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quinta-feira, 30 de junho de 2016

Comentários sobre uma passagem constante nos Atos dos Apóstolos

Estes homens perturbam a nossa cidade. São judeus, e propagam costumes que não nos é lícito acolher nem praticar, pois somos romanos.

Atos dos Apóstolos 16, 20-21

1) Ser romano implica ser prático - isso implica buscar soluções simples, fundadas naquilo que é verdadeiro, fundado na conformidade com o Todo que vem de Deus.

2) Ser conforme o Todo que vem de Deus implica mais do que obedecer ao bispo de Roma, que é sucessor de São Pedro, o primeiro Papa - implica necessariamente abraçar o espírito dos romanos, pois conhecimento prático implica empiria - e saber empírico implica saber as coisas que decorrem da verdade, coisa essa que se dá na carne. O homem sabe porque prova as coisas - e o saber empírico é saber vivido, provado na vivência e na convivência, o que edifica ordem pública.

3) Quando se rejeita a autoridade da Igreja, o conservantismo leva um cristianismo mais judaizante, próprio dos farisaicos. Um "cristianismo" hipócrita - e isso não é cristianismo, pois não decorre da dor de Cristo - logo, isso não merece ser conservado, pois não é sincero.

4) Como os judeus rejeitaram Cristo, então devemos rejeitar esses aspectos judaizantes do protestantismo, pois não são romanos - afinal, o que há por trás dele é conservantismo, mentalidade revolucionária.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 30 de junho de 2016 (data da postagem original).

Notas sobre a necessidade uma nova geopolítica como requisito para se pensar uma teoria do Estado dentro daquilo que foi estabelecido em Ourique

1) Tomar o Brasil como se fosse um lar, tendo por fundamento a missão que herdamos do Cristo Crucificado de Ourique, pede que o Brasil seja pensado como se fosse um problema permanente.

2) Todo pensamento político aplicado a um mesmo território que deve ser tomado como se fosse um lar em Cristo, e não como se fosse religião de Estado de uma República Utópica, passa necessária por estágios espirituais - e esses estágios espirituais pede uma solução política prática, fundada no fato de que o Estado deve ser organizado de modo a que a fraternidade universal seja uma realidade entre nós, já que nossa terra, tal como edificada em Ourique, é um microscosmos que serve a algo maior, coisa que decorre de Deus.

3) Os problemas de nossa pátria são problemas essencialmente espirituais - e esses problemas são sistemáticos, corriqueiros, a ponto de romper com a unidade do país.

4) Se há uma teoria do Estado fundada em Ourique, então ela deve começar resolvendo os problemas de ordem local (pois Portugal Brasil devem ser pensados como problemas inicialmente separados) e só depois é que pensaremos os problemas de ordem global, coisas que são próprias do mundo português, quando está em seu verdadeiro papel, que é o de servir a Cristo em terras distantes.

5) As teorias geopolíticas dos militares, fundadas no positivismo e no realismo maquiavélico, não resolverão os problemas da pátria, pois servem mais à divisão e à apatria do que a unidade, no sentido ontológico do termo. Uma nova geopolítica deve ser pensada - e essa geopolítica levará ao estudo de toda uma teoria do Estado que comporte a solução desses problemas. E essa geopolítica pede que os problemas espirituais da nação sejam resolvidos de modo a que os problemas materiais sejam igualmente resolvidos - mais ou menos um microcosmos daquilo que se estabeleceu durante o pontificado de São João Paulo II.

Notas sobre a crise da unidade brasileira

1) A mentalidade revolucionária começou quando o Brasil renunciou à cosmovisão ouriqueana e passou a adotar uma visão de mundo indianista e quinhentista.

2) Some-se a isso o fato de que os imigrantes italianos e alemães introduziram idéias de vanguarda revolucionária no Brasil. Italianos introduziram o socialismo de nação - e os alemães, muitos dos quais protestantes, o socialismo de raça. Como o Sul é marcado por essa colonização de homens já cultivados numa época já descristianizada, somado ao fato de que a monarquia foi derrubada há 127 anos, então debelar esse revolta sistemática contra a razão se tornou um problema muito sério. No lugar da cosmovisão verdadeira, há duas cosmovisões erradas, uma endêmica e outra importada, que estão se digladiando.

3) É uma sucessão de erros acumulados que pede toda uma tradição de pessoas de modo a solucioná-lo. Gente que conhece os problemas do lugar desde que se tornou polo de imigração européia desde o século passado.

Comentários:

Vito Pascaretta: Além do problema ítalo-germânico, há a questão gaúcha, que culturalmente é superior e tomou conta dos 3 estados do sul, a região agrícola do centro-oeste, de Rondônia e algumas áreas do sul do Maranhão, Piauí, e onde houver soja sendo plantada eles se instalam.

José Octavio Dettmann: Na verdade, o problema ítalo-germânico é quem criou essa cultura. Eis a cosmovisão importada, tão errada quanto aquela que decorreu do desmembramento do Reino Unido em Império do Brasil e Reino de Portugal, da qual o subproduto é o indianismo, que inventou a falsa tradição do quinhentismo.

Vito Pascaretta: Precisamos organizar isso cronologicamente, de modo a destacar o que veio importado via intelectuais da Europa pré e pós-república, o que veio com os colonos, o que veio da cultura dos Pampas, assim como que decorre da influência da nossa independência (1822) e o que decorre da independência da  República Argentina (1816). O caminho é longo.

Rio de Janeiro, 30 de junho de 2016 (data da postagem original).

Notas sobre ideal republicano e cristianismo


1) No Império Romano, o ideal republicano se funda no fato de que nenhum homem terá poder sobre outro homem.

2) Esse ideal republicano só pode ser estabelecido dentro da conformidade com o Todo que vem de Deus e não no materialismo utilitarista dos pagãos. Se nos amarmos uns aos outros tal como Jesus nos amou, então seremos escravos uns dos outros, tendo por base a conformidade com o Todo que vem de Deus. Se o amor é o mandamento de todas as coisas, então isso se funda na verdade, coisa que estabelece a liberdade. Por isso que não há santa liberdade sem caridade, sem santa escravidão - e como essa liberalidade, essa magnificência, foi tornada ordem por força de autoridade de Deus, que se fez homem e esteve entre nós, então isso é liberalismo, no sentido verdadeiro do termo. E esse liberalismo se mantém vivo porque conservá-lo é conveniente e sensato - e se funda na dor de Cristo, pois Ele deu sua vida para nos salvar do pecado.

3) Para que isso se materializasse de forma prática - já que política, quando organizada, promove a caridade -, Deus escolheu um homem honrado de modo a que servisse de exemplo para todo o povo. E esse homem exemplar, que imita sistematicamente a Cristo, é o servo dos servos ao ser o senhor dos senhores de sua pátria. Por isso, ele é o primeiro cidadão, o príncipe. E a função do príncipe é moderar a política, de modo a proteger o povo dos maus governantes.

4) Quando um mesmo povo habita outras localidades, localidades essas onde os moradores das cidades recém-fundadas mantêm vínculos familiares e comerciais com os habitantes de cidades mais antigas, então nós temos um reino. Por natureza lógica, reinos são territórios pequenos, equivalentes ao tamanho dos Estados da nossa federação - por conta disso, o Rei precisa estar sempre viajando.

5) Quando povos diferentes se juntam de modo a servir a Cristo em terras distantes, nós temos um Império, que é mais do que um Reino, pois precisa de toda uma estrutura burocrática funcionando, já que viajar por todas as terras do Império é impossível - eis o fundamento do governo de representação. Além disso, entre povos diferentes não há esses laços dinásticos, familiares, por conta da miscigenação - e a unidade entre esses povos se dá por conta do fato de que Cristo é o verdadeiro Senhor dessas terras - e por conta disso, Ele escolheu D. Afonso Henriques e seus sucessores como cabeças do Império, pois Cristo também quis um Império para si, já que combater a heresia islâmica pede exércitos dedicados ao manejo da espada e exércitos de colonos dedicados ao manejo do arado, além de um exército de sacerdotes prontos a manter esses guerreiros lutando e a manter os servos trabalhando, pois a vida dura do feudo pode perder o sentido, sem Cristo. Como são laços novos, transcendentes, isso leva necessariamente a uma verdadeira ordem global, coisa que se estende por toda a Terra. E isso vai muito além da natureza de um reino.

6) Como as relações no Império são mais complexas do que na República, manter o ideal republicano vivo só pode ser possível somente sob Cristo e tendo o Imperador como o modelo daquilo que é conforme o Todo que vem de Deus. Por isso, é crucial para o Império do Brasil que os imperadores sejam católicos devotos, pois o apostolado do exemplo é a marca do que foi edificado em Ourique.

Notas sobre racismo e sobre como se deve resolvê-lo

1) O contexto do racismo está intimamente ligado a uma sociedade cada vez mais descristianizada.

2) O começo da descristianização começa a partir do momento em que a autoridade da Igreja é atacada sistematicamente. Onde não houver uma autoridade sagrada exercendo o sagrado magistério, ali não haverá repressão às heresias, a tudo aquilo que é conservado conveniente e dissociado da verdade.

3) Um dos exemplos disso é a liberdade de se interpretar a Bíblia de maneira particular, tal como foi estabelecida por Calvino. É através do livre exame da Bíblia que surge a cultura de eleitos e condenados, sintoma da não-crença da fraternidade universal, coisa que vem de Deus. Se juntarmos isso com o ambiente higienista, materialista e cientificista dos tempos modernos, a heresia calvinista se estende à noção de raças, a ponto de dizerem que Deus elegeu os brancos e condenou os não-brancos. Eis a doutrina do destino manifesto, coisa que edificou a pseudocivilização americana.

4.1) O racismo nada mais é do que dizer que certas raças são eleitas em detrimento das outras - e essa salvação se dá pela riqueza. E isso é um prato cheio para a luta de classes.

4.2) Há quem me pergunta: como se combater essa falsa cultura, pondo no lugar dela uma cultura verdadeira, própria da conformidade com o Todo que vem de Deus?

5.1) Um dos segredos já foi apontado pelo Papa Leão XIII. A luta de classes se combate com concórdia entre as classes, tal qual está na Rerum Novarum - da mesma forma, a luta entre raças, pois o racismo é uma luta de classes usando o conceito de "raça",  pois devemos trocar o conflito pela concórdia entre as raças, através do fato de amarmos uns aos outros tal como Cristo nos amou.

5.2) Se a guilda era uma associação de pessoas de uma mesma classe fundada no fato de que os companheiros amam-se uns aos outros tal como Deus nos amou, a ponto de termos o pão nosso de cada dia, então a guilda, nos mesmos moldes da época medieval, seria um microcosmos das nações unidas sob Cristo - e nela não haveria essa hipocrisia tal como vemos na Assembléia das Nações Unidas (antigamente chamada de Liga das Nações).

