1) Em razão da minha experiência de atendimento com meu amigo Felipe Lamoglia, prefiro entregar o pedido pessoalmente, a ponto de fazer do cliente meu amigo. Não é à toa que neste primeiro momento, eu restringi a entrega dos livros à cidade do Rio de Janeiro e Niterói.
2.1) Sei muito bem como os Correios maltratam as mercadorias - por isso, prefiro não confiar meus bens a esta empresa maldita. Como tendo a tratar meus clientes como se fossem amigos, surgiu a oportunidade de viajar e levar os livros até os meus amigos que se encontram em terras distantes. Dessa forma, a relação de circulação de mercadorias assume caráter pessoal.
2.2.1) Isso fará com que minhas viagens pelo país afora entregando livros e estreitando laços com os clientes tenham cada vez mais sentido, estimulando ainda mais meu senso de tomar cada canto do país como meu país em Cristo.
2.2.2) Se meu cliente for tratado como amigo, posso passar um fim de semana na casa dele, enquanto fechamos a venda do material. Além do fim de semana, passamos a conhecer a cidade, bem como os sebos e as igrejas católicas locais. E o negócio do livro ganha a conotação de uma aventura, uma vez que estou servindo a Cristo em terras distantes, a ponto de fazer disso cultura de família.
3.1) Eis que surge um novo estilo de venda de livros onde o livreiro vai a lugares distantes de modo a atender a clientela de um lugar ou vários.
3.2) Trata-se de uma relação de confiança, sobre a qual não cabe competição visto que cada pessoa é única - se o livreiro é confiável, a viagem do livreiro é paga, vários livros dele são comprados e muitas amizades ali são desenvolvidas. Um novo nicho de negócio e turismo pode surgir a partir daí.
4) Mais do que economia de mercado, trata-se de integração pessoal.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 1º de setembro de 2020.
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