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segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

Do passado como prólogo para alguma coisa - comentários sobre isto

1.1) Sei que não se deve julgar um livro pela capa, mas os títulos, por si só geram, são capazes de gerar muitas reflexões. Um exemplo disso é o livro O passado como prólogo.

1.2) Existem vários fatos históricos paralelos - uns constituem ruptura com alguma coisa, ao passo que outros constituem continuidade à alguma coisa. Em algum ponto, a tradição de continuidade e a tradição de ruptura vão se chocar como se fossem placas tectônicas, causando um conflito inconciliável de interesses qualificado pela pretensão de resistir a tudo o que decorre do verbo que se fez carne - eis o fato gerador de uma guerra civil, marcada pela mentalidade revolucionária.

2.1) Tanto o que decorre da conformidade com o Todo que vem de Deus - o fato gerador da continuidade, da estabilidade, pautada na verdade, no verbo que se fez carne - quanto a tradição de ruptura com essa mesma verdade têm uma origem, um prólogo, pautada num fato que se deu no passado.

2.2) A maior prova disso é que, antes da Nova Aliança estabelecida por Deus através de Jesus Cristo, tivemos toda a tradição do Antigo Testamento, que já era milenar até o nascimento de Jesus - e o que Ele fez foi dar pleno cumprimento à antiga lei. Da mesma mesma forma, o marxismo enquanto movimento revolucionário tem sua origem nos movimentos gnósticos e materialistas, os quais constituem a pré-história da mentalidade revolucionária, cujo marco zero se dá na Revolução Francesa, em 1789, marcando o início da Idade Contemporânea.

3) Quando se tem duas tradições conflitantes, uma delas vai entrar em epílogo - e o Armageddon é onde ocorrerá a batalha final entre os exércitos leais a Cristo e os exércitos revolucionários. Como a verdade é fundamento da liberdade, então Cristo sempre vencerá até o fim dos tempos.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de fevereiro de 2020.

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