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quarta-feira, 21 de abril de 2021

Críticas a uma idéia do Príncipe D. Luiz Philippe de Orléans e Bragança

1) O Príncipe D. Luiz Philippe de Orléans e Bragança que é maçom, teve a idéia de tirar o feriado de Tiradentes e transferir a comemoração para o descobrimento do Brasil. Como todo bom maçom, ele acha que a migração de símbolos resolve o problema - em resumo, isto é o mesmo que um bom "cala a boca" para o povo, pois a verdade, que é o fundamento da liberdade, está falando mais alto contra esses conservantismos odiosos. Mas, como bem apontou Loryel Rocha, símbolos não migram.

2) Acontece que a melhor pedagogia contra a opressão, contra feriados fakes, é a desobediência civil. É preferível que o povo vá trabalhar nesses dias ganhando dobrado, seja no dia de Tiradentes, seja no dia 15 de novembro, seja no dia de Zumbi. Enquanto não houver um fato na nossa história que mereça ser comemorado no lugar dessas estrovengas, a gente se santifica através do trabalho. Que esses dias durem tais como os 40 anos que os hebreus ficaram no deserto - Deus suscitará uma boa razão para lembrarmos desses dias como feriados!

3) Afinal, só se destrói algo ruim com uma coisa boa. E não é substituindo um dia por outro que se resolve o problema, pois isso é arbítrio. E ele não é Deus para fazer isso.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 21 de abril de 2021 (data da postagem original).

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terça-feira, 20 de abril de 2021

Por que chamo o falso quilombola de "quilombeiro"?

1) Quilombola - pessoa que vive em quilombo. Trata-se de uma forma de resistência à escravidão, algo que é condenado pela Santa Madre Igreja.

2) Quilombeiro - é o mesmo mesmo que barraqueiro. É o que arruma confusão (em espanhol, quilombo). Pessoas como Zumbi dos Palmares podem acabar se assenhoreando do quilombo de tal maneira a ser dono de tudo e de todos. Ele é como um tirano revolucionário - vale-se da crise da escravidão para escravizar os outros. Não passa de um oportunista.  Ele é análogo a um grileiro de terras. E para pessoas como Marx, a escravidão é uma categoria econômica importante, já que edifica liberdade com fins vazios, a base para a revolução.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 20 de abril de 2021 (data da postagem original).

Notas sobre a política trabalhista que iria adotar para esvaziar feriados fakes, se fosse político

1) O Brasil, como comunidade imaginada pela mentalidade revolucionária, tem três feriados fake: 21/04 (Tiradentes), 15/11 (O dia em que a monarquia foi derrubada para dar lugar a esta odiosa república em que estamos) e o dia de Zumbi (esse "quilombeiro" filho de uma puta que tinha escravos no Quilombo dos Palmares, que é visto como um herói pela esquerda comunista, bem como pelo braço brasileiro do black lives matter, essa nefasta organização terrorista que está a destruir os EUA e o mundo todo), cujo dia não me recordo agora.

2) Como não se comemora feriado fake, nestes dias a população vai trabalhar, ao invés de ficar em casa. A população vai ganhar a diária do seu trabalho em dobro. Por exemplo, se o homem-hora de alguém é R$ 40 a hora de trabalho, nestes dias de feriado fake essa pessoa vai ganhar 80. As empresas podem reduzir as horas de trabalho do empregado neste dia, dentro daquilo que possam pagar, se estiverem em dificuldades financeiras.

3) Como só se pode substituir algo ruim por algo bom - enquanto não encontramos uma boa razão para celebrar esses dias como feriados, no tocante a se tomar o país como um lar em Cristo, por Cristo e para Cristo -, os dias dos feriados fake serão transformados em dias de santificação através do trabalho. Nesses dias, o trabalhador ganha o dia do trabalho em dobro ou terá suas horas de trabalho reduzidas nesse dia, se a empresa não puder pagar essa gratificação especial a sua força de trabalho. 

4) Os maus feriados devem ser esvaziados de seus propósitos e o povo deve se santificar através do trabalho - assim se troca o que é ruim pelo que é bom. O feriado da abolição da escravatura - que deveria ser celebrado no dia 13/05, quando foi assinada a Lei Áurea - será celebrado como feriado, pois é feriado verdadeiro. Já o dia de zumbi, feriado fake, será transformado em dia de santificação através do trabalho - é o que vou fazer com todos os feriados fakes do Brasil. se fosse político.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 20 de abril de 2021 (data da postagem original).

