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terça-feira, 30 de abril de 2019

Dos efeitos da ética protestante nas relações trabalhistas - notas sobre a figura do contractor, o agente terceirizado


1.1) Todo empregado está sujeito à proteção e autoridade de quem patrocina sua atividade organizada. Por isso, mesmo está sob a dependência de todo aquele que age como se fosse um Cristo, quando se faz às vezes de vigário ou mesmo de mecenas. 
 


1.2) O empresário e seus funcionários são empregados de toda uma população que age no mundo tal como um Cristo necessitado. E esses Cristos necessitados são pessoas conscientes - querem ser bem tratadas, pois o humilde por Deus foi elevado, uma vez que Ele ama os mais pobres.


 
2.1) Os EUA criaram a figura do contractor, uma espécie de empregado que serve aos outros visando ao próprio interesse - mais ou menos como é a figura do agente livre no âmbito esportivo.


 
2.2) Ele vende seu serviço a outra pessoa como se fosse banana na feira. A pessoa que toma esse serviço age como consumidora - ela não tem o direito de cobrar por um serviço melhor. E a tendência é esse serviço ser mal cumprido, contra o qual não se admite exceção.


 
3.1) O contractor - que costuma ser chamado de terceirizado - não está se doando de tal maneira que o tomador de seu serviço veja nele um Cristo prestador de serviço e, até certo ponto, um Cristo necessitado. Ele está fazendo um papel social, agindo tal como um ator num teatro.



3.2) Trata-se de uma relação de emprego fingida, uma vez que não há uma relação de lealdade cultivada entre patrão e empregado, até porque o que mais importa é a riqueza ser tomada como sinal de salvação, uma vez que o fim do homem está nele mesmo.



4.1) Enfim, a impessoalidade nas relações trabalhistas estabelece uma ordem social com fins vazios, de tal maneira que acaba matando o senso de integração entre as pessoas, o senso de comunidade.



4.2) A empresa deixa de ser uma associação onde as pessoas estabelecem uma atividade economicamente organizada de modo a servir à comunidade necessitada. Ela passa a ser uma organização voltada ao próprio interesse, como se a riqueza fosse um sinal de salvação, uma vez que elas estão a acreditar que o mundo foi mesmo dividido entre eleitos e condenados.



José Octavio Dettmann


 
Rio de Janeiro, 30 de abril de 2019.

segunda-feira, 29 de abril de 2019

Notas sobre a relação entre política e biologia

1) Se a sociedade é vista como um organismo biológico, então os movimentos sociais são movimentos mecânicos - movimentos de poder fundados na luta de classes, no conflito de interesses qualificados sistematicamente pela pretensão resistida -, enquanto as transformações sociais estão associadas à química, onde na natureza nada se perde, nada se cria, pois tudo se transforma, uma vez que a sociedade se funda no homem, pelo homem e para o homem.

2) Atentem sempre para a relação da biologia com a política e vocês verão porque o liberalismo e o socialismo decorrem de uma visão de mundo onde a sociedade foi dividida entre eleitos e condenados, o que justifica a visão de luta de classes. O combate à mentalidade revolucionária passa também pelo combate ao protestantismo, que abriu à caixa de Pandora, quando contestou a autoridade da Igreja.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 29 de abril de 2019.

Por que o liberalismo e o socialismo decorrem da visão de que o fim do homem está nele mesmo?

1.1) No liberalismo, o homem tende a ter um fim em si mesmo. Se ele tem um fim em si mesmo, então a polis tem um fim nela mesma.

1.2) Isso tem profunda relação com a biologia, onde a vida tem uma função essencialmente fisiológica. Se tudo está na vida e nada pode estar fora dela ou contra ela, então tudo está no homem, pelo homem e para o homem, a ponto de dizer que tudo está no Estado e nada pode estar fora do Estado ou contra o Estado. A negação dessas coisas é a morte - e a morte não pode ser superada.

2.1) Se a a sociedade for tomada como um conjunto de homens cujos fins estão neles mesmos, então a sociedade tem seu fim nela mesma, como se fosse um organismo biológico. Se todos têm direito à sua verdade, a organicidade dá lugar à mecanicidade, uma vez que fisiologia é essencialmente mecânica e bioquímica.

2.2) Não é à toa que socialismo, liberalismo e totalitarismo são irmãos siameses. Eles reduzem o homem a um mero corpo biológico. Se o objetivo é a satisfação do corpo, egoisticamente falando, então o homem se torna uma espécie de animal que mente. Para ele, o direito e a justiça são preconceitos - e nesse ponto, ele se torna o pior dos animais.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 29 de abril de 2019.

sábado, 27 de abril de 2019

Notas sobre a importância do Estado do Espírito Santo para a preservação do senso de se tomar o país como um lar em Cristo, apesar de todos os atos de apatria praticados


1) Em artigos anteriores, eu havia dito que o número três está associado à trindade, que também é representada na forma de triângulo eqüilátero. A imagem do Deus de Israel como sendo Deus de Abrahão, Isaac e Jacob prefigura a visão do Pai, do Filho e do Espírito Santo.


2) Também havia dito que o número 4 quatro está associado às quatro matriarcas: Sarah, Rebecca, Lia e Rachel.



3.1) Também mencionei que o tetraedro, a figura geométrica mais estável conhecida, é o símbolo do homem que vive em conformidade com o Todo que vem de Deus.



3.2.1) Quando Cristo instituiu o sacerdócio, ele acabou com a natureza andrógina e improdutiva do sacerdócio pagão, a ponto de esta ficar rica no amor de si até o desprezo de Deus.



