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quarta-feira, 29 de julho de 2020

Existe algo como uma "aristocracia espiritual"?

Resposta sapiencial imediata: os santos!

Mas haveria sentido teológico em se falar de gerações de prediletos de Deus?

Se considerarmos o dogma da predestinação e o fato da eleição de Abraão e das doze tribos de Israel (levando em conta também o trecho do Apocalipse dos "144 mil", que não é mister interpretar simbolicamente) não é improvável que haja algo assim.

Mas a verdade é que isso - da mesma forma que o esquadrinhamento do dogma da predestinação - não tem importância para a salvação; porque o "predestinado" e o "eleito" é quem corresponde ao amor de Deus!

Se a predestinação é a doação da "graça eficaz", e isto só se verifica na resposta livre ao amor divino, nenhum "privilégio espiritual de nascimento" se deve ao elemento genético enquanto tal, mas à Graça da eleição que se verifica na resposta efetiva de santidade.

Depois, nenhum santo, mesmo um que tivesse a revelação particular de sua predestinação, se vangloria disso ou de coisa alguma, mas vive a humildade (como o próprio Verbo Encarnado viveu).

Voltando às tribos: eu não considero improvável que os maiores santos saiam de seus descendentes convertidos à Fé católica. Mas a pertença a estas gerações não significa predestinação caso a caso: também elas estão marcadas pela má genética herdada de Adão, e pelo joio de Satanás de todos os séculos.

Sempre, sempre, o que vale é a resposta amorosa à Graça. O resto é especulação teológica, que mesmo se fosse verdadeira, não teria qualquer incidência sobre a salvação e a santidade na prática.

Pelo contrário: tendo em vista o exemplo bíblico dos chefes dos judeus da época de Cristo, a arrogância a respeito de um tal "privilégio de nascimento" constitui, antes, um signo de reprovação.

Joathas Bello 

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