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terça-feira, 3 de novembro de 2020

Do caminho das honras na economia de serviço

1) Quando você estabelece uma atividade econômica organizada, você é uma espécie de rei: você é o senhor dos senhores sendo o servo dos servos em Cristo. Você deve dirigir o trabalho de seus empregados de modo que eles façam o seu trabalho com excelência, seguindo o seu exemplo ou o do empregado mais antigo da empresa. Você deve treiná-lo e ajudá-lo a desenvolver suas habilidades, de modo que ele faça o seu trabalho com excelência. E como bom rei, deve agir como pai: deve dar conselhos e orientar os mais jovens, a ponto de mostrar o caminho da virtude a eles.

2) Se você serve com excelência na sua cidade, você pode servir em outras cidades da província. E para servir nessas cidades, você, na qualidade de rei, deve ser aclamado: é preciso haver demanda pelo seu trabalho em terras distantes. Um bom servo não age como a Espanha, buscando a si mesmo - ele só age provocado, se procurado. Os habitantes das outras cidades da província conhecerão da sua fama de bom servidor na sua cidade e te chamarão a servi-lo nas outras cidades. Eis o caminho das honras.

3) Numa economia de serviço, ninguém prospera sem o respaldo da comunidade. Sem a legitimidade dos que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, nenhuma empresa se expande. A economia de mercado é a economia do encontro, não da sujeição. Por isso, você precisa percorrer todo um caminho de honras antes de se expandir.

4.1) Se você serve bem na cidade, você é chamado a servir na província; se você serve bem na província, você é chamado é servir bem na nação; se você serve bem ao seu país, você pode servir em terras distantes, a ponto de ser um legítimo campeão nacional de seu país; se você serve bem a todos os países da Cristandade, você é um campeão da economia da Cristandade. 

4.2) Eis um legado que vale a pena ser perseguido, quando se santifica através do trabalho - atender a todos da Cristandade com produtos de qualidade revela a fé de um artista - e isso é dom de profecia. Mais importante do que o dinheiro é a satisfação de ajudar quem necessita, pois fazer bem ao Cristo necessitado é fazer bem ao próprio Cristo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 03 de novembro de 2020.

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O direito de propriedade nasceu do direito autoral

1) A rigor, o verdadeiro proprietário é aquele que ocupa o seu tempo criando algo que lhe é próprio, como as próprias ferramentas de trabalho, por exemplo. Por isso mesmo, por ser criador de propriedade a título originário, ele pode ser chamado de autor. Ferreiros, construtores, escritores, artistas e artesãos são autores, proprietários originários de suas criações, uma vez que as criam. 

2) Mas o dom deles de criar não é voltado para eles mesmos, uma vez que eles não são deuses mas criaturas a serviço de Deus - se isso fosse verdade, a liberdade de criar seria voltada para o nada, já que a verdade é o fundamento da liberdade. O trabalho desses artistas é voltado para o bem comum, visto esses artistas, por terem o dom da profecia, devem servir a Cristo em terras distantes, uma vez que Cristo sabe muito bem que um profeta não é muito bem quisto em sua própria terra. 

3.1) Por isso, esses artistas alienam suas criações a outras pessoas, que se tornam proprietárias a título derivado, a ponto de se tornarem administradoras de suas obras, de seu legado - e o objetivo desses administradores é dar a essas obras uma boa destinação de modo que elas apontem para Deus e assim o país ser tomado como um lar em Cristo, por Cristo e para Cristo.

3.2) Quando eles passam suas obras a título singular a outros sucessores que sejam capazes de dar justa destinação a sua criação, os artistas estão distribuindo os poderes de dar, gozar e dispor de suas obras a outras pessoas, a ponto de se tornarem criações comuns. E neste ponto, estes artistas constituem a linha de frente deste império de cultura fundado para se tomar o país como um lar em Cristo por Cristo e para Cristo, tal como foi edificado em Ourique. 

