Dettmann: A tecnologia do cartão de crédito começou a surgir nos anos 40 com o Dinner's Club. E a partir dos anos 80, a Sears, que era a loja de tudo antes da Amazon, lanou a idéia do cashback de modo a competir com os bancos. Como é que eles perceberam que o cartão de crédito pode ser usado como uma forma de alavancagem financeira, não uma fonte de dívidas, como costuma geralmente se pensar até os dias de hoje? Como eles chegaram a essa conclusão? Eu estou vendo jogos da NBA dos anos 80 e 90 e eles já praticavam cashback desde aquela época, coisa que no Brasil só chegou por volta da década passada.
Chat GPT:
A ideia de usar o cartão de crédito como uma forma de alavancagem financeira surgiu, em parte, pela necessidade de impulsionar o consumo sem que o comprador precisasse pagar tudo de uma vez. Durante as décadas de 1940 e 1950, quando o Diners Club foi lançado, o modelo de crédito era baseado na promessa de que os consumidores poderiam pagar a dívida na íntegra após um curto período de tempo. Contudo, com o aumento do uso de cartões e a evolução do mercado, novas formas de monetizar os cartões de crédito começaram a surgir.
A partir da década de 1980, as grandes empresas, como a Sears, entenderam o potencial dos cartões de crédito não só como uma ferramenta de pagamento, mas também como um meio de gerar fluxo de caixa e de fidelizar clientes. A Sears, por exemplo, já oferecia programas de cashback em suas lojas para incentivar os consumidores a utilizarem seu cartão de crédito específico da loja. O que eles perceberam foi que o cashback poderia ser um estímulo para o consumidor gastar mais em vez de encarar o cartão apenas como uma ferramenta para contrair dívidas. Ao oferecer um retorno financeiro para o uso do cartão, as empresas criaram uma relação de "win-win" com os consumidores: o cliente se sentia recompensado pelo seu consumo, e as empresas viam um aumento no volume de compras.
Além disso, com o avanço das tecnologias financeiras e o aumento das redes de pagamento, os bancos e as empresas de cartões começaram a se dar conta de que poderiam aplicar o conceito de cashback de forma mais ampla, não apenas para quem usava cartões vinculados a lojas específicas, mas também para cartões de crédito gerais. O cashback se tornava uma forma de fidelização e um incentivo para que os consumidores utilizassem os cartões mais frequentemente, o que gerava mais lucros para as instituições financeiras.
A evolução do conceito de cashback no setor financeiro reflete uma compreensão mais sofisticada da alavancagem financeira. Ao invés de ver o cartão de crédito como uma forma de endividamento, passou-se a vê-lo também como uma forma de incentivar o consumo e gerar benefícios tanto para os consumidores quanto para as empresas. Isso acabou contribuindo para um ciclo econômico de maior movimentação financeira, além de dar a impressão de um ganho imediato para o consumidor, o que, por sua vez, gerava mais uso do crédito.
No caso da NBA nos anos 80 e 90, era possível que algumas dessas práticas já estivessem sendo aplicadas em contratos de patrocínios e acordos comerciais, com cartões de crédito oferecendo benefícios de cashback ou outras vantagens. No Brasil, o conceito de cashback demorou um pouco mais para se popularizar, mas com o crescimento do comércio eletrônico e a digitalização dos pagamentos, ele acabou se tornando mais comum na última década, principalmente com a introdução de cartões de crédito digitais e parcerias com fintechs.
Dettmann: Podemos dizer que a Sears já oferecia cashback antes dos cartões, certo? Eu ouvi dizer que essa prática é bastante antiga no empreendedorismo americano - o que a Sears fez foi dar o formato tal como é conhecido hoje.
Chat GPT:
Sim, você está correto! A Sears foi uma das pioneiras em oferecer algo similar ao cashback, mas antes dos cartões de crédito modernos. A prática de oferecer um retorno para incentivar os consumidores a comprar e gastar mais já existia de formas diferentes no empreendedorismo americano, especialmente em modelos de recompensas como programas de fidelidade e descontos.
