1) A vida é regida pelo 0 e pelo 1, pelo sim e pelo não, pelo movimento e pelo repouso.
2) O estado de repouso é o do não movimento. É o momento que o corpo e a mente necessitam de descanso. O estado do pensamento é o estado do movimento da alma na busca por uma solução cuja resposta o mundo não dá, mas que Deus sempre dá, na sua infinita sabedoria e misericórdia.
3) A contemplação restaura o corpo e a mente movimentando a alma para os prazeres da vida fundada em Deus, ao mesmo em que dá descanso ao corpo, após uma dura jornada de trabalho.
4) Da contemplação podemos obter memórias e experiências inesquecíveis que poderão ser usadas na solução de um problema cuja resposta o mundo não dá aos nossos anseios, uma vez que este conhecimento decorre da nossa intimidade com Deus e com as obras de arte que decorrem de Deus, como a coisa amada.
5) O verdadeiro lazer sempre dará espaço à contemplação, à reflexão, a sempre lembrarmos das coisas de Deus, uma vez que o o bem produz o bom e o belo, que apontam para Deus. A classe ociosa nega a Deus e faz disso a razão de ser de sua vida - quanto mais ela se diverte, mais ela está cansada, mais indisposta a praticar o bem na sociedade. Eis o paradoxo!
6.1) Não é à toa que monges de vida contemplativa fizeram muito mais pela sociedade que vive a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus do que todos esses economistas de gabinete, que ficam só citando números.
6.2) Os monges trabalham, têm contato com a realidade, o que serve de base para suas reflexões, cujo conhecimento é obtido através de constantes orações a Deus por conhecimento de modo a compreender as coisas.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 2 de fevereiro de 2020.
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