1) A alguns dias antes do primeiro debate presidencial, Trump indicou uma juíza consevadora e católica para a Suprema Corte. A idéia é rever a decisão que aprovou o aborto, tal ocorreu no caso Roe versus Wade.
2.1) Muito imaginaram que Ives Gandra da Silva Martins Filho poderia ser indicado para o STF, dado o histórico semelhante. Mas o presidente não fez isso: por pragmatismo, ele preferiu escolher um desembargador do TRF-1 que entrou no tribunal através do quinto constitucional através da vaga da OAB e seu nome foi nomeado pela presidente Dilma.
2.2) Ao contrário de Trump, Bolsonaro não tem maioria no Senado, nem na Suprema Corte - aliás, os governadores estão todos contra ele, a ponto fomentar uma nova política dos governadores contra o indesejado que ousou desafiar o establishment, a ponto de fazer uma parceria com a China. E o STF empoderou os governadores e prefeitos para fazer toda a tirania que fizeram durante a pandemia. Mas esta nova política dos governadores está fracassando - alguns governadores já estão sofrendo impeachment.
3) Com esta escolha Bolsonaro foi muito criticado. Mas a idéia é passar pela sabatina do Senado, uma vez que o povo não elegeu bons nomes para o Senado nas eleições de 2018 - o que explica o fato de ele não ter maioria no Congresso. É por conta de não ter maioria no Congresso que ele optou negociar com o centrão e jogar o jogo pragmático do Congresso. A culpa é do presidente? Não! A culpa é nossa, pois votamos mal - não demos suporte a ele. Ainda estamos presos à idéia de um homem forte - e ele é um autêntico democrata.
4) Ou damos a ele suporte nestas eleições de 2018 ou no final Bolsonaro fará o jogo dos conservantistas.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 02 de outubro de 2020.
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