5.3) Como o local é um microcosmos do global, então o combate aos problemas do modernismo passa necessariamente pelo restabelecimento daquilo que é próprio da conformidade com o Todo que vem de Deus. E a fé verdadeira, quando praticada sistematicamente de maneira sincera, leva a uma cultura sincera, pois a verdade é o fundamento da liberdade.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 30 de junho de 2016 (data da postagem original)

Resumo histórico-bíblico acerca do que defendi até agora

1) Quando alguém começa a conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, a ponto de se afastar da amizade com Deus, então nós dizemos que esta criatura pecou. Quando criaturas pelo mundo afora pecam sistematicamente neste sentido, então elas estão edificando uma verdadeira Torre de Babel, a ponto de quererem ser o que não são: Deus. Eis a gênese da ordem revolucionária fundada num comportamento revolucionário - como o comportamento revolucionário sistemático é fruto de uma intenção maligna, posto que é deliberadamente planejado, então isso permite explicar a mentalidade revolucionária desde a origem do mundo, tal como está nas Sagradas Escrituras.

2) Como só Deus é capaz de converter algo ruim em algo bom, então Ele precisou estabelecer toda uma estrada a ponto de que as pessoas fiéis àquilo que é conforme o Todo que vem de Deus, uma minoria dentro desta circunstância a ser enfrentada, pudessem passar, a ponto de verem o Messias proclamar a verdade, que é aquilo que o é em pessoa e que veio para nos salvar desse pecado. E para isso, através da carne, Ele precisou pregar um apostolado da verdade, cuja lei se dá na carne.

3) É através desse apostolado - que implica a presença de alguém diante da realidade da Criação, própria da conformidade com o Todo que vem de Deus - que temos a liberdade. E como essa liberdade é nobre, sublime, então a liberalidade leva à caridade. Como a caridade decorre da bondade, e isso é atribuído ao Espírito Santo, então é liberalismo, pois foi proclamado publicamente por alguém investido nisso, já que Jesus é Deus que se fez homem e o fez de forma pública entre nós, em comunidade. Durante todo o seu apostolado, o Deus que se fez carne teve o Espírito Santo como o seu guia, até o momento em que Ele foi pregado numa cruz, descer à mansão do mortos e ressuscitar no terceiro dia - como Ele estará conosco até o fim dos tempos, já que Ele venceu a morte, então o Santo Espírito de Deus nos guiará - e isso é um ato de distributivismo, pois é bondade sistemática.

domingo, 26 de junho de 2016

Notas sobre a definição de inteligência

1) Inteligente é aquele que apreende as coisas da realidade - uma vez conhecidas as coisas que devem ser conhecidas, ele passa a observá-las, uma vez que isso leva à conformidade com o Todo que vem de Deus. E a melhor forma de aprender a amar a realidade é conservando o que é conveniente e sensato - e deve fazer isso sistematicamente até aprender a conservar a dor de Cristo, cujo memorial, a nossa Páscoa, edifica a verdadeira liberdade.

2) Aquele que observa enquanto estuda as coisas da realidade, mas só conserva o que é conveniente e dissociado da verdade, ele não pode ser tomado como uma pessoa inteligente. É uma pessoa extremamente malévola, revolucionária, pois, por conta da sabedoria humana dissociada da divina, agride com o seu intelecto todas as coisas que decorrem da conformidade com o Todo que vem de Deus, a ponto de estabelecer uma falsa ordem, a qual escolheu por arbítrio ser verdadeira, mas que para Deus é sabidamente falsa.

sábado, 25 de junho de 2016

Notas sobre o amor

1) Amor pressupõe conhecer aquilo que é conhecido e observá-lo. Do conhecimento da verdade vem o amor - e isso é sólido como uma rocha. Se liberdade é o ar, então o amor livre faz o que é sólido se desmanchar no ar. E o sólido, para chegar ao gasoso, terá de passar por uma transição: o liquido, que tem a propriedade de assumir a forma do sólido. Eis a modernidade líqüida gerando um amor líqüido, fundado naquilo que é conveniente e dissociado da verdade.

2) Liberdade voltada para o nada é libertarismo - e conservar isso conveniente e dissociado da verdade é estar longe da memória da dor de Cristo, daquilo que é conforme o Todo que vem de Deus.

Estrutura das palavras em polonês

przez - diapostivo

diapositvo - uma imagem fotográfica colorida, transparente

roczy - olhos

Os olhos que se fazem o trabalho de olhar para algo colorido e transparente vêem tudo => przezroczyste

A verdadeira ordem é frágil e para ser mantida pede a eterna e santa vigilância

status quo - a situação vigente

rozbite szkło - vidro quebrado

1) Quando a situação vigente é conforme o Todo que vem de Deus, conservá-la é um dever de sensatez, pois ela edifica liberdade verdadeira, fundada no amor ao próximo, tal como Cristo nos amou. E isso é tão pedagógico que o progresso dessa liberdade se faz conservando sistematicamente a memória da dor de Cristo, pois é a nossa verdadeira Páscoa.

2) Mas isso é frágil como vidro - os revolucionários sabem disso e farão de tudo para quebrá-lo, de modo a estabelecer uma nova ordem fundada naquilo que é conveniente e dissociado da verdade.

3) Tal como Mises falou, as galinhas assadas voam direto para a boca dos camaradas. Com a vidraça quebrada, certamente farão rosbife das vacas sagradas, dessacralizando tudo aquilo que decorre da conformidade com o todo que vem de Deus. E isso o MST já está fazendo há bastante tempo.

sexta-feira, 24 de junho de 2016

O sonho da Paz Perpétua está se esfacelando

O sonho de uma Europa unida sob a bandeira do Iluminismo começa a se mostrar o fracasso que por natureza é. Foi o cristianismo que fundou a Europa e ela só pode existir unida como Cristandade. Mas esse ultranacionalismo que começar a reaparecer no Velho Mundo é tão criminoso quanto o internacionalismo iluminado. Ele também não será capaz de deter a islamização do Continente. Só a fidelidade a Cristo e sua Igreja podem dar esperança à decadente Europa.

Notas sobre a grande guerra que está a se desenhar

A grande guerra ideológica do Século XXI no Ocidente é entre nacionalistas e internacionalistas. De um lado estão aqueles que querem preservar a cultura, os costumes e as tradições de seus povos e de outro os que trabalham pela anulação das identidades nacionais em busca de um governo mundial totalitário em que burocratas escolhidos a dedo por empresários metacapitalistas (Rockefeller, Rockshield) mandam mais do que reis, presidentes e primeiros ministros, tendo o poder para subjugar nações inteiras no caso destas descumprirem com os planos traçados pela Nova Ordem Mundial.

Neste ano de 2016 bons ventos sopram em direção ao nacionalismo. Estamos vendo o esfacelamento do Foro de São Paulo com a queda do lulismo no Brasil e os problemas passados pelo chavismo na Venezuela, o Reino Unido saindo do monstrengo totalitário da União Europeia e o Donald Trump com chances de ser eleito presidente nos Estados Unidos, como o primeiro presidente em três décadas que se opõe a essas elites globalistas e apresenta uma alternativa real.

No caso do Reino Unido, o que podemos esperar é que esta saída gere um efeito dominó, encorajando outros movimentos separatistas no Continente e um retorno as tradições e aos símbolos nacionais.


Resultado do plebiscito britânico leva a uma onda de novos plebiscitos em outros países-membros da União-Européia: http://adf.ly/1bXe73

França e Holanda pedem referendo, acenando a possibilidade de saída da União Européia, a exemplo do Reino Unido: http://adf.ly/1bXifn

Das implicações legais e constitucionais da saída do Reino Unido da União Européia

Cerca de metade do país está sofrendo esta manhã com a notícia de que o povo do Reino Unido votou - por uma maioria estreita, mas clara - a sair da União Europeia. Há muito a ser dito sobre o que pode acontecer a seguir, e eu espero para postar regularmente, como se desenrolam os acontecimentos sobre os aspectos legais e constitucionais da saga Brexit. (E será uma saga.) Mas, por agora, vou limitar-me a cinco pensamentos breves.

Primeiro, os mercados podem estar em queda livre, mas o Reino Unido continua a ser um membro da UE esta manhã. É, portanto, ainda vinculado pelos tratados da União Europeia e do European Communities O Ato 1972 continua em vigor. Isto significa que, por uma questão de direito internacional, o Reino Unido como um Estado continua a ser sujeita a suas obrigações nos termos dos Tratados da UE, e que, sob a égide do Ato 1972, a lei da UE continua a ser aplicável no Reino Unido e tem prioridade sobre a lei britânica. Legalmente e constitucionalmente, nada mudou ainda. A liberdade de circulação continua a ser um direito legal de cidadãos do Reino Unido como cidadãos da UE. (Desfrutemo-la, enquanto dura.) Nada vai mudar até que o Reino Unido se exima de suas obrigações nos termos dos Tratados da UE ou se recuse a cumprir essas obrigações, por alterar ou revogar a Lei das Comunidades Europeias.

Em segundo lugar, na medida em que a posição no direito internacional está em causa, existem duas maneiras em que o Reino Unido poderia extrair-se das suas obrigações nos termos dos Tratados da UE. Uma possibilidade é a alteração do Tratado nos termos do artigo 48 do Tratado da União Europeia. No entanto, como o meu colega Professor Kenneth Armstrong apontou, isso exigiria o acordo unânime dos Estados-Membros e envolveria evasão do mecanismo específico contido no artigo 50, para a saída da UE. Artigo 50, portanto, é de longe o veículo mais provável para Brexit. Sob ela: ". Qualquer Estado-Membro pode decidir retirar-se da União, em conformidade com as respectivas normas constitucionais" Uma vez que o Estado-Membro notifica ao Conselho Europeu da sua intenção de sair, o relógio começa a funcionar e - salvo duas exceções - tratados deixam de ser aplicáveis ao Estado-Membro que deseja sua saída depois de dois anos. A primeira exceção é que a regra de dois anos não se aplica se o Estado a sair chegar a acordo sobre os termos da partida antes do termo do período de dois anos. A segunda exceção é que o Conselho Europeu - com o acordo do Estado partida - pode concordar em estender o período de negociação por mais de dois anos.

Em terceiro lugar, a probabilidade, portanto, é que Brexit será realizado nos termos do artigo 50. Isso significa que - a menos que as questões sejam enroladas antes de comum acordo - o Reino Unido continuará a ser um Estado-Membro da UE durante pelo menos dois anos a partir da data em que anúncio da intenção do Reino Unido de sair é servido ao Conselho Europeu. E que dá origem à questão de saber se - e, em caso afirmativo, quando - aviso deve ser servido. Por uma questão de direito, uma notificação não tem que ser servido - nunca - não porque o resultado do referendo é juridicamente vinculativo. A legislação que previa um referendo a realizar disse nada sobre o efeito do resultado do referendo, e o resultado não coloca o Governo sob qualquer obrigação legal de garantir Brexit - quer mediante pré-aviso sobre o Conselho Europeu nos termos do artigo 50 ou então. No entanto, dizer que o Governo não está legalmente obrigado a desencadear Brexit é uma coisa. A realidade política é algo totalmente diferente. Seria, evidentemente, ser surpreendentemente político difícil para o governo ignorar o resultado do referendo, e não há, com efeito, uma obrigação política insuperável para disparar o artigo 50.

Isso não significa, contudo, que o Governo do Reino Unido devem - ou deveriam - sirva imediatamente aviso nos termos do artigo 50. Dado que não é obrigado por lei no Reino Unido ou pela legislação da UE para dar o aviso prévio, que pode, se o desejar, esperar o seu tempo - em ordem, se nada mais, para fazer um balanço e descobrir quem, e com base em que a estratégia, as negociações serão conduzidas. Sabemos agora que o atual primeiro-ministro não estará conduzindo essas negociações, e que ele vai se afastar assim que um novo líder conservador está no lugar. Mas isso levanta a questão adicional se um novo primeiro-ministro julga que seria necessário buscar a realização de uma eleição geral, a fim de estabelecer um mandato. Isso, por sua vez, implica a prazo fixo o Ato Parlamentar de 2011, que eu considerarei em um post separado.

