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sexta-feira, 9 de outubro de 2020

Notas sobre o mare clausum e a política de sigilo dos descobrimentos como conseqüências do mandato divino recebido em Ourique

1.1) Certa ocasião, postei  um e-book na minha página de escritor comprovando que o Brasil não foi colônia. Em resposta, vem um chimpanzé lobotomizado me dizer que isso não exclui o sistema de pacto colonial ou de exclusivo metropolitano. 

1.2) Em nome da ideologia, de se conservar o que conveniente e dissociado da verdade, a lógica é posta de lado. Isso é um insulto à inteligência - é por isso que não dialogo com esses historiadores comprometidos com a ideologia criminosa que domina às universidades! Eu deleto a todos.

2.1) A explicação mais aceitável é que vigorou a doutrina do mare clausum - e o proponente dessa tese é o Jaime Cortesão. Portugal, por conta do mandato do céu que recebeu de Cristo, tinha que manter as informações obtidas do além-mar sob sigilo, de modo a não prejudicar o andamento da evangelização dos povos descobertos. 

2.2) Se essas informações vazassem, isso atrairia o assédio das potências rivais, desejosas em ampliar seus domínios, o que desagradaria a Cristo. Afinal, Cristo enviou cordeiros em meio aos lobos - e os lobos estavam na Europa, na América (com os índios canibais) e na índia, devido à ação dos maometanos, os inimigos de Cristo, que controlavam as rotas comerciais.

3) Portugal manteve uma eficiente rede de espiões e uma sólida política de sigilo dos descobrimentos. Mas o desaparecimento de D. Sebastião em Alcácer-Quibir e a conseqüente anexação do país à Espanha fez com que tudo fosse posto a perder, pois a Espanha fez dívidas que prejudicaram a economia portuguesa após a restauração em 1640 e os espiões holandeses, franceses e ingleses seqüestraram muitos documentos sigilosos, fornecendo informações vitais que seriam usadas em missões de corso e de contrabando patrocinadas pelos reis e pela Companhia das índias Ocidentais. Isso prejudicou e muito a economia de Portugal.

4) O golpe de morte à doutrina do mare clausum foi a doutrina de liberdade dos mares de Hugo Grotius. Isso beneficiou fortemente a ação da pirataria inglesa e holandesa. Tudo isso à serviço da riqueza tomada como um sinal de salvação, em detrimento da propagação da fé cristã.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 09 de outubro de 2020 (data da postagem original).

quinta-feira, 8 de outubro de 2020

Como Deodoro foi parar na maçonaria?


 Retrato do Dr. Jônatas Abbott Filho (1825-1887) no Salão Nobre da Faculdade de Medicina da Bahia.

Filho de Jonathas Abbott, médico inglês, formou-se em medicina em Salvador em 1848. Ingressando no corpo de saúde do exército foi transferido ao Rio Grande do Sul durante a Guerra contra Oribe e Rosas. Terminada a guerra radicou-se em São Gabriel, onde passou a dirigir o hospital do regimento de artilharia. Em 1852 foi promovido a tenente e em 1861, já estabilizado, reformou-se e passou a trabalhar como médico particular. Embora afastado do exército, participou do cerco de Uruguaiana durante a Guerra do Paraguai, tendo por isso sendo nomeado major honorário.

Em 29 de junho de 1873, juntamente com outros maçons, Jonathas Abbott Filho funda a loja maçônica "Rocha Negra" em São Gabriel, onde seu amigo de farda , o então Coronel Manoel Deodoro da Fonseca foi iniciado em 20 de setembro de 1873. Segundo o livro Revelações da história da maçonaria gaúcha: "Com 3 meses de existência , Abbot iniciou o "profano" coronel Manuel Deodoro da Fonseca , então comandante do 10 . Regimento de Artilharia, que se tornou maçom por proposta do próprio "Irmão" Jônatas Abbott que o teria convencido da Importância da Maçonaria para subir da hierarquia militar." Fonte: A maçonaria gaúcha no século XIX - Página 182. / A maçonaria e as forças secretas da revolução . Rio de Janeiro : Aurora , 1987 ; FAGUNDES , Morivalde Calvet.

Fonte da postagem: http://botemoda.com/w2a

Matéria Relacionada:

O Papel da Maçonaria na Guerra dos Farrapos: http://vonasort.com/1pIQ

Postagem Relacionada:

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Dos profetas especulativos e dos profetas operativos

 1) Se o profeta é aquele que fala em nome de Deus, então ele também pode ser filósofo, pois esse falar leva a uma especulação racional que enseja toda uma contemplação que aponta para o belo, que por sua vez aponta para a verdade, o fundamento da liberdade, coisa que decorre do verdadeiro e verdadeiro Homem. Afinal, Cristo veio ao mundo para nos tirar da escravidão do pecado

2) Da ordem contemplativa vem a inspiração, a base para a profecia operativa. Todo artista é um profeta operativo, pois fará da sua arte um meio de evangelização, uma forma de passar uma mensagem em Deus fundada. O trabalho do profeta operativo necessita do trabalho especulativo do filósofo, de modo que as pontes sejam criadas. 

