro Deus e de verdadeiro Homem -, então como ele vai absorver estas circunstâncias de tal maneira a produzir ego-histórias tão necessárias para estimular os outros a tomarem o país como um lar em Cristo, a ponto de se imaginarem na mesma situação onde este se encontra, a ponto de sentirem o mesmo dilema que ele?

4.1) Uma vez que essa pequena autobiografia epistemológica é produzida para melhor explicar um pensamento filosófico em Deus fundado - que são as ego-histórias - o maior desafio do leitor que deseja imitar Ortega y Gasset é reabsorver suas circunstâncias pessoais tendo por modelo um caminho epistemológico previamente produzido, fundado numa experiência de vida que foi vivida antes da sua, mas que se mantém compatível com a realidade atual.

4.2) Isso certamente te forçará a uma releitura, a ponto de você perceber as nuances que haviam na época de Ortega y Gasset e o que há nos tempos atuais, o que certamente forçará a uma atualização constante dessa tradição de percorrer esses mesmos caminhos, observando o que havia antes, o que há hoje e o que haverá depois, na geração seguinte e em cada geografia onde se realizou este esforço filosófico.

5.1) Trata-se de uma espécie de trail blazing filosófico - escrevendo ego-histórias, você está sendo pioneiro em coisas que talvez jamais haviam sido exploradas antes, uma vez que dentro das suas circunstâncias de vida você é soberano, já que esta experiência de vida dificilmente será repetida. E a verdadeira ciência está em obter experiências que dificilmente se repetem porque cada vida humana é única, já que cada ser foi criado por Deus com muito amor.

5.2.1) É mais ou menos como se fazia viagem nos tempos antigos - enquanto não chegamos ao nosso destino, o saber, nós podemos observar o que iremos encontrar ao longo do caminho. O que se encontra ao longo do caminho não só pode como deve ser registrado, se ele nos causar uma impressão que nos leve a ainda mais conhecimento, a ponto de ganharmos ainda mais a amizade com Deus. E isso é realmente importante. 
 
5.2.2) Este mar só pode ser navegado para quem vive a vida sob a misericórdia de Deus - não pode ser feito por quem age como a Espanha: cheio de si e sem mandato do Céu, pois os mares só são livres com o intuito de servir a Cristo em terras distantes, tal como foi estabelecido em Ourique. Por isso, eles estão fechados para quem age com fins egoísticos, já que a pessoa conservará o que conveniente e dissociado da verdade.

5.2.3) Este mar não se navega com intuito de se buscar a si próprio - isso é sinal de vanglória. Você precisa saber quem você é - e para saber quem você é, você precisa estar diante de Deus contando tudo o que você descobriu, além da forma como você descobriu o que estava antes encoberto. Quanto mais você descobre, quanto mais você medita sobre como se descobre, mais Deus te conta sobre você, como pescador de homens e de idéias. E isso se dá através de constante confissão, seja no diário, seja no confessionário. Não há outro caminho.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 23 de fevereiro de 2020.

Por que é tão importante ser uno e múltiplo no processo de se contar ego-histórias?

1) Como escritor, tenho muitas histórias para contar. Não só aquilo que produzo no campo das ciências sociais, mas também a maneira como eu adquiro idéias que me serviram de base para produzir o que produzo, a ponto de produzir uma literatura de base epistemológica, que induzirá toda uma imaginação necessária para se compreender melhor o meu esforço pessoal, em Deus fundado.

2.1) O lado escritor é uma das minhas facetas da minha personalidade - é a mais importante, mas não é a única. Eu também sou jogador de videogame e digitalizador de livros.

2.2.1) Como jogador de videogame, eu gosto muito de jogar jogos que me fazem pensar. Recentemente aprendi a fazer modificações para o Civilization V. Muitas anotações que fiz por conta de baixar e testar modificações feitas por outros jogadores me serviram de base para escrever os meus artigos. Com o tempo, aprendi a fazer minhas próprias modificações, a ponto de poder de contar histórias neste sentido.

