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sábado, 13 de junho de 2020

Notas sobre a questão dos distritos culturais como base da complexidade econômica

1) A academia é o lugar onde se discutem os problemas da sociedade em que vivemos. É lugar também de formação de filósofos, pois é lá que se aprende a pensar. Por esta razão, é a casa da filosofia.

2) Se pensar é uma atividade especulativa, a ponto de a academia ser contada como se fosse uma guilda de estudantes, então surgem guildas operativas que transformam o pensamento em arte. Eis a guilda dos escritores, a guilda dos artistas, a guilda dos músicos, dos cineastas e dos escultores. A associação da academia com as guildas operativas que produzem as artes do belo cria um distrito cultural. 

3) Uma investigação genuína da realidade, sem ideologia, tende a criar um projeto filosófico, uma tradição filosófica de tal modo que a cidade que a abriga tal projeto se torna a capital de uma comunidade revelada fundada na busca da Verdade. Eis aí Atenas como uma das bases do Cristianismo,junto com Roma e Jerusalém.

4) Se a busca por conhecimento se fundar por afetação ou por vaidade, ou com intuito de se obter ainda mais poder, então a comunidade será imaginada de tal modo a se justificar tal pretenso poder. E um ministério da cultura será criado de modo a se financiar todo de tipo de narrativa falsa, fundado no que se conserva de conveniente e dissociado da verdade.

5.1) O Brasil tem ministério da cultura porque é muito forte entre nós a sandice de que fomos colônia de Portugal. 

5.2) Essa narrativa de que fomos colônia é mentirosa - nenhum documento constante na Biblioteca Nacional consta o nome colônia, mas estado, terra, principado ou vice-reinado.

5.3) Se houver uma investigação a sério da documentação portuguesa, a tendência é o Brasil e Portugal serem uma só nação, pois o que se fundou por conta da missão de servir a Cristo em terras distantes não pode ser dissolvido por conservantismos anticristãos e antimonárquicos.

José Octavio Dettmann

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