3.2.2) A questão do tetraedro ser um andrógino, de ter elementos tanto da autoridade do pai quanto da santidade da mãe, era discutida desde a época de Platão.



3.2.3) O hermafrodita nasceu da fornicação entre o Deus Hermes e Deusa Afrodite, a ponto de criar uma raça de homens perfeitos, que mais lembram os faraós do Antigo Egito. Como não há outros deuses além do Deus verdadeiro, então Ele enviou outro Deus verdadeiro, seu filho muito amado, de modo a restaurar a natureza do verdadeiro sacerdócio, que estava sendo corrompida pelo helenismo.



3.2.4) Era por conta dessa influência que o templo estava virando uma praça de comércio, onde a riqueza dos sacerdotes, não o amor a Deus, seria a base para se tomar Israel como se fosse religião, a ponto de tudo estar no Sumo Sacerdote e nada estar fora dele ou contra ele - e a riqueza do sumo sacerdote é uma prefiguração do que aconteceu na Europa da Idade Moderna, quando surgiram as Grandes Monarquias Nacionais, de caráter absolutista, onde a riqueza do rei se tornou o principal objetivo que toda nação, rica no amor de si até o desprezo de Deus, deveria buscar. Isso estava criando um novo Faraó do Egito na Terra Santa.



3.2.5) Não é à toa que Cristo falou que devemos dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus. Isso foi uma forma de combater o sincretismo entre a verdadeira fé e o paganismo.



4.1) A conquista simbólica da figura do tetraedro fez com que surgisse um novo modelo de pirâmide, onde as quatro faces têm um triângulo eqüilátero, a figura que representa a trindade. Nessa pirâmide, está representada a autoridade do Pai, do verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, e a Santidade da Mãe, a Santa Madre Igreja.



4.2) Da junção dos corpos, a ponto de se tornarem um só, surgirá toda uma legião de pessoas santas e capazes de reproduzir as feições do filho da virgem Maria, a ponto de deixar esse exemplo como um legado para as futuras gerações na forma de santidade. E aí surge toda uma cultura católica que é passada de pais para filhos.



4.3.1) Em termos de Brasil, o número 27 (ou 3 x 3 x 3) é o DDD de Vitória, capital do Espírito Santo. Além disso, o Brasil é composto de 26 estados e o distrito federal.



4.3.2) O culto ao Divino Espírito Santo na forma de exclusiva de Império é um dos fundamentos que faz o Brasil ser Brasil e ele foi introduzido pelos portugueses. Se o verdadeiro brasileiro deve tomar o Brasil como um lar em Cristo, então ele deve se santificar através do trabalho e confiar na bondade de Deus de tal maneira que o país não sucumba a toda a tormenta maçônica que amputou o Brasil do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves e de tudo o que decorre de Ourique.



4.3.3) Nesse sentido, o Estado do Espírito Santo é o guardião da esperança, dessa reserva moral que ainda nos resta, em termos de simbólica.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 27 de abril de 2019.

Da eucaristia como forma de resolver o problema econômico da sociedade ocidental

1) O capitalismo é riqueza tomada como sinal de salvação, um indicativo de que os homens foram divididos entre eleitos e condenados - os eleitos, os salvos de antemão, foram predestinados com a riqueza. Tudo isso é obra da heresia protestante, sobretudo calvinista.

2) A passagem da heresia para a virtude, que se dá no distributivismo ou no solidarismo, depende de como é plantada a lei de Deus dentro do coração dos indivíduos. E essa solução passa pela eucaristia.

3.1) Esqueçam esse negócio de materialismo histórico ou modo de produção - todas essas explicações são antropocêntricas e o homem não é a razão de ser das coisas, mas Cristo, que foi verdadeiro Deus e verdadeiro Homem. É através d'Ele que virá a solução, uma vez que o problema econômico da sociedade ocidental é essencialmente um problema ético e espiritual.

3.2.1) A solução desse problema está na forma como a lei de Deus é plantada no coração de cada indivíduo, a ponto de viver a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus.

3.2.2) Definitivamente, não estamos fazendo catequese suficientemente bem nessa seara - afinal, estamos sendo servos inúteis de Deus, neste aspecto.

3.2.3) Mas não é preciso chegar ao desespero - o que precisamos é de fé, esperança e caridade. Precisamos estudar e meditar sobre o que nos é conhecido de modo que a ordem econômica fundada na heresia seja trocada pela ordem econômica fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus, voltada para a salvação de muitos, a ponto de levar o maior número de pessoas para a pátria definitiva, que se dá no Céu. É exatamente isto que estou buscando.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de abril de 2019 (data da postagem original).

Do mecenato vem o Direito do Trabalho

1) Quando alguém estabelece uma atividade econômica organizada, essa pessoa tende a patrocinar o trabalho da melhor mão-de-obra disponível de modo a promover o bem comum e fazer com que o maior número de pessoas possível vá para a pátria definitiva, que se dá no Céu. Só por força disso, ela está tendo ganho sobre a incerteza nesta vale de lágrimas.

2.1) A atividade econômica no tocante a atender todas as necessidades humanas fundadas no fato de se tomar o país como um lar em Cristo é um desdobramento da atividade política organizada - e quando a política é organizada, ela acaba fazendo da caridade a base da economia, a ponto de ser voltada para a salvação.