2.2.2) Por essa razão, esse meu lado jogador me servirá de fonte para contar muitas histórias epistemológicas, pois é por meio delas que posso especular sobre certos fatos do passado conhecido, na falta do devido acesso às fontes oficiais.

2.3.1) O lado digitalizador de livros não só converte livro físico em livro digital - ele permite que eu leve minha biblioteca para o consultório médico, que é o outro momento que não a missa em que não estou no computador trabalhando. Ao invés de ficar lendo revistas de fofoca, fico lendo o que produzi - e com isso sobrevivo a esses ambientes. Foi através desse meu lado digitalizador que adquiri confiança suficiente para poder fazer modificações para o Civilization 5. Eu gosto muito de fazer as coisas por mim mesmo.

2.3.2) Além disso, expirados os direitos autorais, eu posso vender as cópias dos ebooks. E com isso nasce meu lado negociador e diplomata. Isso me prepara para os aspectos mais políticos da vida em sociedade.

3) Juntando essas três facetas da minha personalidade e a experiência acumulada que adquiri em cada caminho que trilhei, eu posso contar múltiplas histórias combinando esta ou aquela faceta, ou mesmo todas as facetas possíveis.

4.1) Imagine um homem renascentista, um polímata, capaz de fazer várias coisas por si mesmo. Imagine quantas ego-histórias ele poderá contar! Contanto que ele morra para si de modo que Deus possa contar muitas coisas interessantes acerca desses múltiplos caminhos que ele trilhou, o polímata é o mais sublime dos santos, pois se santificou através de múltiplos trabalhos, cujos caminhos se convergiram de modo a levá-lo à Roma, à conformidade com o Todo que vem de Deus.

4.2) Ele é a própria representação da personalidade íntegra: ele foi uno em Deus e múltiplo em sua forma de ganhar o pão de cada dia. E isso é a conformidade com o Todo que vem de Deus: a busca pela excelência no uno e no múltiplo, sem conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, por ser fruto da insensatez, que é pecado fundado na vaidade.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 23 de fevereiro de 2020.

Da importância de escrever histórias epistemológicas ou notas sobre como desenvolver uma autobiografia menor a partir de suas ego-histórias

1) Um pouco antes de Kobe Bryant falecer, ele costumava dizer que queria contar histórias, quando terminasse a carreira dele de jogador de basquete.

2) Mais importante do que escrever uma idéia, é preciso contar uma história sobre como você teve essa idéia. E essa história pode ser interessante, a ponto de casar a epistemologia com a literatura e daí produzir um símbolo essencial de modo que isso que eu falo não seja esquecido.

3) Talvez este seja o melhor conselho que já recebi de alguém nos últimos anos: escrever histórias epistemológicas, toda uma literatura que complementa tudo o que falo no campo das ciências sociais.

4) Meus ex-colegas de faculdade diziam que eu sabia muito bem casar ciência com literatura. Sem saber, agi como Nossa Senhora agiu: guardei tudo no coração e deixei que Deus me revelasse um caminho, que foi este exposto por Kobe Bryant.

5.1) A série sobre mendicância talvez seja a primeira dessas histórias epistemológicas. E essas histórias epistemológicas revelam um pouco do que foi minha vida, um pouco do que foi minha relação com Deus e muitas outras coisas.

5.2.1) Não se trata de uma biografia completa, narrada do nascer ao pôr-do-sol da minha vida, uma vez que não tenho experiência de vida suficiente para fazer algo semelhante ao que fez Santo Agostinho, a ponto de tornar sua vida modelo de santidade - o que faz de sua autobiografia um dos projetos filosóficos mais bem-sucedidos da História da Cristandade. Tratam-se de fragmentos onde revelo a minha melhor parte ao mundo: a que está diante do pai - e é isso o que realmente conta. E minha melhor parte está no meu trabalho de escritor. Ninguém precisa conhecer a parte ruim da minha personalidade - só Deus pode conhecê-la, uma vez que tem o condão de endireitá-la - e esses reparos, que são dão no confessionário, ficam sob sigilo, o que é perfeitamente justo e necessário.

