1) Quando um escritor escreve alguma coisa de excelente qualidade, ele
precisou passar muito tempo em estado de contemplação de modo a dizer a
verdade que precisa dizer nos méritos do verdadeiro Deus e verdadeiro
Homem. E uma vez que ele faz este movimento para o alto, fazer o
movimento contrário já não é mais possível, pois o aperfeiçoamento do
ponto criado leva a um novo movimento para o alto, em Deus fundado. É de
anábase em anábase que se promove a capitalização moral, sem a qual não
se enriquece o espírito a ponto de se criar um legado civilizacional,
em Cristo fundado.
2) Com o advento da inteligência artificial, a
tarefa de fazer resumos, que é uma tarefa servil e acessória em relação
à atividade criativa, que é a principal, fica a cargo dessa nova
ferramenta, o que permite que o conteúdo faça o movimento para baixo
(catábase) de modo a atingir pessoas que não têm o mesmo nível de
compreensão ou de entendimento atingido pelo autor do texto.
3) O
que antes era uma tarefa penosa, porque estas coisas estavam na mão da
mesma pessoa que cria - o que faz com que ela perca tempo precioso, que
poderia ser investido em novas investigações e em novas contemplações
sempre em busca da verdade -, agora ela pode ser delegada para
uma ferramenta especializada, que vai fazendo os resumos dentro das
especificações atendidas pelo cliente, no caso o escritor.
4)
Neste sentido, a eficiência da inteligência artificial de fazer resumos
garante o movimento para baixo que o conteúdo precisa fazer de modo a
dar instrução a outros Cristos necessitados, garantindo assim a caridade
intelectual, já que a verdade é o fundamento da liberdade.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 11 de junho de 2024 (data da postagem original).
terça-feira, 11 de junho de 2024
Do papel da inteligência artificial na atividade intelectual - o caso da caridade intelectual
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