2.2.1) Ofertas de empregos pagando bons salários geralmente são esmolas - o empregador vê num empregado um Cristo mendigo que está trabalhando no seu ofício de carpinteiro e por isso patrocina o Seu trabalho, dado que ele é salvífico.

2.2.2) Isso estimula o senso de lealdade entre as pessoas, a ponto de o empregado se dedicar da melhor forma possível de modo a fazer jus por uma remuneração melhor. Mas essas coisas não se dão nos méritos do empregado, mas nos méritos de Cristo, uma vez que o Cristo príncipe, que se faz de empresário ou mecenas, é a verdade em pessoa e concederá tal pedido no melhor momento possível.

2.2.3) Se as coisas se dessem nos méritos dos empregados, a própria cultura de riqueza tomada como sinal de salvação se desdobraria numa cultura de pleno emprego. E pleno emprego é algo que não existe, pois algumas pessoas precisam se dedicar à atividade governamental, que é uma obrigação de meio, não de resultado - por essa razão, a produtividade de uma atividade política organizada só pode ser medida pelo senso de lealdade que as pessoas têm na missão de servir a Cristo em terras distantes, coisa que não pode ser apurada de maneira quantitativa. Essa experiência só ser apurada da seguinte forma: sentindo na pele a experiência de viver tal realidade. Só aí que você poderá melhor descrevê-la, pois você está dela também participando. Se ela fosse medida no homem, pelo homem e para o homem, já teria o direito do trabalho se convertido em direito ao trabalho, a ponto de se tornar filantropia, o que edifica liberdade com fins vazios, pois a riqueza não seria uma graça decorrente da santificação através do trabalho, mas um sinal de salvação decorrente de uma visão de mundo que divide os homens entre eleitos e condenados - e os eleitos de antemão estariam sempre ricos, nunca pobres.

3.1) Afinal, o senso de nacionidade pede que você esteja presente diante do Altíssimo de modo a provar o sabor das coisas e conservar o que é conveniente e sensato.

3.2) Ele não admite um "papel social" da profissão, uma teatralidade hipócrita fundada no fato de se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade. Foi exatamente por causa disso que a vida acadêmica decaiu, pois a aceitação acadêmica, ou a pressão do pares, passou a ter mais valor do que a verdade, coisa que decorre do Todo que vem de Deus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de abril de 2019.

sexta-feira, 26 de abril de 2019

Notas sobre a palavra comércio

1) A palavra "comércio" decorre da junção de duas palavras: comunhão e mercê, da qual vem a palavra "mercadoria".

2) De comunhão vem as palavras comum e comunidade. E a base da comunidade é a comunhão, é a reunião de pessoas que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, na conformidade com o Todo que vem de Deus.

3.1) Mercê é favor. Numa sociedade onde Cristo é a base de tudo, as pessoas estabelecem uma cultura de confiança onde umas prestam favores às outras, pois nela há uma constante relação de crédito e débito.
3.2) Uma das formas de se prestar um favor é produzindo mercadorias de tal maneira que um mercador sirva à comunidade dos que agem tal como o Cristo necessitado. Daí nasce o emprego como uma esmola e o salário dado de forma liberal, dado que as pessoas são livres em Cristo, por Cristo e para Cristo de modo que o empregado enxergue na figura do empregador um santo que o estimula a santificar-se através do trabalho na oficina, criando mercadorias para serem vendidas.

3.3) É pela prestação de serviços, é pela comunhão de bens e serviços que se constrói um bem comum de modo que as pessoas tomem o país como um lar em Cristo, a ponto de o maior número de pessoas possível ir para a pátria definitiva, que se dá no Céu. É pela prestação de serviço que as pessoas se associam de modo a criar um projeto em comum, de tal modo que o Santo Nome de Deus seja publicado entre as nações mais estranhas. Eis a sociedade.

3.4) Desse modo, fica provada a relação entre comércio e governo, o que é essencial para a construção do chamado Estado-mercado no âmbito institucional e civilizatório.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de abril de 2019.

Notas sobre ciência e arte popular

1.1) Povo é o conjunto de pessoas, não de indivíduos.

1.2.1) Pessoas que tomam o país como um lar em Cristo são as que se santificam através do trabalho, pois são chamadas a servirem a Deus e ao próximo dentro daquilo que de melhor são capazes de fazer.

1.2.2) O conjunto de pessoas que se associam de modo a fazer com que uma determinada comunidade seja tomada como um lar em Cristo e passe a ter uma razão para viver seu destino histórico e ser alguma coisa neste mundo de lágrimas se chama povo. E esse povo é de Deus, pois ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento.

2.1) Quando o povo de Deus de uma determinada região geográfica encontra uma razão de ser fundada no verdadeiro Deus e verdadeiro Homem para servir a Ele em terras distantes, nós temos uma nação.

2.2) Enquanto ela servir a Cristo nesse fundamento, ela manterá seu senso de nacionidade íntegro, uma vez que esta é a verdadeira ontologia das coisas.

3.1) O ser humano não é um mero corpo biológico. Por isso, as famílias humanas não são como as famílias na biologia.

3.2) Pessoas virtuosas decorrem de famílias virtuosas, de uma pequena comunidade de pessoas que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, a ponto de fazerem da formação de uma família uma vocação para a salvação de muitos. Esta é a base para a vida em comunidade e em sociedade.

3.3) Se uma pessoa é capaz de provar o sabor das coisas a ponto de ficar com o que é conveniente e sensato, então a verdadeira ciência popular está na reunião de todos esses saberes provados e conservados de maneira conveniente e sensata e que estão dispersos em cada família.