Em quarto lugar, a questão de saber se o Governo do Reino Unido - se na sua atual ou alguma configuração revista - pode ficar impaciente sobre Brexit como buscar para apressar suas consequências práticas, alterando ou revogando a Lei das Comunidades Europeias de 1972. A lei pode, por exemplo, ser alterada de forma unilateral para se qualificar ou remover o princípio de que a legislação da UE tem prioridade sobre a lei do Reino Unido, para bloquear novas leis da UE de entrar em vigor no Reino Unido, ou para ajustar ou deslocar a jurisdição do Tribunal de Justiça da União Europeia no que diz respeito do Reino Unido. Tais medidas, no entanto, são altamente desaconselháveis, porque correria o risco de caos jurídico, colocando os regimes legais britânico e da UE em rota de colisão com o outro antes do Reino Unido hoje desprendido, como uma questão de direito internacional, a partir da ordem jurídica da UE. Não é do interesse de ninguém - incluindo Grã-Bretanha - que o Reino Unido deva jogar rápido e solta com suas obrigações internacionais; em um momento de instabilidade imensurável, uma saída ordenada é o imperativo.

Isso não quer dizer que a Lei das Comunidades Europeias não possa, em algum momento, ser revogada: certamente, poderá sê-lo. Mas duas coisas devem acontecer antes que a Lei seja excisada do livro de estatutos. Em primeiro lugar, o Reino Unido deve conciliar as posições legais nacionais e internacionais, garantindo que as suas obrigações internacionais para a aplicação da legislação da UE sejam extintas antes do aparato legal naciona,l para dar efeito a essas obrigações. E, em segundo lugar, o desmantelamento desse aparelho - que será nada fácil - deve ser feito de uma forma ordenada. Na verdade, não é exagero dizer que o processo de desembaraçar a UE e o direito interno será um esforço hercúleo, que ocupará legisladores para uma quantidade considerável de tempo, e terá de ser feita com cuidado e ponderação.

Em quinto lugar, por fim (e mais importante), a questão de saber se Brexit representa uma ameaça existencial para o próprio Reino Unido. A resposta deve ser que, pelo menos, ele representa um risco. No início desta manhã, o Primeiro Ministro da Escócia - referindo-se à postura pró-UE adotada pelos eleitores escoceses no referendo - disse que "o voto deixa claro que o povo da Escócia ver o seu futuro como parte da União Europeia". Se é assim, então a implicação é que o povo da Escócia não se vêem como parte de um Reino Unido que tomou o que parece ser uma decisão irrevogável para remover-se da UE. Nem é preciso salientar, portanto, que a probabilidade de um segundo referendo sobre a independência escocesa deve ser marcadamente maior hoje do que era há 24 horas.

A verdade brutal é que, se o povo escocês - ou o povo da Irlanda do Norte - deseja fazer parte da UE, então eles devem deixar o Reino Unido. Com um pouco de esforço, diante da flexível constituição britânica, a dura realidade é que o Reino Unido, e apenas o Reino Unido, é um Estado de direito internacional - o que significa que suas nações constituintes não podem ser Estados-Membros da UE, a menos eles primeiro adquirir status quo para sair do Reino Unido. É muito cedo para se estabelecer um panorama, e os eventos vão se desenvolver rapidamente - e de forma imprevisível. O desmembramento do Reino Unido, assim como de saída formal da Reino Unido da UE, não vai acontecer hoje ou amanhã. Mas, assim como o último é agora uma certeza, o primeiro deve agora ser uma possibilidade distinta, se não uma probabilidade. Por essa razão, se não houver nenhum outra, as implicações legais e constitucionais do voto Brexit não podem ser facilmente exageradas.

Tradução de Cristiane Castro (https://www.facebook.com/cristiane.castro.35/posts/1005471722900010)

Fonte: http://adf.ly/1bXayt

Esferas local, estadual, federal e global pensada em círculos concêntricos

1) A cidade é uma federação de bairros, de localidades.

2) O Estado é uma federação de municípios.

3) A União é uma federação de Estados.

4) A cristandade é uma federação de nações cristãs. E é isso que constitui o verdadeiro direito internacional.

5.1) Para se pensar o verdadeiro direito, você precisa pensar dentro do princípio da subsidiaridade.

5.2) Aquilo que está fundado no âmbito local, o cabe ao município resolver a questão.

5.3) Aquilo que decorre do conflito de interesses entre os municípios, o Estado deve resolver.

5.4) Aquilo que decorre do conflito de interesses entre os Estados, cabe a União resolver.

5.5) Aquilo que decorre do conflito de interesses entre os interesses nacionais, representados pela União, e os das nações estrangeiras, nós temos o Papa, o vigário de Cristo, para dirimir os conflitos.

6) Só através da Cristandade é que temos os verdadeiros fundamentos de Direito Internacional, de modo a que um povo A e B possam dialogar e serem tomados como se fosse um só país como se fosse um lar, pois ambas vêem Cristo como um cidadão em comum de seus países - e é por verem esta pessoa ilustre como um cidadão em comum que há o verdadeiro fundamento para o direito comunitário, pois se isso favorece a evangelização cristã, então isso favorece a todos, por liberalidade, distributivismo.

Notas sobre o fracasso do culturalismo enquanto método geométrico

1) Culturalismo implica dizer que a cultura passou a ser o único caminho para se explicar todas as coisas. É um ramo do materialismo: se antes a explicação de todas as coisas se reduzia à economia e isso se encerrou num grande fracasso, então também será um fracasso explicar fazer da cultura tábula rasa para se explicar todas as coisas.

2) O culturalismo implica em fazer da cultura método geométrico, o pretenso único caminho que explica tudo. Principalmente cultura fundada no fato de se buscar conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, o que edifica liberdade para o nada, coisa que prepara o caminho para a mentalidade revolucionária.

3) Dito dessa forma, é a variante de algo sabidamente errado.

Se a vida é feita de escolhas, então conservar-se no erro define o caráter de um conservantista

1) Quando um ser está diante de uma estrada que está a se bifurcar, a escolha diante das opções disponíveis é uma projeção da personalidade, da maneira como este ser lida com as circunstâncias.

2) Quando a escolha é errada, o dever de sensatez manda que esta volte todo o caminho até a bifurcação e escolha o caminho que sobrou, que era o correto. Quando o erro é percebido, é perfeitamente natural renunciar ao caminho em curso de modo a andar em caminhos mais seguros, mais retos, menos sinuosos.

3) Não renunciar ao erro - de modo a conservar-se no erro, por ser mais conveniente do que o caminho da verdade - é conservantismo. Isso diz muito sobre o caráter de quem assim escolhe: uma pessoa que é essencialmente má, que não tem amor pela verdade, visto que por vaidade se recusa a percorrer a estrada de Jesus.

A vida de Cristo é um fato - e ela maior que todas as teorias de conhecimento

1) Se Deus é movimento, então a verdade vem de modo a constituir-se num ser. E a maior prova disso é que a salvação dos homens veio na forma de um menino, frágil e pequenino, de modo a pudéssemos amá-Lo.

2) Da mesma forma, conhecer a verdade necessita de um parto da alma, uma vez que Cristo é a personificação da maiêutica por excelência. Por isso, o Deus que há em nós precisa ser gerado e formado, de modo a que sirvamos aos nossos semelhantes na bondade, na conformidade com o Todo que vem de Deus. À medida que refletimos sobre as coisas - sobre o nascimento, sobre o crescimento, a formação do Deus-menino em Deus-homem, seus ensinamentos, seus sofrimentos, crucificação, morte e ressurreição - nós temos todo um caminho até chegar à verdade. Eis o método científico, pois os fatos estão muito acima do que pode ser descrito.

3) Da vida de Cristo temos um caminho objetivo de conhecimento - ele é mais do que uma teoria; ele é um fato que confirma tudo aquilo que se funda na conformidade com o Todo que vem de Deus. E é por meio desse caminho que chegamos à verdade, pois é o meio seguro para se investigar as coisas de modo a vermos a estrada por onde Jesus passou. Eis o método científico. Não existe outro caminho!

Sobre o dever de ser culto

1) Tal como Cristo disse, de verdade em verdade eu vos digo: eu não tenho direito à educação, mas, sim, o dever de ser culto. Eu tenho o dever de me cultivar na verdade, na conformidade com o Todo que vem de Deus - só assim eu não serei enganado por aqueles que conservam o que é conveniente e dissociado da verdade, coisa que vem de uma minoria que está se apoderando do Estado de modo a que este atue contra-majoritariamente, de tal modo a relativizar àquilo que se edificou na verdade.

2) Para eu me cultivar na verdade, eu devo me autoeducar. E quando fizer isso, eu devo educar o meu filho, de modo a que ele não tenha que passar por um processo doloroso de emenda quando adulto. Pois é verdade conhecida de que devemos educar os meninos de modo a que não haja a necessidade de punir sistematicamente os homens, por meio de medidas salvacionistas, draconianas. Se isso é verdade, então isso deve ser obedecido, pois a prevenção é mais benigna do que a eventual política de salvação. Tudo o que devo fazer é ser sensato e pregar o evangelho da sensatez a toda criatura que esteja ignorando as coisas de boa-fé.

Notas sobre o direito à cultura num contexto de mentalidade revolucionária

1) Direito à cultura implica direito de fazer da necessidade liberdade. Numa ordem onde a liberdade é voltada para o nada, isso implica dizer que alguém tem o direito de ser revolucionário e de ser contra o Deus verdadeiro que fundou esta terra. Ou seja, edificou-se o direito de ser apátrida.

2) Eis a perversão do Direito. Agora anarquia virou ordem - a nova ordem, a partir do momento em que a mentira começou a ser tomada como se fosse verdade, quando passou a ser dita e repetida sistematicamente, através de propaganda.

Notas sobre a relação entre a cultura e a verdade

1) Há quem diga que o fundamento da cultura é fazer da necessidade liberdade.

2) Se cada um tem a verdade que quiser, então isso edificará liberdade para o nada, pois a pessoa estará presa a um espírito revolucionário e e ela terá uma necessidade constante de fazer barulho, ruído, coisa que destrói a civilização. Logo, isso não é cultura, mas contracultura, de modo a destruir aquilo que se funda na verdade, na conformidade com o todo que vem de Deus.

3) Fazer da necessidade liberdade requer temperança, dentro do exercício de sua arte - e isso implica vida reta, fé reta e consciência reta. Uma boa cultura só edifica dentro daquilo que é verdadeiro, fundado na conformidade com o Todo que vem de Deus. Fora isso, aponta para o feio, para o grotesco, servindo liberdade para o nada.

Notas sobre o perigo de seguir modismos intelectuais

1) Mancini desenvolveu sua doutrina da nacionalidade tomando por base idéias geralmente aceitas de seu tempo - eis o que aponta o prefácio introdutório às palestras de Mancini, lançadas em 2003.

