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segunda-feira, 17 de agosto de 2020

Notas sobre uma lição que aprendi como vendedor de ebooks

1) Desde que comecei a fazer campanhas de modo a vender os e-books que digitalizo, uma coisa é certa: eu aprendi o significado de que o freguês sempre tem razão, principalmente se ele sabe mais do que eu.

2) Tive excelente conversa de História do Brasil com um doutorando recentemente que extrapolou a mera relação de compra e venda, a ponto de se tornar uma verdadeira parceira, se essa conversa continuar ocorrendo ao longo do tempo.

3.1) Do ponto de vista de quem estabelece uma atividade econômica organizada de vender e-books digitalizados, principalmente aqueles que são difíceis de achar, eu estou oferecendo mais do que e-books, mas também minha experiência de investigador na seara das ciências sociais.

3.2) O fato de estar exercendo a mercância é um fato muito pouco comum entre os que fazem ciência social - e neste ponto, estou me enquadrando na definição de gênio de Ortega y Gasset: estou inventando minha própria profissão, a ponto de exercer influência na sociedade num cenário onde as universidades estão todas aparelhadas por comunistas. Como a internet foi o único cenário livre que me sobrou, então eu abracei estas circunstâncias como se fossem a minha e fiz disso minha razão de ser.

3.3) De certo modo, por conta disso, estou reintroduzindo a idéia do pensador econômico voltar a ser um homem que se santificou através do trabalho de servir a outros homens, a ponto de vender-lhes livros capazes de torná-los ainda mais inteligentes, uma vez que o propósito do livro é livrar as pessoas do mal da ignorância, a ponto de ser um verdadeiro remédio contra a ideologia. E esta, sem dúvida, é a missão, embora não seja a única.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 17 de agosto de 2020.  

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