3.1) O filósofo, para ser um profeta especulativo, precisa morrer para si mesmo de modo que suas más inclinações, suas vaidades, não acabem servindo liberdade com fins vazios. 

3.2) O liberalismo, como mentalidade revolucionária, começa a partir do momento em que a filosofia deixa de ser serva da teologia, quebrando toda a grande cadeia de conhecimento fundada na grande cadeia do ser fundada nesse verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, que foi igual a tudo exceto no pecado a ponto de aperfeiçoar toda a nossa natureza antropológica. Em Cristo, saímos do estágio de homens decaídos e passamos a ser santos, se formos constantes na arte de amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 8 de outubro de 2020.

Notas sobre arte e artesanato

1) Quando estava jogando civilization VI, eu encontrei esta definição de artesanato: "aplicação da técnica para o uso de algo útil ao homem. Como esse conhecimento vem do saber prático, ele não requer imaginação, dado que é um conhecimento objetivo da realidade. Se fosse imaginativo, ele passaria a ser uma arte, a ponto de ser considerado um invento".

2) Enquanto a arte tende a ser liberal, a apontar para a verdade enquanto fundamento da liberdade, o artesanato tende a ser servil. A arte liberal produz o belo - e o belo, por ser um conhecimento objetivo, inspira as pessoas a fazer peças de artesanato, como uma jóia cuja pedra preciosa recebe cortes mais bem acabados ou polidos.

3) O artesanato, por ser servil, sempre recorre à arte para se inspirar no belo. Trata-se de uma relação de crédito e débito. Quanto mais obras-primas há na sociedade de modo a inspirar a sociedade no belo, mais sofisticado e belo será o artesanato. Quanto mais belo for o ideal a ser perseguido, mais será produtivo será o empréstimo que o artesanato faz da arte, a ponto de imitá-la, uma vez que o acessório segue a sorte do principal.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 08 de outubro de 2020 (data da postagem original).

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Por que todo grande artista é necessariamente um grande profeta operativo?

1) Todo grande artista em geral tem o dom da profecia. Por essa razão, todo grande artista, todo grande pintor, todo grande músico, todo grande artesão acaba se tornando um grande profeta, a ponto de fazer da sua obra-prima uma forma operativa de uma grande profecia.

2) Por esta razão o grande profeta é o gênero e os grande artistas são espécies de profeta, que põem seus dons a serviço de Deus de tal modo a elevar a imaginação do povo de tal maneira a compreender os grandes mistérios fundados na conformidade com o Todo que vem de Deus.

3) Por essa razão, uma grande obra satisfaz a necessidade humana de contemplar o belo, visto que o ser humano é trino em suas necessidades: é corpo, é alma e é espírito. E uma bela obra de arte satisfaz a necessidade humana de busca pela verdade, fazendo com que a vida neste mundo tenha sentido - o que inspira a criação de grandes obras que refletem esse sentido de vida pautada na verdade, a ponto de se tomar o país onde se habita como um lar em Cristo, por Cristo e para Cristo. E isso vai ser usado para evangelizar, para servir a Cristo em terras distantes, estimulando o turismo. E a renda do turismo é um tributo que os outros povos dão em reconhecimento às maravilhas que Cristo fez ao povo que as criou, promovendo a integração entre as pessoas, a ponto de amarem e rejeitarem as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento.

4) Quando Cristo pretendeu criar um império de cultura neste sentido, a ponto de usar Portugal como modelo, ele estimulou todos os outros povos a servirem a Cristo dentro daquilo que fazem de melhor, a ponto de criar um Reinado Social de Cristo-Rei.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 08 de outubro de 2020 (data da postagem original).

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terça-feira, 6 de outubro de 2020

Dia 05 de outubro de 1143: começo da fase operativa da missão de servir a Cristo em terras distantes, tal como estabelecida em Ourique. Notas sobre o Reinado de D. Afonso após a assinatura do Tratado de Zamora.

1) Uma vez assinado o Tratado de Zamora, que formalmente reconheceu a independência do Reino de Portugal, D. Afonso colocou a si mesmo e seu país sob a proteção da Igreja Católica, o que confirma a tese de que ele era vassalo de Cristo. 

2.1) Por conta dos inúmeros serviços prestados à Cristandade ao longo do tempo, o reino passou de ser agraciado com inúmeras bulas papais - dentre elas a manifestis probatum, que reconheceu a independência do Reino de Portugal aos olhos da Cristandade, a ponto de ser um país soberano. 

2.2) Estas bulas papais serviram de base para que Portugal forçasse uma negociação com a Espanha, uma vez que a Espanha violou mandato divino, por conta de ter ido aos mares em busca de si mesma, quando descobriu a América. Esta negociação levaria mais tarde ao Tratado de Tordesilhas.

