Pesquisar este blog

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

Notas sobre um projeto literário

1) Vocês conhecem algum personagem da literatura que tenha o contrário do toque de Midas: em tudo que toca, tudo se corrompe, a ponto de a melhor das criaturas se tornar um merda, cheio do amor de si até o desprezo de Deus?
 
2.1) Nas minhas andanças na internet, eu já vi experiências assim.

2.2) Preciso melhorar minhas habilidades de narração e descrição. No final dos anos 2000 e no inícios dos anos 2010, eu vi pessoas muitos jovens querendo minha amizade; como não tinha tempo para lhes dar a devida atenção, foram bater a porta noutra freguesia. Hoje são pessoas cheias de si, bem-sucedidas materialmente, falam palavrão, pregam que Bonifácio é founding father do Brasil, dizem que a ética protestante é a salvação da lavoura, que o liberalismo da escola austríaca vai nos salvar e todas essas balelas.

2.3) Todas essas passaram pelas mesmas mãos e dizem que essas mãos têm sempre razão. E essas pessoas não se importam com a quantidade de absurdos que aquela língua cortante, cheia de cerol chileno, já falou acerca da História do Brasil e de Portugal. Eu passei por essas mãos também, mas não fiz pacto com o diabo.

3) Talvez um dia eu escreva uma ficção sobre esse rei cujo toque é o inverso de Midas. Muita gente acredita que os ensinamentos desse rei levarão o Brasil a uma era de ouro sem precedentes, mas eu vejo o contrário.

4.1) Eu sou culpado por não ter acolhido essas pessoas? Não - na época, estava na UFF, me formando em Direito. Tinha estágio na PGE à tarde e faculdade à noite; aos sábados tinha psicólogo.

4.2) Como não tinha tempo de me cuidar, usava uma barba grande, a ponto de acharem que eu fosse judeu ou ortodoxo. Alguns chegavam ao cúmulo de fazer de mim uma espécie de padre confessor, pois sempre tive fama de confiável, de bom ouvinte, de bom conselheiro. Atendia "confissões" à tarde, quando chegava cedo do estágio. Talvez isto tenha me preparado para a vida católica que teria depois dos estudos, a partir de 2012.

4.3.1) Se tivesse naquela época o tempo que tenho hoje, eu teria dado mais atenção ao jovem Ítalo Marsili, antes de se tornar o que se tornou hoje. Quando eu o conheci, isso se deu por volta de 2006 ou 2007, eu acho.

4.3.2) Ele não é o único, mas foi a primeira pessoa que conheci que tentou inicialmente fazer amizade comigo - como não deu certo, acabou encontrando uma mina de ouro em outro lugar. E é exatamente a malvadez da fortuna que o está levando a ter os problemas que está tendo agora.

4.3.3) Além desse caso, eu conheci a Dra. Ludmila Lins Grilo num grupo de estudos para concursos públicos, em 2011. Acredito que ela se tornou aluna do Olavo depois que se tornou juíza. Ela sempre foi gentil comigo - só não tive um envolvimento mais pessoal com ela antes porque não sabia se ela era confiável. Eu já combatia comunistas desde 2007, na rede social - meu receio é um homem como eu me envolver com uma mulher errada. 
 
4.3.4) Eu só descobri que ela é mesmo confiável somente agora, depois que enquadrou os figurões do STF. Perdi uma chance e tanto de ter uma excelente companheira comigo, mas tudo bem. O mais importante é que as melhores mulheres para mim são as que são comprovadamente virtuosas. Deus proverá uma para mim - se não for ela, que seja outra. O que importa é que escolhi esperar - enquanto espero, vou escrevendo. Até agora, eu não vi nenhuma marca de má consciência na Dra. Ludmila - talvez esta seja a única pessoa que tenha passado pelas mãos do Olavo em que eu possa confiar.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 3 de fevereiro de 2020.

Nenhum comentário:

Postar um comentário