5.2.2) Estas ego-histórias, estas histórias epistemológicas, se dão a partir do momento em que me esvazio de mim mesmo de modo que Deus governe o meu trabalho de escritor de modo a escrever idéias de boa qualidade para os meus leitores.

5.2.3) Neste sentido, portanto, trata-se de uma autobiografia em escala menor, mas focando estritamente a minha melhor parte: aquela que eu quero que todos saibam. Quando escrevo, eu deixo que Deus aja em mim - por isso, eu me esforço para me esvaziar de mim mesmo e não terminar meus dias imitando o mau exemplo de Joice Hassellmann, que um dia descerá à mansão dos mortos, à danação eterna, por conta de seu ego inflado, uma vez que isso leva à morte eterna. No meu esforço pessoal, estou ajudando a construir um país, ao passo que ela está destruindo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 23 de fevereiro de 2020.

Como surgiu a série que escrevi sobre mendicância?

1) A história deste atual ciclo intelectual começa onde começou o ciclo passado: tudo começou quando resolvi, depois de muito tempo, criar novas notas para o playbook do Ultima Online. Não jogo este jogo desde 2015, quando fui chamado a lutar uma guerra para tirar a Dilma do poder, visando o bem do país, mas o pouco que joguei me gerou muitas impressões marcantes. Uma dessas impressões marcantes estava no simples fato de que podia agir como mendigo pedindo dinheiro junto aos personagens não-jogáveis que passam pela rua ou que ia encontrando pelo caminho. Até hoje não conheço outro RPG onde você pode, se quiser, ser um mendigo.

2) O que vi no jogo me levou a meditar - e isso me levou a ver a mendicância como uma função empresarial pura, pois você passa a estabelecer uma economia organizada a partir da boa vontade e da dependência de Deus e dos que estão revestidos de Cristo - e isto é um tapa na cara dos que advogam o homem auto-suficiente, autoconfiante e arrogante, o arquétipo do homem liberal, do homem que arroga para si o poder de Deus a ponto de criar uma ordem onde as pessoas podem conservar tudo o que é conveniente e dissociado da verdade, uma vez que a liberdade será servida com fins vazios, pautada em critérios puramente humanos, subjetivos.

3) Conforme fui progredindo na série de artigos sobre este tema, fui atacando não só a escola austríaca como também a ética protestante e o espírito do capitalismo, cujo estabelecimento como ordem se deu criminalizando a mendicância, uma vez que o calvinismo foi um despotismo exercido por uma igreja marcada pela influência do nominalismo, fundada por um herege chamado Calvino. Essa seita obteve poder civil e passou a dominar a tudo e a todos ao seu redor, criando uma verdadeira hecatombe moral por onde passou, cujo buraco está sendo preenchido pela ação islâmica. E isso certamente influiu e muito na cultura dos EUA - e isso está influindo na cultura brasileira, uma vez que a maçonaria apagou da nossa memória tudo o que nos remetia a Portugal e Ourique.

4.1) Além de ter que lutar uma guerra de defesa (de modo a salvar Portugal dos males da maçonaria, que influiu de tal forma a fazer com que a eutanásia fosse aprovada recentemente), devo também lutar uma guerra ofensiva, de modo que os EUA, a nação calvinista por excelência, tenham essa cultura maldita derrubada.

4.2) Trata-se de uma guerra cultural em escala mundial - e estou praticamente sozinho nesta, já que reuni todos esses conhecimentos na minha pessoa de modo a compreender melhor as coisas como são. E por essa razão, devo agir - e a única forma que posso agir por enquanto é escrevendo, uma vez que não disponho de meios de ação políticos e administrativos para barrar a ação perniciosa dessa gente.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 23 de fevereiro de 2020.

sábado, 22 de fevereiro de 2020

Por que não costumo citar a fonte dos meus artigos?

1) Não me incomodo de revelar as fontes dos meus artigos, desde que meus contatos ajam com lealdade na busca pela verdade.

2.1) Quando escrevo meus artigos, escrevo num certo estilo jornalístico, uma vez que não cito a fonte. Eu prefiro que confiem na minha palavra, pois sei o que estou fazendo.