2) Idéias geralmente aceitas, fundadas em sabedoria humana dissociada da divina, não são idéias verdadeiras, fundadas na conformidade com o Todo que vem de Deus. As idéias geralmente aceitas são assim aceitas porque não se tem por hábito fazer exame de consciência, de modo a ver se o que foi dito é verdadeiro, conforme o Todo que vem de Deus, ou não. Numa sociedade descristianizada, o modismo é a demonstração mais clara de que esse exame de consciência não está sendo feito sistematicamente, o que se torna um pecado social.

3) Exemplo disso é tomar o país como se fosse uma (segunda) religião. Se tudo está no Estado e nada pode estar fora dele, ele certamente esmagará a religião verdadeira - e aí vira comunismo.

4) O mesmo prefácio apontou que Mancini era homem de esquerda e que sua doutrina foi condenada pela Igreja Católica. Não é à toa que adotar idéias geralmente aceitas, preconcebidas, sem o exame se elas estão em conformidade com o Todo que vem de Deus é ser pseudocientífico.

Notas sobre apropriação cultural

1) Se cultura se faz através de apropriações culturais, tal como meu amigo Helleno De Carvalho disse, então está mais do que na hora de parar de fazer apropriações culturais sobre coisas destituídas de sentido, como o Carnaval, Tiradentes, o 15 de novembro e Zumbi dos Palmares. Isso sem contar Sertanejo Universitário, Funk, Pagode e o diabo a quatro.

2) Se formos mais longe, devemos parar de nos apropriarmos culturalmente de um regime que não edifica nada de bom: a república. Afinal, o regime político não passa de apropriação cultural de coisas que mais se fundam em modismos de época do que nas reais soluções que implicam tomar o país como se fosse um lar em Cristo.

Notas sobre o problema da mente libertária

1) Quando a pessoa fica libertária, ela fica tentando desesperadamente buscar uma panacéia, pois acha que o Estado é o problema para tudo.

2) Dizer o direito é função de Estado, que se funda na soberania.

3) Se soberania é servir ordem, o fundamento está em Deus, que deu a um determinado povo uma determinada missão civilizacional - e este é o sentido de se tomar o país como um lar.

4) E para se tomar o país como um lar, isso implica servir ordem - é preciso fazer leis e aplicar as leis aos casos concretos, além de gerir o bem comum. Mas essas leis, para serem justas, elas precisam estar em conformidade com o todo estabelecido por Deus. Por isso que a aliança entre o altar e o trono é essencial.

5) Quando não se tem Deus por referência, a sabedoria humana dissociada da divina tende a concentrar poderes em poucas mãos. E um indício desse totalitarismo está no monopólio, seja ele dado pela lei, ou conseguido através de acordos, como os trustes e os cartéis.

6) A oligarquia sempre dá causa ao totalitarismo. e o totalitarismo é nação tomada como religião de Estado. Tudo que está fora do Estado não existe, dado que não existe verdade, uma vez que Deus morreu.

7) Não é à toa que os libertários caem nos mesmos cacoetes mentais dos esquerdistas. E é por isso que os deleto, pois eles têm problemas sérios para enxergar a verdade.

quinta-feira, 23 de junho de 2016

União Européia e o Brasil Republicano

1) O lábaro da bandeira da União Européia é estrelado.

2) Como essa ordem é fundada no fato de se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, então isso é uma porta aberta para os bárbaros, para os radicais islâmicos.

3) Enfim, tudo o que se funda nessa pretensa ordem e nesse pretenso progresso fundado em sabedoria humana dissociado da divina só leva ao caos e ao retrocesso. Afinal, o que é o Brasil senão uma colônia da Europa moderna, descristianizada e edificada nos falsos valores pretensamente chamados de "liberdade, igualdade, fraternidade"?

Idiossincrasia não é idiotia

1) Quem conserva a dor de Cristo é idiossincrático; quem conserva o que é conveniente e dissociado da verdade é idiota.

2) Até porque na peculiaridade há a vocação - e ela, se distribuída, é um caminho para a universalidade, pois diversos são os dons, mas um só é o Espírito que guia a todos na conformidade com o Todo que vem de Deus.

O processo de tomar o país como se fosse um lar é marcado por idiossincrasias - e isso é conforme o Todo que vem de Deus

1) Quando se toma um país como se fosse um lar, você é obrigado, por força das circunstâncias, a lidar com todo o tipo de circunstâncias, sejam elas favoráveis ou desfavoráveis. Esse processo de se negociar com as circunstâncias, de modo a que você avance em seu trabalho e ensine aos seus semelhantes a tomarem o pais como se fosse um lar em Cristo, é idiossincrático, pois varia de indivíduo para indivíduo.

2) O que ocorre em A certamente ocorrerá em B, mas outras são as circunstâncias, assim como diferente será a maneira pela qual B negociará com as coisas, de modo a que possa progredir.

3) Esse processo de negociação das mais diferentes circunstâncias, de modo a se tirar "leite de pedra", deve se fundar na verdade, na conformidade com o Todo que vem de Deus. E é daí que se vem a diversidade verdadeira - como Deus permite o pecado, ele permite que as pessoas aprendam a tirar algo bom de algo que lhe aconteceu de ruim. Eis a sabedoria divina dando causa a verdadeira sabedoria humana, pois o que A ou B recebeu foi dado por Deus.

Notas sobre a relação entre conservantismo e idiotia

1) "idios", em grego, quer dizer peculiar ou o que lhe é próprio.

2) O fato de todos terem a verdade que quiserem faz com que se forme uma verdadeira cultura de idiotas, pois todos abraçarão sua sabedoria humana dissociada da divina, de modo a conservar o que é conveniente e dissociado da verdade.

3) Por essa razão, o conservantista é por essência um idiota, pois ele tem a chance de escolher o certo, o sensato, coisa que leva a percorrer a estrada de Jesus, o que o leva a conservar a dor de Cristo. Por orgulho e por vaidade, ele escolhe edificar algo que é fora dessa verdade. Por essa razão, o conservantista é sempre um herege.

Os palestinos são um povo diferente?

Antes de 1948, o termo "palestino" era usado para descrever os judeus e era equivalente ao termo "sionista."
 
                                                                            (...)

Martin Peretz, editor-chefe da New Republic, levantou a questão sobre se os árabes palestinos são um povo e nação distintos, e por isto ele está sendo denunciado em certos círculos. A fúria resultante criou uma cortina de fumaça sobre uma questão que merece exame em uma atmosfera de respeito e moderação. Os árabes palestinos são um povo distinto, separado dos outros árabes?

O fundador da Palestina árabe, Haj Amin al-Husseini, foi nomeado como mufti de Jerusalem e chefe do Alto Comitê Árabe pelos britânicos, durante o Mandato da Palestina, em 1921. Antes da derrota do Império Otomano na Primeira Guerra Mundial, a região, chamada de Palestina pelos britânicos, tinha sido uma parte da província otomana da Síria. Husseini era um pan-arabista que via a região como uma parte da Síria e, posteriormente, como parte da Ummah, a pátria árabe. Husseini passou os anos da Segunda Guerra Mundial em Berlim, onde, depois de se encontrar com Hitler, ele foi considerado pelos nazistas como o líder no exílio de um futuro estado árabe-nazista, a ser estabelecido no Oriente Médio depois da vitória do Terceiro Reich. Os nazistas foram detidos nos portões da Palestina pelo britânico marechal de campo Bernard Montgomery, na batalha de El Alamein, em 1942.

Antes de 1948, o termo "palestino" era usado para descrever os judeus e era equivalente ao termo "sionista." Os moradores árabes da Palestina, a maioria dos quais emigraram para lá de forma paralela à emigração judaica, e que assim fizeram a fim de aproveitar as oportunidades econômicas ampliadas que acompanhavam a imigração judaica, consideravam a si mesmos ou como parte do Estado judaico emergente ou como parte de uma estado árabe mais amplo.

Como mufti de Jerusalem, Hussein teve como papel central levantar a imagem de Jerusalém como um local de importância para o Islã. Ele levantou fundos em países árabes e islâmicos para o folheamento a ouro da Cúpula da Mesquita, conhecida hoje como a Cúpula da Rocha, alegando que havia uma conspiração dos judeus para explodi-la. Os principais locais sagrados do Islã são Meca e Medina e as poucas referências a Jerusalém e Israel no Corão na verdade exortam à criação de um estado judaico.

Em 1919, o Emir Faisal, quando líder da delegação árabe para a Conferência de Paz de Paris, reconheceu a soberania judaica na Palestina, quando assinou o Acordo Faisal-Weizmann. Em 1922, o primeiro-ministro britânico Winston Chrurchill dividiu o Mandato Britânico da Palestina ao longo do Rio Jordão em Palestina Oriental, ou Transjordânia, e Palestina Ocidental, ou Cisjordânia. A Transjordânia, que seria reconhecida pela ONU como o Reino da Jordânia, em 1947, deveria ser a Palestina exclusivamente árabe, enquanto que a Cisjordânia, ou Palestina, seria igualmente reconhecida como Israel pela ONU, em 1947.

Depois da Guerra de Independência de Israel, em 1948, até a Guerra dos Seis dias, em 1967, a região a oeste do Rio Jordão que foi ocupada pelo Reino da Jordânia era conhecida como Jordânia Ocidental e os árabes vivendo lá eram cidadãos jordanianos. Ahmad Shukari, fundador da OLP, afirmou em 1967 que "a Jordândia é a Palestina e a Palestina é a Jordânia." O membro da OLP Abu Iyad relembrou em suas memórias, "Palestino sem pátria," que ele e outros membros da OLP tinham sido aconselhados em 1973 pelos norte-vietnamitas a desenvolverem a ideia da "solução dos dois estados". Os norte-vietnamitas aconselharam Iyad a "parar de falar sobre aniquilar Israel e, ao invés disso, transformar sua guerra terrorista em uma luta por direitos humanos. Aí você vai fazer os americanos comerem na sua mão." A OLP, patrocinada pela União Soviética, continuou sua guerra contra Israel, tanto através do terrorismo quanto pela promoção do artifício diplomático que veio a ser conhecido como a "solução dos dois estados." O movimento pela soberania árabe-palestina a oeste do Rio Jordão é e nunca foi mais do que um movimento de vanguarda buscando a destruição final do Estado de Israel.

Chuck Morse - 25 de outubro de 2010.

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Notas sobre o conservantismo de Reinaldo Azevedo

1) Reinaldo Azevedo, em seu blog, falou que Bolsonaro tinha que responder por apologia ao estupro, ao responder à insolência de Maria do Rosário de uma maneira não polida. Assim é o que se depreende do que foi falado no blog.

2) Pelo que o professor Olavo de Carvalho falou, duas são as atenuantes que favorecem ao Bolsonaro:

a) Ele respondeu a uma agressão injusta da deputada;

b) Ele o fez de imediato.

3) Justamente por haver essas duas atenuantes, ele não cometeu crime algum de injúria.

4) Além disso, é próprio do modus operandi do PT mentir e ofender em nome da verdade. E diante disso, são capazes de caluniar seus oponentes, acusando-os de coisas que nunca fizeram.

5) E como é próprio dessa imprensa nefasta que colabora com o mal petista, muito mais criminoso ainda é conservar o que é conveniente e dissociado da verdade. E pelo que já falei em artigos anteriores, o conservantismo é mais grave que o comunismo porque conservar o que é conveniente e dissociado da verdade relativiza tudo o que é mais sagrado e ainda prepara o caminho para o diabólico, para o totalitário.

