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quarta-feira, 3 de junho de 2020

Notas sobre a revolução que o Google tradutor pode trazer para o mercado autoral

1) O lado bom de estar construindo uma cesta de moedas a partir do serviço que produzo é que pessoas de diferentes países confiarão no meu trabalho, a ponto de me remunerarem por força disso. Como moeda é confiança, eu poderei comprar livros escritos pelos escritores locais de tal maneira a continuar estimulando o trabalho local, como se local fosse, uma vez que tomei aquele lugar como meu lar tanto quanto o nativo.

2.1) Assim, prestando meu serviço a essas pessoas nas suas próprias línguas, estarei estimulando a inteligência de muitos. Se eu servir bem, serei convidado a usufruir dos mesmos direitos que um nativo tem, uma vez que estou cooperando com ele na construção de um bem comum de tal maneira que eu possa tomar aquela terra como um lar em Cristo sem tomar o que é do nativo de direito. 

2.2) Dizia Santo Tomás de Aquino: sirva a ordem e a ordem bem te servirá. Se sirvo conhecimento por mim produzido e traduzido para múltiplas línguas, conhecimento esse de boa qualidade, então certamente serei remunerado de modo a continuar fazendo bem meu papel. 

3.1) O Google, se bem usado, permite ao escritor comunicar-se diretamente com leitores de outras línguas sem a assistência de um tradutor, que tende a distorcer a natureza do trabalho, se não tiver os mesmos cuidados que o autor teve, ao escrever a obra original. 

3.2.1) Isto é uma revolução sem precedentes no mercado autoral - se eu dominar isto muito bem, poderei exercer influência em outras terras que estejam mais receptivas ao meu trabalho. 

3.2.2) Afinal, um profeta não é muito valorizado em sua própria terra, já dizia Cristo. Por isso, devo fazer com que os ventos da mudança, que sopram desde o Cabo da Boa Esperança, espalhem as sementes do verbo, meus escritos, de modo que possam germinar em outras cabeças. Vejo que não há outro caminho para mim que não isso.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 03 de junho de 2020.

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