3.4) Se há uma ciência popular, então há uma arte popular fundada na aplicação dessas verdades conhecidas e obedecidas de modo a fazerem com que as pessoas não esqueçam sistematicamente o que não pode ser esquecido e que se funda na conformidade com o Todo que vem de Deus.

3.5) Se a verdadeira ciência se dá na reunião do conhecimento disperso em sociedade, então o melhor lugar para encontrá-lo é num ambiente onde as pessoas que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento possam trocar suas experiências umas com as outras. Por isso mesmo, num ambiente de mercado, que é onde a troca serve ao bem comum.

3.6) Se é no mercado onde encontramos o povo, então o artista sempre estará no mercado para mostrar a sua arte, lembrando ao povo o que não pode ser esquecido, pois isso leva ao belo, à conformidade com o Todo que vem de Deus.


4.1) A Ciência e a Arte Popular não têm nenhuma relação com a ciência de laboratório, que é acadêmica que é fundada no conservantismo, uma vez que Cristo foi jogado de lado.

4.2) A ciência de laboratório atual virou pseudociência e se tornou até hiperciência, dado que está fabricando monstros em laboratório, tal como o professor Loryel Rocha demonstrou, pois desde a Revolução Francesa não há uma definição de homem entre nós, uma vez que tudo se tornou relativo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de abril de 2019 (data da postagem original).

Do nacionismo como ciência e como arte

1.1) Ciência, segundo São Paulo Apóstolo, implica provar o sabor de tudo e ficar com o que é conveniente e sensato.

1.2.1) Arte implica aplicar o que é conhecido até onde for necessário ser aplicado, uma vez que verdade conhecida é verdade obedecida.

1.2.2) Quando não se tem um conhecimento definitivo acerca do que deve ser aplicado, você precisa ter liberdade para aplicar as coisas de modo a provar o verdadeiro valor delas, a ponto de se ter o conhecimento do que deve ser conservado de maneira conveniente e sensata, uma vez que é em Cristo se funda tal propósito.

2.1) Toda disciplina de estudo tem um elemento de ciência e um elemento de arte.

2.2) Por isso mesmo, o senso de tomar o país como um lar em Cristo leva em conta as verdades conhecidas pelas gerações anteriores de pessoas de uma família que ama e rejeita as mesmas coisas que você, tendo por Cristo fundamento e na conformidade com o Todo que vem de Deus. O maior desafio hoje é aplicar o que se conhece num mundo cada vez mais relativista, que vive cada vez mais buscando liberdade sem Cristo a ponto de edificar liberdade com fins vazios, o que levará a ruína de todos os homens, por meio da dissolução das famílias.

3.1) De todos os seres deste planeta, nenhum deles é como o ser humano. Aristóteles está corretíssimo ao definir o homem como o animal que erra - ele foi feito à imagem e semelhança de Deus, mas acabou se afastando da conformidade com o Todo que vem de Seu Criador por força do pecado original, o que contaminou toda a descendência.

3.2.1) O homem, enquanto animal que erra, só é livre se em Cristo ele se reconciliar com o seu criador, que é Deus - e enquanto progride na sua busca pelo verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, que é o verdadeiro Santo Graal, ele vai conservando o que é conveniente e sensato.

3.2.2) Quanto mais verdades conhecidas, mais verdades obedecidas, a ponto de gerar um senso de responsabilidade entre as diferentes gerações no planeta - e isso leva ao despertar sistemático das consciências, a ponto de gerar uma cultura cristocêntrica, fundada no verdadeiro Deus e verdadeiro Homem como a medida de todas as coisas.

3.2.3) Se essas responsabilidades forem ensinadas, sistematicamente distribuídas a todas as pessoas que buscam de maneira sincera o saber, isso vai acabar gerando uma cultura solidarista, a ponto de fazer da amizade a base da sociedade política, pois somente aqueles que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento são dignas de tomarem o país como um lar em Cristo. a ponto de servirem de modelos de como ser um bom cidadão nesta terra, fazendo a cidade dos homens espelhar a Jerusalém celeste. Eis a gênese da nobreza e de todo principado, enquanto evolução da República.

4.1.1) O senso de responsabilidade - enquanto chamado sistemático das pessoas à conformidade com o Todo que vem de Deus, à santidade - leva à vocação e ao apostolado.

4.1.2) Todo trabalho deve ser feito de modo a servir ao próximo, esteja ele em contigüidade geográfica ou não. O conceito de próximo é tão elástico que abrange até mesmo os que ainda não nasceram. Por isso, todo trabalho deve promover o Reinado Social de Cristo Rei de modo que o Santo Nome de Nosso Senhor seja promovido entre as nações mais estranhas.

4.1.3) Pelo fato de o homem dizer sim a esta missão salvífica, ele se torna uma pessoa, uma vez que ele só é livre quando ele ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, uma vez que o homem é criatura e não criador.

5.1) É um engano pensar que o homem tem um fim em si mesmo, uma vez que que ele não é Deus - e por não ser Deus ele não tem onipresença, onisciência e onipotência.

5.2) Quando a pessoa é reduzida a indivíduo, ela é rebaixada ao mesmo nível de todos os outros animais da biosfera, que só tem existência material. Nega-se, portanto, a prerrogativa que Deus deu ao homem, que é a dominar todos os animais da terra e do mar, tal como está na narrativa da gênese da criaçao do mundo por Deus. Por isso mesmo, isso leva ao igualitarismo e faz a liberdade ser servida com fins vazios, a ponto de advogarem os direitos dos animais como se fossem direitos humanos. Trata-se de um movimento duplo: tanto de rebaixamento do homem quanto da elevação dos animais àquilo que é próprio do homem: a primazia da criação.