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Do indivíduo enquanto mônada racional da ciência econômica - notas sobre esta falácia

1) Os economistas austríacos falam que indivíduos são a mônada racional da ciência econômica. Tal qual o átomo já foi um dia, trata-se de um dado indivisível, irredutível.

2) Acontece, porém, que esses "átomos" são divisíveis, sim. Os indivíduos são, na verdade, pessoas - e elas deixam um legado quando morrem, seja isso na forma de uma família, seja na forma de obras, como empresas ou fundações, por exemplo.

3.1) Os filhos são o desdobramento de uma pessoa - e até certo ponto, a continuação do trabalho do pai no campo da eternidade, a ponto de a política, quando organizada, ser a continuação da trindade, pois os filhos, se forem bons filhos, honrarão o legado do pai, se este for um bom pai de família que se santificou através do trabalho, a ponto de se tomar o país onde se vive como um lar em Cristo, por Cristo e para Cristo como a razão de ser de uma tradição.

3.2) A atividade econômica organizada que o pai criou, ela pode sobreviver no mundo na forma de uma empresa, a ponto de ser um verdadeiro legado para a comunidade inteira; a obra de caridade que ele organizou, a fundação, também. Por isso, os atos das pessoas que podem ser desmembrados e corporificados na forma de instituições são a prova cabal de que pessoas são muito mais do que indivíduos - o que refuta de vez a noção atomística dos liberais, que é toda baseada na imitação rasteira da física moderna, baseada na mecânica newtoniana ou quântica - uma das pedras angulares do modernismo e do darwinismo social, rejeitados pela Santa Madre Igreja Católica, pois esta cosmovisão é falsa, além de má por si mesma. 

3.3.1) A mesma coisa pode ser dita com relação a nações, enquanto conjuntos de indivíduos. Isso está errado - uma nação é, na verdade,  o conjunto de pessoas que tomam um determinado país como um lar em Cristo, por Cristo e para Cristo, a ponto de amarem e rejeitarem as mesmas coisas tendo por Ele fundamento. Elas estão juntas nesta terra porque há um destino histórico em comum - e isso está fundado no verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, já que Este as salvou do pecado e da morte. 

3.3.2) As pessoas formam famílias, se santificam através do trabalho e têm sonhos. De uma família virtuosa é provável que até mesmo surja uma nação virtuosa como desdobramento de outra nação virtuosa. E esse desdobramento se dá a partir de uma aparição que Cristo faz a alguém muito especial e anuncia a ele, que é o pai desse povo, uma missão muito especial que só esse povo será capaz de cumprir. 

3.3.3) É por esta razão que Portugal está separado da Espanha - Cristo reservou a Portugal um projeto muito especial, o que justifica a sua independência em relação ao resto da Espanha - razões essas de cunho sobrenatural, de caráter salvífico.

4.1) A história de um povo não pode ser contada por indivíduos, mas por pessoas. A essência de uma pessoa é ela mesma em suas circunstâncias, a ponto de deixarem um legado para as gerações futuras. 

4.2) Por isso, uma biografia nunca pode estar divorciada do contexto social ao qual uma pessoa está vinculada. O estudo de uma alma, neste sentido, pede um estudo holístico, já que o homem é um animal social, uma célula do tecido social, nunca um átomo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 20 de abril de 2021 (data da postagem original).

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Notas sobre nacionidade e sua relação com a teoria dos conjuntos

1) Vamos supor que o conjunto A seja o Brasil. Dentro do conjunto A tem vários subconjuntos: tem o conjunto dos descendentes de portugueses, tem o conjunto dos descendentes de italianos, de alemães, de espanhóis, de árabes, dos descendentes de africanos, de indígenas, de japoneses, de coreanos e até de filhos de pais estrangeiros, que imigraram recentemente para o Brasil. 

2.1) Em certos países como a Itália, por exemplo, os descendentes de italianos aqui nascidos têm direito à cidadania italiana, a ponto de serem um A em união com B ambulante. A simples presença dessa pessoa revela tal conhecimento, tal complexidade, pois isso está na sua ontologia.

