1.1) Segundo José Pedro Galvão de Sousa, não vigorou entre nós nenhum estatuto colonial, no sentido de nos colocar numa situação inferior a dos que nasceram em Portugal. Sempre tivemos os mesmos direitos que portugueses, pois sempre fomos considerados portugueses.
1.2) Some-se a isso o fato de que o Estado do Brasil tinha símbolos próprios - se o Brasil fosse colônia, não poderia ter um símbolo que marcasse sua identidade local; as câmaras republicanas tinham autonomia para cuidar dos assuntos locais e podiam ter um exército local, verdadeiras milícias constituídas por gente local feitas de modo a proteger a localidade em caso de invasão de território. Isto explica porque o Brasil é grande.
2.1) A coisa só foi mudar de figura quando D. Pedro I nos outorgou a carta de 1824 e começou a desmontar todo o sistema administrativo português sob a mentirosa a alegação de que o Brasil foi colônia, inspirados nas mentiras de seu mentor, José Bonifácio.
2;2) O centralismo asfixiante nasceu nesta circunstância. E o Exército Brasileiro é o maior ícone do centralismo - ele foi responsável pelo desarmamento do povo ao longo da História, fora que toda sua tradição foi inventada, o que confirma a tese que o Brasil de 1822 é uma comunidade imaginada pela maçonaria, feita na contramão do que decorre de Ourique (basta vermos como Góes Monteiro e Dutra organizaram o processo de invenção de tradições durante a Era Vargas - há um trabalho que trata sobre isso: o Inventando tradições no Exército brasileiro: José Pessoa e a reforma da Escola Militar)
3) Toda uma idéia de identidade nacional começou a ser construída no Império de modo a esquecermos nossa herança portuguesa e a missão da qual somos herdeiros: a de servirmos a Cristo em terras distantes. Isso faz com que esqueçamos o heroísmo que foi feito de modo a povoar esta terra de modo a se servir a Cristo em terras distantes. O povo é realmente heróico, mas a história não está contada de maneira correta, pois nega o passado português. Há um quê de ideologia nessas homenagens (o positivismo dos militares é tão revolucionário quanto o comunismo). E precisamos ver o que não é visto.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 04 de setembro de 2020.
Comentários adicionais:
Fernando Braz: Como licenciado em História, sempre defendi Tito Lívio Ferreira e suas argumentações excepcionais. O Brasil nunca foi colônia, não nos termos como foram implementados por José Bonifácio e, tempos depois, seguido por Caio Prado e companhia.
Lilia Carvalho: Tito Lívio é lúcido e muito sagaz em toda sua narrativa. 1822 foi um jogo de interesses e até hoje o cidadão paga as consequências. Fomos, sim, a capital de um país europeu e nem naquela época tínhamos a cidadania portuguesa. Essa história precisa e deve ser repassada a limpo inclusive o papel do Exército em toda a dinâmica da formação do Estado brasileiro. Falo também como licenciada em História. Roberta Bukowski, leia esse texto.
Postagens relacionadas:
https://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2020/08/coisas-que-vi-no-livro-o-brasil-nao-foi.html
https://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2014/01/sobre-as-fundacoes-logicas-da-patria.html
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Lilia Carvalho: Tito Lívio é lúcido e muito sagaz em toda sua narrativa. 1822 foi um jogo de interesses e até hoje o cidadão paga as consequências. Fomos, sim, a capital de um país europeu e nem naquela época tínhamos a cidadania portuguesa. Essa história precisa e deve ser repassada a limpo inclusive o papel do Exército em toda a dinâmica da formação do Estado brasileiro. Falo também como licenciada em História. Roberta Bukowski, leia esse texto.
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