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terça-feira, 11 de junho de 2024

Do papel da inteligência artificial na atividade intelectual - o caso da caridade intelectual

1) Quando um escritor escreve alguma coisa de excelente qualidade, ele precisou passar muito tempo em estado de contemplação de modo a dizer a verdade que precisa dizer nos méritos do verdadeiro Deus e verdadeiro Homem. E uma vez que ele faz este movimento para o alto, fazer o movimento contrário já não é mais possível, pois o aperfeiçoamento do ponto criado leva a um novo movimento para o alto, em Deus fundado. É de anábase em anábase que se promove a capitalização moral, sem a qual não se enriquece o espírito a ponto de se criar um legado civilizacional, em Cristo fundado.

2) Com o advento da inteligência artificial, a tarefa de fazer resumos, que é uma tarefa servil e acessória em relação à atividade criativa, que é a principal, fica a cargo dessa nova ferramenta, o que permite que o conteúdo faça o movimento para baixo (catábase) de modo a atingir pessoas que não têm o mesmo nível de compreensão ou de entendimento atingido pelo autor do texto.

3) O que antes era uma tarefa penosa, porque estas coisas estavam na mão da mesma pessoa que cria - o que faz com que ela perca tempo precioso, que poderia ser investido em novas investigações e em novas contemplações sempre em busca da verdade -, agora ela pode ser delegada para uma ferramenta especializada, que vai fazendo os resumos dentro das especificações atendidas pelo cliente, no caso o escritor.

4) Neste sentido, a eficiência da inteligência artificial de fazer resumos garante o movimento para baixo que o conteúdo precisa fazer de modo a dar instrução a outros Cristos necessitados, garantindo assim a caridade intelectual, já que a verdade é o fundamento da liberdade.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 11 de junho de 2024 (data da postagem original).



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