5.3.1) Em ciência moral, a pessoa é o dado irredutível; na biologia, é o indivíduo - por isso mesmo são categorias ontológicas distintas. 

5.3.2) Em biologia, o indivíduo é a base para se estudar as espécies de seres que habitam este planeta, pois é se estudando as demais características dos seres, tanto fisiológicas quanto comportamentais, que chegamos a ter um conhecimento acerca da vida deste planeta, a ponto de ter algum conhecimento instrumental acerca do assunto. Em ciência moral, o conceito de pessoa leva sempre em consideração a definição antropológica de homem enquanto animal que erra - por isso, a verdadeira liberdade deve ser sempre lastreada de responsabilidade, fundada na imitação sistemática do verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, que deu pleno cumprimento à Lei Mosaica.

5.3.3) Quando se adota a definição do homem enquanto animal que mente, a moral se torna instrumental, utilitária, e o homem é classificado como um corpo biológico. Eis aí a confusão de tudo, o que acaba servindo liberdade com fins vazios - e isso leva à perda do senso das proporções.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de abril de 2019 (data da postagem original).

quarta-feira, 17 de abril de 2019

Notas sobre capitalização e outros temas relacionados

1) Como empreendedor nas letras, meu tempo é precioso, seja escrevendo, seja digitalizando livros. Ainda que meu tempo não esteja sendo monetizando, ele tem valor, uma vez que estou santificando a mim mesmo e a muitos com o meu trabalho.

2,1) É por força disso que estou pensando em seriamente fazer com que as pessoas marquem hora para falar comigo.

2.2) Se é assunto relativo ao trabalho que faço, a pessoa pode falar comigo sem problema. Não é preciso marcar hora. Como é assunto produtivo, não cobrarei nada da pessoa.

2.3.1) Agora, se a pessoa quiser falar comigo sobre futebol, sobre vida íntima e outros assuntos improdutivos, aí vai ter que marcar hora comigo. Cobrarei dezesseis pela hora marcada, a título de compensação (a pessoa está me tirando do trabalho para discutirmos assuntos improdutivos). É o que farei com as criaturas dos EUA que ficam a torrar meu saco.

2.3.2) Quinze reais e cinqüenta centavos é quanto vale meu homem-hora, admitindo que eu tenha cem mil reais em todos os 28 aniversários da poupança. Não importa o que eu faça - o valor do meu homem-hora é este, pois o banco no momento está pagando R$ 3,72 a cada mil reais poupados. Ainda que não tenha esse dinheiro na poupança, ajo como se tivesse. Faço isso de forma pedagógica, pois o meu tempo tem valor e não pode ser tomado com coisas fúteis.

3.1.1) Se todas as pessoas tivessem o hábito de poupar, a ponto de cada uma ter esse montante na poupança, então seria perfeitamente sensato apurar um seguro de vida tendo por base o valor objteivo dessa pessoa viva, só pelo fato de estar viva, cuidando da família e das coisas de Deus.

3.1.2) Se uma pessoa jovem, no alto dos seus 25 anos, tivesse cem mil reais em cada um dos 28 aniversários da poupança, o homem-hora dessa pessoa valeria quinze reais e cinqüenta centavos, objetivamente. O valor da vida dela seria apurado até os 80 anos - para cada 24 horas de vida vivida, 372 por dia. 372 x 365 são R$ 135.780,00/ano - como restam 55 anos de vida, o valor do seguro seria de R$ 7.467.900,00 (quase 7,5 milhões de reais - esse é o valor do seguro de vida dessa pessoa, objetivamente falando).

3.1.3) Se essa pessoa for assassinada por motivo fútil ou torpe, o responsável por sua morte será obrigado a ressarcir à família da vítima nesse valor, havendo condenação criminal por esse crime, já transitada em julgado. Mesmo que a pessoa seja rica, ela deve pagar a indenização trabalhando na prisão - e só sairá de lá até pagar o último centavo, uma vez que trabalho é um dos efeitos da pena - e o trabalho como pena faz a pessoa se santificar, a ponto de trocar o velho homem pelo novo, a ponto de viver a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus.

3.1.4) Uma vez paga a indenização, será apurado se a pessoa que cometeu tal crime realmente se arrependeu e pediu perdão pelos seus pecados - é preciso que as penitenciárias sejam lugares de conversão, assim como de santificação através do trabalho. Se houver arrependimento, a pessoa tem direito a um livramento condicional e passa por um período de prova de cinco de anos. Se ela tiver vivido uma vida limpa, sem cometer crime algum, ela estará livre; se o assassino não se arrepender de seus crimes, pena capital, posto que esta pessoa não merece viver, por ser uma ameaça à sociedade.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 17 de abril de 2019.   

Do potencial do google tradutor para entender os livros que estão em outra língua que não o português

1) Durante os meus anos de faculdade, eu tomei contato com um livro cujas citações estavam todas em latim e que não haviam sido traduzidas. Trata-se do livro O Positivismo Jurídico, de Norberto Bobbio. Li-o no primeiro período, quando fazia Introdução ao Estudo do Direito. Quando estava prestes a me formar, minha mãe recebeu um voucher, o qual só podia ser gasto apenas nas livrarias da cidade do Rio de Janeiro. Uma dessas livrarias era a Martins Fontes. Fui lá no Centro e comprei o livro.