6) Dito dessa forma, Reinaldo Azevedo é o pior tipo de pessoa que há, pois não tem amor pela verdade. Como ele não é honesto, ele defenderá até mesmo o seu pior inimigo, de modo a que seus desafetos sejam eliminados, como o Olavo ou o Bolsonaro. O lugar dele não é no jornalismo, mas na cadeia.

7) Como o Espírito Santo não fala naquele ser, uma vez que informar é algo que decorre da bondade, então farei ouvidos moucos ao Reinaldo Azevedo. E convido a todos a fazerem o mesmo.

Os autores da decisão teratológica são a personificação do Tribunal de Exceção

1) Fux, Barroso, Weber e Fachin - esses que condenaram o Bolsonaro à pena de estar no Banco dos Réus, com o intuito de praticar o assassinato da reputação dele - devem ser destituídos de suas funções como ministros da Suprema Corte.

2) A partir de agora, quem tiver seu caso na mão de qualquer um desses ministros terá o direito de recusá-los, pois todos eles mostraram parcialidade. E juízes parciais devem ser recusados, pois eles são a personificação do tribunal de exceção, o que é fora dos termos da Constituição.

Caso Bolsonaro x Maria do Rosário

1) Recentemente, a primeira turma do STF recebeu uma ação penal promovida por uma subprocuradora da República esquerdista, tal como a Bia Kicis mencionou num vídeo dela, por 4 votos a 1. Isso torna o deputado Jair Bolsonaro réu no processo.

2) Se Bolsonaro foi para o Banco dos Réus por algo que é considerado bagatela, então o crime mesmo está prescrito, mesmo que tentem condená-lo. É evidente que o STF agiu ideologicamente e está a rasgar a constituição, pois, pela letra da Carta Magna, ele é inviolável, por ser deputado federal.

3) E mesmo que seja condenado, devemos recorrer a Corte de San José da Costa Rica, pois é clara a violação dos Direitos Humanos. Adivinha de quem é a doutrina que defende o esgotamento de todas as instâncias nacionais e supranacionais? Da Flávia Piovesan. Usemos isso contra ela.

4) Além disso, tal como o Haroldo Monteiro falou, se não há crime sem lei anterior que o defina, então não há crime sem conduta digna de ser proibida. Se o parâmetro for a conduta, então a Maria do Rosário é quem deveria ir pro Banco dos Réus por calúnia, pois não há nada que incrimine Bolsonaro.

5) Enfim, como já foi dito, há 4 seres ineptos travestidos de ministros da Suprema Corte, incapazes de extrair a inteligência da lei em relação a este caso - é evidente que faltava justa causa para este caso, o que torna esta ação penal manifestamente inepta, por faltar um de seus requisitos necessários para o prosseguimento desta ação. E todos eles foram nomeados pelo PT. Gente inepta e de má-fé - coisa que é própria desse partido asqueroso.

6) Além disso, essa subprocuradora que o denunciou deveria ser punida, pois agiu ideologicamente, algo que é fora de seus deveres funcionais.

terça-feira, 21 de junho de 2016

Da sonegação de aulas enquanto parte da ideologização do ensino

1) Na UNB, os professores petistas estão sonegando aula aos alunos que são contra a presidente Dilma.

2) Eis no que dá abraçarem a cultura do diploma: isso torna um povo todo desligado da pátria do Céu, a ponto de ser tomado como se fosse bárbaro, apátrida.

3) Assim como a escola não pode ter partido, a universidade também não pode tê-lo. Mas isso é um macrocosmos - tudo isso depende da cultura produzida por agentes independentes, que servem a seus semelhantes de modo a que o país tomado como se fosse um lar, com base na pátria do Céu.

4) Em tempos de ensino descristianizado, aquele que é cultivado na verdade, naquilo que é conforme o Todo que vem de Deus, por força de Lei Natural já recebe a licença para servir a seus semelhantes. O Diploma só tinha apenas conteúdo declaratório - e não constitutivo, tal como tempos nos tempos atuais.

5) Onde Deus não é levado em conta, o papel não tem valor algum, pois pode ser falsificado, uma vez que o papel aceita tudo, ainda mais aquilo que é fundado em sabedoria humana dissociada da divina.

Fonte: http://adf.ly/1bQ4KY

A ideologização do ensino começa com a descristianização da educação

1) Se nos tempos de Carlos Magno as paróquias tinham escolas, então na Igreja Doméstica, a família, a escola segue a sorte do principal, pois o ensino da verdade, da conformidade com o Todo que vem de Deus, se dá na carne.

2) Educar é ato de amor. Como esse amor edifica liberdade, então este capacita os filhos para a vida, para exercer atividades de modo a que possam servir seus semelhantes.

3) Tecnicismo fundado no amor ao dinheiro dessacraliza o ensino, tornando-o utilitarista. Se no utilitarismo conserva-se o que é conveniente e dissociado da verdade, então haverá partidarização do ensino, o que acaba se tornando doutrinação ideológica.

segunda-feira, 20 de junho de 2016

A Igreja e O municipalismo

“O município é o centro mais sentido da vida do povo, centro natural, com os requisitos próprios para a amarração do homem na terra, e, por isso mesmo, necessitando de ser robustecido, de ter rendas suficientes, cuja parte substancial fique na terra, para benefícios da própria terra alimentando o seu crescimento econômico, difundindo meios de educação, promovendo o bem-estar da comunidade das famílias que vivem em seu território. Talvez não haja, relativamente ao nosso futuro, espetáculo administrativo mais inquietante (consagrado, aliás, infelizmente, pela organização política do nosso país) do que aquele que leva os nossos municípios a raquitismo, à morte lenta, à exaustão da nossa vida municipal pela fuga das rendas fiscais para outros centros que pouca participação tiveram na criação dos meios econômicos que as fazem aparecer. Esse estilo de administração só serve para criar desajustamentos. Ou então, para forçar o aparecimento da monstruosidade que é um país crescendo sem harmonia no seu organismo: cabeças enormes - as grandes cidades - ora vivendo no falso gozo das riquezas, ora se torcendo no drama social quotidiano - e o resto do corpo com a pele em cima dos ossos”.
___________________
Cônego JOSÉ TÁVORA. A igreja e o Municipalismo (discurso proferido na missa campal oficiada em São Lourenço por ocasião do III Congresso Nacional dos Municípios), in. Revista Brasileira dos Municípios, n. 27, Ano VII, Jul-Set, 1954, p. 133.

Notas sobre a necessidade de uma reforma no ensino médico

1) O médico é essencialmente um amante da vida. Como a vida é um dos maiores mistérios da Criação divina, então ele a estudará em todas as suas dimensões: anatomia, fisiologia, nutrição, reprodução etc.

2) Antes de chegar à primazia da Criação, que é o homem. ele precisará estudar a anatomia e fisiologia de animais inferiores. Por isso, a medicina veterinária é o primeiro grau dessa medicina - para isso, ele começará o estudo desse mistério dissecando o maior número de animais que puder, começando por cães e gatos.

3) Depois de bem versado na veterinária, ele poderá estudar o ser humano, a primazia da Criação: ao fazer isso, poderá estudar a anatomia do Homem, da Mulher, a psicologia e a fisiologia de cada gênero, as personalidades e outras coisas.

4) A medicina humana é o segundo grau da medicina. Tal como uma catedral, a medicina deve ser estudada em graus e cada grau aponta para um andar mais elevado, até chegar ao Céu. Se o homem é a primazia da criação, então os seres inferiores te preparam para você estudar o homem.

5) Esse amor demasiado pelos bichos pode ser convertido em verdadeiro amor pelos homens, enquanto primazia da Criação, se a veterinária for posta como medicina de primeiro grau, preparatória para a medicina humana. Enfim, chegou a hora de uma reforma no ensino médico de modo a que se restaure esse entendimento quanto ao que é a vida, dentro daquilo como Deus mesmo a criou.

Receita medieval para um bom arquiteto

1) Projete sua própria casa e more nela - assim, você projetará a casa com maior segurança possível, sem risco de desabar. Se você não tem habilidade manual, contrate alguém que faça isso pra você, nesta empreitada.

2) Se a casa não desabar e te matar lá dentro, é porque você é um bom arquiteto. Se você é um bom pai de família, você poderá servir bem a todos os seus semelhantes. Afinal, para que serve o CREA se você tem a admiração dos que te são mais próximos, quanto ao bom trabalho feito?

3) Se eu fosse arquiteto, projetaria a casa como se eu fosse morar nela, ainda que ela fosse feita para outra pessoa, segundo as especificações dessa outra pessoa. E para se fazer algo bom, é preciso de certo modo sentir como o outro sente. E isso é um nobre exercício de compaixão. Se eu não sentir isso, vira vaidade e comércio.

4) O arquiteto precisa ter um certo quê de louco. Precisa pôr-se de rato de laboratório, habitando por um tempo sua própria edificação, só para ver se ela é segura e sem correr o risco de desabar. Se não tiver esse tipo de loucura, por que deveria confiar em alguém que projeta casas para os outros?

O bom advogado nasce do trabalho de um bom historiador

1) Minha professora de Teoria do Estado dizia que "quem não sabe História não sabe bem o Direito".

2) Meu professor de Processo Penal na UFF dizia que "o juiz é um historiador".

3) Desde 1993 eu sou historiador amador - e entre 2001 e 2012 eu estudei Direito com o intuito de exercer uma carreira jurídica de Estado. Mal tive tempo para estudar o Direito tal como os meus instintos históricos exigem, por conta das obrigações universitárias e dos anseios familiares de me verem no funcionalismo público - e foi justamente por conta de toda essa pressão acumulada que não conseguia fazer meu trabalho.

4) Agora que estou livre da obrigação de ter que comprar doutrina atualizada, eu vou atrás dos livros mais antigos de modo a cultivar meu espírito histórico - e para se entender o Direito Brasileiro moderno, você precisa estudar o Direito Antigo. É este o tipo de trabalho que vou fazer.

5) Enfim, estudarei muito mais agora do que estudei em 12 anos - desta vez, será por minha conta. Vou usar o conhecimento jurídico para meu próprio benefício, atuando constantemente em causa própria. Quando o monopólio da OAB acabar, poderei advogar sem problema. No começo, servindo a própria família - e se tudo der certo, recebo pedido dos amigos. E depois, atendo o pessoal da paróquia e de todo o vicariato de Jacarepaguá, dentro daquilo que me é competente.

6) Agindo de modo a preencher todos os círculos concêntricos é que vou expandindo meu leque de atividades - e com isso, minhas possibilidades de ação. Afinal, o que é isso senão liberdade?

7) Não farei prova nenhuma, pois já passei por tudo o que tinha de passar, de modo a servir bem a meus semelhantes nesta vida. Afinal, cultura do diploma, própria deste simulacro de país, não me atinge - quem pensa assim é apátrida e não admitirei que preguem isso na minha frente ou na frente dos meus filhos, pois isso é fora da verdade e será combatido a fio de espada.

domingo, 19 de junho de 2016

Como o TJ esmaga a autonomia municipal - o caso do Rio de Janeiro no contexto da Carta de 1988

1) Pelo que aprendi sobre o CODJERJ (Código de Organização Judiciária do Estado do Rio de Janeiro), o nosso TJ é composto de 180 desembargadores, dos quais um quinto é nomeado pelo governador, dentre membros da OAB (sucursal do nazi-petismo) e do Ministério Público. Ou seja, 36 vagas.

