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terça-feira, 9 de abril de 2019

Meditações sobre a trindade

1) Se a trindade é representada por um triângulo, então esse triângulo é eqüilátero.

2) Se ele é eqüilátero, então ele é recursivo, pois Deus se basta. Basta ver o triângulo de Sierpiński

3.1) Se Deus se basta, então o Pai, o Filho e o Espírito Santo se bastam. Logo, a relação entre eles se basta, pois o Espírito Santo procede do Pai e do Filho e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado, pois Ele falou pelos profetas.

3.2) As pessoas da trindade não se reduzem às suas funções porque elas são a verdade em pessoa e por isso são capazes de conservar a verdade na dor extrema de Cristo, coisa que se deu na Santa Cruz.

3.3.1) Por isso, são incapazes de pecar, de conservar o que é conveniente e dissociado da verdade e de induzir quem vive a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus a mentir; se Deus mentisse, Ele deixaria de ser Deus,

3.3.2) Isso é o oposto do que Allah manda fazer em nome do islã - por isso Allah é demiurgo e demiurgo não existe, uma vez que não há Deus mau - o mal, como disse Santo Agostinho decorre da ausência de bem, cuja origem está no fato de se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade.

4.1) Se fossem três deuses, cada um tendo a sua verdade, o triângulo seria escaleno. Não haveria recursividade e e não teria beleza. Seria uma coisa feia e disforme, tal como tudo o que decorre do diabo.

4.2) De certa forma a trindade tem beleza estética, profundidade e proporção, pois ela tem três dimensões. Ou quatro, se a eternidade for levada em conta, pois Deus é também movimento.

5.2.1) O tetraedro basta a si mesmo, como Deus, pois não é figura nem masculina, nem feminina, como são os anjos.

5.2.2) Logo, o homem católico é tetraédrico porque é necessariamente imitador de Cristo, que é o rosto humano de Deus e o rosto divino no homem, capaz de ligar o criador à criatura, antes marcada pelo pecado e pela miséria de estar rica no amor de si até o desprezo de Deus. Afinal, Cristo é o ponto em comum.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 9 de abril de 2019.

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