2) Tempos depois, em 2011, eu ganhei a câmera com a qual trabalho até hoje. Ainda não digitalizei esse livro, por falta de oportunidade. Entre 2011 e 2019, surgiu o Google Tradutor e evoluí na técnica de digitalização. Posso finalmente traduzir as citações que estão no latim de modo que possa ler o livro e compreendê-lo em sua inteireza, uma vez que não tive latim na faculdade.

3.1) Aliás, graças ao Google Tradutor eu posso traduzir os livros que estão em outra língua que não o português. Basta digitalizar o livro, verter o texto para o português e meditar sobre o que está sendo dito. Estou fazendo isso com uma gramática de língua polonesa - assim, eu posso aprender polonês com mais facilidade.

3.2) O maior desafio será conseguir dinheiro para comprar livros na Europa, mas posso convencer os meus pares que se encontram na Europa a colaborarem comigo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 17 de abril de 2019.

Fugindo das conversas inúteis e das ocasiões de pecado

1) Estava eu no gmail checando minha correspondência quando de repente me aparece uma americana querendo falar comigo. Perguntou-me se eu era casado e se tinha filhos. Disse-lhe que não. Ela se disse viúva, que não tinha filhos e que morava em Oklahoma.

2) Um pouco antes de tentar me ligar, eu havia deixado o gmail para poder me dedicar ao Civilization V, já que faz muito tempo que eu não jogo. Ela tentou me ligar e não estava conseguindo falar comigo. Como não conseguiu, acabou me bloqueando.

3.1) É o que dá quando você toma a iniciativa para falar comigo. Geralmente quem toma a iniciativa vai tomar meu precioso tempo com assuntos inúteis - se a pessoa for dos EUA, é certo que vai me pedir dinheiro.

3.2) Por isso que não deixo ninguém tomar a iniciativa para falar comigo, pois sei que vou perder meu tempo precioso, que poderia ser investido jogando ou escrevendo. Sinto-me profundamente incomodado quando a pessoa me chama para uma conversa e fico até de má vontade em responder porque sei que a conversa será improdutiva.

3.3) Eis uma dia que eu dou: se deseja ser por mim respeitado, é mais sensato que marque hora para poder falar comigo. Meus pais podem falar comigo quando quiserem, pois emergência na família tem prioridade. Meu tempo é valioso e não vou perdê-lo com conversas inúteis.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 17 de abril de 2019.

terça-feira, 16 de abril de 2019

Notas sobre a relação entre moeda fiduciária, santificação através do trabalho e a forma pela qual você percorre o caminho das honras numa sociedade que ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento

1.1) Estava meditando sobre a relação entre moeda fiduciária e a forma como você percorre o caminho das honras.

1.2) Quanto mais alto na hierarquia você chega, mais a sua moeda será valorizada, uma vez que você está servindo em confiança dos que acreditam em você, de a obter financiamento necessário para poder oferecer serviços melhores ou a mais gente ainda.
 
1.3.1) Por isso mesmo, trata-se de sacrifício - você deve morrer para si mesmo de modo que você tenha mais ganho sobre a incerteza. Assim, você poderá trocar seu serviço em prol dos outros por serviço que vise ao atendimento de suas necessidades pessoais ou em prol de sua família.

1.3.2) Este é o fundamento pelo qual você deve se santificar através do trabalho, seja como político, seja em qualquer outro trabalho, por mais básico e humilde que ele seja. Essa moeda fiduciária pode ser virtual, pois ela pode estar simbolizada na forma de um trabalho, como o trabalho escrito por um escritor.

1.3.3) Por isso que é possível pagar com trabalho aquilo que não poder ser pago com moeda - e isso cria fungibilidade a algo que é infungível, o que permite uma possível negociação, o que leva as pessoas a viverem sempre juntas, cooperando umas com as outras, o que é essencial para se tomar o país como um lar em Cristo.

2.1) Isso tem profunda relação com a vocação - o melhor trabalho de uma pessoa torna-se para ser usada para se conseguir o apoio de outras, o que fomenta a integração entre as pessoas.

2.2) Se o melhor trabalho se funda na vocação, onde colaboro para o bem comum com as minhas habilidades, então esse valor é objetivo, porque se funda na verdade, nunca no amor de si até o desprezo de Deus. Afinal, se estou me revestindo de Cristo, então devo me santificar através do trabalho, de tal modo que minhas mãos, e não meus lábios, estejam em constante oração.

2.3.1) A liberdade de emitir moeda, de servir confiança, não pode ser servida com fins vazios, a ponto de fazer da riqueza sinal de salvação.

2.3.2) A emissão de moeda nessa direção deve feita pelas pessoas mais honradas de forma a patrocinar o trabalho dos pequenos e dos que estão sob sua proteção e autoridade, tal como um mecenato.

3.1) Quando uma riqueza se torna o símbolo de excelência de uma determinada localidade, a ponto de ser motivo de orgulho e de honra de uma comunidade inteira, então ela se torna o lastro de toda a comunidade, o ponto de referência para se medir os outros trabalhos.

3.2.1) De todas as riquezas que o país já teve, nenhuma delas foi tão valiosa quanto o pau-brasil.

3.2.2) Ele ajudou a edificar alta cultura, a tal ponto de haver uma marca de excelência entre nós, uma marca de nacionalidade, cuja espécie decorre do gênero português, fundado na missão de servir a Cristo em terras distantes, tal como se deu em Ourique.