2) Além disso, a Constituição de 1988 prevê que os TJ's com mais de 25 membros podem criar um órgão central para julgar a inconstitucionalidade das leis municipais em face da Constituição Estadual. Por conta disso, essa parte responde pelo Todo por conta do princípio da reserva de plenário, o que acaba criando uma cúpula diretamente subordinada aos interesses do governador, o que cria um ambiente totalitário, ainda que em âmbito local.

3) Some-se a isso um outro fator: os militares fundiram a Guanabara com o Estado do Rio de Janeiro em 1977. E nas eleições de 1982, Brizola foi eleito governador. A cidade do Rio de Janeiro acabou virando hospedeira desses parasitas.

4) Em 1998, o PDT e o PT fizeram aliança política. E após a morte de Brizola, o PDT passou ser membro do Foro de São Paulo, o que garantiu a influência do Lula no estado.

5) Em 30 anos de governo marcado pela nefasta influência de Brizola, o TJ, ocupado pela pela esquerda, esmigalhou a autonomia municipal, principalmente porque o MP, que tem sido cada vez mais tomado como se fosse religião, tem promovido um verdadeiro ativismo judicial e movido ações de representação de inconstitucionalidade de modo a inviabilizar toda e qualquer medida legislativa a ser tomada em prol dos municípios, uma vez a Constituição Estadual repete de maneira obrigatória muitos elementos da Carta Federal, marcadamente centralistas.

6) O Foro de São Paulo aproveitou o caminho preparado pelos militares e pela Carta de 1988 - e o fez de tal modo a  criar um mecanismo extremamente asfixiante de dominação política. Enfim, o problema do Rio de Janeiro vai muito além de uma mera questão financeira, pois todos os espaços foram ocupados. E uma verdadeira guerra total precisa ser feita nessa seara.

Fazendo escola finalmente

1) Esta semana, após passar dois dias de cama por motivo de doença, eu vi um sinal da graça de Deus: finalmente as pessoas estão imitando o meu estilo de narrar as coisas. A maior prova está nesta postagem de Genário Silva:

"Vejo muitos se proclamarem conservadores. Aí, paro para ler o que defendem, o que conservam. Para minha surpresa, grande parte desses ditos conservadores defende e conserva valores que não encontram eco no Conservadorismo autêntico, valores que não têm origem no Cristianismo, que não são respaldados no Evangelho. São conservadores que não conservam as dores do Cristo. São conservadores que se adaptaram às aberrações mundanas. Conservam de tudo, menos os princípios da Fé deixada pelo Redentor. Mal formados, acreditam num conservadorismo ateu. E são muito, muito mais perigosos que aqueles que lutam abertamente contra o Conservadorismo".

2) Enfim, isso é um indício de que o apostolado está produzindo frutos. Vou continuar fazendo ainda mais coisas.

3) Outra grande coisa que houve enquanto estive doente foi o fato de descobrirem um livro intitulado A formação da monarquia portuguesa, de António Augusto Teixeira de Vasconcelos. Graças a essa informação, eu vou atrás desse livro e vou adquiri-lo para a minha biblioteca, assim que puder.

O apostolado online deve partir da Igreja doméstica

1) Se Internet é apostolado, então este deve ser voltado para quem é plenamente capaz de realizar esse trabalho muito bem.

2.1) E isso não se mede pelo quantum de idade que alguém possui, mas, sim, pela maturidade que esta pessoa tem na fé, de modo a dizer as coisas com justiça, prudência e sabedoria.

2.2) Quanto mais reta for a fé de uma pessoa, maior a necessidade de uma vivência reta - e isso pede uma vida de clausura, seja no convento ou na Igreja doméstica, a família. O apostolado online é claramente incompatível com a vida própria de proletário, onde você vive para o trabalho e torra o dinheiro como se não houvesse amanhã.

2.3.1) É por essa razão que isso necessita de consciência reta, consciência necessária para se dizer sim a esse serviço, dizer sim a toda essa ordem fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus.

2.3.2) Se você disser sim a tudo isso, então você é capaz de dizer sim a algo maior do que o mero sistema de direito civil que rege este país é capaz de dizer- você dirá sim à uma Lei Maior que se faz na carne, pois Cristo deu pleno cumprimento a esse Lei com base no amor à verdade, própria da criação. E a graça de Deus é maior do que a lei escrita, cuja sabedoria humana dissociada da divina a torna inconstitucional, fora da Lei Natural.

2.3.3) Se eu não amar o meu compatriota que inocentemente ignora todas as maldades revolucionárias que estão a serem semeadas nesta terra, então as pedras falarão por mim, pois documentos são monumentos e sua mera presença presta um serviço maior aos inocentes do que a omissão de muitos historiadores talentosos mas insensatos.

2.3.4) Exemplo disso é são as ruínas de algo outrora grandioso ou mesmo as gôndolas vazias de um supermercado na Venezuela - seja na forma morta ou na forma viva, são ruínas, um amontoado de pedras que falam mais a verdade do que o discurso que qualquer agente de mídia pode tentar distorcer ou atenuar, pois ninguém calará a verdade.

3.1) Eis a razão pela qual a vida online pede uma imensa responsabilidade. E para preparar meu filho para isso, eu devo ser capaz de representá-lo, criando toda uma cadeia de modo a que ele possa se informar devidamente, sem se deixar ser manipulado pelas coisas do mundo.

3.2) Nas atuais circunstâncias, manter-se desinformado é um pecado contra a bondade, contra o Espírito Santo, pois atenta contra a amizade de Deus - e é algo que não deve ser desejado a ninguém, pois isso leva à morte, uma vez que não podemos desejar a morte de nosso próximo. O que devemos desejar é a sua conversão, nem que para isso ousemos pedir a um padre que faça um trabalho de exorcismo sobre todo aquele que conserva o que é conveniente e dissociado da verdade, pois isso é servir à causa da demônio por insensatez de escolha.

4) Se eu fosse pai de família, eu faria tal como fazem os instrutores de avião: treinaria meu filho desde o solo.

4.1) Ele aprenderia a escrever e a ler livros de maneira tradicional - e só seria introduzido ao meio digital quando estivesse já formado e treinado nas letras. Assim, ele não aprenderia a antilinguagem do internetês.

4.2) Além disso, pelo papel, ele tem mais liberdade de fazer as coisas à mão livre do que no meio digital. É a cultura do rascunho, do planejamento. Ele pode desenhar, fazer esquemas, montar tabelas de maneira livre, coisa que não podemos fazer no computador, onde as coisas são programadas.

4.3) Some-se a isso o fato de que não terá um corretor ortográfico implicando com o fato de que ele estará escrevendo na ortografia antiga e não no português do PT. Ou seja, em plena liberdade ele estará buscando a excelência e não se sujeitando à protestantização idiomática que está a ser feita através dos corretores ortográficos, pois a língua não é crença de livro de gramático, mas um todo lógico que deve ser dominado de tal forma a que coisas grandiosas sejam servidas ao povo, de modo a que Deus seja o norte de todas as coisas, de modo a que o país seja tomado como se fosse um lar em Cristo, já que a pátria está onde se fala a língua.

5) Enfim, uma vez dominado o trivial, o apostolado online pode ser exercido sem problemas.

A liberdade voltada para o nada implicar servir as coisas com um fim em si mesmo

Art for art's sake is an empty phrase

1) Isso é tão verdade que empreendedorismo levado a esse fundamento leva a servir a uma liberdade vazia, o que relativiza toda a verdade fundada em Cristo.

2) Da mesma forma a questão sanitária - se a política sanitarista for buscada da mesma forma como se busca estabelecer uma política favorável ao empreendedorismo, então a busca será a da produtividade em favor da produtividade, da eficiência em nome da eficiência. E isso é pensar a nação como se fosse uma máquina - se a solidariedade social é mecânica, então a sociedade é doente, totalitária.

3) Da mesma forma a questão ambiental - se a economia hídrica for buscada da mesma forma como algo é buscado com um fim em si mesmo, então é economia burra, pois nada é mais tolo do que economizar algo sem pensar numa boa razão para isso. Uma boa razão para se economizar água é que pode haver uma crise de abastecimento lá na frente - por essa razão, é mais sensato aproveitar a água da chuva e reaproveitá-la onde esta for mais necessária.

4) Desde que a comunicação se tornou impessoal, argumentar ou convencer tornou-se desnecessário. Apela-se mais ao emocional, tal qual se faz na linguagem publicitária.

5) Não é à toa que o publicitário se tornou uma classe profissional altamente influente no Brasil - e políticos estão cada vez mais requisitando os serviços desta classe, de modo a que sejam vendidos pelo preço que acham que valem, por conta de sabedoria humana dissociada da divina. Se formos parar para pensar, na verdade não valem nada, nem mesmo o feijão que comem, o qual atualmente vale mais do que eles todos reunidos no Congresso Nacional.

sábado, 18 de junho de 2016

A falência do Todo nasce da falência das partes

1) Francisco Dornelles, se houver algum cronista digno desse nome que seja capaz de escrever um apanhado histórico da realidade fluminense de 1982 para cá, será chamado de Chico Calamitoso, por haver assinado o decreto de calamidade pública, ao confirmar a falência do Estado do Rio de Janeiro após décadas de canalhice e demagogia comunista, coisa que começou com o nefasto Brizola, cujo partido fundado por ele é parte do Foro de São Paulo, que deve extinto.

2) Da conversa deste com o Chico Profundo (Francisco Razzo), que faz concessões medonhas aos libertários-conservantistas, temos a falência de um estado. Mais do que isso, de um país inteiro.

Da impessoalidade como uma forma de defesa pessoal contra a vigarice

1) Se você tiver condições de produzir um trabalho excelente, então faça as coisas você mesmo. Só deixe para outros coisas que não são da sua competência ou faça uma justa concessão a quem tem um estômago mais forte que o seu, tal como o Italo Lorenzon tem em relação a mim, já que não tenho um bom estômago para digerir tanta canalhice junto.

2) Em relação a todas as demais coisas que me exigirem um estômago de aço, coisa que eu não tenho, eu prefiro que uma outra pessoa melhor do que eu assuma isso - e se ela for boa no que faz, ela vira um porto seguro, pois o que não presta será filtrado. Afinal, certas coisas eu prefiro saber por outras pessoas, após uma devida filtragem.

3) Exemplo disso é o que vemos na Globo News. Toda a empulhação esquerdista está sendo noticiada lá. É o pravda disfarçado de iniciativa privada, mais eficiente que qualquer jornal público existente por ser justamente privado.

Notas sobre a necessidade de integração entre o jornalismo político e jurídico

1) Por conta da influência nefasta do positivismo, há uma tendência de se criar dois tipos de jornalismo: um jornalismo voltado para se cobrir a política que se faz em Brasília e um jornalismo voltado para cobrir as audiências que ocorrem nos Tribunais Superiores. Esses dois jornalismos tendem a ser estanques - e é justamente por não haver diálogo entre os dois ramos que não há cruzamento de informações relevantes e uma análise feita de tal modo a retratar um quadro relevante da realidade, uma notícia relevante que pode fazer com que os cidadãos estejam mais conscientes acerca do que ocorre no país em seu dia-a-dia.