3) D. Afonso Henriques fez o seguinte voto, quando se declarou formalmente vassalo da Igreja:

"Ordeno que eu, meu reino, minha gente, meus sucessores, fiquemos debaixo da tutela e proteção, defesa e amparo da bem-aventurada Virgem Maria de Claraval..." (o documento é posse do Mosteiro de Alcobaça)". Ele mandou então edificar a igreja de Santa Maria de Alcobaça, quando da conquista de Santarém aos mouros. Muitas outras igrejas e capelas dedicadas à Nossa Senhora foram erigidas ou dedicadas por sua iniciativa, tal como a Sé do Porto e a importantíssima Sé de Braga, que tinha funcionado como centro de unificação lusitana lado a lado com o outro, o de Compostela.

4) Este nosso primeiro Rei teve uma vida de verdadeiro cavaleiro e não se descuidava dos fins legítimos bélicos, nem dos da devoção. Foi terciário, e vestia ele e a Rainha esse hábito religioso. Teve fama de virtudes heróicas e tinha como apoio espiritual o primeiro santo de Portugal-Reino: S. Teotónio, co-fundador do Mosteiro da Ordem de Santa Cruz em Coimbra que, após um ano do seu nascimento para a eternidade, foi elevado aos altares pela grande santidade e abundantes milagres. 

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 06 de outubro de 2020 (data da postagem original).

P.S: o presente texto foi baseado neste texto: http://hideadew.com/66m9

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Efemérides para o dia 5 de outubro no Brasil e em Portugal

Fato A:

1) No dia 5 de outubro de 1143, foi assinado o tratado de Zamora. Com este tratado o reino de Leão reconheceu o Reino de Portugal, outrora um condado chamado Portucalle, como um Reino independente. 

2) Os nacionalistas monárquicos ignoram solenemente que a independência de Portugal foi consagrada a partir do milagre que houve em Ourique, em 1139. Cristo consagrou e coroou o Rei de Portugal, D. Afonso Henriques, a ponto de este ser seu vassalo, dando a ele a missão de servir a Cristo em terras distantes. 

3) Em razão deste mandato do Céu, o Reino ganhou uma razão de ser própria, em Cristo fundada, a ponto de ser um país independente das demais Espanhas. É por esta razão que falo que os monarquistas não podem ser nacionalistas - não precisamos da aprovação de animais que mentem para sermos livres, uma vez que fomos coroados pelo verdadeiro Deus e verdadeiro Homem para fazer o verdadeiro bem, que é levar o Evangelho a todos os povos que estão em terras muito remotas, uma vez que Cristo quis um império para si - um império feito para propagar a fé Cristã e dar combate aos sarracenos, que conquistaram a Terra Santa.

Fato B:

1) No dia 5 de outubro de 1910, os republicanos portugueses proclamam a república e põem fim à monarquia mais antiga, mais estável e mais democrática que já existiu na Europa. Diante do palácio ocupado pelos revolucionários, não havia ninguém para aclamar o regime, uma vez ninguém que via Cristo na figura dos republicanos. 

2.1) A monarquia francesa foi derrubada em razão da intervenção estrangeira nos negócios internos da nação - e o cinco de outubro, a data do tratado de Zamora, é usada como desculpa para se tomar o país como se fosse religião, onde tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele. 

2.2.1) Quando se trata de qual 5 de outubro deve ser comemorado, a resposta que deve ser dada é nenhum deles deve ser celebrado - o verdadeiro dia para se tomar o país como um lar em Cristo é no dia 25 de julho, quando Cristo apareceu para D. Afonso Henriques em Ourique. 

2.2.2) Por essa razão, os monarquistas e os republicanos constituem as duas faces de uma mesma moeda - todos são iguais para o padeiro, que rebatizou a loja como Padaria Brasil, de modo a não desagradar os clientes republicanos. Isso está constante na obra Esaú e Jacó, de Machado de Assis.

Fato C:

1) No dia 5 de outubro de 1988 o Brasil promulga a atual Constituição Federal, após 21 anos de governo militar. 

2.1) Como o professor Loryel Rocha nos ensina, a História do Brasil tem muita conexão com a História de Portugal. 

2.2) Assim como a república portuguesa de 1910 é tributária da nefasta primeira república que se instalou aqui em 15 de novembro de 1889, a atual República fundada por esta carta foi fundada no ano em que se celebrou os 100 anos da Lei Áurea (que pôs fim à escravidão no Brasil no dia 13 maio de 1888) e um ano antes dos 200 anos da revolução Francesa. E ao mesmo tempo, o dia 5 de outubro é referente também ao fim da monarquia em Portugal, uma vez que reforça o argumento mentiroso de que o Brasil foi colônia de Portugal, fazendo com que o país seja tomado como se fosse religião - e no final das contas, tudo vira socialismo ou comunismo. 

3) Enfim, não há nada a comemorar nestes dois lados do Atlântico.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 06 de outubro de 2020 (data da postagem original).

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