3.3.2) Esse império de cultura serve como modelo para outros povos seguirem seu modelo - e neste ponto surge um Reinado Social de Cristo-Rei, inaugurando uma nova ordem internacional chamada Cristandade, onde somos cristãos tomando não só nosso país, mas também todos os outros países como um mesmo lar em Cristo, a ponto de constituirmos família com esses outros que nos são postos sob nossa proteção e autoridade. Se não descobrirmos o outro, o espelho de nosso próprio eu, a vida não terá sentido neste mundo.

3.4) É da nacionidade que se vem a multiculturalidade católica - tudo isso nascendo da arte portuguesa de servir a Cristo em terras distantes, a ponto de se criar um império de cultura, um caso único na História dos povos civilizados. É um império do ser, fundado no verdadeiro Deus e verdadeiro Homem - tem uma ontologia e uma razão de ser legítima, fundada numa aparição que Cristo fez a D. Afonso Henriques na Batalha de Ourique. 

3.5) Eis o spiritus, o verdadeiro sentido pelo qual todas as coisas são constituídas no verbo que se fez carne. A propriedade não tem só corpus e animus - é preciso um sentido civilizacional que dê uma razão de vida para que haja um estilo de vida voltado para se tomar o país como um lar em Cristo, por Cristo e para Cristo. Como o estilo diz muito sobre o homem, então o homem virtuoso deve ser como foram os portugueses no tempo de Ourique. E a meu ver, não há jeito de ser melhor do que este - para mim, é o caminho definitivo, por ser verdadeiro.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 03 de novembro de 2020 (data da postagem original).

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Do direito empresarial como direito autoral: o caso do Facebook

1) Quando você estabelece uma atividade econômica organizada a partir do capital que você acumulou decorrente da santificação através do trabalho, você se torna autor dessa atividade, que é posta ao serviço do bem comum. Você se torna o capitão dessa indústria, o comandante e protetor de seus empregados, a ponto de ser patrão deles.

2) Neste ponto, a empresa é uma criação comum, pois ela serve a toda a comunidade dos que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento para que juntos, patrão e empregados, possam se santificar através do trabalho e fazer o país ser tomado como um lar em Cristo, por Cristo e para Cristo.

3.1) Se a empresa atende a seus clientes em terras distantes, então ela acaba servindo a Cristo em terras distantes através da santificação através de trabalho. Quanto mais ela progredir, mais a nação progride também, a ponto de ser um patrimônio do povo. 

3.2) Da propriedade privada do virtuoso nasce a propriedade pública através da distribuição das ações, pois quem quiser ser sócio e colaborar com este projeto civilizacional de produzir bens e riquezas visando promover o bem comum de todos acabará encontrando nessa empresa um nobre e honroso exemplo sobre como deixar um legado civilizacional para a posteridade e assim aprender com ele. Uma boa empresa é uma boa obra, já que as necessidades do corpo são tão importantes quanto as necessidades do espírito e da alma.

4.1) Agora, quando a empresa fica gigante e volta-se para objetivos vãos - como ter o controle de tudo e de todos - ocorre o abuso do direito autoral, do direito de propriedade, propriamente dito.

4.2) O autor do Facebook, Mark Zuckerberg, criou uma obra maravilhosa, mas passou a abusar da obra a ponto de destruir tudo o que há de mais sagrado. Como está prejudicando o bem comum, a soberania de seu país, a liberdade de seus conterrâneos e de todos os que se encontram ao seu redor, ele deveria ser condenado a uma ação de fazer, que é entregar a empresa a alguém que esteja comprometido publicamente a tocar essa empresa de modo que ela recupere a sua dignidade perdida e volte a servir ao bem comum, promovendo assim os verdadeiros valores de uma nação livre em Cristo, por Cristo e para Cristo, uma vez que a verdade é o fundamento da liberdade. E isso só pode ser possível convertendo a América maçônica numa nação católica, a ponto de as autoridades aperfeiçoarem a liberdade de muitos neste aspecto. 

5.1) Alguns podem me perguntar: o Facebook perdeu a sua "função social"? 

5.2) Entenda de uma vez por todas: não existe função social de empresa, pois o Estado, através do poder jurisdicional, não pode ser tomado como se fosse religião. 