3.2.3) Isso tem mais valor do que o ouro, pois o pau-brasil é uma árvore. Ele é capaz de se reproduzir, embora precise de muito tempo para se desenvolver e descendentes férteis.

3.2.4) O ouro não vale tanto porque não se reproduz. Por não se reproduzir, a tendência é gerar inflação, sobretudo quando há abundância desse vil metal. Isso leva à retenção sistemática do mesmo, o que fomenta a avareza - e isso leva à quebra sistemática de confiança da sociedade.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 16 de abril de 2019.

Da postagem em rede social como moeda

1) Uma outra forma para se construir público de uma maneira mais discreta, quando não se deseja marcar 99 pessoas, é usar a postagem que você escreve como moeda.

2.1) Quando você escrever uma postagem, não marque ninguém, inicialmente falando. Pegue o link do que você escreveu e coloque-o num txt.

2.2) Para melhor identificar esta postagem das demais, faça uma breve descrição do que você escreveu e deixe a postagem estocada até você encontrar uma postagem alheia que tenha uma forte ligação com a sua.  Quando você a encontrar, coloque o link da postagem nos comentários.

3.1) Faça isso num mural de alguém que seja muito acessado e que ame e rejeite as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, na conformidade com o todo que vem de Deus. Você está pedindo o público dos outros emprestado de modo que seu trabalho também cresça e seja valorizado.Se o seu trabalho for sério, isso paga dividendos morais.

3.2) Nos comentários das suas postagens, você pode acrescentar links para postagens anteriores e digitalizações de livros que serviram de base para a sua postagem. A pessoa, se quiser, pode fazer uma aquisição e financiar sua atividade intelectualmente organizada.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 16 de abril de 2019.

segunda-feira, 15 de abril de 2019

Comentários sobre os últimos assassinatos de monumento cometidos

1) Vivi pra ver três assassinatos relevantes de monumento: o World Trade Center, o Museu Nacional e a Catedral de Notre Dame.

2) Parece-me que os dois últimos foram meticulosamente planejados: o Museu Nacional foi assassinado durante a chamada "semana da pátria", enquanto a Catedral de Notre Dame foi assassinada na Semana Santa.

3) A República aqui surgiu cem anos após a Revolução Francesa. Ambas as repúblicas são anticristãs, regicidas e fazem do assassinato de monumentos uma política de Estado, a ponto de tudo estar no Estado e nada estar fora dele ou contra ele.

4) O Império foi instalado no dia 7 de setembro sob o dístico de Independência Ou Morte, Independência essa fundada na falsa trindade, baseada no homem, pelo homem e para o homem: a igualdade, a liberdade e a fraternidade sem Cristo, a ponto de negar o que decorre de Ourique, do verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, Nosso Senhor Jesus Cristo, que nos mandou servir a Ele em terras distantes.

5) Se pararmos pra pensar, os crimes têm profunda conexão um com outro, dado que os revolucionários são internacionais, pois não tomam nenhum país como um lar, ainda mais em Cristo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 15 de abril de 2019.

domingo, 14 de abril de 2019

Notas sobre o feudalismo ou sobre a aliança entre a cruz e a espada

1) O termo "feudo" vem de foedus, que quer dizer aliança, em latim

2.1) O feudalismo foi um momento da História onde houve uma aliança entre as nobrezas locais e a Igreja. 
2.2) Isso deu origem à civilização européia, que é cristocêntrica por excelência. E isso salvou o continente da invasão islâmica que estava acontecendo.


3.1.1) As monarquias nacionais surgiram quando houve a centralização do poder na figura do rei, seja por disputas políticas internas, seja por meio de alianças feitas de modo a se deter um inimigo comum: os islâmicos.

3.1.2) O rei passou a ser o chefe da nobreza, mas sua autoridade estava limitada - ele não podia passar por cima da autoridade da Igreja, uma vez que Cristo, que é verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, é quem constrói e destrói impérios, tal como Ele disse a D. Afonso Henriques. Por isso, os reis eram vassalos de Cristo e de seu vigário, o Papa, visando o bem comum de toda a Cristandade.


3.2.1) A partir do momento onde um rei como Henrique VIII rompe com Roma e funda sua própria igreja, aí é que temos o surgimento de uma monarquia absoluta.

3.2.2) É do absolutismo monárquico decorrente de uma heresia que surge o liberalismo (busca da liberdade sem Cristo).

3.2.3) O maior problema é quando importam tais idéias derivadas da heresia e tentam aplicá-las numa realidade que não tem nada a ver com a realidade inglesa, como aconteceu no Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves.

3.2.4) Isso gera um tipo perverso de colonização do imaginário, o que leva a um processo sistemático de invenção de tradições fundadas no homem como a medida de todas as coisas, sobretudo quando este mente em nome da verdade.

3.2.5) O Brasil decorrente de 1822 nasce dessa insanidade - ele foi concebido para ser o império dos impérios fundados nisso.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 14 de abril de 2019.

sábado, 13 de abril de 2019

Da necessidade de se obter informações estratégicas sobre o bolivarianismo

1) Para se compreender o bolivarianismo, é preciso que se estude a influência maçônica na História da Venezuela. Um autor é crucial para isso: Romero B. Celestino.

2) Por enquanto, a Venezuela amarga a ditadura de Maduro. Tão logo ele caia, uma janela será aberta. É preciso que se compre esses livros dentro dessa janela, pois o regime pode ser fechado a qualquer momento.