A Sears, no entanto, foi uma das empresas que formalizou essa prática no formato que conhecemos hoje, ao associar diretamente o retorno ao uso de um cartão de crédito da loja. Durante as décadas de 1970 e 1980, a Sears começou a oferecer programas de "cashback" em suas compras feitas com seu próprio cartão de crédito. A ideia era não apenas incentivar os consumidores a gastar mais, mas também criar uma forma de fidelização de clientes que se sentiam recompensados a cada compra.
Esse modelo inovador da Sears, ao ligar diretamente a recompensa financeira ao uso de um cartão, ajudou a popularizar o conceito e demonstrou o poder de usar a alavancagem financeira para criar um ciclo de consumo vantajoso para as empresas e para os consumidores. Portanto, enquanto a prática de recompensar compras com benefícios financeiros já existia de maneiras mais simples, foi a Sears que, ao incorporar o cashback nos cartões de crédito, ajudou a transformar essa ideia no modelo amplamente reconhecido e utilizado até hoje.
Dettmann: E essa idéia foi tão revolucionária que os bancos passaram a usá-la. A maior prova disso são as fintechs ou mesmo o surgimento de empresas que oferecem serviços de cashback, como a Méliuz, a Coupert e outras tantas.
Chat GPT:
Exatamente! O modelo de cashback oferecido pela Sears foi um marco que, com o tempo, inspirou muitas outras empresas, especialmente os bancos, a adotar práticas semelhantes, inicialmente para aumentar a adesão aos seus produtos e serviços financeiros. O conceito de cashback, que começou como uma recompensa vinculada ao uso de cartões de crédito de lojas específicas, evoluiu para um modelo mais amplo, permitindo que os consumidores recebessem um retorno financeiro de compras em qualquer lugar, não apenas em uma rede fechada de lojas.
Essa mudança foi, de fato, uma revolução, porque permitiu que as recompensas financeiras se tornassem uma ferramenta eficaz para aumentar o consumo, engajar os consumidores e impulsionar a fidelidade aos produtos financeiros, como cartões de crédito e débito. Bancos e outras instituições financeiras rapidamente perceberam o potencial dessa prática como forma de agregar valor aos seus produtos e, ao mesmo tempo, gerar mais transações financeiras.
Além disso, as fintechs e outras startups, como a Méliuz e a Coupert, começaram a capitalizar essa tendência, criando plataformas dedicadas ao cashback, mas em um formato mais democrático. Em vez de depender apenas de um cartão específico de loja ou banco, essas empresas possibilitam que os consumidores recebam cashback ao realizar compras em uma ampla gama de lojas online e físicas. As fintechs, em especial, também tornaram mais fácil e acessível para qualquer consumidor aproveitar esses benefícios, ao integrar a funcionalidade diretamente em aplicativos móveis ou plataformas de e-commerce.
A popularização de serviços de cashback, como os oferecidos pela Méliuz, Coupert, entre outros, reflete a adoção generalizada dessa ideia. Agora, os consumidores podem acumular créditos em diversas situações, não apenas em cartões de crédito, mas também por meio de compras realizadas em lojas parceiras ou ao fazer pagamentos por meio de carteiras digitais e outros meios modernos de pagamento. Isso faz com que o conceito de cashback seja muito mais do que uma simples recompensa — ele se tornou uma estratégia de negócios essencial para a construção de um ecossistema financeiro que favorece tanto o consumidor quanto as empresas, além de incentivar a fidelização e o aumento das transações.
Portanto, o surgimento dessas fintechs e empresas de cashback é uma clara demonstração de como uma ideia relativamente simples, mas poderosa, como a do cashback, foi se expandindo e se tornando uma prática central no mercado financeiro moderno.
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