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segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Em nação culturalmente nula, você não é livre - e para se perder o ir e vir, por força da criminalidade, é um pulo

1) Ainda que a criminalidade fosse baixa, eu não me sentiria seguro neste país: as pessoas são vazias e quase não há opções viáveis para se desenvolver enquanto pessoa (exemplo disso: livros de qualidade duvidosa, cheios de conteúdo ideológico,  sendo lançados nas grandes livrarias, o fato de o país ser monodesportivo, a qualidade das arenas esportivas ser bem precária e o fato de a Globo monopolizar o mercado de TV por todo o país e ficar lançando seu lixo tóxico).

2) Basta o país estar num beco sem saída cultural que a guerra civil que nós vivenciamos hoje está declarada.

3.1) Quando era jovem, quando essa criminalidade não era tão grande quanto a que temos hoje, eu via o vazio cultural que havia nas pessoas, principalmente nos jovens que tinham a mesma faixa etária que eu tinha na época: cerca de 14 aos 17 anos.

3.2) Conversar com alguém sobre algo relevante na escola era impossível; ir ao centro da cidade era complicado (eu morava num bairro muito afastado do Centro até os 27 anos). Quando entrava de férias, eu ficava praticamente sem fazer nada (naquela época não havia rede social - e a única coisa que me mantinha ocupado era estar na sala de aula estudando. E não era à toa que eu via o estudo como um trabalho. Enquanto muito pensavam as férias como uma libertação, pois o estudo para muitos dos meus colegas era um fardo, eu via as férias como um tormento, pois ficava sem ter o que fazer).

3.3) Eu posso dizer, por experiência própria, que ser adolescente, sobretudo nos anos 90, era um verdadeiro inferno. Nos tempos atuais, há meios para se contornar isso, mas naquela época não havia.

4.1) A grande questão do nosso tempo é forçar o governo a nos permitir viver nossas vidas em paz.

4.2) Desde que surgiu a rede social, eu encontro gente muito mais qualificada para conversar sobre assuntos importantes, ainda que dispersas pelo país ou mesmo pelo mundo afora. Se tivesse que depender do lixo humano que encontro nas minhas circunstâncias de vida real, a minha vida seria uma enorme tragédia.

4.3.1) Como conheço muito bem a vida online, eu prepararei meus filhos para continuarem a missão de servir a Cristo em terras distantes por meio destes mares virtuais.

4.3.2) A rede social pede gente preparada, gente que sabe da responsabilidade falar algo edificante e caridoso a quem deseja aprender a verdade, fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus. Enquanto a cultura de liberdade para o nada existir, correremos o risco de cairmos na desinformação promovida pelos que são ricos em má consciência.

4.3.3) Por isso mesmo, o sujeito precisa ter pelo menos maturidade para poder seguir esta vida. Podemos dizer que é preciso ter ao menos 18 anos - ou menos, desde que tenha uma maturidade muito grande para a idade (e neste caso, eu devo emancipar meu filho).

5) Essas são algumas coisas que faria, se tivesse liberdade para educar meus filhos de modo a prepará-los para os desafios da vida.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 2 de outubro de 2017.

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