3) Um outro livro para se compreender quem foi de fato o monstro que foi Bolívar é o livro El Terror Bolivariano, de Pablo Victoria. Este livro trata dos crimes de guerra de Bolívar durante o processo de "libertação" da América da Espanha, "libertação" essa feita pela maçonaria.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 13 de abril de 2019 (data da postagem original).

Rio de Janeiro, 06 de outubro de 2021 (data da postagem atualizada).

sexta-feira, 12 de abril de 2019

Como compus minha visão sobre a Teoria dos Três Mundos?

Um colega me fez esta pergunta, sobre o meu artigo a respeito da teoria dos três mundos: "Dettmann, de onde você tirou inspiração para escrever sobre isso? Não conhecia essa teoria a respeito dos países".

Eu respondo:

1) Essa meditação foi baseada na teoria dos três mundos - ela era muito estudada em aulas de geografia, sobretudo na época em que era estudante. Essa teoria foi baseada na teoria dos três estados que compunham a Assembléia dos Estados Gerais, na época da Revolução Francesa. Ou seja, ela baseou num substrato da realidade histórica da França.

2.1) Um livro que me serviu de base para escrever esta reflexão foi "O que é o Terceiro Estado?", de Emmanuel Joseph Sièyes - aqui no Brasil, ele recebeu o nome de A Constituinte Burguesa.

2.2.1) Nesse livro, Sieyès fala que o terceiro estado é a verdadeira nação por si mesma, visto que essa classe ficou rica no amor de si até o desprezo de Deus - afinal, os mercadores, a base da maçonaria, eram todos membros desse chamado terceiro estado.

2.2.2) Tal como houve no calvinismo, na Revolução Protestante, eles se declararam eleitos de antemão e os demais estados, clero e nobreza, se tornaram condenados de antemão, tanto é que vários foram condenados à morte por força do Terror Revolucionário.

2.2.3) Por razões de Estado e de bem-estar social, alegaram que os membros dos dois primeiros estados eram de origem estrangeira, impura - e isso ensejou a teoria do jus sanguinis como uma forma de justificar a tomada desse poder. Esse ato de arrogância deu origem à moderna Teoria do Poder Constituinte, fundada no povo, pelo povo e para o povo, como se ele fosse a voz de Deus. Para o Estado ser tomado como religião, a ponto de tudo estar no Estado e nada estar fora dele ou contra ele, isso já é um pulo.

3.1) À medida que essa religião liberal foi se tornando organizada, alguns países acabaram se tornando nações sacerdotes - essas nações, que constituíram o chamado segundo mundo, se arrogaram o título de "apóstolos da Revolução" de modo a exportar a revolução pelos quatro cantos, como se ela fosse um verdadeiro evangelho.

3.2.1) A Rússia é, por excelência, a nação sacerdotal dessa religião revolucionária - e os erros da Rússia, dessa nação sacerdote, foram se espalhando.

3.2.2) Como um heresiarca é sempre um sacerdote rico no amor de si até o desprezo de Deus, então foi preciso que uma nação sacerdote servisse a Cristo em terras distante de modo a se trocar o certo pelo errado. E aí Portugal foi escolhido novamente para este trabalho, pois já fazia esse trabalho há muito tempo, desde Ourique.

3.2.3) É por isso que Nossa Senhora apareceu em Fátima. Os países mais fiéis à Cristandade, que haviam se tornado terceiro mundo segundo critério revolucionário, se tornaram o primeiro mundo em Cristo, a ponto de dar combate a essa sorte de erros.

4.1) Além do que aprendi em geografia e desse trabalho do Sièyes, o conhecimento da História de Portugal também serviu de base.

4.2.1) Também me vali de coisas que aprendi na época do Direito sobre a Teoria da Instituição. Eu percebi nela uma certa ironia: o condenado vira um dia vira eleito e o eleito, rico no amor de si até o desprezo de Deus, é condenado ao ostracismo, à lata de lixo da História, a ponto de esses impérios fundados no homem perecerem.

4.2.2) Mas esta contra-revolução, que está em marcha, tem sua origem num império fundado no verdadeiro Deus e verdadeiro Homem - Deus transformou nações condenadas, como Polônia e Hungria, em nações eleitas, de primeiríssimo mundo, a ponto de comporem a nova nobreza da cristandade, já que Portugal já faz o trabalho sacerdotal.

4.2.3) Se você observar, há uma certa dose de metafísica nessa analogia que escrevi.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 12 de abril de 2019.

Descoberta uma chave para se ler Aristóteles

1) Ontem, eu fui fazer uma busca por obras de Mário da Gama Kury (um dos maiores tradutores de língua grega que o país já teve). Estava procurando traduções dele da obra de Aristóteles, mas acabei encontrando outra coisa: a obra Pluto ou Um Deus chamado dinheiro, de Aristófanes. Ele fez também a tradução da peça, tradução essa que vou adquiri-la mais tarde.

2) Agora eu compreendo por que Aristóteles usou o termo "crematística" - ele está se referindo a um modelo de imitação que é próprio do comportamento de Crêmio, o personagem principal desta peça. Por isso mesmo, vou lê-la, para efeito de referência.

3.1) O professor Olavo falou que Aristóteles foi crítico literário das obras gregas, tanto de comédia quanto de tragédia.

3.2) Todo o fundamento filósofo de sua obra tem substrato na literatura, cuja função é captar a estrutura da realidade pela qual uma determinada comunidade política e social passa ao longo de sua história.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 12 de abril de 2019.