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quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Dia das mães e Dia dos Pais sendo abolidos nas escolas

1) As restrições já deixaram o campo da teoria. Além de livros inscritos num “índex educacional”, há escolas que aboliram o Dia das Mães e dos Pais. 

2) Argumentam que, com as novas famílias, divórcios, recomposições, deve ser comemorado o Dia da Família. Poderia ser incorporado no calendário, assim como o Natal – que, para mim, sempre foi o dia da família, mas enfim... 

3) Defendo o Dia das Mães e dos Pais. É uma maneira de festejar um vínculo emocional, de reforçar os laços de amor, de dizer novamente: “Eu te amo”. 

4) Estruturar o mundo por meio do politicamente correto é criar proibições que afetam as obras. Mais que isso, as relações com as crianças. De que adianta criá-las numa redoma, se o mundo lá fora está cheio de lobos maus e um dia será preciso enfrentar alguns deles? 

5) Antes eu achava que o “politicamente correto”era apenas uma grande bobagem. É mais sério: tornou-se um exercício de controle, travestido de boas intenções. Sob a capa de democrático, revive anseio por um mundo autoritário e, por que não dizer, fascista.

(Comentários de Maria S. Pedrosa)

Matérias relacionadas:

Juiz Britânico declara: "Nada melhor para uma criança do que uma família, com pai e mãe - enfim, um lar estável. Uma família onde os papéis de pai e mãe estão bem definidos faz um bem enorme para a criança". http://adf.ly/aabTj


Ritalina na merenda escolar


Acreditem, este absurdo existe!

A intenção é padronizar cabeças e dopar crianças para que estudem muito e questionem pouco. “Existe hoje a necessidade de criar uma cultura da obediência numa sociedade que se perdeu em excessos liberais. Assim evitamos agressões contra professores, cortamos esse papo de homossexualismo e nos prevenimos contra a presença de futuros adultos se rebelando contra políticos honestos. O lema é estudar mais, pensar menos”, afirma Santos.

(texto inicial é de Maria S. Pedrosa)

Acesso à matéria propriamente dita:  

Câmara vai discutir se incluirá ou não Ritalina (droga da obediencia) na merenda escolar: http://adf.ly/ax5s6

Outras Matérias:

Pai do Transtorno de Déficit de Atenção se declara um mentiroso. http://adf.ly/aej4x

MAV do PT foi quem tirou Gentili do Facebook

Danilo Gentili recebeu ligação do Facebook confirmando que foi o MAV do PT quem o tirou do facebook, através de denúncias em massa, sistemáticas. A militância avançada virtual do PT é sustentada pelo partido e vive a promover sabotagem, hacking e ciberterrorismo. Muito cuidado com eles!


Matéria relacionada:

Band veta especial de natal com Gentili. Causa provável: ter ligações com Olavo de Carvalho, inimigo do Foro de São Paulo: http://adf.ly/awMqm

Crítica de Leonardo Faccioni ao Conde


1) Permito-me a liberdade de republicar uma coletânea de comentários meus, mui despretensiosamente liberados logo após a exortação apostólica do Santo Padre Francisco, e oferecer ao amigo Leonardo Oliveira subsídios para uma correção de rumo. 

2) Ocorre que, embora eventualmente concorde com o xará, sinto-me profundamente incomodado por sua obsessão, de um mês para cá, em atacar "os católicos" (ao mesmo tempo em que entre eles se inclui) a partir de generalizações grosseiras de suas discussões com uma ou duas pessoas. Esse esforço, caro Oliveira, não tem sentido. E, agora, critica a doutrina chamada distributivismo. Como se vê adiante, concordo que a doutrina - e a DSI de modo geral - mereça reparos, mas por motivos bem outros.

3) O que não entendo é como um amigo de formação tão sólida, com tantos serviços prestados a boas causas e evidente amor pela cultura e pela história cristãs, de uma hora para outra, permita-se uma cruzada tão temerária, empregando expedientes típicos de marxistas aculturados ao falar, por exemplo, de institutos sociais medievais que, até outro dia, conhecia muito bem e muito deles se orgulhava. 

