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sábado, 22 de junho de 2024

Aonde leva a liberdade liberal?

SANTO TOMÁS (SUMA TEOLÓGICA, III, Q. 8, a. 7, resp.)

“É próprio do governante conduzir ao fim os governados por ele. [Ora], o fim do demônio é afastar de Deus a criatura racional; por isso ele tentou desde o começo apartar o homem da obediência ao preceito divino (Gn. III). Mas tal separação de Deus tem razão de fim enquanto se apetece sob o pretexto de liberdade (grifo nosso!), de acordo com as palavras de Jeremias (II, 20): ‘Há muito tempo rompeste o jugo e quebraste os laços. Disseste, então: Não servirei (non serviam)’. Por conseguinte, quando ao pecar alguns são arrastados a esse fim, caem sob o domínio e governo do diabo (sub Diaboli regimine et governatione cadunt)”.

Estas palavras de Santo Tomás na Suma mostram aonde leva o desejo — genuinamente liberal — de amar a liberdade como um fim buscável em si, sem nenhum vínculo com a Lei Eterna ou, na melhor das hipóteses, com um vínculo meramente acidental, como se a escolha objetiva dos bens que levam à Pátria Celeste dependesse mais da experiência acumulada pelos indivíduos que do seguimento dos preceitos e conselhos contidos na Sagrada Escritura, da Graça e da freqüentação dos sacramentos — que são signos sensíveis da Graça e, como se dizia antigamente, causam o que significam.

O liberalismo, em qualquer um dos seus tópicos, implica esse giro antropocêntrico que culmina na exaltação da liberdade como um fim em si, ou como o valor dos valores.

Sidney Silveira

Link para a postagem original: 

https://www.facebook.com/jose.dettmann/posts/pfbid02BwTBbE4ezZ8j14CMYVN5WJPmrWMGQi9qgnHeoEyDsBiVa4SGExJcfNQBcdtThs7Pl?__cft__[0]=AZWwQ2dFyNDqQB2DrPRhYPtIR0mtEs2GKp_c-9OB6FoyiVAiM0gLwnnBTzmPI46nx3kq3wihEhTGJmUkWAxPdsfQaGwNCKhrfzkq2U11AS1Muxx2TV8NwGpsFiHCqsDE-G3ldaZ4ifxTMi8V_KcRS9NNpjG6lWxlm7tc1rjNYqWXvDCw5Dng6zj0NlR_wa3wvloaLZNTxAeGLvocz3xuXmODaThnLO-Z4g9hVPH7irn9AQ&__tn__=%2CO%2CP-R

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