2) Como decisão judicial visa a aplicar a uma regra de modo a que as pessoas possam viver em paz e em segurança, dentro da conformidade com o Todo que vem de Deus, então o conteúdo decisório se funda no fato de que o poder tem sua parcela pedagógica, o que leva a ser uma boa medida política a ser adotada, no tocante de se tomar o país como se fosse um lar em Cristo.

3) Esses dois setores do jornalismo deveriam dialogar com mais freqüência, uma vez que o jornalismo é uma ciência auxiliar ao poder no tocante à prestação de relevante serviço público à comunidade: a informação. Todo bom jornalista jurídico deveria ter uma formação tão sólida quanto aquela que se exige de um jurista, de modo a fazer um trabalho decente. E é por conta dessa sólida formação que muitos juristas são chamados a serem políticos.

4.1 ) A TV Justiça sozinha não dá conta desse trabalho. Até porque a TV Justiça é uma mídia chapa branca.

4.2) Se o verdadeiro profissional da informação deve ser independente, então ele deve vir do trabalho online organizado de vários profissionais independentes, cada um cobrindo a situação in loco.

4.3) Questões municipais tendem a se tornar questões estaduais importantes por conta do excelente trabalho feito em base local. Cito como exemplo o excelente trabalho que o Emmanuel Clélio Kekel faz em sua localidade - ele pôs a sua cidade no mapa. E do jeito como andam as coisas, se as coisas não estiverem sendo expostas ou ditas tal como devem ser, muitos tenderão a pensar que isso não existe, uma vez que as pessoas estão se omitindo de cumprir os seus deveres com lealdade.

5) Se ficarmos dependendo do regime concessionado para se fazer jornalismo sério, então a imprensa jamais será séria. A liberdade nasce da família e vem antes do Estado, então precisamos dar a graças a Deus pelo dom da vida e da liberdade, pois isso é próprio da Criação - e só assim faremos um trabalho sério e voltado para a excelência.

quarta-feira, 15 de junho de 2016

A nobreza faz da monarquia uma nobre república

1) A monarquia se torna uma nobre república por conta da nobreza, que serve de classe intermediária entre a realeza e o povo.

2) Como os melhores da povo são escolhidos de modo a auxiliar alguém que recebeu mandato do Céu para reger o povo de tal maneira a que se tome o país como se fosse um lar em Cristo, então os membros da nobreza não sofrem dos problemas práticos decorrentes do casamento morganático, pois trazer para o seio da família reinante alguém que não tem preparo para a vida voltada a reger os assuntos da nação e do Estado é risco de conflito certo e até de divórcio. Nem todo mundo tem preparo para ser vitrine da nação 24 horas por dia - e isso exige preparo e vivência. Eis aí a necessidade de uma classe intermediária.

3) A nobreza tem em seu passado pessoas que serviram ao Estado - do exemplo de um ancestral nobre, estes aprendem os assuntos de Estado dentro de uma área particular. Por essa razão, é até natural que os membros da nobreza casem com membros da nobreza cujos ancestrais atuaram de maneira excelente em outros serviços de Estado - a tal ponto que vai ocorrer a situação em que haverá alguém da nobreza cujos ancestrais serviram em todos os postos do Estado, em algum lugar do passado. E é por conhecer todos os postos do Estado que este membro da nobreza pode vir a suceder naturalmente a realeza, quando a Casa Dinástica se extinguir.

4) Como a nobreza tem sua origem nos melhores do povo, eles não estão sujeitos ao problema do casamento morganático - por conta disso, o casamento de um nobre com alguém do estrado mais baixo distribui esse conhecimento, esse senso de servir ao país, a todos os membros do povo, pois o casamento é uma forma de chamar pessoas de classes menores a uma vocação mais elevada, fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus.

5) Por conta desse distributivismo que se dá por força do casamento, a monarquia se torna uma nobre república, pois todos podem ser chamados a qualquer momento ser chamados a servir ao Rei - e esse chamado será um chamado do Céu, pois servir a um Rei é servir a Cristo, indiretamente.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 15 de junho de 2016

Notas sobre a nobreza, classe decorrente da realeza

1) São Pedro, ao receber a chave do céu, passou a ter o poder de criar cardeais como parte de sua jurisdição - a nobreza que honra o sangue dos mártires. Se o vigário de Cristo é Rei enquanto Cristo não volta, então os cardeais são nobres que seguem a sorte de seu principal, que é uma figura provisória.

2) Por analogia, se Cristo fez de D. Afonso Henriques rei de Portugal e deu a ele uma chave menor, fundada no fato de que Cristo também quis um Império para Ele, então a nobreza decorre da realeza.

3) A realeza não pode realizar casamento morganático, pois o Chefe da Nação e do Estado não deve se casar com pessoas que nunca tiveram passado de nobreza, que não têm histórico de preparo ou experiência para a vida fundada nos deveres de Estado, já que reger um povo, de modo a que este tome o país como se fosse um lar em Cristo, é um sacerdócio. Tal qual o Papa em relação aos cardeais, o Rei é o chefe da nobreza - o conselho dos nobres, que constitui a câmara alta do Parlamento e que tem o dever de assessorar o Rei no exercício do Poder Moderador, tal como os cardeais fazem nos cargos da Cúria Romana.

4) A nobreza, que se constitui da melhor gente do povo escolhida de modo a ajudar o Rei em seus deveres de Estado, esta não tem problemas quanto ao casamento morganático - como ela decorre do próprio povo, os membros desta classe podem se casar com um membro do estrado baixo, o próprio povo, se houver gente de qualidade e de virtude no estrado mais baixo da camada social. Quem se casa com um nobre não só ganha a honra de ser amado por alguém reconhecidamente nobre, mas também a responsabilidade de servir ao país de modo a que este seja tomado como se fosse um lar em Cristo - e isto implica sacrifício. Geralmente, as mulheres que vêm do estrado mais baixo da população são as escolhidas, pois a natureza da mulher é favorável ao sacrifício, ao passo que natureza do homem é a do serviço.

5) Tal como há após o fim de uma dinastia, a próxima Casa Real a suceder a antiga Casa Reinante será escolhida dentre os membros da nobreza. Da mesma forma como o Crucificado escolheu D. Afonso, o Crucificado escolherá alguém dentre os melhores do povo que decorre de Ourique. É uma espécie de Conclave. E este Conclave terá a bênção apostólica. O sucessor de D. Afonso Henriques precisa honrar a chave que este recebeu de Ourique e pô-la a serviço da Igreja, que tem a chave mestra que confirma ou desliga todos os mandatos do Céu, os quais se fundam em Cristo.

domingo, 12 de junho de 2016

Toda relação de crédito e débito é uma relação de confiança

1) Toda relação pessoal é uma relação de crédito e débito. Se o preço é 30 reais e 50 foram dados, o crédito será de 20 reais ao consumidor, no próximo serviço a ser feito.

2) Quando dou 50 eu, dou a liberdade de ele produzir mais dentro do limite de R$ 50 e ainda posso completar o custo, quando o meu crédito estiver abaixo do custo. 

3) A relação de crédito e débito é uma relação pessoal - e toda relação pessoal leva a um distributivismo.

4) O fato de haver troco indica que a relação é meramente impessoal. 

Notas sobre o verdadeiro liberalismo e a doutrina do preço justo

1) Numa economia liberal, o consumidor vê no prestador de serviço a figura de Cristo. Quando o prestador presta o seu serviço, o consumidor dá aquilo que é justo.

2) Para se apurar o preço justo a ser pago ao prestador de serviço, o consumidor há que levar em conta o trabalho que este teve para preparar algo de qualidade para ele: a obtenção da matérias-primas e das ferramentas, o tempo dispendido no trabalho, a dedicação e a atenção dispensada de modo a ter a necessidade atendida. São critérios objetivos, mas o valor a ser dado deve ser feito com generosidade, pois o prestador deve ser visto tal como Cristo fazia seu ofício de carpinteiro.

3) Cito como exemplo o fato de algo custar R$ 30. Se o serviço foi feito com qualidade e generosidade, é perfeitamente justo dar R$ 50,00 ou R$ 100,00 - a tal ponto que o valor dado a mais antecipa um eventual pedido futuro, a ser acordado posteriormente por essa mesma pessoa. Pois prestação de serviço, no sentido cristão do termo, implica o prestador tratar o consumidor como este trataria o Cristo, assim como o consumidor ver o prestador na figura de Cristo exercendo seu ofício, a carpintaria, atividade que exerceu antes da missão evangelizadora. É uma relação bilateral e leva a uma assistência mútua - eis a lógica da guilda.

4) A economia liberal pressupõe liberalidade, pois não há liberdade sem caridade, sem tratar o próximo como um irmão.

5) A economia contratual, fundada no comércio, pressupõe que A e B sejam estranhos, havendo a possibilidade de haver conflito de interesses qualificado por uma pretensão resistida. E isso atende a uma visão de mundo protestante - e isso é fora da conformidade com o Todo que vem de Deus, pois economia interessada leva à insinceridade. E insinceridade leva a servir a uma liberdade voltada para o nada, conservando o que é conveniente e dissociado da verdade. E esse liberalismo é pervertido - é na verdade libertarismo, pois nega a fraternidade universal, coisa essa que vem do Cristo.

sábado, 11 de junho de 2016

Comentários sobre a ética procedimental pseikone

1) Antes de me tornar católico, eu acreditava em algo que era chamado de "procedimento" na Pseikörder: se for para conversar comigo, é preciso que se tenha uma conduta honrosa e leal para comigo. Uma das características desse procedimento, dessa solenidade de receber um irmão na conformidade com o Todo que vem de Deus, é estudar as coisas antes de falar. 

2) Pela minha experiência, esta antiga regra, em tese, funciona muito bem no mundo real, mas não no virtual. Quem é rico em sabedoria humana dissociada da divina jamais agirá com procedimento - muitos, por insolência, já vão peremptoriamente condenando o que falo, sem estudar o que já escrevi antes. Isso se deve ao fato de que a rede social é um ambiente muito impessoal - nele, adicionar e dispensar contatos virtuais é algo muito arbitrário e isso não é muito bom. Eu detesto o arbítrio, ainda mais vindo de pessoas que odeiam o regime arbitrário do PT. Elas não percebem o arbítrio que praticam na rede social, o arbítrio praticado no dia-a-dia.

3) Esse tipo de insolência é um mal generalizado no facebook. Se agissem assim comigo no plano real, o pau iria quebrar, pois tomo isso como um insulto ao meu esforço e ao trabalho que faço. Eu odeio gente que opina sem estudar antes de falar.

4) Antes da Era da Rede Social, nunca tive a oportunidade de aplicar esta regra do "procedimento", pois as pessoas que conhecia, dentro da minha circunstância, não prezavam o estudo. Eram pessoas bem medíocres - e isso eu dispensava.

A modernidade líqüida nasce do conservantismo da forma, artificialmente sólida

1) Toda forma tem fundamento na verdade.

2) A partir do momento em que a autoridade da Igreja começou a ser atacada, a verdade foi relativizada - e a forma, antes adequada à verdade, passou ser tomada de maneira conveniente e dissociada da verdade, a ponto de gerar um formalismo.