Enfim, ao tema:

4) Economia é economia, justiça é justiça. Cada arte possui sua própria função. Idealizar inteiros sistemas virtuosos em si mesmos é ignorar que o espaço de harmonização entre uma arte e outra - o espaço onde a virtude se manifesta - não é o objeto, o modelo, o organograma, mas o homem enquanto tal, em sua realidade inquebrantável de pessoa a refletir a imagem divina. 

5) Isto posto, sabendo que eventualmente contrariarei nisto muitos amigos que se vêm manifestando em apoio aos meus comentários mais recentes noutros sentidos, peço vênia para apontar dois erros sistemáticos que entendo haver em um certo modo de defender a Doutrina Social da Igreja:

I - Quando a DSI veio proposta em sua forma atual, seus teóricos nutriam a expectativa de uma sociedade ou imbuída de valores cristãos, ou apta a vê-los restaurados como pensamento hegemônico. É dizer, para o sucesso da DSI, é PRESSUPOSTO que o povo por ela abarcado seja um povo catequizado, verdadeiramente católico. 

A DSI é pensada a fim de promover uma sociedade orgânica/organizada/dotada de organismos impregnados de missionarismo cristão. E isso é belíssimo. Quando essa sociedade conta com indivíduos aptos a ocupar e coordenar tais espaços para os fins católicos pelos quais foram propostos. Nós acaso os possuímos? Se a resposta é negativa, uma organização social baseada na DSI cria puros e simples vazios de poder a serem preenchidos por quem estiver disponível. E a mão de obra disponível é maciçamente anticristã.

Não adianta promover o associativismo onde não há com quem se associar. É inútil propagar a distribuição quando os beneficiários foram educados a serem eles próprios, a seu modo, concentradores de benesses. De nada vale criar sindicatos a pensar nas gloriosas corporações de ofício medievais, quando a cultura do sindicalismo contemporâneo resume-se não à excelência e dignidade daqueles tempos, mas à mediocridade compulsória e à locupletação individual. 

Assim que, antes de catequizarmos instituições, é necessário formar os homens que irão compô-las. E isso não será concluído em nosso tempo de vida. As instituições serão conseqüência, por exclusiva graça divina e mérito das obras de muitas formiguinhas na fé. 

II - Percebo certo fetichismo em atribuir virtudes a conceitos abstratos como "a economia justa" e, em sentido oposto, vícios - como o "capitalismo ganancioso". Primeiro, porque economias não são justas, nem injustas. Uma inteira economia é uma teia de relações tão brutalmente emaranhadas que a mente humana sequer poderia sonhar julgá-las como um todo sólido. A justiça de tais relações deve ser verificada caso a caso, em consideração aos sujeitos concretos nelas envolvidos. 

Já "o capitalismo" é o conceito mais aberto imaginável. Melhor seria falar em livre disposição do trabalho e de seu fruto. E qual seria a alternativa? Impormos a todos que dispusessem de seus corpos e bens em conformidade para com o Magistério da Igreja acerca de cada aspecto da vida? Se assim fizéssemos, que mérito restaria aos indivíduos ao serem virtuosos? Pode a verdadeira virtude ser uma linha de ação compulsória? Alguém pode ser obrigado por outro homem a ser integralmente virtuoso? Se pode, por que raios Deus não nos compeliu Ele próprio, desde Sua onipotência, a assim agir? Por que permitiu até aos anjos que escolhessem entre o Absoluto e o contingente?

Não há sistemas econômicos justos ou injustos. Sistemas econômicos são sistemas econômicos, não teorias gerais da Justiça. Há modelos que favorecem a comunicação de virtudes humanas, e modelos que a esmagam, sem dúvida. Mas não produzem - nem anulam - a virtude por si próprios.

A meu ver, o aspecto que mais urge defender na DSI, no presente momento, é a subsidiariedade no exercício de toda forma de poder. E, quando se consideram a economia e a política, é inegável que a situação atual ostenta tremenda concentração de meios em um Estado mastodôntico, até idólatra, e que isso, por si, é uma afronta insuportável à doutrina da subsidiariedade. 

Ocorre que qualquer reforma neste aspecto vem atacada pelo establishment, o grupamento cultural hegemônico, como uma reforma "neoliberal" e "capitalista". Quando todos nós sabemos que, devidamente medida, tal reforma é fundamentalmente cristã, não materialista; libertadora, não "liberal". E, enquanto alguns se prestam a uma guerra de palavras contra aliados naturais, dos quais tanto necessitamos para o esforço político que precisaríamos empreender a fim de levar adiante nossas reformas, seguem garantidos os espaços de poder de nossos inimigos na esfera pública.