2.2.1) Em razão dessa circunstância jurídica que os beneficia, elas deveriam ter o trabalho de tomar os dois países como um mesmo lar em Cristo a ponto de se santificarem esta união através do trabalho de servirem a Cristo em terras de distantes - assim, eles criam pontes ligando as duas terras ao Céu, a ponto de a política ser a continuação da trindade, neste aspecto. 

2.2.2) Como o Brasil é parte do Império que Cristo quis criar para si em Ourique, então todas as famílias de imigrantes que vieram para cá para trabalhar, para crescer, para somar tornam-se partícipes dessa missão por conta de serem também brasileiras - ou seja, portuguesas nascidas na América. Logo, eles são também herdeiros da missão, o que faz com que o Império de Cristo acabe casando o nacional com o universal, a ponto de surgirem múltiplas comunidades reveladas, por conta da multiplicidade de famílias diferentes origens, todas unidas neste mesmo propósito - o que faz com que o país sozinho seja maior do que a Organização das Nações Unidas, por ser uma terra de trabalho, uma terra também construída pelo trabalho imigrante. Mas, ao contrário dos EUA, somos uma nação católica - por isso, temos uma comunidade revelada formada a partir da união de diferentes povos unidos na missão de servir a Cristo em terras distantes e se santificando através do trabalho nestas terras. E este é o ponto culminante deste projeto de civilização fundado na unidade da fé cristã, a verdadeira fé, já que aqui é a Terra da Santa Cruz. E esta foi a maior obra-prima de Portugal, quando propagou a fé cristã para Cristo, a ponto de criar este império de cultura.

2.2.3) Fora de Cristo, as diferenças fomentam divisões e acabam servindo liberdade com fins vazios. A maçonaria nos afastou de Cristo e acabará, cedo ou tarde, acabando com a unidade nacional. É por isso que eu odeio tanto essa gente.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 20 de abril de 2021 (data da postagem original).

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segunda-feira, 19 de abril de 2021

Notas sobre o múnus público, do múnus privado e da cooperação dos dois de modo a formar a comunidade

1) O Direito Romano distinguiu duas ordens: 

A) A ordem pública, que envolve o Estado, é composta do governo do príncipe investido como vassalo de Cristo de tal forma a aperfeiçoar a liberdade de muitos. A ele cabe a tarefa de defender o bem comum, fundado no fato de as pessoas amarem e rejeitarem as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, principalmente contra todos aqueles que impedem as pessoas que estão sob sua proteção e autoridade de tomarem o país como um lar em Cristo, por Cristo e para Cristo.

B) A ordem privada, que envolve as relações entre os que estão sob a proteção e autoridade do príncipe, que colaboram com ele no processo de aperfeiçoar a liberdade de muitos, naquilo que ele não é capaz de fazer, uma vez que o príncipe é vassalo de Cristo, não o próprio Cristo. Por isso ele não pode tudo.

2.1) As duas ordens edificam ordem para o bem comum e uma complementa a outra. Afinal, aquele que tem o múnus público, ao aperfeiçoar a liberdade de muitos, estimula os que estão sob sua proteção e autoridade a servirem a Cristo em terras distantes, dentro dos limites de seus dons. 

2.2) Se os que estão sob a proteção e autoridade do príncipe servem a seus semelhantes com excelência, então eles recebem o mesmo múnus que o príncipe recebeu, a ponto de serem seus potenciais sucessores, quando este bom vassalo de Cristo vier a falecer. 

2.3.1) Dentre os que receberam o mesmo múnus, dentro de suas diferentes vocações, o novo príncipe será o primeiro dentre os pares, o que melhor serve com excelência, pois nesta pessoa Cristo pode ser visto mais facilmente não só entre seus pares bem como em todos os cristos necessitados da cidade - os mais pobres, aqueles que Deus tanto preza.

2.3.2) Eis o governo democrático por aclamação, pois a verdade se mostra por si mesma, sem a necessidade de fundamentação - onde Cristo for mais facilmente visto na pessoa do governante, mais este é chamado a governar. E onde Cristo governa Barrabás nenhum tem poder, por ser animal que mente.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 19 de abril de 2021 (data da postagem original).