5.3) O Estado é o legado acumulado de vários reis, de vários vassalos de Cristo ao longo do tempo: Cristo, em Ourique, mandou que servíssemos a Ele em terras distantes - e os indivíduos postos sob proteção e autoridade do vassalo que colaboram com o bem comum são parte dessa empreitada, por meio de sua livre iniciativa particular. 

5.4.1) Por isso mesmo, tudo é de Deus, até mesmo o Facebook. E o Facebook é ferramenta fundamental de evangelização, de promoção do Santo Nome do Senhor em terras distantes. Por isso, seu valor é inestimável, pois transcende seu valor financeiro. 

5.4.2) Uma vez que esta empresa for tirada da mãos de Zuckerberg, que ela encontre um bom comandante e que se dê a ela uma boa destinação, livre dos esquerdistas e comunistas que a constituíram. Eis a verdadeira recuperação de que o Facebook necessita. É parte de uma justiça terapêutica.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 03 de novembro de 2020.

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segunda-feira, 2 de novembro de 2020

Donald Trump e a menoridade da inteligência de certos meios católicos nos EUA

1) Tempos atrás, eu havia escrito uma matéria em que criticava a menoridade da inteligência de certos meios católicos ante ao fenômeno do bolsonarismo. Boa parte dos críticos católicos são alvos da influência de maus pastores e maus bispos ligados à nefasta Teologia da Libertação.

2.1) A mesma coisa está se repetindo com Trump. Antigamente, muitos eleitores católicos votavam nos democratas - hoje, eles votam no Trump. Isso é a prova cabal de que a menoridade inteligência de certos meios católicos é um fenômeno universal

2.2.1) Ao contrário do que ocorre no território ibero-americano, nos Estados Unidos, até onde sei, não há influência da chamada Teologia da Libertação, visto que até recentemente o catolicismo naquela região nunca foi forte (hoje a maioria da população da América já se declara católica, segundo um censo mais recente). 

2.2.2) Por conta de nunca ter havido ação da chamada Teologia da Libertação, muitos bispos e padres são conservadores de fato e estão combatendo a Ku Klux Klan e a nefasta ação da maçonaria na América. Como a Ku Klux Klan é ligada ao partido democrata, estão acusando a Igreja local de estar em cisma com Roma. 

2.2.3)A alegação é que estão praticando um novo americanismo (em alusão ao lema de Trump, que pretende fazer dos Estados Unidos uma nação grande novamente). Se formos levar em conta que Obama e Hilary articularam a deposição de Bento XVI e manipularam o conclave de modo que o atual pontífice seja eleito, é provável que Francisco declare isso como uma nova heresia.

3) Estas são as especulações e comentários que posso fazer no momento.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 02 de novembro de 2020.

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Matérias Relacionadas:

Como Qanon e o trumpismo influíram no pensamento católico de tal forma a gerar um cisma dentro da Igreja? (matéria em inglês): http://ivononic.com/5IdR

Catolicismo é a maior religião nos EUA: http://ivononic.com/5Kh3

O dia em que os católicos derrotaram a Ku Klux Klan: http://ivononic.com/5LBH

Obama, Hilary e Soros forçaram Bento XVI a renunciar: http://ivononic.com/5LKU

domingo, 1 de novembro de 2020

Do dia das bruxas como sátira protestante do dia de todos os santos, o verdadeiro Halloween - Parte 2


Santo Agostinho tem uma frase lapidar: "o diabo é o macaco de Deus". Cristo é a verdade; o diabo é o pai da mentira. A santidade é a expressão da amizade com Deus - a bruxaria é a sátira, uma zombaria obscena.

Facebook, 1º de novembro de 2020.

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Das origens do halloween como exorcismo - Parte 1

A palavra “Halloween” é uma abreviação escocesa da frase “Allhallow-even”, que significa literalmente “All Holy Evening” e data do século XVIII. Os ingleses têm uma frase semelhante, “All Hallows ‘Eve”, com o mesmo significado.

As duas expressões denotam a noite anterior ao Dia de Todos os Santos, que é 1º de novembro, e se referem à celebração dos homens e mulheres santos que são reconhecidos na Igreja Católica como residindo no Céu.