Sob o apelido de "capitalismo" aglomeram-se facetas indissociáveis da condição humana como ser social ou político, juntamente a vícios realmente odiosos, mas contingentes, típicos de certos arranjos sociais que, a bem dizer, são bem mais recentes do que o período geralmente apelidado "capitalista" ou "[neo]liberal". Não é de se espantar, pois, que a multiforme "ideologia anticapitalista" seja o ponto fulcral da pregação de boa parte dos grupos que, com menor ou maior intensidade, anseiam remodelar integralmente não os arranjos sociais, mas a própria natureza humana.

Combater "O Capitalismo" é combater uma miragem. "O Capitalismo" pode significar qualquer coisa - por conseguinte, significa nada. Militar contra "O Capitalismo", sobretudo no presente momento, é assinar um cheque em branco a toda a sorte de lunáticos, que encaram tal retórica como o tubarão encara o sangue n'água. 

O que se quer combater não é "O Capitalismo", termo hoje correspondente a um slogan propagandístico forjado pelo marxismo, mas sim uma forma mentis imanentista e imediatista; não a liberdade de dispor do fruto de seu trabalho ou de cooperar com terceiros ao dividi-lo em arranjos espontâneos, perfeitamente conformes ao princípio de subsidiariedade tão caro à DSI, mas sim uma cultura de indivíduos atomizados e apartados de qualquer preocupação superior ao "pão que comeremos amanhã". 

Essa imprecisão conceitual na nova incursão política do Sumo Pontífice custa caro à Igreja - em almas que perdem a trilha em meio à confusão, em agentes abatidos no campo inimigo por fogo amigo injustificável, em desarticulação de alianças naturais no momento exato em que tudo já parecia perdido, sob critérios estritamente mundanos (caso desconhecêssemos a regência sobrenatural da Igreja).

Postagem relacionada.

Distributivismo não é fascismo (crítica de José Octavio Dettmann contra o Conde): http://adf.ly/atr9B

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Distributivismo não é fascismo e nem corporativismo

Um bovino declarou isto:

"Por que sou um fervoroso inimigo do chamado "distributivismo"? Porque ele tem um viés corporativista e fascista. O seu corporativismo já existe em nossa sociedade: as associações sindicais, as corporações de ofício e demais entidades de trabalho, que simplesmente excluem uma boa parte da população de excelência em cargos e profissões que poderiam ser exercidas livremente, sem intermediários. Exemplo disso são as OABs da vida e os conselhos de classe, que são verdadeiras guildas, no pior sentido do termo. Eu mesmo não leciono história, porque não tenho diploma de história. Todas essas obstruções mesquinhas, longe de protegerem o trabalho, na prática, são um monopólio perverso e descarado dos ofícios para uma quadrilha de apaniguados diplomados. O bacharelismo na cabecinha de cu de certos católicos é vergonhoso, permissivo, grosseiro, coisa de economia mercantilista do Antigo Regime. Por outro lado, a idolatria do Estado. Agora o Estado serve pra resolver problemas totais, que vão da economia à vida privada das pessoas. Eu penso que esse tipinho católico de facebook é tão imbecil, que a única resposta merecível é: vá tomar no seu cu!

01) O bovino declarou o seguinte: "Por que eu sou um fervoroso inimigo do chamado 'distributivismo'? Porque ele tem um viés corporativista e fascista (sic)".

02) Fascismo decorre de uma economia com controle social promovido pelo Estado. O Estado, através da coerção, cria o monopólio, através da lei - e transforma a liberdade numa concessão governamental (liberdade pública).

03) Como são poucos os beneficiários, os privilegiados pelos monopólios criam oligarquias. E essas oligarquias se associam umas às outras para manter o poder econômico e o poder político - em outras palavras, são conservantistas. Isso é fascismo e corporativismo, um passo transitório para o socialismo.

