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sexta-feira, 26 de abril de 2019

Do nacionismo como ciência e como arte

1.1) Ciência, segundo São Paulo Apóstolo, implica provar o sabor de tudo e ficar com o que é conveniente e sensato.

1.2.1) Arte implica aplicar o que é conhecido até onde for necessário ser aplicado, uma vez que verdade conhecida é verdade obedecida.

1.2.2) Quando não se tem um conhecimento definitivo acerca do que deve ser aplicado, você precisa ter liberdade para aplicar as coisas de modo a provar o verdadeiro valor delas, a ponto de se ter o conhecimento do que deve ser conservado de maneira conveniente e sensata, uma vez que é em Cristo se funda tal propósito.

2.1) Toda disciplina de estudo tem um elemento de ciência e um elemento de arte.

2.2) Por isso mesmo, o senso de tomar o país como um lar em Cristo leva em conta as verdades conhecidas pelas gerações anteriores de pessoas de uma família que ama e rejeita as mesmas coisas que você, tendo por Cristo fundamento e na conformidade com o Todo que vem de Deus. O maior desafio hoje é aplicar o que se conhece num mundo cada vez mais relativista, que vive cada vez mais buscando liberdade sem Cristo a ponto de edificar liberdade com fins vazios, o que levará a ruína de todos os homens, por meio da dissolução das famílias.

3.1) De todos os seres deste planeta, nenhum deles é como o ser humano. Aristóteles está corretíssimo ao definir o homem como o animal que erra - ele foi feito à imagem e semelhança de Deus, mas acabou se afastando da conformidade com o Todo que vem de Seu Criador por força do pecado original, o que contaminou toda a descendência.

3.2.1) O homem, enquanto animal que erra, só é livre se em Cristo ele se reconciliar com o seu criador, que é Deus - e enquanto progride na sua busca pelo verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, que é o verdadeiro Santo Graal, ele vai conservando o que é conveniente e sensato.

3.2.2) Quanto mais verdades conhecidas, mais verdades obedecidas, a ponto de gerar um senso de responsabilidade entre as diferentes gerações no planeta - e isso leva ao despertar sistemático das consciências, a ponto de gerar uma cultura cristocêntrica, fundada no verdadeiro Deus e verdadeiro Homem como a medida de todas as coisas.

3.2.3) Se essas responsabilidades forem ensinadas, sistematicamente distribuídas a todas as pessoas que buscam de maneira sincera o saber, isso vai acabar gerando uma cultura solidarista, a ponto de fazer da amizade a base da sociedade política, pois somente aqueles que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento são dignas de tomarem o país como um lar em Cristo. a ponto de servirem de modelos de como ser um bom cidadão nesta terra, fazendo a cidade dos homens espelhar a Jerusalém celeste. Eis a gênese da nobreza e de todo principado, enquanto evolução da República.

4.1.1) O senso de responsabilidade - enquanto chamado sistemático das pessoas à conformidade com o Todo que vem de Deus, à santidade - leva à vocação e ao apostolado.

4.1.2) Todo trabalho deve ser feito de modo a servir ao próximo, esteja ele em contigüidade geográfica ou não. O conceito de próximo é tão elástico que abrange até mesmo os que ainda não nasceram. Por isso, todo trabalho deve promover o Reinado Social de Cristo Rei de modo que o Santo Nome de Nosso Senhor seja promovido entre as nações mais estranhas.

4.1.3) Pelo fato de o homem dizer sim a esta missão salvífica, ele se torna uma pessoa, uma vez que ele só é livre quando ele ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, uma vez que o homem é criatura e não criador.

5.1) É um engano pensar que o homem tem um fim em si mesmo, uma vez que que ele não é Deus - e por não ser Deus ele não tem onipresença, onisciência e onipotência.

5.2) Quando a pessoa é reduzida a indivíduo, ela é rebaixada ao mesmo nível de todos os outros animais da biosfera, que só tem existência material. Nega-se, portanto, a prerrogativa que Deus deu ao homem, que é a dominar todos os animais da terra e do mar, tal como está na narrativa da gênese da criaçao do mundo por Deus. Por isso mesmo, isso leva ao igualitarismo e faz a liberdade ser servida com fins vazios, a ponto de advogarem os direitos dos animais como se fossem direitos humanos. Trata-se de um movimento duplo: tanto de rebaixamento do homem quanto da elevação dos animais àquilo que é próprio do homem: a primazia da criação.

5.3.1) Em ciência moral, a pessoa é o dado irredutível; na biologia, é o indivíduo - por isso mesmo são categorias ontológicas distintas. 

5.3.2) Em biologia, o indivíduo é a base para se estudar as espécies de seres que habitam este planeta, pois é se estudando as demais características dos seres, tanto fisiológicas quanto comportamentais, que chegamos a ter um conhecimento acerca da vida deste planeta, a ponto de ter algum conhecimento instrumental acerca do assunto. Em ciência moral, o conceito de pessoa leva sempre em consideração a definição antropológica de homem enquanto animal que erra - por isso, a verdadeira liberdade deve ser sempre lastreada de responsabilidade, fundada na imitação sistemática do verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, que deu pleno cumprimento à Lei Mosaica.

5.3.3) Quando se adota a definição do homem enquanto animal que mente, a moral se torna instrumental, utilitária, e o homem é classificado como um corpo biológico. Eis aí a confusão de tudo, o que acaba servindo liberdade com fins vazios - e isso leva à perda do senso das proporções.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de abril de 2019 (data da postagem original).

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