2.2) Por uma questão de caridade para com a verdade, por uma questão de amor ao próximo mesmo, só posso citar a fonte a quem se compromete que vai estudar o que estudei com boa-fé. Se é para estudar o que penso com intuito de destruir o meu trabalho, melhor que se faça o trabalho de um bom jornalista: resguardar o sigilo da fonte, de modo que a Bíblia, a palavra de Deus, não seja usada como arma para ser pregada contra a palavra de Deus, tal como os hereges protestantes fazem.

2.3.1) É por isso que não cito as fontes dos meus artigos. Eu espero que a pessoa venha me perguntar - e ao receber a resposta que deseja, ela geralmente se compromete a estudar o que falei e a aprofundar ou até mesmo corrigir o que falei de maneira honesta e leal.

2.3.2) Em tempos de rede social, encontrar-me online é fácil - mesmo que a pessoa não saiba português, ela pode usar o tradutor do google, que funciona muito bem, e pode fazer as perguntas que julgar necessárias. Mas até o momento ninguém tomou esta iniciativa.

3.1) A verdade premia quem sai da preguiça. Se você vê meus artigos, me escreve um e-mail, me pergunta as fontes e age com lealdade nos estudos, você ganhará um amigo em mim; se você não faz isso, então você não se interessa pela verdade.

3.2.1) Nada do meu esforço deve ser dado de graça - eu me submeto ao julgamento dos que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, na conformidade com o Todo que vem Deus, nunca a quem conserva o que é conveniente e dissociado da verdade, como são os marxistas ou mesmo os liberais e anticatólicos.

3.2.2) Se quiser algo de mim, primeiro se torne católico e depois aja com lealdade diante da minha pessoa. Eis o segredo do meu negócio.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 22 de fevereiro de 2020.

Das terríveis conseqüências do banimento da mendicância na sociedade - lições da História

1.1) Do banimento da mendicância, da condenação dos indefesos, vem estas coisas terríveis, como eutanásia e aborto.

1.2) A divisão da sociedade em eleitos e condenados, própria da cosmovisão protestante, prepara o caminho para construção de uma comunidade imaginada onde o eleito deve eliminar o condenado - o que faz com que tudo fique no Estado e nada fique fora do Estado ou contra o Estado, a ponto de este ser tomado como se fosse uma religião e ditar as políticas públicas destinadas à criação de uma raça perfeita, sem nenhuma deficiência física.

2) O nazismo é fascismo fundado nesse tipo de ética, além de incorporar a luta de classes dos comunistas, visto que o eleito é agraciado com todos os poderes de usar, gozar e dispor dos bens da vida, enquanto o pobre é um ser geneticamente inferior e condenado de antemão a ser esmagado. Eis a cosmovisão que gravita em torno dessas coisas.

3.1) É fato sabido que a República Brasileira é herdeira direta dessa tradição revolucionária. E a república portuguesa é uma tentativa de incursão dessa ideologia maldita vinda a partir do Brasil, uma vez que a independência do Brasil foi feita negando o que se estabeleceu em Ourique.

3.2.1) Os republicanos em Portugal estão querendo destruir o país a ponto de estabelecer um dominato apátrida. Por isso, o tributário de toda essa incursão revolucionária que tem afetado Portugal desde o fatídico regicídio de 1908 é indiscutivelmente o que aconteceu no Brasil no dia 15 de novembro de 1889.

3.2.2) Por essa razão, uma guerra contra a República no Brasil implica guerrear contra a República Portuguesa, que é inspirada nela. Trata-se de uma guerra mundial, mas não de um mundo qualquer - e uma guerra cultural e política deve ser movida nesse sentido, com a mesma proporção épica com a qual se moveu o mundo por meio das Grandes Navegações. E some-se a isso o fato de que a guerra contra-revolucionária é em Cristo fundada. Por isso, esta guerra formará grandes homens, pois tempos de crise formam grandes homens. E estes tempos são tempos de crise.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 22 de fevereiro de 2020.