3) O formalismo, esse antigo sólido mantido conveniente e dissociado da verdade, foi carcomido pelos cupins revolucionários, a ponto de se tornar modernidade líqüida.

4) Como o líqüido pode assumir a forma de seu recipiente, então a forma é adequada a satisfazer tudo aquilo que decorre de sabedoria humana e dissociada da divina.

5) O mundo sem forma seria uma completa anarquia, uma revolta contra a razão - se Marx dizia que o que era sólido se desmanchava no ar, então, por via do marxismo cultural, ele precisou de uma forma intermediária, de modo a que isso realmente acontecesse.

Dos caminhos para casar causa nacional à causa universal

1) O que pode fazer uma monarquia católica casar a causa nacional à causa universal - e não em ir busca de si mesma, tal como se deu com a Espanha, após a Reconquista? Existem dois caminhos:

A) Receber um mandato do céu, tal como houve em Ourique.

B) Se não receber mandato do Céu, servir ao povo paz constante e prosperidade completa, de modo a servir a Cristo, através da figura da Igreja, tal como a Suíça faz, ao mandar guardas suíços para proteger o Papa.

2) O segredo para um povo receber mandato do Céu é ser muito pio. Deus vê nesse povo virtudes suficientes e dá a ele uma missão. Se os portugueses não fossem corajosos, a ponto de enfrentarem o mar por Cristo, Ele não daria tal mandato do Céu.

A verdadeira causa monárquica precisa ser necessariamente evangelizadora, salvífica

1) Se é obra de santidade e de caridade combater os hereges, então exterminar quem conserva o que é conveniente e dissociado da verdade, a tal ponto de recusar a graça de Deus ou a fraternidade universal que decorre do Cristo, não é Sunday Bloody Sunday, pois o derramamento de sangue terá a mesma finalidade que havia nos tempos do Antigo Testamento: restaurar os valores da Terra de Santa Cruz.

2) O conservantismo insensato é odioso. Ele decorre do orgulho, da vaidade, da soberba. E quando isso se torna estratégico, torna-se malicioso, diabólico.

3) Trazer para a causa monárquica essa gente é repetir o erro do CONS. É fazer um catadão, pois é amadorismo político. Isso é salvacionismo - e não salvação.

4) Para a monarquia voltar, Deus deve ser amado sobre todas as coisas. Ele é a causa da fraternidade universal, pois todas as coisas decorrem d'Ele. Se o monarquismo estiver divorciado desse componente evangelizador, então o Rei terá dois corpos, a ponto de edificar uma Igreja Nacional, herética e fora de Ourique. 

5) Toda monarquia protestante é incapaz de casar a causa nacional à causa universal, coisa da qual a monarquia luso-brasileira é sumo exemplo. Ocorrerá uma redução de horizonte de consciência, a tal ponto que a causa nacional será tomada como se fosse causa universal no lugar da verdadeira causa universal - e tudo o que estiver fora da nação não presta, já que tudo estará no Estado e nada poderá estar fora do Estado que rege a vida da nação. Não é à toa que monarquias protestantes são precursoras do fascismo - por isso mesmo, não servem de exemplo. 

6) Se os povos da Antigüidade, por conta de seu paganismo, tinham essa visão, então isso é um tipo de barbárie. E não podemos confundir barbárie com civilização, pois não é possível edificar nacionidade na desordem.

Notas sobre a constelação nacional

1) Um suserano é um microcosmos do soberano.

2) Se a família comum é um microcosmos da Família Imperial, da monarquia, então o pai de família é um microcosmos do Rei. Se ele se mostrar sábio e influente, haverá gente que voluntariamente servirá a ele, gente que o acompanhará onde quer que este vá, pois será um microcosmos do general. Ou seja, ele é suserano de muitos vassalos - isso é uma prova de que a vida é mesmo feudal e decorre da conformidade com o Todo que vem de Deus.

3) Se essa cultura de cosmos e microcosmos se tornar viva, isso na prática restaurará o senso de fragmentação política, posto que ela se dará no alto dos céus. Como isso se dá na carne, isso volta a ser realidade. 

4) É da fragmentação política que surge o princípio da subsidiariedade. Como acessório segue a sorte do principal, então aquilo que o conjunto das famílias não puder fazer será feito pelo prefeito local, que é o primeiro cidadão da localidade, um microcosmos do Rei e seu fiel representante. Da mesma forma, aquilo que não puder ser feito pelo conjunto dos municípios será feito pela figura das províncias. E aquilo que não puder ser feito pelo conjunto das províncias será feito pela Coroa, que representa a União das províncias, uma verdadeira federação.

5) Essa configuração política precisará do trabalho de muitos anos de modo a ser construída. E de homens sucedendo uns aos outros.

6) O movimento monárquico não é uma ideologia, tal como estão fazendo. É um movimento evangelizador, um apostolado - se o Crucificado de Ourique não for o centro de todas as coisas, não haverá restauração, pois isso deve se dar na carne até restaurar o senso de fraternidade nacional, que é um microcosmos da fraternidade universal, coisa que decorre de Deus. E isso é nacionismo.

sexta-feira, 10 de junho de 2016

Cartas aos monarquistas

Mesmo que algum dia eu seja chamado a palestrar em Encontro Monárquico, por humildade declinarei do convite da Coroa. Algumas pessoas ali presentes são indignas de aprenderem algo de mim.

Já vi contatos meus de Causa Monárquica tendo amigos separatistas. Da mesma forma que é inaceitável ter amigos comunistas, eu considero inaceitável ver contatos meus envolvidos com separatistas. E o pior é ver gente a quem muito respeito tratar esses separatistas como gente digna. Isso é pecar contra a missão que herdamos do Cristo Crucificado de Ourique e isso vai contra a bondade de Deus. Por isso mesmo, já deletei essas pessoas.

Se elas quiserem voltar a falar comigo, que primeiro se livrem dessa gente. As pessoas do facebook não sabem o que é me ter como inimigo: meu professor de Tributário, Aurélio Pitanga Seixas Filho, sabe muito bem o que é. Embora eu seja gentil, eu sou extremamente cruel com quem conserva o que é conveniente e dissociado da verdade, pois o odeio o conservantismo mais do que o comunismo. O comunismo é algo terminal, que foi alimentado por esse senso diabólico. Eu odiaria ter que tomar alguma medida contra essas pessoas, diante de tal circunstância.

Essa transa adúltera, esse catadão, essa mistura indigesta precisa acabar. Ou amemos e rejeitemos as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, coisa que se funda na conformidade com o Todo que vem de Deus, ou este país não se livrará da desgraça em que se encontra. Sei dessas coisas porque eu estudo isso há muito tempo.

Todo assassinato de reputações traz para o tempo presente a glória da redenção. Basta os semelhantes terem empatia pela verdade, que é uma pessoa

1) Nestes tempos atuais, o martírio está na morte virtual da pessoa - ela não morre fisicamente, mas a sua reputação é destruída. 

2) Os revolucionários matam - os conservantistas conservam por conveniência o que é dissociado da verdade, o que foi artificialmente morto.

3) Quem é conforme o Todo que vem de Deus tem empatia pela verdade, que é uma pessoa. Não poderá tomar por coisa aquilo que foi dito pelos homens, principalmente em tempos em que a informação é voltada para o nada, de modo a deformar, perverter, trair o que decorre da Lei Natural.

4) Quem investiga deve estabelecer uma network de pessoas confiáveis, que vivem a vida na conformidade com o Todo que vem de Deus. Investigando, verá que a reputação assassinada não se sustenta. E a pessoa em plena vida ressuscita dos mortos. Eis a promessa da vida eterna antecipada no tempo presente. 

5) Como já foi dito, onde abunda o pecado, o assassinato de reputações, superabunda a graça - e sentir a redenção em plena vida é uma das delícias que a pessoa pode sentir, pois o que foi dito decorre da personalidade, do fato de servir a Cristo de maneira consciente, em prol da verdade.

Notas sobre um conselho dado pelo Olavo

1) Desde que comecei a seguir o conselho do Olavo, que é ser como um gárgula de catedral, todos os que têm a alma deformada, todos os que conservam o que é conveniente e dissociado da verdade, estão me bloqueando da maneira mais arbitrária possível, pois isso desmascara os hipócritas.

2) Serei odiado por eles porque falo bem de Cristo e mostro o quão certo Ele está. Se o martírio espiritual é ser bloqueado por conta desses elementos formados na má consciência, então eu estou no paraíso, virtualmente falando.

Conselhos a quem for editar as minhas obras

1) Se eu pudesse fundar minha própria escola de gramática, eu ensinaria português nas duas formas: o português tradicional (tal como era usado no Império) e o português simplificado (fundado nas regras da língua em que fui alfabetizado, coisa que se deu no período republicano).

2) Meu conhecimento do português imperial é limitado, mas adoraria ver meus escritos convertidos à forma imperial. Se a forma imperial é a forma da excelência, então aquilo que se fundou na excelência deve ser posto nesta forma de que estou a falar. Eu busquei isso a vida inteira e faço disso meu hábito, enquanto escrevo. Por isso, eu aconselho a quem for fazer as minhas obras completas que publique meu trabalho tanto na forma imperial quanto na regra antiga, anterior ao português do PT.

Notas o trabalho que faço de aproximar palavras do português e do polonês

1) Há quem use uma linguagem empolada. Em nome da sofisticação verbal, acaba servindo formas vazias, voltadas para o nada. E isso acaba destruindo a linguagem, pois ela deixa de servir à verdade, coisa que decorre do Cristo.

2) Eu uso uma linguagem empolacada. Eu aproximo palavras do polonês ao português - além disso, fundamento tudo o que digo porque aproximo tais palavras. Um bom romancista, se tomar por base o trabalho que faço, acaba reinventando a língua, pois incorpora novas nuances à língua portuguesa sem prejudicar seu conteúdo, seu entendimento e a sua plasticidade. 

3) A nação polonesa só tem sentido histórico por conta do fato de ter sido batizada. A nação portuguesa, onde quer que esteja, só tem sentido quando serve a Cristo em terras distantes, tal como se deu em Ourique. E o diálogo destas formas leva à produção de novas formas, fundadas na conformidade com o Todo que vem de Deus.

É preciso ser tradicional sem ser tradicionalista

1) Consegui estabelecer uma ponte entre o liberalismo, tal como conceituei, e o feudalismo.

2) Essa turma que só enxerga o liberalismo como movimento revolucionário, por não ler as nuances da nossa linguagem, só conserva o que é conveniente e dissociado da verdade. A tradição fundada na liberdade em Cristo tem nuances - e elas só podem ser lidas com base no amor de Cristo pelos homens. É por isso que sou tradicional, pois há uma hermenêutica da continuidade, ante a constante readequação da formas, de modo a atender àquilo que decorre da conformidade com o Todo que vem de Deus, diante dos desafios do tempo: a verdade.

3) Tradicionalismo, coisa que decorre do conservantismo, seria tomar a tradição como se fosse religião da forma, dando a ela um caráter hermético. Isso é um tipo de sola, pois seria fazer uma tábula rasa tal qual Lutero fez. E isso mata a fraternidade universal. Além disso é um novo tipo de donatismo, pois querem nos fazer pensar que a Igreja é só de Santos. Negam a missão salvífica da Igreja, que é a de ser hospital dos pecadores.

4) É por isso que abomino rad trads.