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segunda-feira, 15 de julho de 2019

Do espírito reservado como fundamento para um protecionismo educador

1.1) As melhores idéias nascem das almas mais reservadas, que prezam mais a vida interior que a vida exterior.

1.2.1) A amizade dessas pessoas precisa ser conquistada dia após dia, geração após geração - como cada dia é uma bênção, então cada conversa com pessoas desse tipo tem natureza produtiva e é um ganho sobre a incerteza.

1.2.2) Como o conhecimento vem da palavra de Deus, então devemos nos alimentar dele tal como o pão de trigo nosso de cada dia.

2.1) A alma reservada é tão profunda quanto são as profundezas de uma catacumba.

2.2.1) Os superficiais, ricos no amor de si até o desprezo de Deus, perseguem os que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento.

2.2.2) Como a catacumba é por natureza um labirinto, você precisa descobrir, por tentativa e erro, qual é o melhor caminho que leva ao verdadeiro Deus e verdadeiro Homem sem se desesperar. É por essa razão a catacumba deve ser o estilo de todo Cristão digno desse nome.

2.3.1) Mais do que um símbolo que explica uma lição de Jesus difícil de aceitar, ela é o estilo de quem deve escrever de modo a promover a liberdade em Cristo, por Cristo e para Cristo, já que Ele é a verdade, o sumo fundamento dessa liberdade.

2.3.2) Não espere livre mercado fundado em idéias que promovam o homem, pelo homem e para o homem e sua versão mais massificada, o povo, pelo povo e para o povo - o homem como animal que erra pode ser o animal que mente, se a verdade for relativizada. Se Deus não for a base da verdadeira ordem social, então esta liberdade será servida com fins vazios, a ponto de criar a ilusão de que temos o direito natural de sermos tolos, o que é uma grande ofensa a Deus.

2.3.3) A liberdade precisa ser defendida a fio de espada, pois decorre da verdade. E a reserva é o melhor meio de defender esse tesouro, pois não devemos lançar pérolas aos porcos. É por essa razão que a catacumba é também um quartel, um ponto de partida para se conquistar a superfície e daí a pátria definitiva, que se dá no Céu.

2.3.4) Tal como Jesus, devemos descer à mansão dos mortos e subir aos Céus tendo por base a prudência e a reserva, a ponto de provar o sabor das coisas de modo a conservar o que é conveniente e sensato. Dessa forma melhor contemplaremos a dor de Cristo, uma vez que o amor à verdade, a mãe da sabedoria, nasce da contemplação.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 15 de julho de 2019.

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