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Da importância do tempo kairológico para a contra-revolução industrial (ou combatendo a falsa idéia de eficiência a qualquer custo)

1) Os liberais, os que queriam edificar uma ordem não servindo ao verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, enxergavam nossa sociedade, fundada na solidariedade orgânica de se amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, numa sociedade mecânica, uma vez que viver a vida sob os olhos atentos de um Deus ciumento é para eles opressiva demais, a ponto de terem a audácia de proclamar que Ele está morto, quando mataram os reis, os seus vassalos, os seus representantes na Terra.

2.1) Como destruíram tudo e não puseram nada no lugar, eles ousaram proclamar a idéia de eficiência, da vantagem mecânica que aumenta a produtividade de uma máquina destinada a produzir coisas, como a base da ordem do dia. E com ela, proclamaram o Reino da Quantidade, mais um império de domínio fundado na riqueza enquanto sinal de salvação. 

2.2) Esse Reino da Quantidade criou a crise contratual no direito dos contratos no mundo moderno. Nela, o sujeito que é cheio de si até o desprezo de Deus, que comanda uma atividade econômica organizada, usa contratos de adesão em massa de tal maneira a passar por cima da vontade que lhe é contraposta dos cristos necessitados, sejam eles consumidores ou empregados, a ponto de submetê-los á sua tirania, ao seu jugo. Para que estes não sejam vencidos pela fome e pela miséria, os cristos necessitados aceitaram serem oprimidos, mas a situação pela qual são submetidos é muito injusta, uma vez que não é só de pão que o homem vive, mas da palavra de Deus, sobretudo proferida por um Cristo-príncipe que não passa por cima da vontade deles de modo a aperfeiçoar a liberdade de muitos.

2.3.1) Essa ordem mecânica negou todos os princípios da metafísica, gerando um verdadeiro horror espiritual. O tempo é como Chronos - na ânsia de ser o primeiro, o primordial a cada segundo, já que tempo é dinheiro, ele sai devorando a todos os seus filhos, a ponto de não sobrar nenhum. Logo, sua herança está irremediavelmente perdida, visto que o homem não é Deus, mas um ser mortal, a ponto de nada fazer sentido nesta sociedade doente.

2.3.2) Mas existe uma outra ordem que o mundo sequer leva em conta: a que se funda no tempo kairológico. Cristo é a plenitude dos tempos, pois Ele deu pleno cumprimento à lei mosaica, o que faz com que você tome o país como um lar em Cristo, por Cristo e para Cristo, o que vai te preparar muito bem para a pátria definitiva, que se dá no céu. Nela, o hábito de se santificar através do trabalho torna-se um hábito de excelência. A pessoa passa a trabalhar porque ama o que faz e vê o cliente como um Cristo necessitado, a ponto de seu papel na sociedade fazer sentido para as demais famílias que dependem de seu trabalho, a ponto de legar seu caminho e seu exemplo para os filhos, pois verdade conhecida é verdade oobedecida.

3) A contra-revolução industrial se dá justamente quando a concepção de tempo kairológico passa a reinar na sociedade. A idéia de eficiência só faz sentido numa ordem fundada na tempestividade, onde o tempo rege todos os atos de modo que a reta justiça seja feita no seu devido tempo. Se a justiça não for feita no seu devido tempo, tudo estará prescrito, pois a realidade decaiu até a ruína, a ponto de nada fazer sentido, uma vez que a impunidade venceu.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 19 de abril de 2021 (data da postagem original).

Chat GPT:

O texto de José Octavio Dettmann apresenta uma profunda reflexão sobre a natureza da sociedade moderna em contraste com uma visão cristã e metafísica da ordem social. Ele começa por criticar o liberalismo e a concepção de uma sociedade que rejeita a visão cristã de um Deus transcendente e moralmente exigente. Para Dettmann, ao substituir essa fundação espiritual por uma ordem "mecânica", onde a eficiência e a produtividade são valorizadas acima de tudo, os liberais teriam criado o "Reino da Quantidade". Nesse reino, o valor das coisas e das pessoas passa a ser medido de forma puramente utilitária, em termos de produtividade e quantidade, esvaziando a dimensão espiritual da vida humana.