As origens dessa festa em particular remontam a 13 de maio de 610, quando o Papa Bonifácio IV consagrou um antigo templo romano, dando-lhe o novo título de Santa Maria e os Mártires. Construído pelo imperador Agripa e concluído por volta de 126, este templo fora anteriormente dedicado a todos os deuses pagãos. Hoje é conhecido como o “Panteão” em referência a essa dedicação original, e continua sendo uma maravilha arquitetônica do mundo antigo.

O Papa Gregório VII transferiu a festa do Panteão de 13 de maio a 1º de novembro, combinando-a com outros dias da festa para criar o “Dia de Todos os Santos”.

A Igreja Católica tem uma tradição de fazer orações de exorcismo ao dedicar um edifício à adoração a Deus. Esse era especialmente o caso no Império Romano, quando muitos templos pagãos foram transformados em igrejas cristãs. Os deuses pagãos eram vistos pelos cristãos como “demônios”, e era necessário expulsar sua presença de um edifício antes que o culto cristão pudesse ser oferecido ali.

Um exorcismo teria sido necessário para transformar o Panteão em uma igreja cristã dedicada à Virgem Maria e aos santos. Os exorcismos eram uma liturgia popular da Igreja primitiva e alguns historiadores afirmam se tratar do rito mais amplamente celebrado durante os primeiros séculos. É também por isso que a festa de Todos os Santos é tradicionalmente vista no contexto como um triunfo sobre o paganismo.

Segundo o St. Andrew Daily Missal, por causa dessa ligação, o Dia de Todos os Santos celebra o triunfo de Cristo sobre os falsos deuses dos pagãos e a dedicação original da igreja [o Panteão] para o uso na Missa.

Dessa maneira, o primeiro “Halloween” começou com um exorcismo, expulsando os espíritos das trevas e a Igreja triunfando para o reinado de Deus.

Ecclesiam Catholicam

Fonte: http://ivononic.com/4eKi

Facebook, 1º de novembro de 2020.

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Do hibridismo para a miscigenação - reflexões sobre o tema

1) Para os gregos, o híbrido, a mistura de duas espécies diferentes, era um verdadeiro horror metafísico. Para eles, tudo o que não fosse grego era considerado bárbaro. O cruzamento de um grego com uma mulher bárbara era uma aberração para eles, a ponto de o sujeito ser um considerado um não-ser ambulante.

2) Os árabes conservam essa concepção, pois chamam de mameluco todo aquele que descende do cruzamento de um árabe com um não-árabe. Por ser um não-ser, ele era considerado um escravo. Tal como os gregos, o islã, esse esquema odioso de dominação política e religiosa inventado por Maomé, via a mistura de origens como uma aberração, como um horror metafísico.

3) Só no Cristianismo é que a noção de hibridismo foi superada. Se você é livre, você é escravo do Evangelho e deve servir a outros povos de modo que estes tomem o seu país como um lar em Cristo junto com o seu país de origem, tal como o padre Jan fez: ele serviu a Cristo tão bem nesta terra que estou tomando o país dele, a Polônia, como um lar em Cristo junto com o meu, a ponto de servir o meu conhecimento lá também, em razão do excelente serviço que ele me prestou em Cristo. Se eu ganhar o coração de uma polonesa e acabar constituindo uma família com ela, será ganho sobre a incerteza. Em Cristo, meus filhos terão dupla nacionalidade, a ponto de criarem as pontes de modo que as duas comunidades seja cada vez mais integradas (eis a força do conjunto A em união com B, sendo A o Brasil e B a Polônia).

4) Uma cultura de casamentos mistos fundada no amor de Cristo acabará ampliando e muito as possiblidades civilizacionais, a ponto de ela exercer influência na Cristandade por muito tempo, pois numa mesma pessoa pode haver uma multiplicidade de culturas e povos todas unidas no fato de amarem e rejeitarem as mesmas tendo o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem por fundamento, já que a verdade é o fundamento da liberdade - eis a multiculturalidade.

5) O racismo é o restabelecimento desse horror metafísico decorrente do hibridismo pagão, somado a uma cosmologia teológica herética que divide o mundo entre eleitos e condenados. Por isso mesmo, ela deve ser combatida com todas as forças.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 1º de novembro de 2020 (data da postagem original).