04) Quem chama distributivismo de "facismo e corporativismo" ignora que o ensinamento da Igreja não se dá através da força, mas do amor e da caridade, coisas que têm fundamento em Cristo. E o amor e a caridade promovem uma ordem na distribuição livre, natural e magnânima dos bens a quem nós confiamos e respeitamos. É pela liberalidade, pelo servir ao outro como um espelho do seu próprio eu, que a economia local se desenvolve e é com base nisso que este lugar é tomado como um lar. E integrando-se de maneira sistemática esses locais de modo a que eles tenham um patrimônio comum é que se promove nacionidade. E essa nacionidade está fundada em algo universal: o fato de que a verdade não precisa ser minha ou sua para que seja nossa.

05) Quem funda uma economia própria com base no amor de si, dissociado de Deus, certamente vai buscar o monopólio, de modo a eliminar a concorrência - e nisso apoiará políticos que defenderão estado forte e intervencionista. E haverá uma natural associação entre os grandes empresários e o governo. E a tendência é se unirem em blocos internacionais e daí para a cosmópolis. E o totalitarismo é o caminho natural para o governo mundial (cosmópolis). É o processo de piramidização do poder.

06) Está acertada a colocação de Chesterton de que "capitalismo demais gera capitalismo de menos". Quem tem a sua verdade quer poder absoluto, pois quer ter tudo para si - e tudo isso se funda no amor de si, dissociado de Deus. É dessa forma que ele vai eliminando o outro do cenário, por ser seu inimigo. E os amigos dele durarão enquanto comungarem dessa fé nefasta do homem tornado Deus, enquanto merecerem ser abençoados.

07) Além disso, quem critica o distributivismo assim, certamente está chamando o Papa Leão XIII, o autor da Encílica Rerum Novarum de fascista, bem como a Chesterton e Belloc dessa forma. Que tipo de católico essa pessoa é que faz acusações desse modo?

08) Quem critica o ensinamento ex-cathedra de um Papa necessariamente ataca a autoridade central da Igreja. Isso é causa de excomunhão.

09) Se você não aceita um ensinamento ex-cathedra, você necessariamente aceita as coisas porque estas lhe são convenientes - e o que é bom hoje passa a ser a ruim amanhã num passe de mágica - basta você querer. Tudo isso se funda no auto-interesse. Você acha isso bom? Quem interpreta a bíblia para fins particulares certamente buscará também ficar rico e poderoso a qualquer custo. A ordem protestante por iso é ruim. E não é à toa que identifiquei o conservantismo como um mal decorrente da Reforma Protestante.

10) O que os bovinos  falam não passa de uma confissão grosseira de ignorância.

11) Para mais sobre distributivismo, convido a ver estes dois vídeos:

Introdução ao distributivismo: http://adf.ly/ati62

Chesterton e o distributivismo: http://adf.ly/atiuz

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

A Falácia do Utilitarismo


1) O utilitarismo se baseia no argumento de que vou conservar o que me convém, pois o que é bom pra mim nem sempre é bom para os outros. 

2) Se a pessoa conserva o que convém, ela nem sempre conserva aquilo que está fundado na verdade, pois ela não se vê como criatura e não vê o outro como um espelho do seu próprio eu - ela se esquece de que a verdade não precisa ser minha ou sua para ser nossa.. 

3) Se eu parto do pressuposto de que devo conservar o que me convém, é sinal de que tenho uma verdade - logo estou me proclamando um Deus; logo, estou usurpando das prerrogativas D'Ele e isso é extremamente arrogante. 

4) Em resumo, não estarei sendo conservador, mas, sim, conservantista - e estarei à esquerda de tudo aquilo que se funda em Cristo. 

5) O utilitarismo, filho do liberalismo, é algo que vai contra a doutrina cristã, dada a sua concepção errônea de liberdade. 

Comentários de André Tavares: 

1) Traduzindo para quem não entendeu, José Octavio Dettmann afirma que conservar o que é útil pode ser - e é, na maioria das vezes, - degradante, pois convir a si e convir ao próximo são situações nem sempre alinhadas. São Paulo em 1 Cor 6:12 afirma o mesmo. 

2) A origem do pensamento Dettmanniano provavelmente tem origem em análises políticas contemporâneas, dado ao atual estado de coisas, enquanto São Paulo falava como pastor pós-Cristo ao rebanho; dada a diferença de situações originais e similaridade de fins dos pensamentos, podemos concluir que São Paulo, através de Cristo, através de Deus, acabou de falar também, através de Dettmann.

