1) O Presidente Bolsonaro falou em escolher um ministro do STF "terrivelmente evangélico". E para ele, uma pessoa terrivelmente evangélica tem que ser necessariamente protestante (como se católico não cresse no Evangelho, de modo a viver a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus!) Para um sujeito que se diz católico, ele confessou ignorância grosseira sobre o assunto. E isto é de uma grande estupidez - algo inaceitável, vindo de um chefe de Estado.
2) A respeito de confiar no presidente, eu confio na sua liderança provada, sobretudo nestes tempos de crise. Mas não posso confiar nele, enquanto figura Messiânica - além de Bolsonaro ter Messias no nome, a Nova República, por meio de seu presidencialismo de coalizão, reveste o presidente de um carisma messiânico, a ponto de este surfar numa onda que não criou e que abate o nosso mundo por conta de sermos do mundo português, não obstante o fato de terem tentado nos desligar da realidade sobrenatural da qual somos ligados desde o milagre de Ourique.
3.1) Essa manipulação dessa tendência messiânica que há em nosso povo desde o sebastianismo só promove o recrudescimento do totalitarismo republicano.
3.2) Essa manipulação da psique se dá através de muita propaganda. Basta que o presidente encarne a esperança que vence o medo do comunismo (ou de subserviência às potências imperialistas, como pensa o comunismo). Se o "anjo de candura" tiver Messias no nome (ou um jeitão rude, brucutu), mais apelo, mais "sex appeal" ele terá. No final, seremos obrigados a confiar nele ou não, num jogo de tudo ou nada. Seremos todos reféns desta escolha.
3.3) Cedo ou tarde o fracasso virá, pois confiamos demais no homem (pois a independência mata o senso de enxergarmos Cristo na figura do governante, enquanto vassalo de Cristo). Eis aqui retratado o horror metafísico do Regime Constitucional de 1988.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 03 de outubro de 2020.
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Excelente artigo. Somente no meu caso, já não confio, acho que nunca confiei nesse "antônio conselheiro" da milícia carioca. Mas era o mal menor, que, todavia, tá tentando ser pior do que os antecessores.
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