1) A economia da comunhão, enquanto parte da ciência da Cruz, tem sua natureza trinitária, pois visa atender os três elementos que constituem o homem: o corpo, a alma e o espírito.
2) O corpo necessita de alimento; a alma necessita do alimento salvífico, da eucaristia; enquanto o espírito, que é o que nos move, necessita da contemplação, da inspiração fundada naquilo que decorre de Deus para poder fazer alguma coisa.
3.1) Aristóteles separou os bens da vida em bens concretos e bens imaginários.
3.2) Os bens concretos satisfazem as nossas necessidades corporais e espirituais, uma vez que na eucaristia Cristo está realmente presente na forma de pão e vinho; os bens imaginários são aqueles bens que pretensamente satisfazem essas necessidades, como os amuletos e os ídolos pagãos.
3.3) Ocorre que a verdadeira fé estabeleceu muito bem a diferença entre ícone e ídolo. O ícone satisfaz nossa necessidade humana por contemplação, como a imagem de Nossa Senhora, cujo sim aponta diretamente para Deus; o ídolo nos aponta para o vazio de nossas almas.
4.1) É próprio do casamento que façamos do corpo do nosso cônjuge o nosso deleite. Por isso, contemplar a esposa de bikini ou nua numa foto ou vídeo sensual só nos faz nos lembrar das belas virtudes que ela tem, morais e físicas, cuja obra de arte nos aponta para Deus.
4.2.1) Esses objetos saciam nossa necessidade contemplativa. Eles têm finalidade produtiva se eles estiverem na sua justa destinação, que é atender as finalidades precípuas da criação, a base da economia da salvação, uma vez que Deus disse: "crescei e multiplicai-vos".
4.2.2) Fora disso, serão servidos de maneira vazia, pervertendo tudo o que é de mais sagrado, uma vez que a mentalidade revolucionária usa o sexo como uma arma de assalto.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 1º de fevereiro de 2020 (data da postagem original).
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