A Falácia do My Body, My Rules 2 (eutanásia e suicídio)


01) Quem defende eutanásia e suicídio tende a pensar no corpo como uma propriedade. 

02) Um dos poderes da propriedade é dispor da coisas. E destruir é um dos atos de dispor da coisa, a ponto de ter direito de vida e de morte sobre isso. O que é o suicídio senão o ato de ditar a vida e a morte de si mesmo? Quem faz isso pensa que é Deus e se esquece que é criatura. Não é à toa que é um ato nefasto por si mesmo. Do mesmo modo, é igualmente nefasto dispor da vida de outras pessoas, ainda mais quando estão indefesas e em estado terminal, prestes a morrer. 

03) A pessoa que vai se matar deseja dispor da vida e da morte de seu corpo da mesma forma como poderia dispor da vida e da morte de seu semelhante. Se ele não se importa com a própria vida, que dirá com a dos outros? É o pior tipo de assassino que pode haver. Ele olha para si como mais um a ser morto. Ele não se enxerga como um filho amado por Deus, já que Deus não é lembrado, na hora de cogitar essa idéia absurda. 

04) O corpo não pode ser visto como propriedade - mas, sim, como morada da alma. 

05) A propriedade é perpétua e admite sucessão. Nós não somos eternos e outra alma não pode assumir o corpo no meu lugar. Além disso, não somos onipotentes, pois ressurreição é prerrogativa de Cristo, pois Ele foi concebido sem pecado. 

06) Como nós, que somos marcados pelo vício do pecado original, podemos usurpar uma prerrogativa que compete a Ele? Quem encara o corpo como propriedade certamente pensa que é algum tipo de Deus ou faz isso porque não tem Deus no coração - tercium non datur. 

07) O suicida, uma vez munido dessa falsa compreensão, só não é punido por seu crime por única uma razão: a vítima e o agressor se confundem na mesma pessoa - é por essa razão que não dá pra se definir quem é o titular do direito da indenização por danos materiais e morais, bem como o titular do dever de se pagar a pena pelo crime. Só quando a tentativa é imperfeita, isto é, quando o suicídio não é consumado, é que ele responde pelo crime. E a solução não será prisão, mas, sim, manicômio judiciário. Só um louco é capaz de ousar dispor da própria vida assim. E assim se dá dessa forma porque ele confia demais em si mesmo, a ponto de não ter Deus no coração, por não precisar dele. 

08) Se eu desse ao suicida o direito de dispor da própria vida, eu estaria promovendo a destruição de todos os outros poderes decorrentes da vida, como a liberdade. Se eu der essa liberdade pra um, eu dou para todos os outros, por extensão - da mesma forma, os ambiciosos, os mais espertos, que não são tolos a ponto de disporem da própria vida tal como querem os suicidas, estarão dispostos a matar qualquer um pelos motivos mais vis e torpes que lhes forem convenientes, podendo até mesmo alegar razões humanitárias para isso. É a promoção sistemática do homicídio - e isso leva à destruição da sociedade. É uma desgraça. 

09) Liberdade, segundo o pensamento do Papa João Paulo II, é uma prerrogativa. Como uma prerrogativa, a liberdade é um poder de se exercer escolhas que decorre do dom de si e deve ser exercido com responsabilidade. E durante 18 anos nós aprendemos a como exercer bem essa prerrogativa de modo a construir um legado para si e para as futuras gerações, desde que se tenha referência Deus como a fonte de tudo isso que buscamos e experimentamos.

 10) O fim da liberdade é servir ao próximo; devemos amá-lo como se fosse um espelho de nosso próprio eu, tal como Cristo nos ensinou. 

11) A prerrogativa existe porque decorre da vida, que é dom de Deus - e é se eliminando todos aqueles que promovem dolosamente essa falsa cultura libertária que a concepção correta da vida, tal como nós a conhecemos, será conservada. 

12) Além da repressão à ação revolucionária, devemos agir tal como os missionários: devemos ensinar a correta concepção das coisas a quem de boa-fé ignora isso, de modo a que não se cometa o erro de transformar o mal objetivo num bem supremo.