1) O professor Loryel Rocha fala que política não é guerra. Durante muito tempo a política foi exercida por monarcas - e historicamente, reis eram aqueles que sabiam muito bem organizar um exército.
2) Assim como na guerra, na política lidamos com situações onde precisamos tomar uma decisão imediata, emergencial e improvisada. Esta decisão pode decidir a vitória ou a derrota no campo de batalha, afetando assim o curso da guerra e, quiçá, da história.
3) Estamos num tempo onde o que conta é justamente isto. Por sorte, nosso atual presidente sabe tomar decisões em tempos difíceis - a vida no exército o preparou muito bem para isso. Se nada for feito, nosso país corre o risco de ser destruído pelos comunistas. Por isso mesmo, a política neste tempo é de guerra contra este mal objetivo, pois ele é anticristão. Ela é a continuação da trindade ainda que por meios violentos, a ponto de se tornar guerra santa, legítima, já que se trata de defender o senso de se tomar o país como um lar em Cristo.
4.1) É por conta de pessoas com este dom de tomarem decisões rápidas em momentos de grande pressão que existem pessoas com outro tipo de dom: ela precisam estar distanciadas dos fatos de modo a fazer uma melhor análise dos acontecimentos históricos. Este sou eu - por natureza, sou um historiador, não um político, dado que não tenho a capacidade de tomar a melhor decisão num momento de grande pressão.
4.2.1) Historiadores, por natureza, são pessoas voltadas para os tempos de paz - os políticos, os verdadeiros políticos, precisam estar prontos para qualquer tempo. Alguns são bons para atuarem em tempos de paz, outros em tempos de guerra - e somente muito pouca gente é capaz de fazer fazer um bom trabalho em qualquer ocasião, seja em guerra ou na paz.
4.2.2) O valor do político será medido pela maneira como ele reage às suas circunstâncias. É assim como se mede o verdadeiro homem, como diria Ortega y Gasset.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 11 de junho de 2020.
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