1) Em todo processo de amizade, fundado no fato de se amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, há momentos de crise, onde as conversas tendem a ser improdutivas e até conflituosas.
2) Mário Ferreira dos Santos, em sua filosofia da crise, dizia que os gregos tinham duas palavras para a solução dessa crise: diácrese (separação) e síncrese (reunião).
3.1.1) Para um casal em pé de guerra, nada melhor que os dois vivam separados por um tempo, pois só o tempo, o senhor da razão, é capaz de curar as feridas.
3.1.2) Como esse tempo se mede no tempo de Deus, com o tempo o que estava separado volta a ficar reunido, a ponto de um poder perdoar o outro. Neste ponto, certa está a Igreja em condenar o divórcio, a quebra do vínculo que fez dois corpos se tornarem um só, na forma de família, de modo a melhor servir a Deus.
3.2.1) A separação de corpos não deve ser confundida com divórcio, mas como uma oportunidade para se melhor meditar sobre o conflito e as circunstâncias que motivaram a crise conjugal.
3.2.2) A mesma coisa pode ser dita em relação à amizade, onde há momentos em que os amigos estão separados em razão da diferença de projetos. Em um tempo oportuno, em Deus fundado, eles se reunirão de modo a um servir bem ao outro.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 03 de junho de 2020.
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