1) Se o profeta é aquele que fala em nome de Deus, então ele também pode ser filósofo, pois esse falar leva a uma especulação racional que enseja toda uma contemplação que aponta para o belo, que por sua vez aponta para a verdade, o fundamento da liberdade, coisa que decorre do verdadeiro e verdadeiro Homem. Afinal, Cristo veio ao mundo para nos tirar da escravidão do pecado
2) Da ordem contemplativa vem a inspiração, a base para a profecia operativa. Todo artista é um profeta operativo, pois fará da sua arte um meio de evangelização, uma forma de passar uma mensagem em Deus fundada. O trabalho do profeta operativo necessita do trabalho especulativo do filósofo, de modo que as pontes sejam criadas.
3.1) O filósofo, para ser um profeta especulativo, precisa morrer para si mesmo de modo que suas más inclinações, suas vaidades, não acabem servindo liberdade com fins vazios.
3.2) O liberalismo, como mentalidade revolucionária, começa a partir do momento em que a filosofia deixa de ser serva da teologia, quebrando toda a grande cadeia de conhecimento fundada na grande cadeia do ser fundada nesse verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, que foi igual a tudo exceto no pecado a ponto de aperfeiçoar toda a nossa natureza antropológica. Em Cristo, saímos do estágio de homens decaídos e passamos a ser santos, se formos constantes na arte de amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 8 de outubro de 2020.
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