Ele destaca a crise contratual moderna como um sintoma dessa visão mecanicista. Contratos de adesão em massa, segundo Dettmann, colocam os trabalhadores e consumidores, especialmente os mais necessitados, sob uma forma de opressão econômica. Esta tirania do mercado, que subjuga as vontades individuais à "eficiência" e ao "lucro", é vista como uma ruptura com o princípio cristão de que o ser humano vive não só de pão, mas da palavra de Deus. Assim, a justiça verdadeira, que segundo a visão cristã deveria buscar a dignidade humana, é substituída por uma justiça funcional e imediatista.

Dettmann também aborda a noção de tempo, diferenciando o tempo cronológico (Chronos) do tempo kairológico (Kairos). Na visão dele, a sociedade moderna, ao idolatrar o tempo como recurso financeiro (“tempo é dinheiro”), consome-se a si mesma, destruindo qualquer possibilidade de herança espiritual ou moral. Em contraste, o tempo kairológico — o tempo da plenitude e da realização espiritual em Cristo — é visto como uma via de redenção, onde o trabalho torna-se não apenas uma necessidade, mas um ato de amor e serviço aos outros. Essa percepção de tempo promove uma ordem social baseada no valor transcendente do ser humano e na busca pela justiça, onde cada ato é realizado no tempo certo, não apenas por sua eficiência, mas pela harmonia com uma ordem divina.

Na visão final de Dettmann, a verdadeira "contra-revolução industrial" não é uma volta ao passado, mas uma reconquista da perspectiva kairológica, onde eficiência e produtividade são subordinadas à justiça e à caridade. Quando o trabalho e as relações sociais são organizados nessa linha, a sociedade passa a cultivar valores duradouros e verdadeiros, que sustentam a liberdade e a dignidade humana, ao invés de uma sociedade fundada apenas em ganhos materiais e imediatos.

Dettmann: No tempo kairológico, valoriza-se a parcimônia e a prudência - e isso é essencial para o progresso; o tempo cronologócio, é o tempo da gula e da ganância, a ponto de essas palavras terem o mesmo significado na língua inglesa: greed. E é por conta disso que o progresso se torna inevitável e daí vem o progressismo, que é revolucionário.

Chat GPT:

A distinção entre o tempo kairológico e o tempo cronológico se alinha com uma diferença fundamental nas atitudes e valores que orientam a vida e o progresso social. No tempo kairológico, onde cada ação é medida pela sabedoria, pela parcimônia e pela prudência, o progresso é algo que ocorre de forma orgânica, respeitando os limites naturais e espirituais. A prudência, em particular, é essencial para esse tipo de progresso, pois implica agir com discernimento e um senso de responsabilidade, considerando as consequências no longo prazo. Dessa forma, o progresso não é visto como uma busca frenética por avanços a qualquer custo, mas como uma construção sólida e gradual que respeita o bem comum.

Por outro lado, o tempo cronológico, simbolizado pela obsessão com a eficiência e a maximização de ganhos imediatos, leva a uma visão de progresso ligada à ganância (greed) — uma palavra que reflete o impulso de possuir sempre mais, sem consideração pelo impacto ético ou espiritual. Esse impulso gera o que conhecemos como progressismo no sentido revolucionário: um movimento incessante de mudança que, muitas vezes, ignora a sabedoria acumulada ao longo das gerações e rompe com os fundamentos éticos e espirituais em favor de uma “evolução” puramente material. É essa forma de progresso descontrolado que acaba sendo destrutiva, pois alimenta-se de um desejo insaciável de inovação e ganho sem prudência, levando ao esvaziamento dos valores fundamentais e à crise existencial e social que Dettmann observa.

Portanto, a crítica ao tempo cronológico e ao progressismo revolucionário destaca como uma concepção errada do tempo e do progresso pode corroer as estruturas de uma sociedade. A alternativa, o tempo kairológico, sugere que o verdadeiro avanço deve estar enraizado em valores perenes e em um senso de finalidade que respeita a ordem natural e divina, permitindo que o progresso beneficie verdadeiramente o ser humano em toda a sua dignidade.

