1.1) Do banimento da mendicância, da condenação dos indefesos, vem estas coisas terríveis, como eutanásia e aborto.
1.2) A divisão da sociedade em eleitos e condenados, própria da cosmovisão protestante, prepara o caminho para construção de uma comunidade imaginada onde o eleito deve eliminar o condenado - o que faz com que tudo fique no Estado e nada fique fora do Estado ou contra o Estado, a ponto de este ser tomado como se fosse uma religião e ditar as políticas públicas destinadas à criação de uma raça perfeita, sem nenhuma deficiência física.
2) O nazismo é fascismo fundado nesse tipo de ética, além de incorporar a luta de classes dos comunistas, visto que o eleito é agraciado com todos os poderes de usar, gozar e dispor dos bens da vida, enquanto o pobre é um ser geneticamente inferior e condenado de antemão a ser esmagado. Eis a cosmovisão que gravita em torno dessas coisas.
3.1) É fato sabido que a República Brasileira é herdeira direta dessa tradição revolucionária. E a república portuguesa é uma tentativa de incursão dessa ideologia maldita vinda a partir do Brasil, uma vez que a independência do Brasil foi feita negando o que se estabeleceu em Ourique.
3.2.1) Os republicanos em Portugal estão querendo destruir o país a ponto de estabelecer um dominato apátrida. Por isso, o tributário de toda essa incursão revolucionária que tem afetado Portugal desde o fatídico regicídio de 1908 é indiscutivelmente o que aconteceu no Brasil no dia 15 de novembro de 1889.
3.2.2) Por essa razão, uma guerra contra a República no Brasil implica guerrear contra a República Portuguesa, que é inspirada nela. Trata-se de uma guerra mundial, mas não de um mundo qualquer - e uma guerra cultural e política deve ser movida nesse sentido, com a mesma proporção épica com a qual se moveu o mundo por meio das Grandes Navegações. E some-se a isso o fato de que a guerra contra-revolucionária é em Cristo fundada. Por isso, esta guerra formará grandes homens, pois tempos de crise formam grandes homens. E estes tempos são tempos de crise.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 22 de fevereiro de 2020.
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