Paloma Sessa: Na estrutura linguística, simbólica e temporal da civilização moderna, geralmente emprega-se uma só palavra para significar a noção de "tempo". Os gregos antigos tinham duas palavras para o tempo: chronos e kairós. Enquanto o primeiro refere-se ao tempo cronológico ou sequencial (o tempo que se mede, de natureza quantitativa), Kairós possui natureza qualitativa, o momento indeterminado no tempo em que algo especial acontece: a experiência do momento oportuno.Em grego antigo e moderno, kairós (em grego moderno pronuncia-se kerós) também significa "tempo climático", como a palavra weather em inglês. O termo é usado também em teologia para descrever a forma qualitativa do tempo, como o "tempo de deus" (a eternidade), enquanto khronos é de natureza quantitativa, o "tempo dos homens". Tendo em vista estas informacões acima e seu texto, você poderia mostrar as suas reflexões sobre o ponto no qual a idade dos homens, na Terra, mudou, estando até seus 130 anos? Nem Maria conseguiu ter vida longa, e nem as freiras como Bernadette, nem Santa Teresa, nem Santo Expedito. Apenas Santa Rita, São Francisco, Moisés, dentre outros conseguiram uma vida mais longa. Que atributo você considera para que Deus opte por vidas longas ou curtas na Terra, por parte dos Santos? Analise sua própria experiência de vida, seu grau de maruridade para já ir aos cëus, com 28 ou 29 anos por exemplo. O que acha da diferenca de idade dos santos? Que tipo de missão foi cumprida ou grau de maturidade foi atingido? Ou será que pecariam, e por isso uns santos foram-se antes? O que houve para Deus mudar a idade dos de Noé, de cerca de 900 anos para 130?

Chat GPT:

A reflexão sobre o tempo kairológico e o tempo cronológico nos ajuda a entender a profundidade da questão sobre a duração da vida humana e seu sentido na história sagrada. A tradição bíblica e a vida dos santos sugerem que o tempo de cada um — seja longo ou breve — tem uma qualidade e um propósito únicos, refletindo uma relação específica com o tempo de Deus. O tempo kairológico é aquele que mede a plenitude de um propósito ou de uma missão, e não se limita aos anos vividos, mas à intensidade e ao impacto espiritual daquilo que se realiza.

Nos tempos de Noé, conforme a narrativa bíblica, as vidas mais longas tinham um sentido de continuidade e preservação de tradições e virtudes, além de prover uma conexão com o sagrado em um mundo ainda nas fases iniciais da revelação divina. Com a passagem do tempo, essa longevidade vai diminuindo, talvez refletindo uma mudança na dinâmica entre Deus e a humanidade, na qual o foco se desloca da quantidade de tempo para a qualidade e profundidade da vida. O tempo vivido adquire um sentido mais kairológico, no qual o valor de cada instante reside em como ele se alinha com o propósito divino.

No caso dos santos, o tempo cronológico parece ainda menos relevante. Alguns, como São Francisco de Assis e Santa Rita, viveram até uma idade relativamente avançada, enquanto outros, como Santa Teresinha do Menino Jesus e São João Berchmans, partiram ainda jovens. Mas o que une a vida de todos esses santos é o fato de terem alcançado uma maturidade espiritual que não se mede pelos anos, mas pela profundidade do amor a Deus e pelo cumprimento da missão que lhes foi dada. Cada santo, ao atingir essa plenitude de união com Deus, cumpre sua jornada independentemente da idade.

A experiência da maturidade espiritual é, então, muito mais uma questão de kairos do que de chronos. Para alguém jovem, como você mencionou, a maturidade pode ser atingida aos 28 ou 29 anos se essa pessoa já integrou profundamente os ensinamentos do Evangelho e vive em consonância com a missão que Deus designou. Muitos santos jovens demonstraram que é possível viver de forma completa em um tempo cronologicamente curto. Deus, em sua sabedoria, parece dar o tempo necessário para que cada alma realize o propósito para o qual foi criada, seja ele breve ou longo em termos humanos.

A redução do tempo de vida em geral na humanidade após os patriarcas pode simbolizar essa transição de uma existência focada na continuidade e estabilidade para uma vida que valoriza o momento oportuno — o kairos — no qual o ser humano responde ao chamado de Deus. Esse tempo kairológico é o "tempo de Deus" no qual cada instante tem um valor eterno, e é por isso que a vida dos santos é tão significativa: cada um viveu a plenitude do seu tempo, não por sua duração cronológica, mas por sua intensidade espiritual e fidelidade à missão que Deus lhes confiou.

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